quarta-feira, 27 de setembro de 2023

O EXTREMISMO DE DIREITA NÃO SURGIU DO NADA. MUITOS PROGRAMAS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO JÁ INCENTIVAVAM DE CERTA FORMA O RADICALISMO

Penso que os meios de comunicação não cumprem o seu papel social na maior parte do tempo. Preocupam-se basicamente com o sensacionalismo e a audiência, não importando tanto o que se produz, contanto que reverta em lucro para a empresa.

É assim ao noticiar crimes, situações dramáticas, pensamentos comuns e pouco aprofundados e reverberar discursos simplistas contra os direitos civis e humanos.

Os meios de comunicação que assim agem, nada mais foram que precursores de muitos canais de extrema direita do youtube e de páginas radicais nas mídias sociais.

Os meios de comunicação têm uma grande responsabilidade social e um papel importante a cumprir, e muitos os desconsideram no dia a dia, em prol da audiência e da fácil lucratividade.

Muitos veículos desses mesmos meios já serviram de canal para a alfabetização e para a formação escolar, divulgaram documentários históricos nacionais e séries baseadas no melhor de nossa literatura.

Os meios de comunicação têm que colaborar na formação educacional, na divulgação das artes e da cultura nacional, no fomento de produções baseadas na história nacional, na informação voltada à formação da cidadania e nos respeito e promoção dos direitos civis e humanos.

Se formos considerar o exposto acima, poucos canais estariam cumprindo o seu importante papel social, estando inaptos à concessão ou autorização pelo poder público.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

HUMANIDADE E SUA CRISE DE IDENTIDADE!

A humanidade vive uma verdadeira crise de identidade!

Nunca houve tantas Igrejas nas cidades, mas falta a verdadeira Fé!

Fala-se de Jesus, mas pouco se pratica de amor ao próximo!

Prega-se o que se chama de comportamento moral perante Cristo, mas este jamais emitiu uma única palavra sobre comportamento sexual, vestimentas ou costumes. Ele pregava o amor e a verdadeira Fé, justamente o que muitas Igrejas pouco praticam!

As pessoas se preocupam em gravar vídeos a todo instante e pouco aproveitam do momento ou do local em que estão. Não observam ao redor, mas a sim, como centro do Universo.

O silêncio, tão necessário para a introspecção e a criticiadade, é abandonado em prol do ruído permanente, como se fosse indicativo de modernidade.

A música que servia para elevar a alma e promover a introspecção e criticidade, hoje serve para animar festas e vídeos curtos.

A meditação, sempre usada para o a elevação espiritual, hoje é utilizada para o crescimento corporativo.

Os céus, que por milênios, ao menos na mente humana, abrigaram os deuses e seres celestiais, hoje é uma festa de naves extraterrestres, não de necessária superioridade moral ou espiritual, mas tecnológica.

Não se avalia a pessoa pelo o que ela realmente é, mas pelo o que ostenta.

A convivência humana deu espaço à atual busca incessante pela acumulação de capital.

A moral é relativa. A ética é relativa. A fé é relativa. A teoria da relatividade não é aplicada para o conhecimento do Universo, mas utiliza-se a relatividade para benefício próprio, conforme a conveniência
.
E assim caminha a humanidade, cada vez mais desespiritualizada e cada vez mais desumanizada, em uma crise de identidade que nem é capaz de perceber, de tão centrada que está em prazeres instantâneos e absolutamente materiais!

sábado, 16 de setembro de 2023

O OCIDENTE JOGA A RÚSSIA NOS BRAÇOS DO IRÃ E COREIA DO NORTE


As ações idiotas do Ocidente tem jogado a Rússia nos braços de, hoje, outros inimigos ocidentais: Irã e Coreia do Norte.

E vejam que a Rússia do hoje odiado (pelos ocidentais) Putin, no início dos anos 2000, quis ingressar na OTAN, que a rejeitou e foi, ao passar dos anos, se aproximando da enorme fronteira russa.

O fortalecimento dos laços da Rússia com a Coreia do Norte e o Irã tende a mudar o movimento das peças no tabuleiro do xadrez geopolítico mundial. 

De um lado, a produção de armas deve aumentar no mundo. De outro, a disputa por parceiros também deve aumentar, e quem souber jogar poderá sair ganhando, e muito.

O Brasil precisa aproveitar esse momento para exigir benefícios de todos os lados, Estados Unidos, Europa, Rússia e China, ao mesmo tempo em que deve fortalecer laços tecnológicos com a parcialmente independente Índia, fortalecendo o seu ainda diversificado parque industrial e aumentando a qualificação da mão de obra local.

O mundo já não é mais o mesmo, mas o Brasil pode negociar e se o fizer direito, ganhar em influência e tecnologia.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

O JULGAMENTO HISTÓRICO DO PRIMEIRO RÉU PELO CRIME DE 8 DE JANEIRO, CHAMADO DE DIA DA INFÂMIA

8 DE JANEIRO FOI CHAMADO DE DIA DA INFÂMIA, OU DA DESONRA, PELA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, MINISTRA ROSA WEBER.

Particularmente, entendo que o 8 de janeiro não foi apenas um dia de desonra, mas um dia de ataque grotesco às instituições brasileiras, ou seja à própria estrutura da República Brasileira. Foi, assim, um dia de ataque orquestrado e deliberado contra o Brasil e à sua estrutura orgânica e política.

Houve uma grande massa de manobra e de financiamento, que está a ser julgada pelo Colendo STF, mas por detrás há os que incentivaram direta ou indiretamente, seja pelas falas ou pela fabricação e divulgação das fake news, que também deverão ser devidamente responsabilizados.

O 8 de janeiro não pode ser visto isoladamente, mas no contexto dos últimos anos, como bem lembrou o Ministro Gilmar Mendes no julgamento do primeiro réu pelo crime do 8 de janeiro de 2023. 

Deve ser considerado o incentivo a reações armadas, seja no que toca às medidas contra a pandemia ou às ações policiais ou decisões do Judiciário; os ataques aos Ministros e à Suprema Corte, ocorrido na reunião ministerial vazada do governo Bolsonaro; os ataques aos Ministros do Supremo Tribunal Federal nos comícios de Bolsonaro; os ataques nas mídias sociais e alguns órgao de imprensa chapa branca aos Ministros do STF e seus familiares; nas fake news difamando o STF e os seus integrantes; na tentativa de descredibilização das urnas eletrônicas; no bloqueio de avenidas e estradas etc.

Como bem realçou a Ministra Rosa Weber no mesmo julgamento, contra a intolerância e agressividade que ataca a democracia e o Estado de Direito, não há que ser tolerante ou passivo. O Judiciário, nessa hipótese de ataque à Democracia e ao Estado de Direito, há que ser intolerante, ou seja, analisar a situação utilizando todo o rigor permitido pela lei.

Assim, no ataque à coluna vertebral da República brasileira, o Judiciário, sem ultrapassar as regras democráticas e legais, deve aplicar as normas com o extremo rigor, em um contra peso necessário a fim de preservar a própria Democracia e o Estado de Direito, base da Constituição de 1988.

Ou seja, dentro da limitação normativa, deve o STF, como impõe o art 102 da Constituição Federal, proteger a Lei Maior, ou seja, a nossa Constituição Federal e o Estado Democrático de Direito estabelecido no preâmbulo da Consitutição e no "caput" do artigo 1º como razão de ser da República; os fundamentos que estabelece à República Brasileira (pluralismo político - art. 1º, V); e os objetivos fundamentais que consagra à nossa República Federativa (sociedade livre e solidária - art. 3º, I).

O que não se pode esquecer são os atos praticados pelos criminosos no dia 8 de janeiro. Aventar suposições visa tão somente desviar o assunto. Os atos antidemocráticos visaram esfacelar os Poderes legalmente constituídos, a honra do presidente, dos Ministros do Supremo e dos Congressistas, arrasando suas sedes e símbolo do próprio País.

Feriram o Brasil, que se reergueu e preservou a sua Constituição e o Estado de Direito, graças à diligência de servidores públicos, integrantes do Judiciário, do Ministério Público e a militares legalistas, dentre outros heróis anônimos.

Todos os criminosos que atuaram contra o Brasil, sejam os que vandalizaram as sedes dos Poderes ou que os financiaram, sejam os que orquestraram e com eles condescenderam, devem ser responsabilizados.

O Brasil foi atacado em sua capital por traidores da Pátria, não havendo outra palavra que possa definir tão bem esses criminosos.

A eles, na defesa do nosso País, da nossa Constituição e do Estado de Direito, garanta-se o devido processo legal, com contraditório e ampla defesa, como prevê a própria Constituição Federal, também física e estruturalmente atacada, mas com todo o rigor permitido pela legislação brasileira.

Aos intolerantes e radicais não há que ser compassivo, mas rigoroso. A ausência de rigor na defesa de valores, como a democracia e o Estado de Direito, põe em risco a própria existência de uma sociedade civilizada, pautada pelo respeito. Os Poderes não podem ser ineficientes na defesa dos valores de nossa República. A todos eles é dada essa responsabilidade, sob uma ou outra nomenclatura e viés. 

Os juízes existem para julgar imparcialmente as pessoas, assegurando as regras legais. Quando forças tentam romper as regras legais, a Constituição e o Estado de Direito, cabe ao Supremo Tribunal Federal agir com rapidez, eficácia e rigor.

Dessa forma, o julgamento de hoje pelo Plenário do STF em relação ao primeiro réu de 8 de janeiro é histórico.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

O FORTALECIMENTO DO IRÃ EXPÕE A ISRAEL A NECESSIDADE DE OBTER A PAZ DURADOURA COM TODOS OS SEUS VIZINHOS

Enquanto alguns reinos árabes nadam em petrodólares, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, recheados de armamentos dos Estados Unidos, muitos países árabes afundam em guerras internas, sem comida e com pouca ajuda internacional, como a Síria, o Iêmem e o Sudão. Ao mesmo tempo, o pequeno Líbano, que mal se recuperou das invasões israelenses, afunda-se numa crise econômica sem precedentes.

Enquanto o mundo se silencia frente às atrocidades praticadas por algumas potências ocidentais e por alguns reinos árabes nos ditos países adjacentes, por outro lado preocupa-se com a guerra na europeia Ucrânia, como se a Rússia fosse uma vilã, e a única do mundo.

As guerras nos países árabes têm financiamento internacional e treinamento pelos serviços de inteligência ocidentais (Estados Unidos e Grã Bretanha e França). Os Estados Unidos e seus alidados invadiram o Iraque contra decisão expressa da ONU e destruíram não apenas um milhão de vidas, mas material filosófico e arqueológico que permitiram conhecer melhor a humanidade. Mesmo diante deste panorama, a mídia hegemônica absolveu os Estados Unidos e considera a Rússia a única vilã do mundo, ao lado da Coreia do Norte e Irã.

O Irã é um país altivo e que no passado não recente, ainda chamado de Pérsia, foi o primeiro império que ultrapassou o domínio sobre um único continente.

O Irã, hoje, mesmo sob embargo dos Estados Unidos e Europa, foi capaz de se desenvolver rapidamente nas áreas aeroespacial e militar e é uma das potências da Ásia.

Enquanto os Estados Unidos armam as ditaduras amigas e Israel, o Irã se desenvolve a contragosto de muitos países ocidentais, impondo um repensar às ações geopolíticas estadunidenses.

Israel invade constantemente o espaço aéreo do Líbano e da Síria, bombardeando pontos que deseja. Ao mesmo tempo, Israel fortalece os laços com os curdos iraquianos, visando enfraquecer o governo central iraquiano. Nem se fale, então, da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, que Israel cercou, prejudicando a sobrevivência dos palestinos.

Com essas ações imperialista e expansionista de Israel, muitos árabes palestinos, libaneses, sírios e iraquianos se uniram ao Irã, que fornece treinamento e armamento aos grupos paramilitares árabes. 

Diante do fortalecimento militar do Irã, e para evitar ações que possam colocar em risco a paz interna e o seu potencial econômico, não resta alternativa a Israel senão rever suas ações em relação ao Líbano, Síria e territórios palestinos.

Os falcões israelenses, sedentos por sangue, discriminação e guerras, talvez não tenham percebido que apenas a paz com os seus vizinhos trará a segurança necessária a ponto de minimizar a influência iraniana.

Líbano, Síria e os Territórios Palestinos necessitam de paz e segurança para o desenvolvimento econômico saudável. Por outro lado, a super armada Israel necessita da permanência da paz interna.

A paz não advém de circunstâncias externas, sendo um encontro de ações e ideias e que se vier a se demonstrar saudável a todos os países envolvidos, será a força que os unirá e perdurará.

A suposta paz advinda de guerras é temporária. Elas (guerras) enfraquecem momentaneamente os supostos inimigos, mas não eternamente. Após certo período poderão advir novas guerras que poderão vir a enfraquecer o então país dominante.
A guerra, além de colocar em risco a vida de cidadãos, não é garantia de vitória eterna e tampouco de paz duradoura.

A história é repleta de exemplos do tipo.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

11 de setembro de 1973 | 50 anos do golpe ao Estado de Direito no Chile, com a execução do presidente eleito

Salvador Allende era um médico social-democrata, idealista, maçom e político. Foi eleito presidente do Chile em 1970 e resistiu a pressões políticas até 1973, quando o Palácio La Moneda foi bombardeado pela aviação aérea chilena, matando o presidente eleito, sob as ordens do general Augusto Pinochet, que passou a governar o país com mão de ferro por 17 anos, até 1990, deixando mais de 40 mil pessoas executadas, torturadas ou desaparecidas.

A CIA estadunidense e o serviço secreto australiano participaram ativamente dos preparativos do golpe.

Pinochet entregou o Chile à experiência neoliberal, importando os "Chicago Boys", privatizando a educação e a saúde, bem como a aposentadoria, com uma pujança apenas nos primeiros anos, e cuja catástrofe hoje começa a ser liberada, com idosos sem aposentadoria praticando suicídio, desemprego nas alturas e uma economia em frangalhos. A industrialização não foi o forte do Chile.

O Chile sobrevive, hoje, graças à garra do seu povo e 50 anos depois não quer esquecer o ataque ao prédio do representante legitimamente eleito pelo povo.

Não há o que comemorar, mas o que não se deve esquecer, para que nunca mais se repita!

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

UM CHOQUE DE CIDADANIA COMO CAMINHO À INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA E DE REPOSICIONAMENTO ESTRATÉGICO

Dizem que o Brasil é uma grande economia mundial! Porém, não resolvemos os problemas da misérias de milhões de brasileiros que sobrevivem sem dignidadade.
Também dizem que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos e um grande celeiro para a humanidade. Porém, há dezenas de milhões de brasileiros que sofrem com a fome.
Dizem tanto e fazem tão pouco. Essa é a verdade!
E não me refiro ao governo atual, que creio ter uma preocupação social e nacional maior que o anterior.
Me refiro à hipocrisia generalizada, inclusive dos atuais governantes.
É importante que o Brasil cresça economicamente, ao mesmo tempo em que produza maior quantidade de alimentos. Sim, isso realmente é importante.
Porém, essas conquistas de nada valerão se não formos capazes de resolver os problemas que assolam a nossa Pátria há décadas ou há séculos.
Precisamos de um movimento massivo de inclusão social e de inclusão na cidadania, mais do que tudo.
Não precisamos de favores políticos perpétuos, mas de uma população que tenha consciência política e que saiba lutar pelos seus direitos! A inclusão no processo educacional de qualidade deve caminhar ao lado, obviamente, assim como o fortalecimento da cultura brasileira. Seria um choque de brasilidade de que tanto necessitamos.
E nada melhor do que falarmos disso às vésperas do dia de comemoração da nossa independência como Nação.
Mas lembre-se que um país sem cidadãos é um país de escravos e subserviente aos interesses internacionais.
O Brasil precisa crescer em inclusão na cidadania. Esse movimento, sim, significaria o caminho à nossa independência econômica e de reposicionamento estratégico do país!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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