quarta-feira, 29 de junho de 2022

XENÓFOBOS E O USO DO MEDO CONTRA O DIFERENTE, NO CASO, O IMIGRANTE.

Há um movimento da extrema direita internacional, onde a brasileira está incluída, contra a imigração, e ela inclui o refúgio, que é a medida humanitária para aqueles que correm perigo de morte em seus países de origem.

Os xenófobos colocam na vala comum os refugiados e os imigrantes econômicos, tratando-os como desqualificados e um perigo ao emprego e à própria identidade nacional.

Como assim?

O Brasil, em relação à proporção de sua população, é um dos países que menos recebe refugiados em todo o mundo. São cerca de 60 mil refugiados morando no Brasil, segundo o Ministério da Justiça. O pequeno Líbano, com uma população infinitamente menor, de 4 milhões, abriga 1,5 milhão de refugiados. Para se ter uma noção da diferença, se o Brasil quisesse se equiparar ao Líbano, teria que receber 75 milhões de refugiados.

O Brasil é um país de imigrantes. Dos seus mais de 200 milhões de habitantes, apenas 1 milhão é constituído do povo originário dessa terra. Os outros são descendentes de imigrantes, voluntários ou forçados (escravizados) e alguns poucos estrangeiros que obtiveram a nacionalidade brasileira.

A grande maioria dos imigrantes do século XIX e XX veio sem formação superior e se aventurou nas grandes cidades e pelo interior afora. Muitos dos atuais imigrantes, no entanto, possuem formação universitária e trabalham por valores inferiores aos brasileiros ou se arriscam nos pequenos negócios, como bares e restaurantes, tornando a economia brasileira mais forte.

Porém, a visão dos extremistas é de que os imigrantes trazem culturas diversas às nossas, religiões e costumes também diferentes e seriam um risco aos empregos dos brasileiros, aumentando as despesas sociais do governo.

As culturas diferentes são, sim, um fato benéfico ao Brasil, que se enriquece e se diversifica, inclusive quanto às religiões, possibilitando um maior contato com culturas e países no mundo afora.

Quanto à questão de roubo de empregos, a xenofobia se utiliza do medo para criar pânico e pavor que incitem à discriminação. Não. O estrangeiro não rouba emprego. Ao contrário, ele é um consumidor a mais e, se for um pequeno empresário, ajuda a diversificar e fortalecer a economia do país. Ou seja, seja por que aspecto for, ele traz benefícios ao país.

Quanto ao uso das estruturas da educação e do SUS, o número de refugiados é tão pequeno que a grande estrutura existente e já consolidada há anos mal se abala com o pequeno acréscimo de usuários, não trazendo custos elevados aos entes federados.

Um país com mais pessoas de países diversos, enriquece não apenas a sua cultura e a diversidade, mas a possibilidade de em um futuro próximo ampliar o comércio com os países de origem desses imigrantes. A riqueza cultural ajuda a ampliar a riqueza econômica.

terça-feira, 28 de junho de 2022

PRECISAMOS DE MAIS BRASIL E DE MENOS VERSÕES INDIVIDUAIS E OPORTUNISTAS DE BRASIL

Há um discurso que maqueia a realidade que diz que o mundo se divide entre esquerda e direita.

Isso poderia ser à época da guerra fria, entre o bloco comandado pelos Estados Unidos e o bloco soviético, que perdurou até 1990/1991, mas não agora.

O sistema vigente na quase totalidade do planeta é o de mercado e ao Estado, também na quase totalidade do planeta, cabe dar base e sustentação à economia nacional e amparar a sociedade civil.

O problema, em si, não é entre direita e esquerda. Na verdade, nunca foi.

O governante, a não ser que seja totalitário, não pode assumir a feição "esquerdista", comunista, ou "direitista", fascista ou liberal. Quem dá a diretriz ao Estado é a Constituição e basta ao governante, numa democracia, cumprí-la. Ademais, o Estado não se confunde com a iniciativa privada ou a sociedade civil. O Estado tem que pensar na prosperidade do seu povo, na educação, na cultura e na tecnologia. O Estado tem que fomentar o desenvolvimento nacional e a indústria nacional que respeite o meio ambiente, os direitos trabalhistas e sociais. 

Se o governante gerir um Estado dessa forma, contribuirá para o desenvolvimento da economia, da sociedade e de cada cidadão.

Porém, quando um governante apresenta um discurso direitista ou esquerdista, desconfie. O governante governa de acordo com a Constituição, diretriz do país. Essa, sim, pode ser mais à esquerda ou à direita, mas não o governante. Quando se utiliza do discurso direita e esquerda, ou anti-esquerda ou anti-direita, o governante quer ser maior que a Constituição e dar a ela uma diretriz não prevista, em claro caráter autoritário. E vemos isso, hoje, às claras.

O governante deve cumprir fielmente a Constituição, e só. Se cumprí-la, ajudará a erradicar a miséria, fortalecerá a cidadania e a democracia, como prevê a senhora das Leis. O contrário ocorrerá se ficar nos discursos ácidos, contra fantasmas inexistentes e posturas costuradas para enganar a população. Nesse caso, certamente se utilizará de medidas demagógicas e eleitoreiras para simplesmente renovar o seu mandato, perpetuando-se no poder sem cumprir o seu dever constitucional. Um governante assim não age simplesmente contra as leis e a Constituição. Age contra o seu povo e o próprio Estado Brasileiro, prejudicando o seu desenvolvimento nacional, bem como o progresso individual e coletivo.

Quando alguém se declara um gestor ele não está totalmente equivocado. O Brasil realmente precisa de gestores, mas que conheçam os problemas nacionais, o direito público e, principalmente, a Constituição Brasileira, a senhora das leis. Assim, o gestor público, da coisa pública, de todos, não se confunde com o gestor privado, que defende tão somente interesses próprios.

Obviamente, um governante pode ter uma visão com mais preocupação social ou com menos visão social, mas não pode afrontar o arcabouço legal, afrontar direitos adquiridos e se utilizar de pressão indevida sobre os outros poderes. Certa pressão sempre há, pois faz parte dos atritos e limites dos poderes, mas não pode dar dinheiro em troca de apoio em nenhum sentido. Essa distorção, praticada por alguns governos, como o atual, é a base da corrupção sistêmica.

O governante, ao contrário do que pensa, não é o Estado em si, mas alguém a serviço do povo, e que deve satisfações ao povo, como totalidade da população, seja a parcela eleitora dele ou não.

Assim, não pode o governante pretender dar ao governo uma diretriz que privilegie "a" ou "b", como ocorre hoje. O governo tem que ser de todos e para todos e resolver os problemas que o país enfrenta.

Privilegiou, desconfie. Usa discurso direita versus esquerda ou dessa contra aquela, também desconfie. Alguém assim não quer governar na forma da Constituição, mas de forma que lhe convenha financeira e/ou eleitoralmente, uma forma velada de desvio de finalidade, de advocacia administrativa e até de corrupção.

Ao contrário, um governante que respeite e faça cumprir a Constituição, certamente será exitoso em suas ações, e ajudará a fortalecer a democracia e o próprio Brasil, além de propiciar o progresso individual de cada cidadão.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

DEU NO NEW YORK TIMES. OS ESTADOS UNIDOS JÁ ESTÃO NA GUERRA DA UCRÂNIA CONTRA A RÚSSIA, SEGUNDO ESPECIALISTA



Uma agência noticiosa russa publicou uma nota interessante sobre a guerra na Ucrânia. Por mais que você tenha o pé atrás com as agências de notícias russas, assim como você também deve tê-lo com as agências ocidentais, aquelas (que não são do ocidente) nos apresentam uma outra visão sobre os acontecimentos, e assim nos fazem pensar, refletir e enxergar de forma mais ampla os acontecimentos.

A Sputnik, a agência russa que mencionei, trouxe, na sua página brasileira (https://br.sputniknews.com/20220621/analista-norte-americana-diz-que-eua-cruzaram-a-linha-e-participam-de-fato-do-conflito-na-ucrania-23202944.html), a notícia de que especialistas entendem que os Estados Unidos já cruzaram a frágil linha precedente à participação da guerra e já estão, de fato, no conflito na Ucrânia. 

Como já foi noticiado por inúmeras vezes, os Estados Unidos têm laboratórios biológicos e químicos na Ucrânia, estão cedendo armamento bélico e financiamento à Ucrânia, em plena guerra com a Rússia. Além do mais, implantaram contra a Rússia a maior série de sanções jamais vistas, com claro intuito de provocar a ruína econômica da Rússia, fomentando a pressão popular interna contra o líder russo Vladimir Putin.

Bonnie Kristian, pesquisadora do laboratório de ideias Defense Priorities, escreveu para o New York Times, na edição de 20 de junho, justamente isso, ou seja, que os Estados Unidos estão na guerra da Ucrânia contra a Rússia.

Segundo ela, a atuação dos Estados Unidos na Ucrânia equipara-se à do Iêmen, onde cede armamentos à coalizão liderada pela Arábia Saudita. Mesmo não mandando soldados para nenhuma dessas duas localidades, os Estados Unidos atuam nessas guerras, pois sabem da existência de tais conflitos e dos mortos que as suas armas causam, inclusive a civis. Mais, assim como ocorre no solo iemenita, os Estados Unidos também colaboram na escolha dos objetivos a serem atacados pelas forças ucranianas. A assistência militar dos Estados Unidos é fundamental nessas duas guerras. 

E essa visão não é apenas dos especialistas, mas também dos congressistas dos Estados Unidos, que entendem que houve uma violação aos artigo primeiro da Constituição estadunidense, que concede com exclusividade ao Congresso o direito de declarar guerra.

Dos 40 bilhões de dólares prometidos pelos Estados Unidos à Ucrânia, parte considerável é destinada a envio de armamentos e fornecimento de dados de inteligência.
 
E tanto na Rússia quanto no Iêmem, os Estados Unidos também têm procurado enfraquecer os governos locais.

Kristian explica ainda que os avanços tecnológicos da atualidade, que permitem ataques cibernéticos, interceptação de dados ou de conversas e uso de drones para espionagem ou ataques pontuais, nos afastam da fácil e tradicional afirmação de que as guerras se caracterizavam pelo simples enfrentamento militar. 

Hoje, várias ações podem caracterizar, ou não, a participação de um país nos conflitos militares, e não é necessário que suas forças ataquem outro país. Basta que se forneça armamentos militares, incluindo espionagem e inteligência militar, além de instrumentos econômicos para o fortalecimento ou enfraquecimento de um dado país.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

O FUTURO CERTO E TRISTE DO BRASIL. OU SE DÁ UM BASTA AGORA OU SERÁ IRREVERSÍVEL A FRAGMENTAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL.

O que esse desgoverno federal vem causando ao Brasil é mais grave que uma guerra e as consequências serão sentidas por várias gerações futuras. Vimos 700 mil mortos pela covid-19, e agora vemos fome e miséria se espalharem por todo o país, acompanhada do empobrecimento da classe média. Mas veremos mais. Diminuição do poder de compra das classes baixas, média e média alta, concentração das empresas em poucos grupos econômicos, instabilidade e surgimento de guerrilha de extrema direita, aliada ao narcotráfico e operações ilegais na região amazônica brasileira e o aumento do poder do crime organizado no país inteiro será apenas um pouco do que já começamos a ver e que deverá se manter no futuro próximo.

Ao mesmo tempo, esse desgoverno atua contra o poder do Estado, a fragilização do arcabouço legal do país e a diminuição dos recursos destinados aos Estados e Municípios (cujo exemplo mais claro é a limitação do ICMS, impostos dos Estados, nos combustíveis, enquanto o governo federal aumenta os seus ganhos como acionista da Petrobrás), provocando estragos em especial na segurança pública, saúde e educação. Também é grave que, por um lado, esse desgoverno federal atua em desfavor das instituições e do próprio Estado, instigando a população contra o Judiciário, em especial a Corte Suprema (Supremo Tribunal Federal) e a Justiça Eleitoral, em especial o Tribunal Superior Eleitoral. Faz discursos em que prega o descumprimento das decisões judicias, toma medidas visando retirar a força das decisões da Suprema Corte. Ataca frontalmente o STF e o TSE e utiliza impropérios contra alguns Ministros. Por outro, coopta representantes de alguns órgãos para que atue em favor não do Estado brasileiro, mas do governo, da pessoa do presidente da República, seus familiares, amigos e aliados. Coopta o Congresso Nacional através de verbas, proibindo o conhecimento pela população da destinação desse dinheiro público. E, ao mesmo tempo, vende empresas públicas vitais para o Estado e sua economia, como a Eletrobrás, tão importante para a necessária reindustrialização do país. Também fecha a CEITEC, empresa estatal, única empresa brasileira e única do hemisfério sul capaz de produzir microchips, tornando o Brasil dependente desse produto que passa a vir somente de países como a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, prejudicando a produção industrial, em especial de celulares, computadores, automóveis, aviões etc., causando a diminuição da produção, o aumento dos preços e o avanço da inflação.

Enfraquece-se o Estado brasileiro e suas instituições. Empobrece o povo brasileiro, retira o direito dos trabalhadores, incentiva o trabalho informal e sem garantias. Permite e incentiva que grandes instituições públicas e privadas internacionais adquiram grandes empresas públicas e privadas brasileiras, alguma vitais não só ao próprio Estado como ente soberano, mas também à própria economia do país.

E a permissão de transporte sem controle interno de armas pesadas e o armamento generalizado de grupos, incentivado pela legislação feita a toque de caixa pelo desgoverno federal, aliado ao enfraquecimento e tentativa ou efetivo aparelhamento das instituições de fiscalização e repressão, seja do IBAMA, FUNAI, Receita Federal e Polícia Federal, está permitindo que organizações criminosas se armem, aumentando não só o seu poder de fogo, mas criando novas rotas do tráfico de minério ilegal, pesca ilegal, caça ilegal e do tráfico de drogas ilegais, incluindo agora a área  da nossa floresta amazônica, com rotas intransitáveis para indígenas e fiscais. A floresta de todos os brasileiros está sendo privatizada, com a permissividade desse desgoverno,  a todos os grupos de crime organizado, já tendo sido percebida a atuação de grupos criminosos internacionais ligados ao narcotráfico, inclusive. O Brasil está perdendo áreas enormes da floresta amazônica, de todos nós, a grupos do crime organizado.

O Brasil está sendo entregue. A população está perdendo o poder de compra. As instituições estão perdendo poder de fiscalização e repressão. O Poder Judiciário, com capacidade de condenar as ações criminosas que estão sendo praticadas, incluindo aí a corrupção deslavada, está sendo enfraquecido. O destino do Brasil não é incerto, mas certo. O Brasil pode ser desmembrado em pequenos países, favorecendo os Estados Unidos. Precisa ser dito que esse governo não atua em favor dos nacionais, mas está entregando o país aos interesses internacionais e ao crime organizado, incluindo aí a nossa enorme floresta amazônica. As crises do Estado, política, social e econômica só se agravarão... 

Basta!

quarta-feira, 15 de junho de 2022

A POLÍTICA PODERIA AJUDAR O SER HUMANO NA EVOLUÇÃO MORAL E ESPIRITUAL, MAS O TEM PRENDIDO AO INFERNO NA TERRA.

Amaria ter todo o tempo do mundo para a escrita. É o que mais amo! É a minha terapia e o meu encontro com o meu eu verdadeiro ou o meu eu sonhado.

É com a escrita que viajo quilômetros e esqueço da podridão moral que nos cerca, com humanos largados nas ruas, nas drogas, passando fome ou sofrendo violência e com os tipos mais mesquinhos e egoístas que ajudam a perpetuar ou até a agravar a tortura a tantos humanos, esse inferno na Terra.

A política deveria ajudar o ser humano a evoluir, sempre. Ela tem um grande papel para a evolução moral e espiritual humana coletiva. Acredito na política libertadora. Porém, por ligar-se ao poder, a política também corrompe o homem menos desprovido de amor verdadeiro. Com ela revelam-se os vaidosos, os corruptos, os déspotas e os anti-Cristos, que prendem a massa humana ao que as religiões chamam de inferno.

Como evitar que pessoas más se tornem políticos se a sociedade e a grande massa de pessoas valorizam tanto a violência, o egoísmo e o materialismo?

segunda-feira, 13 de junho de 2022

SERES MAIS EVOLUÍDOS QUE O SER HUMANO E TALVEZ MAIS PRÓXIMOS DO QUE IMAGINAMOS.

Seríamos nós os seres mais avançados?

Necessitaríamos de seres extraterrestres para nos mostrar que não somos os ocupantes do Olimpo ou haveria outro(s) ser(es) mais avançado(s) que nós em nosso próprio planeta?

É muita pretensão nos julgarmos evoluídos e à semelhança do criador, quando demonstramos que somos primitivos, que nos apegamos à posse desnecessária de supérfluos ou pela quantidade, quando matamos animais por caça esportiva, quando desmatamos sem aproveitarmos as áreas já desmatadas, quando dizimamos povos humanos e quando poluimos a água que bebemos e o ar que respiramos.

Assim, não é difícil de acreditar que haja seres mais avançados e mais inteligentes que nós e que podem estar muito mais perto do que imaginamos, ainda que não os vejamos.

Nem tudo é matéria como conhecemos. O exemplo disso é a extravagância de matéria escura, totalmente desconhecida por nós, que ocupa a maior parte do Cosmos.

Quando alguém vê um Anjo ou um Espírito, quando alguém se inspira por uma voz que somente esse alguém ouve, quando alguém se arrepia pela mera sensação de que uma "energia" estava próxima, quando nos deparamos com pequenos e grandes milagres seria mera imaginação, mera energia ou vida que não vemos e compreendemos?

Nós, como todos os demais seres, estamos numa escala evolutiva, e à frente de nós há muitos degraus e talvez muitos outros tipos de seres viventes no caminho.

Seria muita pretensão nos julgarmos perfeitos, quando devastamos a perfeição que nos abriga e rodeia.

Quando percebermos que há seres muito mais evoluídos que nós, sofreremos um grande impacto que poderá fazer com que voltemos à etapa de evolução.

De certo há seres mais avançados no vasto Universo, mas também pode haver mais perto do que imaginamos. 

Esses seres podem nos tratar com carinho e proteção da mesma forma com que tratamos nossos animais domésticos.

Assim como ensinamos nossos animais, que aprendem e demonstram inteligência, podemos ser ensinados por seres mais evoluídos, que nos inspiram para a evolução.

Deixaremos de ser egoístas se nos depararmos com seres mais evoluídos que nós na larga e comprida escala da vida?

sexta-feira, 10 de junho de 2022

QUANDO ISRAEL ATACOU UM NAVIO ESTADUNIDENSE DE ESPIONAGEM E DEIXOU 34 MORTOS. MESES DEPOIS ISRAEL PASSARIA A SER O MAIOR ALIADO MUNDIAL DOS ESTADOS UNIDOS.

Você pode não saber, seja porque não era nascido em 1967, seja porque os governos de Israel e dos Estados Unidos preferiram jogar os estadunidenses mortos para debaixo do tapete.

E em 1967, mesma data desse misterioso ataque, começava a grande aliança militar e estratégica entre os Estados Unidos e Israel contra os países árabes alinhados à antiga União Soviética, em especial Líbia, Iraque, Síria e Egito.

O tempo passou, a antiga União Soviética fragmentou-se, países árabes hostis aos Estados Unidos foram invadidos sob os mais diversos pretextos, grupos terroristas islâmicos foram apoiados pelos serviços secretos dos Estados Unidos, Israel passou a liderar estrategicamente a região do Oriente Médio, enquanto a extrema direita mundial se fortaleceu mundialmente e criou laços de forças.

Abaixo você lê um interessante artigo do documentarista Robert Inlakesh sobre o dia em que Israel atacou, deliberadamente, um navio de inteligência dos Estados Unidos. O texto foi publicado no site da RT (Russia Today) e foi traduzido do inglês para o português automaticamente pelo google. O link original é https://www.rt.com/news/556787-israel-uss-liberty-incident/

Eu não sabia desse ataque, e você? Boa leitura!

A história de quando Israel atacou a América e o governo dos EUA ficou do lado de Tel Aviv

RT relembra a história do USS Liberty, navio de guerra americano atacado por forças israelenses em 1967
A história de quando Israel atacou a América e o governo dos EUA ficou do lado de Tel Aviv












Em 8 de junho de 1967, Israel atacou um navio de inteligência americano chamado USS Liberty. O incidente deixou dois terços da tripulação do navio mortos ou feridos, em um ataque intencional dos militares israelenses, mas a resposta do governo dos EUA foi seguir em frente e se aproximar de Tel Aviv. Pode-se argumentar que isso abriu um precedente para Israel matar cidadãos dos EUA impunemente.

Foram quatro dias de Guerra dos Seis Dias. Israel ocupou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, derrotou os militares jordanianos, esmagou os egípcios e estava tendo sucesso contra a Síria. Tel Aviv havia dito aos EUA que seria uma guerra limitada, na qual não perseguiria a tomada de áreas como as Colinas de Golã sírias ou a Península do Sinai egípcia. No entanto, Israel estava prestes a fazer exatamente isso.

Flutuando nas águas internacionais do Mediterrâneo, na costa do Egito, um navio americano de última geração, transportando cerca de 300 tripulantes, estava estacionado para coletar informações essenciais para os interesses de Washington na região. Foi durante a Guerra Fria, e Israel estava enfrentando três dos mais problemáticos aliados da União Soviética no Oriente Médio: Egito, Síria e a Organização para a Libertação da Palestina. O conflito, prestes a terminar em poucos dias, reformularia a região a favor do Ocidente e faria de Tel Aviv sua posição como um dos principais aliados dos Estados Unidos.

A Guerra dos Seis Dias entre Israel e seus vizinhos árabes, muitas vezes pintada como a batalha de Israel pelos interesses americanos, não foi exatamente tão clara quanto essa narrativa sugere. Às 14h do dia 8 de junho, o controle de solo israelense ordenou que seus caças atacassem o USS Liberty, um navio americano claramente marcado com uma grande bandeira americana . Este era um navio que Israel havia identificado – pelo menos sete vezes, de acordo com fitas de áudio descobertas pela Al-Jazeera – como pertencente à Marinha dos EUA. Os militares israelenses abriram fogo com projéteis perfurantes, atingindo o navio. Eles também jogaram napalm, abateram os botes salva-vidas e dispararam um torpedo no navio.

Um total de 34 americanos foram mortos e 172 ficaram feridos como resultado do ataque não provocado. Sobreviventes do USS Liberty compilaram evidências para argumentar que deveria ser julgado como um crime de guerra. Apesar dos claros pedidos por uma investigação abrangente que leve aqueles que ordenaram o ataque à justiça, os sobreviventes do USS Liberty dizem que seus pedidos nunca foram seguidos e, até hoje, grande parte da documentação em torno do incidente ainda é considerada confidencial pelos EUA. governo.

O encobrimento

Logo após a ocorrência do incidente, a administração do presidente Lyndon Johnson foi informada na íntegra. Israel anunciou sua posição oficial, admitindo que foi um ataque deliberado, mas que suas forças identificaram erroneamente o navio e todo o episódio foi um grande erro. Essa posição não foi imediatamente aceita pelos EUA, mas Johnson nunca seguiu com uma investigação completa. É devido à grande escala de censura em torno do incidente, à falta de responsabilidade e à ausência de um inquérito adequado, que muitos sobreviventes do ataque do USS Liberty afirmam que houve um encobrimento e continuam a exigir justiça 55 anos depois.

Muitos oficiais militares, de inteligência e civis dos EUA também contestaram a alegação de Israel de que não sabia que era um navio americano. Entre eles estava o então secretário de Estado dos EUA, Dean Rusk, que afirmou em sua autobiografia, ' As I Saw It ', que “eu não acreditava neles na época, e não acredito neles até hoje. O ataque foi ultrajante”.

Os militares israelenses, pouco depois, apresentaram seis acusações contra vários dos envolvidos. No entanto, eles foram posteriormente retirados pelo juiz militar Sgan-Aluf I. Yerushalmi, que concluiu no inquérito preliminar que “em todas as circunstâncias do caso, a conduta de qualquer um dos oficiais navais envolvidos neste incidente não pode ser considerada irracional, em uma medida que justifique o compromisso para julgamento”. Testemunhos de testemunhas oculares foram posteriormente deixados de fora do relatório americano, descartados pelo governo dos EUA. Além disso, as principais provas desapareceram e os sobreviventes, além de familiares das vítimas, foram silenciados de falar com a imprensa por medo de inflamar as relações EUA-Israel.

Nunca houve uma audiência formal no Congresso dos EUA sobre o incidente, que foi chamado de  “sem precedentes e uma desgraça nacional”, pelo ex-almirante americano Thomas Moorer. Moorer também afirmou que as forças dos EUA foram “ordenadas a se retirar pelo secretário de Defesa McNamara e pelo presidente Johnson por razões que o público americano merecia saber. O capitão e a tripulação do Liberty, em vez de serem amplamente aclamados como os heróis que certamente são, foram silenciados, ignorados, homenageados tardiamente e longe das câmeras, e negados uma história que reflita com precisão sua provação”.

A mídia dos EUA estava praticamente em silêncio sobre a história do USS Liberty quando aconteceu, em termos de ter sido um ataque israelense potencialmente intencional, ou mesmo na escala do incidente. No entanto, a Newsweek publicou um artigo no qual citou um alto funcionário da Casa Branca alegando ter acreditado que Israel atacou intencionalmente o navio. Logo depois foi descoberto que Johnson era a fonte da Newsweek, e isso enfureceu Israel e seus lobistas em Washington. Se o presidente não alterasse sua posição, o lobby de Israel estaria preparando uma campanha que o acusaria de “difamação de sangue” e pintá-lo como um anti-semita. Essa linha de argumento sugeriria que Johnson pode ter procurado encontrar a verdade, mas se importava mais com os votos da comunidade judaica nos Estados Unidos e temia ser pintado como contra sua causa. 

Israel também forneceu outro incentivo para que o presidente dos EUA mudasse sua abordagem sobre o assunto e abandonasse a ideia de prosseguir na forma de um presente político considerável. Na época, Johnson estava enfrentando uma reação considerável após seu papel na continuação da Guerra do Vietnã. Esta foi uma enorme dor de cabeça diplomática, especialmente no momento em que as forças norte-vietnamitas haviam adquirido recentemente mísseis terra-ar soviéticos.

Todos os dias, aeronaves dos EUA estavam sendo lançadas do céu por esses mísseis, o que significava que o número de mortos americanos estava aumentando constantemente – um problema para o qual Israel tinha a resposta. Através da bem-sucedida ofensiva terrestre de Israel no Sinai egípcio, ele conseguiu os mesmos mísseis soviéticos e os manuais para seu uso . Tel Aviv decidiu entregá-los aos EUA como presente, juntamente com as instruções.

Tanto para os EUA quanto para Israel, a Guerra dos Seis Dias foi um grande triunfo. Para os americanos, esta foi uma grande vitória contra o inimigo soviético e, para Israel, este foi o seu momento de ouro quando acabara de derrotar seus vizinhos e se tornar o queridinho do Ocidente. A história do USS Liberty chegando à imprensa foi um grande obstáculo e teria impactado negativamente os resultados alcançados por ambas as partes, se o público americano descobrisse o que realmente aconteceu.

Por que Israel atacou a América?

Existem quatro explicações primárias sobre por que Israel atacou o USS Liberty, tornando a verdade difícil de determinar de forma decisiva e é provável que possa ser qualquer uma dessas quatro razões, ou de fato uma mistura. Há também a narrativa israelense, que diz que o ataque foi um erro.

A primeira explicação é que Israel vendeu a seus aliados americanos a mentira de que estava apenas travando uma guerra limitada e não buscando uma apropriação de terras. Tel Aviv tinha planos claros de tomar não apenas a Península do Sinai, mas também as Colinas de Golã , que manteria após a guerra como seu território, juntamente com toda a Palestina histórica. Essa linha de pensamento sugere que Israel temia que o navio de inteligência americano pudesse ter causado problemas indesejados se encontrasse alguma informação sobre as verdadeiras intenções de Tel Aviv.

A segunda e a terceira explicações têm a ver com crimes de guerra israelenses mais facilmente observáveis ​​que o navio poderia ter identificado, incluindo o massacre de 14 forças de paz da ONU na Faixa de Gaza e o assassinato em massa de cerca de 1.000 prisioneiros de guerra egípcios no Sinai . O USS Liberty estaria próximo da cidade de El-Arish, onde as forças israelenses iriam alinhar e matar prisioneiros de guerra egípcios. Acredita-se que pelo menos 400 prisioneiros foram mortos apenas em El-Arish pelas forças israelenses.

A quarta explicação, que resultou principalmente de um documentário investigativo da BBC , lançado em 2012, foi que o ataque poderia ter sido uma operação de bandeira falsa que deu errado. Isso aponta para o envolvimento de oficiais de inteligência dos EUA, que teriam discutido a possibilidade de uma operação conjunta EUA-Israel para afundar um navio americano para culpar os egípcios. A evidência sobre isso não é conclusiva, mas nos levaria a acreditar que tanto a inteligência dos EUA quanto a de Israel estavam procurando um Golfo de Tonkin .pretexto de estilo para lançar uma guerra conjunta contra o Egito. Embora isso não deva ser completamente descartado como uma possibilidade, os oponentes dessa linha de pensamento argumentam que Israel já estava derrotando facilmente todos os seus vizinhos sem a ajuda dos EUA e que faria pouco sentido para Washington fornecer um pretexto para uma intervenção soviética.

Curiosamente, em 2017, o Intercept divulgou dois documentos classificados da Agência de Segurança Nacional (NSA) que lançam mais luz sobre o incidente. Um dos documentos, um guia de classificação que estava em uso até pelo menos 2006 , revelou que a NSA tinha seu próprio sistema de transliteração hebraico. No entanto, o guia afirma que essa informação é secreta e, portanto, não podemos concluir exatamente quais evidências isso apresentaria. O artigo do Intercept afirma que isso prova que os EUA historicamente consideraram Israel um “alvo de inteligência ”. Até hoje, a NSA se recusa a reconhecer que interceptou sinais israelenses naquele dia, uma afirmação contrariada por um relatório investigativo divulgado pelo Chicago Tribune .

A razão pela qual a questão do potencial alvo de inteligência da NSA em Israel é tão importante é porque ajuda a reforçar a teoria de que Israel sabia que estava atacando um navio americano. Também pode nos dar motivos para acreditar no argumento do autor russo Joseph Daichman em seu livro 'History of the Mossad', que diz que Israel atacou a Liberdade para impedir os soviéticos de roubar informações interceptadas pelos EUA. Daichman argumenta que Israel estava justificado em atacar o navio, pois o fracasso em fazê-lo poderia levar os soviéticos a fornecer aos egípcios informações confidenciais de inteligência que eram vitais para o esforço de guerra.

Relações EUA-Israel e o assassinato de americanos com impunidade

Ninguém jamais foi considerado culpado do incidente do USS Liberty. Em 1968, o ano seguinte à guerra de junho de 1967, o orçamento de ajuda dos EUA para Israel foi ampliado em 450% e Tel Aviv ficou mais perto dos EUA do que nunca. Nenhum futuro governo dos EUA jamais perseguiria a responsabilidade pelo assassinato de 34 cidadãos americanos desarmados. O resultado final era que a posição de Israel como um aliado chave dos EUA era mais importante do que as vidas americanas e, como a história nunca circulou na mídia americana, houve poucos protestos sobre o ocorrido.

Em março de 2003, ocorreu outro caso de grande repercussão de Israel tendo como alvo um cidadão americano. Desta vez, um soldado israelense dirigindo uma escavadeira militarizada no sul da Faixa de Gaza foi responsável por matar uma jovem chamada Rachel Corrie. A americana de 23 anos era claramente identificável e estava tentando impedir a demolição de casas palestinas pelas forças israelenses. Depois de anos de seus pais lutando por justiça através do sistema legal, um tribunal israelense considerou seu soldado inocente em 2012 e foi isso. O governo dos EUA não levantou um dedo pela jovem Corrie, que foi brutalmente esmagada até a morte.

Há pouco mais de um mês, um veterano jornalista palestino-americano chamado Shireen Abu Akleh foi morto a tiros por um soldado israelense, intencionalmente, de acordo com os resultados de um relatório investigativo da CNN . O Departamento de Estado dos EUA alegou inicialmente que confiava em seus aliados israelenses para investigar o que seria um crime de guerra, permanecendo em silêncio sobre o que os próprios EUA fariam para garantir a responsabilização. Mais tarde, Israel declarou que não investigaria o assassinato de Shireen Abu Akleh e que, mesmo no caso de um de seus soldados ser o responsável, eles não seriam responsabilizados por qualquer má conduta criminosa . 

Parece, com base nas evidências diante de nós, que a equipe do presidente Joe Biden está seguindo as mesmas "regras| que existem desde 1967 de nunca punir Israel, não importa o quê, mesmo que seja responsável por assassinar cidadãos dos EUA. A linha de pensamento aqui é que a ajuda dos EUA a Israel é incondicional e que o apoio a Tel Aviv nunca diminui, não importa o que Tel Aviv faça.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

AS DIVAGAÇÕES, O MEDO E AS INSPIRAÇÕES. HUMANO E UNIVERSO SEMELHANTES ÀS POESIAS.

Confesso que muitas vezes o que escrevo me arrepia, de medo.

Quando divago sobre espiritualidade e Universo não escrevo por compreendê-los profundamente, mas por utilizar um raciocínio que leva a uma conclusão que para mim sempre revela uma descoberta nova, que eu próprio não compreendia de forma tão nítida.

O raciocínio humano, pelo o que percebo, nos é capaz de levar a descobertas que aparentam, e apenas aparentam, ser de outros mundos, mas que na verdade apenas descortinam o que não conseguimos enxergar se não utilizarmos a incerteza da percepção, do sentido e da interpretação, recheados da criatividade humana.

Obviamente, além disso, deve haver uma pitada de inspiração, que vem do fundo da Alma e do Cosmos.

O ser humano e o Universo nos revelam, assim, uma amável semelhança com as poesias.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

CRACOLÂNDIA: INEFICIÊNCIA E INCOMPETÊNCIA DAS AUTORIDADES NA MAIOR METRÓPOLE DO HEMISFÉRIO SUL

O Brasil é o país do faz de conta. E nisso os nossos políticos são extremamente hábeis. Não é por outro motivo que existem as fake news de interesse político. Maqueiam a realidade, mas não resolvem problema algum. Ao contrário, expandem os problemas para além do espaço originário, alcançando mais e mais pessoas. É o caso da cracolândia na cidade de São Paulo.

A Polícia Civil interveio na cracolândia recentemente, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, para acabar com o controle do tráfico de drogas pelo PCC, na Praça Princesa Isabel. Com isso, os usuários foram espalhados pela rua Helvétia, há duas semanas.  Os moradores de Campos Elíseos e Santa Cecília, agora, ficam temerosos de sair às ruas.

Porém, a dispersão causada pela ação governamental não causou mais segurança a ninguém. Nem aos moradores de rua da região nem aos moradores do bairro. Também não é possível afirmar que o tráfico e o consumo de drogas tenha diminuído. Ao contrário, a violência em geral só aumentou.

Não foram poucas as imagens de violência contra mulheres e homens na região. A truculência das autoridades não resolve problema algum. Ao contrário, aumenta para outras áreas e alcança mais e mais pessoas. 

Nessa madrugada, após uma ação violenta da Guarda Civil Metropolitana, os antigos frequentadores da cracolândia, moradores de rua que são usuários de drogas, se revoltaram e começaram a quebrar os vidros de carros estacionados, a gritar e a bater com força em portas de prédios residenciais e comerciais. Os moradores não conseguiram dormir, motoristas tentavam fugir pela contramão. Dizem que foi um terror.

Ou as autoridades resolvem o problema, ou ele alcançará, muito em breve, toda a zona central expandida de São Paulo, incluindo aí vários bairros nobres, como Higienópolis e Pacaembú, o que, para as autoridades, poderá, aí sim, ser um problema que necessitará ser resolvido de qualquer forma, para não desagradar parte significativa da classe alta e da média alta da Capital.

É necessário atuar primeiro com ações de saúde, de tratamento e recuperação das drogas, em parceria com a sociedade civil, principalmente com quem já tem conhecimento na área, que são as Igrejas pentecostais e a Católica. Também é necessário interceder com internações voluntárias e, dependendo do caso (há a necessidade de análise de cada caso individualmente), a internação compulsória, mediante a intervenção da família ou do órgão do Ministério Público. Ao mesmo tempo, com ações sociais, entrar em contato com as famílias para elas atuarem, dando-lhes apoio e também cobrando ação, não permitindo a continuidade dessa perniciosa omissão familiar. Em terceiro, propiciar uma saída alternativa a tudo o que foi feito até agora, com inúmeras possiblidades, como grandes fazendas acolhedoras dessas pessoas, pequenos quartos construídos para cada uma dessas pessoas terem o seu canto, em prédios abandonados no centro deteriorado da capital paulista ou até mesmo na periferia. É necessário planejamento e ação. É necessário parceria. É necessário integração com diversos órgãos públicos. O que sobra, nisso tudo, no entanto, é truculência, como se essas pessoas não sofressem de carência de ação estatal e já não fossem excluídas do mínimo que a cidadania proporciona e garante.

Ações de violência policial desagradam e incomodam não só os  frequentadores (pessoas em situação de rua que são dependentes) da cracolândia, mas também os moradores, também vítimas dessa situação. Essas ações podem dar a falsa impressão de que agora o Poder Público vai agir. Não. Trata-se de mera violência, sem planejamento para resolver o problema dos dependentes e dos moradores da região. O problema se espalha e se agrava a cada dia.

É necessário responsabilizar o Poder Público por negligência, ineficiência, incompetência e violência.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

A CHAMADA MATÉRIA ESCURA SERIA O ENIGMA PARA A COMPREENSÃO DA COMPOSIÇÃO DO SER HUMANO, QUE O LEVA A BUSCAR O CONFORTO MATERIAL E TAMBÉM ESPIRITUAL?


Seres humanos, seres complexos e intrigantes!

Quem são os seres humanos? São os sensíveis, os solidários, os criativos e geniais ou os crueis, egoístas e tacanhos?

Há todos os tipos de seres humanos, e não digo isso em relação ao aspecto físico, embora haja uma diversidade que muitos não aceitam. Digo em relação ao comportamento e seu grau evolutivo.

Há seres mais avançados intelectual e moralmente, e por isso mais desprendidos do egoísmo, e os mais primitivos, mais presos às necessidades de uma aparerente sobrevivência ao estilo selvagem.

Humanos podem ser conceituados como os animais que vivem em grupo ou sociedade, mais evoluídos no Planeta Terra, capazes de se comunicar entre si e registrar história e adaptar a natureza aos seus interesses.

Mas esse conceito é insuficiente a abarcar todas as características humanas desses seres meio macacos e também surreais.

O ser humano evoluiu em sua inteligência desde os primórdios. De um lado, utilizou sua mente para a sobrevivência, criando o fogo, a roda, as civilizações e a pólvora. Os seres humanos menos evoluídos, por outro lado, ainda vivenciam, valorizam e promovem as armas, as guerras e repudiam a diversidade humana em pleno Século XXI.

E ao mesmo tempo em que o ser humano buscava a proteção nos agrupamentos e sociedades, há milênios, também sentia a necessidade de buscar um equilíbrio interior, a que muitos denominam religiosidade ou espiritualidade. Por outro lado, prendendo o homem a conceitos e dogmas, foram criadas as religiões.

A verdade é que o humano sempre buscou um conforto material, além da sobrevivênia, e espiritual, além da vida.

E é a inteligência humana que o liga a essa evolução, que o fez ser sobrevivente em meio a uma natureza, então selvagem, e que busca um sentido para a existência e além dela.

O corpo físico do ser humano, assim como ele mesmo, é complexo. Embora aparentemente sólido, é composto em sua maior parte de água. Para alguns, a isso se acresce um elemento chamado Espírito, Alma, Energia, que o liga além do Planeta.

O fato é que um ser complexo que é capaz de adaptar a natureza, de criar uma linguagem, de registrar história, também o é de enxergar além da matéria, do tempo e do espaço, e isso vai da evolução coletiva e ainda varia individualmente.

Embora sejamos capazes de registrar a nossa existência no planeta, ainda não compreendemos o Universo, a nossa imensa casa. Assim como a nossa composição é mais complexa do que aparenta ser, a do Cosmos também o é, mas talvez muito mais, por ser muito mais vasto e impossível de ver o todo. E estudando o Cosmos, começaremos a compreender o que hoje denominamos de matéria escura ou energia escura, que compõe e harmoniza a estrutura do Universo. Compreendendo a estrutura de nossa casa, compreenderemos melhor a nossa verdadeira composição, o que nos diferencia dos seres inanimados e a razão de buscarmos o conforto físico e também o Espiritual.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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