Nossas religiões e nossas escolhas de Fé talvez falem mais de nós mesmos e de nossas sociedades do que de nossa Espiritualidade.
Além da Espiritualidade nela presente, a Fé traduz muito o que pensamos. Talvez ela permita conhecer mais sobre uma sociedade, seus comportamentos e formas de pensar do que sobre os Céus, propriamente dito.
Se acreditamos no Deus da Força, somos um pouco vingativos, na verdade, acreditando na Violência como arma de opressão e até de mudança! Se acreditamos na Força divina da Compaixão, somos tendentes a querer ouvir o outro, como elemento de harmonização. Se não temos Fé manifesta, somos mais questionadores e mais práticos ou até mais egoístas...
A religião, muitas vezes, atende mais às necessidades e ambições humanas do que à expansão da Fé e conhecimento daquilo que transcende! A busca da Fé para o autoconhecimento e a busca da razão para entender o movimento e sentido das coisas têm diversos elementos em comum e é o que sempre uniu a Filosofia às Religiões orientais.
Foi o ocidente que separou a Fé da razão, e é nessa parte do mundo onde os dogmas são mais imperativos e onde a hipocrisia e a manipulação são mais salientes.
Por isso, o domínio do ocidente sobre o mundo é repleto de injustiças, contradições e manipulações.
O comércio sempre foi mais forte e significativo no chamado Oriente, mas foi o Ocidente que criou o capitalismo e o comunismo para traduzir para a economia os significados religiosos de Força e Seleção, em contraposição à Igualdade e Compaixão.
A Religião como o é hoje em dia oculta e também revela a própria ambição humana! A verdadeira Fé, ao contrário, é significativamente interior, introspectiva e até muitas vezes reflexiva, como soa parecer a Filosofia.