Uma pergunta deve ser feita antes de se discutir direita e esquerda. A quem interessa o enfraquecimento do Estado?
Um Estado menor, com privatizações, terceirizações, menos concursos públicos e concessões à iniciativa privada interessaria a um país que precisa ter planos e projetos para o futuro? A resposta parece ser óbvia, ainda mais ao finalizar a leitura desse texto. Não!
Esse neoliberalismo que está tomando conta do Brasil beneficia certos grupos. O grupo que está no poder e tem relações com a iniciativa privada, ampliando os modos de corrupção; os grupos econômicos que concentram ainda mais dinheiro e influência política, agravando a vinculação com políticos e a quase consequente corrupção; os grupos do crime organizado que crescem em influência nas comunidades das grandes cidades e nas pequenas e médias cidades com a diminuição do Estado e a consequente diminuição desse no cumprimento de suas missões sociais; grupos de países imperialistas que não têm interesse que o Brasil se organize social e economicamente. Para esses países, o crescimento da corrupção e do crime organizado serve, para além de vender muitas armas e tecnologias caras de controle, como uma nova forma de guerra sem intervenção estrangeira direta no Brasil, fazendo ruir as próprias bases do Estado brasileiro. O máximo que precisam fazer é atrair um ou outro deputado com benesses e promover ações secretas para facilitar o ingresso de armas e de drogas no país alvo, no caso, o Brasil.
O desleixo com os usuários de entorpecentes, as Cracolândias e o grande crime organizado nos faz perceber para quem alguns governantes efetivamente trabalham.
A insegurança contínua nas grandes e médias cidades é um desserviço ao Brasil. Temos visto o crescimento da insegurança na Europa e em toda a América Latina, e não é em vão. O neoliberalismo, o crescimento do crime organizado, aqui e lá, e a facilitação de venda de armas e drogas a esses países por corrupção e também e principalmente pela ação criminosa de potências imperialistas estão, ao mesmo tempo, com a ajuda da internet, a dividir as sociedades e a minar projetos nacionalistas de desenvolvimento e defesa, promovendo ainda o agigantamento do crime organizado.
A atuação eficaz na segurança pública não é apenas um direito fundamental assegurado pela ONU, mas uma necessidade para que o Estado possa, com tranquilidade, cuidar de outras missões vitais, seja nas áreas sociais ou no planejamento econômico e na defesa do pais.
O Brasil precisa de mais Estado e menos neoliberalismo, de mais segurança e menos Cracolândias, de mais ações sociais e menos crime organizado, de mais projetos para o futuro e menos permissividade com os interesses alienígenas anti-nacionais.
Ou o Brasil, que mal conhece o seu passado, passa a conhecer o seu presente para agir e, assim, poder proteger os seus legítimos interesses sociais, econômicos e de defesa, ou estará condenado a ser um vasto território repleto de miséria, mão de obra semi-escrava e grupos privados, inclusive do crime organizado, mandando em regiões determinadas, sob o aplauso de uma massa, sim massificada, feliz em poder consumir o pouco que os grupos de poder permitirem.