Há uma retomada do movimento nacionalista brasileiro e não estou me referindo aos ditos patriotas do bolsonarismo, que de patriotas não têm absolutamente nada. Esses últimos são entreguistas e se submetem em todos os aspectos aos mandos e desmandos estadunidenses, prestam continência à bandeira yankee e reverência ao hino dos Estados Unidos. Nas manifestações da extrema direita, se enrolam na bandeira do Brasil, ao lado das bandeiras dos Estados Unidos e Israel, em profundo desrespeito ao símbolo máximo brasileiro. E não precisa ser muito inteligente para descobrir o que isso significa.
Já o movimento nacionalista se fortalece diante do entreguismo de Bolsonaro, da relativa passividade de Lula e das privatizações de empresas vitais e até de parques e em áreas sociais e estratégicas até então preservadas diante da sede de lucro do grande capital pelos mais diversos entes federativos.
Com o sério risco do desmantelamento institucional e estratégico do Estado, diversos pensadores das mais diferentes áreas estão se unindo em prol de causas do interesse estratégico e do desenvolvimentista nacional. São juristas, economistas, militares, cientistas sociais, professores e estudantes que questionam e se contrapõem às ações extremistas neoliberais e ao extremismo ideológico neo fascista da extrema direita brasileira.
Com a ascensão da China e dos BRICS+, o Brasil vive um momento único, o da possibilidade de desenvolver-se em outras áreas, além do agronegócio, criando tecnologia nacional e uma base industrial forte, com bons empregos e salários, ou, então, permanecer inercialmente como um enorme latifúndio a depender da sorte do clima e do interesse de compradores de nossos produtos básicos sem qualquer valor dito "agregado", com uma estrutura social arcaica e injusta.
A extrema direita brasileira, orientada por uma ação estratégica da extrema direita das grandes potências e por interesses mesquinhos de alguns políticos, é manipulada a defender os interesses imperialistas contra os mais legítimos interesses nacionais.
São inimigos da extrema direita o pobre, o negro, o indígena, o samba, o carnaval, as lendas brasileiras, o cinema nacional, a nossa rica literatura e tudo o que representa os melhores e mais tradicionais valores culturais nacionais. E nesse contexto surge a conservadora e polêmica Brasil Paralelo e se fortalece a rede Jovem Pan, famosa por difundir o "modus vivendi", em especial pelas músicas, dos Estados Unidos.
A Globo não é contestada pela extrema direita em razão do jornalismo muitas vezes tendencioso, mas pela produção de novelas brasileiras e de minisséries baseadas na rica literatura nacional.
De patriota a extrema direita não tem nada. É vendida e traidora da pátria!
E é esse grupo realmente nacionalista, preocupado com questões vitais ao Brasil, que surge no cenário e está se fortalecendo que traz reais esperanças ao futuro do nosso país!
São diversos os nacionalistas que os inspiram. Vargas, Geisel, Jango, Brizola, Darcy Ribeiro, Dom Pedro I e Dom Pedro II e tantos outros que pensaram em um Brasil independente e próspero.
Esse grupo se opõe à extrema direita entreguista e à esquerda neoliberal que se preocupa com questões muito individuais e de grupos, em detrimento das grandes questões sociais, econômicas e políticas brasileiras. Não que questões pontuais e restritas, que possuem características civilizatorias, não sejam importantes e não devam ser defendidas. Devem se-lo, mas não podem ser tais questões o centro do debate nacional.
O que está em risco é mais profundo. É o futuro do país.
Há esperança no ar para o Brasil e para os brasileiros que se preocupam com o Brasil!