sexta-feira, 26 de abril de 2024

Os Estados Unidos e o Multilateralismo, sábado, às 19hs, na VAMOS TV

Neste sabado, dia 27 de abril, às 19hs, terá um um vídeo bem bacana na VAMOS TV, onde esse blogueiro comentará sobre Os Estados Unidos e o Multilateralismo que está se impondo no mundo, no VAMOS FALAR DE GEOPOLÍTICA.
Bem interessante, mesmo!
O próximo, que será ainda mais especial,  abordará o Brasil diante do Multilateralismo. 
Embora associemos Multilateralismo a organismos como a ONU, o termo se contrapõe a poder hegemônico, onde um país está acima dos demais. Com o fracasso da ONU em implementar o resultado das votações da Assembléia Geral e o poder de veto individual de cada um dos membros do Conselho de Segurança, o chamado Multilateralismo do órgão se demonstrou falso. 
Hoje, o Multilateralismo se demonstra mais evidente em razão da perda de poder da Europa e dos Estados Unidos e do aumento da importância de países periféricos, como o Irã, ou militarmente importante, como a Rússia, ou com uma economia avassaladora, como a China.
O Multilateralismo geopolítico já é uma realidade. E os Estados Unidos não estão aceitando bem a perda de poder, o que só está acelerando a derrocada do império.
Esse programa retorna ao formato original, onde o apresentador não apenas narra, mas fica frente a frente com o espectador. E, se tdo der certo, vem mais pequenos ajustes na programação do canal.
O link para assistir é  esse, a partir de sábado, 19hs.

https://youtu.be/nKUkc4c70zw?si=OXXjkmssmZXhjrcK



quarta-feira, 24 de abril de 2024

NOVA ORDEM GLOBAL, SUL GLOBAL, BRICS, IRÃ! O BRASIL ESTÁ SENDO LEVADO.

Muitas pessoas que acompanham a mídia hegemônica desconhecem a formação de uma nova ordem mundial, que está cada vez mais presente em todos os cantos do globo. Alguns sugerem que ela teve início com a guerra da Ucrânia, outro com o ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro de 2023. Outros dizem que ela ficou mais clara com o bombardeio iraniano a Israel. O fato é que as economias chinesa e indiana continuam a crescer muito e a Rússia, mesmo diante de tantas sanções econômicas, cresceu militar e economicamente.

Enquanto isso acontece, a França e os Estados Unidos têm perdido parcerias importantes na África, cedendo importante espaço à Rússia, como parceira militar e estrategista, e à China, como investidora e parceira econômica.

Ao mesmo tempo, a China fortalece a sua rede para escoar seus produtos, conhecida como Novas Rotas da Seda, que chegam a incluir a América do Sul e o Brasil.

Porém, a extrema direita mundial, que diz ser ligada a valores ocidentais, visando esconder os seus interesses claramente financeiros, se expande na Europa e nas Américas. É uma direita que se diz nacionalista, mas que na América Latina não tem nada de patriótica, sendo verdadeiramente entreguista. Vide o que os governos de direita fizeram em relação aos Estados Unidos, cedendo bases, empresas e até exploração de áreas sensíveis.

E é nesse panorama que os Estados Unidos e a Europa estão perdendo a hegemonia de antes, muito embora ainda detenham o perigoso poderio militar em uma área periférica como a América Latina.

Com o empobrecimento lento e gradual da Europa, o continente americano será uma preocupação cada vez maior dos Estados Unidos, que visam proteger o seu chamado quintal contra os interesses da Rússia e China, ao mesmo tempo em que se sente no direito de explorar toda a riqueza natural da região.

O Brasil, sufocado pela extrema direita e suas ações parlamentares, inclusive, têm muito a perder, justo em um momento em que poderia ampliar a sua influência e o seu poderio militar. É momento do Brasil investir em indústrias de tecnologia, incluindo aí de produção bélica nacional, seja estatal ou privada, e garantir o seu espaço de interferência geopolítica no continente sul americano, com capacidade de expansão para a África, Oceania e América Latina.

O Brasil tem que ter independência no material militar em relação às potências econômicas e militares globais, a fim de preservar e proteger os seus interesses. O país pode sofrer sanções, inclusive em relação a material bélico, se contrariar os interesses das potências de plantão, o que prejudicaria toda a estratégia de defesa. Por isso o desenvolvimento de material bélico nacional com tecnologia própria ou em parceria com países não imperialistas seria de grande importância.

Como dizem estrategistas militares brasileiros, como o aclamado Comandante Farinazzo, militar da reserva da Marinha do Brasil, o investimento em drones e mísseis de médio e longo alcance é algo básico, barato e de extrema importância para o Brasil, muito mais do que a aquisição de porta-aviões ou material bélico básico do exterior.

Nesse contexto, o milenar Irã deu um exemplo a ser seguido por países de grande relevância estratégica e que querem investir bem, sem depender das potências internacionais. Mesmo sob sanções desde a Revolução Islâmica, em 1979, o Irã conseguiu desenvolver uma indústria nacional, incluindo a produção de aviões, automóveis, navios e uma diversa gama de material bélico de qualidade e a um preço consideravelmente módico. Hoje, o Irã é um dos maiores produtores mundiais de drones e de mísseis de longo alcance de qualidade.

Nessa nova Ordem, o Irã torna-se parceiro importante do Brasil, também por ser integrante do cada vez mais poderoso BRICSs que, inicialmente, de mera parceria econômica, devido aos seus influentes membros, muitos detentores do poderio atômico, tende a se tornar um importante polo de decisão geopolítica mundial, além de, a médio tempo, poder se converter em uma aliança militar muito superior à própria OTAN, inclusive. Não sou apenas eu que digo isso, mas inúmeros analistas militares e de geopolítica.

O Brasil está sendo conduzido pela Nova Ordem Mundial, mas precisa se preparar para defender os seus interesses, que são muitos (água, minerais, petróleo, gás, produção industrial, produção agrícola, produção pecuária, Amazônia e demais biomas). Se antes o mundo estava atrás de petróleo, hoje está atrás, também, de alimentos, terra para produção agrícola e água potável, e o Brasil é o mais importante país do sul global, ou até do mundo inteiro, nesses quesitos estratégicos.

Se por um lado é importante termos uma diplomacia tão profissional que seja capaz de negociar e ampliar nossas parcerias econômicas, por outro temos que investir na indústria de defesa (mas não só, em tecnologia, indústrias...), a nos garantir autonomia e capacidade defensiva em um mundo que está a se mostrar novo e perigoso a quem não tiver capacidade bélica defensiva.

O submarino de propulsão nuclear é importante, mas um só não nos basta. Precisamos investir em uma dezena deles, em mísseis e drones submarinos e aéreos de grande velocidade. A defesa da costa, da Amazônia e do território é a defesa dos nossos interesses e do nosso povo, e temos que estar atentos a isso, sempre!

O Brasil tem muito a ganhar, e a perder também, a depender de sua ação ou acomodação e inação! É importante que direita e esquerda se unam em questões nacionais de ponta, como as estratégicas. O Brasil precisa começar a se preparar para defender os seus interesses e suas riquezas, antes que seja tarde demais!

O desmembramento do Brasil em pequenas nações nunca esteve só no passado distante. Ocorreu uma tentativa em 1964, com a infiltração de agentes estadunidenses pelo interior do Brasil, preparados para ações terroristas, caso o governo Jango reagisse o golpe civil-militar. E hoje também é uma realidade presente. A nenhuma potência interessa um Brasil gigante, mais difícil de controlar e invadir. Estejamos atentos!

sábado, 20 de abril de 2024

ISRAEL ULTRAPASSOU A LINHA VERMELHA

O analista de geopolítica Pepe Escobar revelou em uma entrevista neste sábado que um F35 moderníssimo da força aérea israelense foi abatido pelos russos no espaço aéreo da Jordânia, no mesmo dia do ataque israelense ao Irá.
A inteligência russa teria descoberto que o F35 carregava uma ogiva nuclear que seria detonada na atmosfera a fim de provocar um choque eletromagnético (EMP) sobre o Irã, a fim de ocasionar um colapso em todo o sistema elétrico iraniano, inviabilizando as comunicações eletrônicas.
Segundos antes os russos teriam entrado em contato com autoridades do Pentágono, que não vetaram o bombardeio.
Pepe esclareceu que russos, chineses e estadunidenses não confirmaram. Mas agente de inteligência de uma potência asiática teria confirmado e reconfirmando a informação.
Israel teria ultrapassado a linha vermelha. Mais um motivo para Netanyahu cair em questão de semanas ou meses por força de ações da CIA.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

BRASIL SOB ATAQUE III

Os ataques ao Brasil serão uma constante e virão de entes ou representantes políticos de governos estrangeiros, ONGs, empresas, manipulação de notícias por veículos nacionais e estrangeiros e muitos outros meios possíveis.

A África do Sul, que assim como o Brasil mantém posição de independência e é  membro dos BRICSs, sofre com um projeto de lei em trâmite no Congresso dos Estados Unidos que visa aplicar sanções e impor redução no comércio bilateral. O motivo declarado é a aproximação da África do Sul com países inimigos ou desalinhados aos Estados Unidos, como China, Rússia e o Irã, ou seja, membros dos BRICSs.

Ainda que a África do Sul esteja um pouco mais à esquerda no espectro político que o Brasil e seja um pouco mais independente em suas relações internacionais, qualquer semelhança com o posicionamento do Brasil não é mera coincidência.

O Brasil tem todos os motivos para estar alerta.

BIDEN SOB UM FIO. NETANYAHU SERA ALVO DA ESPIONAGEM DOS EUA?

Ou os Estados Unidos agem para retirar Netanyahu do poder, em Israel, ou Biden perderá feio nas eleições dos Estados Unidos, que acontecerão em poucos meses.

Netanyahu têm avançado sobre linhas tracejadas pelo governo dos Estados Unidos e podem atrair esse país para um conflito com o Iran, o que não interessa nem ao país persa nem ao país da América do Norte.

Netanyahu têm agido por interesses muito próprios, contra os interesses expressos dos Estados Unidos e dos Democratas.

Embora os EUA venham a aprovar o repasse de dinheiro a Israel no sábado, poderá agir informalmente para retirar Netanyahu do poder? Ou o Biden usa os seus serviços de espionagem ou Netanyahu afundará qualquer pretensão democrata à reeleição.

ISRAEL TENTOU, SEM ÊXITO, ATINGIR INSTALAÇÕES NUCLEARES DO IRÃ

O Irã foi atacado por Israel, possivelmente apenas por drones. O governo iraniano fala em três drones que teriam sido abatidos na cidade de Isfahan, a 450 quilômetros de Teerã e onde se situam centrais nucleares iranianas.

Autoridades israelenses teriam confirmado o ataque ao jornal estadunidense The New York Times, mas negam ter tido o objetivo de alcançar instalações nucleares.

Não se sabe se os drones partiram de Israel ou de alguma base de algum grupo terrorista, como o ISIS, apoiado informalmente e operacionaolmente por Israel e Estados Unidos, na Síria e no Iraque.

O ataque israelense teria sido limitado, visando não irritar os Estados Unidos, que não desejavam um ataque isrelense. Resta saber se o Irã irá revidar ou mandará algum proxy, como Houthis ou  Hezbollah revidar em ataques ao sul ou norte de Israel.


O BRASIL SOB ATAQUE II

A divulgação de relatório superficial e tendencioso sobre o Supremo Tribunal Federal Brasileiro por Comissão  do Congresso dos Estados Unidos nada mais caracteriza um ataque direto ao Brasil, às instituições democráticas e ao governo brasileiro.

O Brasil deve reclamar de tal intromissão em assuntos de seu interesse contra a presidência do congresso dos Estados Unidos e também ao chefe do executivo daquele país.

O relatório, além de ser simplista, juntando apenas ofícios e não ordens judiciais, baseia-se em documentos apresentados por Ellon Musk e possivelmente por parlamentar brasileiro.

Se parlamentar brasileiro municiou a comissão dos Estados Unidos, deverá ser investigado aqui no Brasil.

O ataque, como havíamos falado, continua e põe em risco a soberania do nosso país.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

A ILHA DA INFORMAÇÃO IMPARCIAL E INVESTIGATIVA, AL JAZEERA

A Rede de TV ALJazeera, que significa "a Ilha" ou "Península" em árabe, pertence ao governo do pequeno, mas influente Catar. E é uma ilha de informação independente e imparcial diante do oceano midiático ocidental, historicamente ligado a lobbies e aos disfarçados interesses de agências de inteligência das grandes potências.

Com menos de 30 anos de existência, a rede recebeu inúmeros prêmios pelo seu jornalismo investigativo e na defesa das mais diversas espécies do gênero direitos humanos. É uma tevê única, que esteve no Iraque, enquanto os Estados Unidos bombardeavam indiscriminadamente o então Estado árabe mais rico, melhor instruído e militarizado, e que ainda guardava consigo os mais antigos manuscritos da filosofia grega e mundial. O resultado dos inúmeros ataques dos Estados Unidos e o fomento, por este e a Grã Bretanha, de grupos terroristas como o ISIS (em árabe é chamado de DAESH), resultaram na fragmentação do Estado iraquiano e a criação, dentro do próprio Iraque, de um Estado artificial ligado aos interesses ocidentais, o Curdistão iraquiano (os curdos têm direito à criação de um Estado legítimo, mas não da forma como os britânicos fizeram na África e Ásia ao longo da história e, agora, que atenda unicamente aos interesses ocidentais. Muitos não sabem, mas quem conquistou Jerusalém em 1187 para os islâmicos foi o curdo SaladinoṢalāḥ ad-Dīn Yūsuf ibn Ayyūb. Os curdos, verdadeiramente, têm estreitos laços com a história islâmica e com muitos dos povos irmãos, como os árabes).

A Al Jazeera já desagradou a interesses sauditas, egípcios, dos Emirados Árabes, israelenses, estadunidenses e pagou caro por isso, sendo boicotada, sancionada e com escritórios e torres de transmissão bombardeados, como fizeram os Estados Unidos e Israel. Muitos de seus trabalhadores, jornalistas, foram assassinados durante o exercício da profissão, por forças colonialistas e imperialistas no Iraque, na Palestina e em Israel.

A Al Jazeera, por ter uma linha editorial independente, desagrada a muitos governos autoritários e aos mesquinhos interesses imperialistas. Com isso, o governo do Catar sofre forte pressão internacional, mas tem conseguido manter a linha editorial independente da rede de tv árabe mais influente, a Al Jazeera.

A Al Jazeera foi a primeira tevê a abrir as suas reportagens para serem retransmitidas abertamente por outras emissoras. Essa mesma rede produziu inúmeros documentários abordando questões de direitos humanos, inclusive aqui no Brasil.

O que poucos sabem é que na década passada a rede de TV Al Jazeera produziu o seu documentário mais polêmico e importante, proibido pelo governo dos Estados Unidos e da Grã Bretanha, sobre o lobby sionista (leia-se israelense, e não judaico, pois não tem ligação com a religião, mas com a política expansionista e colonialista própria do sionismo) nesses dois países, e como os políticos, as corporações midiáticas e os governos se tornaram reféns dos interesses do sionismo israelense.

A reportagem foi produzida por um jornalista judeu contratado pela Al Jazeera e que está disponível nos canais da importante emissora do pequeno Catar. Clique aqui para assistir no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=ceCOhdgRBoc) ao primeiro episódio de uma importante e histórica série.

Esses são alguns dos "motivos" pelos quais governos autoritários, como o do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sempre almejaram - e não é de hoje - a proibição da Al Jazeera em solo de seus países.

sábado, 13 de abril de 2024

O GOVERNO TEM QUE FALAR FORTE

Que direita brasileira é essa que apoia lideres políticos e empresariais estrangeiros contra autoridades brasileiras? Seja Miley, Netanyahu, Ellon Musk?
Que direita é essa que não age na defesa dos interesses nacionais, mas se alia aos ataques contra o Brasil?
Que direita é essa que manipula uma grande massa de chapéus de alumínio em defesa de seus interesses economicos? 
Há muitos empresários e financeiras ligadas ao Bolsonarismo que ganha muito dinheiro com Contratos com o Ellon Musk. Isso é fato,.mas os chapéus de alumínio não sabem. Ou será que essa direita vendilhona se alia a Ellon Musk apenas pela "defesa da liberdade"?
Que hipocrisia é essa de Ellon Musk atacar a Justiça brasileira, sob os aplausos do Bolsonarismo, e calar-se perante os excessos chinês, russo, israelense, cubano, alemão, britânico e estadunidense?
O Brasil está sob ataque direto e indireto. O fomento à divisão social interna só serve para o enfraquecimento da defesa dos interesses nacionais.
Ou o governo começa a falar forte e a fazer prevalecer o imperativo da lei contra autoridades e empresários estrangeiros, políticos nacionais e demais cidadãos, ou a força política do atual governo poderá começar a se esfarelar.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

O BRASIL SOB ATAQUE

Você deve ter consciência de que o Brasil é uma potência energética, mineral e agroindustrial. O Brasil, sozinho, é capaz de alimentar de 800 milhões a 1,6 bilhão de pessoas. Não é pouca coisa.

Grande parte da nossa produção vai para o nosso maior comprador e parceiro comercial, a China, o mesmo país que está a poucos anos de ocupar a liderança econômica mundial.

Porém, o Brasil está em sério risco e, segundo o que avalio, já está sob ataque indireto. Explico.

A guerra na Ucrânia, ao invés do que os europeus e estadunidenses imaginavam, fez a economia russa crescer, ao mesmo tempo em que demonstrou a capacidade de sua indústria bélica de produzir e repor armamentos. Segundo alguns analistas, a guerra na Ucrânia se aproxima do fim por uma série de fatores, a não ser que algo muito inusitado ocorra. A Ucrânia está com dificuldades de arregimentar tropas e está com falta de aviões, sistemas de defesa aérea e sofre com poucos suprimentos bélicos, falta de reposição e de manutenção, isso mesmo com todo o empenho da OTAN, armamentos doados e vendidos, apoio logístico e de informação, e dinheiro repassado ao país. Hoje, os Estados Unidos, o maior financiador da Ucrânia, ainda não conseguiram aprovar o repasse, propagandeado há meses, de 300 milhões de dólares. Não bastasse isso, os russos, agora, após o atentado à sala de shows em Moscou, optou por atacar a infraestrutura ucraniana, afetando o fornecimento de água e energia. Sem dinheiro para se armar, como a Ucrânia conseguirá refazer sua infraestrutura?

Os efeitos dessa guerra, quer acabe agora ou venha a demorar, já estão visíveis. A Europa está mais dependente da energia fornecida pelos Estados Unidos, e a Alemanha, com dificuldade de produzir em seu território, optou por fabricar parcialmente fora do continente europeu. A Europa sai empobrecida, a Ucrânia arrasada, a OTAN e os Estados Unidos desmoralizados e a Rússia fortalecida. Quem mais sofreu com essa guerra é o povo ucraniano por erro de todos os países envolvidos, a começar pelo seu presidente propagandista.

Ao mesmo tempo, a França perde a licença para explorar minérios na África, a que muitos chamam de expulsão da França, e a guerra na Faixa de Gaza, com o genocídio do povo palestino, deixará marcar eternas na moral dos Estados Unidos e da  Alemanha, maiores financiadores de Israel. Israel, o chamado porta-aviões dos Estados Unidos no Oriente Médio, com o seu governo extremista, se isola.

Na Ásia, a China fortalece laços econômicos, embora tenha questões fronteiriças com quase todos os seus vizinhos. E para barrar a China, os Estados Unidos prometem repassar tecnologia de submarino com propulsão nuclear à Austrália.

Diante de todo esse panorama brevemente resumido, que demonstra a derrocada das potências ocidentais, é possível perceber que o continente latino americano (Centro América e América do Sul) será o destino óbvio da atenção geopolítica do governo dos Estados Unidos. A América Latina, Caribe e Guianas, tendo cada país suas especificidades, exportam muito minério, petróleo, gás e produção agropecuária.

E para assustar, a Guiana, que está em uma contenda com a Venezuela sobre parte de seu território rico em petróleo e gás, Essequibo, está em negociação para que os Estados Unidos montem duas ou três pequenas bases militares na região, enquanto o governo Milei, da Argentina, recebeu pessoalmente uma general dos Estados Unidos, com a promessa de repassar área da Patagônia para uma base "científica" dos Estados Unidos.

Obviamente, se fosse base puramente científica, não seria de interesse do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e nem uma general estaria presente em território argentino para isso. Pode ser até uma base pequena, mas que contará com militares, aviões, barcos e armas, que obviamente pode vir a aumentar, de acordo com a "necessidade".

E uma base dessas no Atlântico Sul é um perigo para os interesses do Brasil, que importa e exporta por navios que navegam justamente nessa área. E com o acirramento de ânimos entre Estados Unidos e China, não é difícil imaginar que os Estados Unidos possam vir a cortar a passagem de qualquer navio oriundo da China ou com destino a tal país. Se isso ocorrer, será um caos para a economia do Brasil, com aumento da miséria, diminuição de arrecadação pela União, Estados, DF e Municípios. Seria um golpe frontal aos interesses brasileiros.

Mas essas não seriam as primeiras bases dos Estados Unidos na América Latina. O Jornal Brasil de Fato divulgou que os Estados Unidos operariam 76 bases militares na América Latina e Caribe.

Enquanto tudo isso ocorre, a ABIN brasileira identificou um espião russo em território brasileiro (e não é o primeiro). Agentes da CIA estadunidense, ao contrário, tem ampla circulação no país, como já denunciava uma matéria do jornal "O Globo", de 2013. A espionagem eletrônica realizada pelos Estados Unidos já trouxe muitos problemas ao Brasil e às nossas mais importantes empresas.

Você guardou o ano da matéria do jornal "O Globo"? 2013. Ao lado da espionagem eletrônica realizada pelos Estados Unidos, foi em 2013 que o Brasil sofreu com manifestações tidas como populares, mas incentivadas e agendadas pelas redes sociais. A Lava Jato, operação anti-corrupção que alcançou não apenas políticos e empresários, mas as próprias empresas brasileiras, como a Petrobrás e muitas grandes empreiteiras, muitas das quais foram à falência, teve início em março de 2014.

As ações não foram sigilosas e muitas operações policiais e informações processuais foram divulgadas pela mídia, principalmente pela TV Globo. Quanto mais a TV mostrava as mega operações, mais crescia o sentimento anti-PT e a extrema direita começava a dar as caras.

Em dezembro de 2015 o processo de impeachment de Dilma teve início e ela foi afastada do cargo (por "pedaladas fiscais") em agosto de 2016. Em abril de 2018 Lula foi preso.

A divisão do país já havia sido instaurada e só tenderia a se agravar. O Anti-petismo alia-se a grupos conservadores, neonazistas, neoliberais radicais, sob o falso manto nacionalista, que revela-se entreguista.

No mesmo ano em que Lula foi preso, 2018, Bolsonaro lança-se candidato a presidente, tendo como maior adversário o petista Haddad e elege-se presidente.

Feita essa breve digressão histórica, é possível perceber que o Brasil esteve e ainda continua sob uma guerra não tradicional, também chamada de híbrida, onde se utiliza desinformação e lawfare (onde processos judiciais são utilizados para alcançar objetivos políticos) para desestabilizar um país.

Até hoje continuamos divididos. Não bastasse isso, o presidente do antigo Twitter, em uma atitude totalmente "estranha", foi ríspido e grosseiro com o Ministro Alexandre de Moraes e, ao mesmo tempo, ameaçou descumprir as decisões do Supremo Tribunal Federal. O Twitter, Facebook e Instagram, além do whatsapp, foram amplamente utilizados para arrebanhar grandes grupos de manifestantes no Brasil em 2013 e também no Oriente Médio em 2011, na chamada Primavera Árabe.

A única forma de frear isso é unir a população. Lula tem séria dificuldade, e Bolsonaro, de forma oportunista e inconsequente em relação ao Brasil, incentiva o ódio e a divisão nacional, apoiando personalidades que atacam autoridades brasileiras.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

SALAS DE CINEMA DE RUA, UMA REALIDADE QUASE AUSENTE PODE VIR A ESTAR CADA VEZ MAIS PRESENTE

O cinema começou na rua, literalmente, e para poucas pessoas. Mas ele, que quase deixou de existir, pode vir a ser a opção no mundo dos streamings.

A primeira exibição de um filme que se tem notícia ocorreu na Paris de 1895, em um Café, quando os Irmãos Lumière apresentavam sua invenção, o Cinematógrafo, e o filme L'Arrivée d'un Train à La Ciotat a pouco mais de 30 presentes no Salão Grand Café.

Aos poucos os cinemas foram tomando conta das ruas da cidade e as salas passaram a acomodar um público enorme, de até mil pessoas, até que os shoppings passaram a dominar os cenários de comércio e lazer das grandes cidades, incluindo aí as confortáveis salas de cinema, com suas poltronas quase extravagantes.

As salas de cinema passaram a migrar para os grandes Shopping Centers já no final da década de 1970, e nos anos 1980 os shoppings já dominavam esse mercado.

As grandes salas de cinema de rua de São Paulo e Rio de Janeiro foram, aos poucos, dando espaço a Igrejas Evangélicas e cines pornô.

Países que sempre preservaram as salas de cinema de rua, como Argentina e Espanha, também sofreram com a diminuição desse espaço, mas lá a resistência foi maior, com um público fiel ao espaço das ruas e manifestações públicas para a preservação desses espaços.

Já há alguns anos, com o boom das gigantes do mercado de streaming, as pessoas têm ido menos às salas de cinema, inclusive dos shoppings, que passaram a ficar quase sempre vazias, em oposição à toda infra-estrutura custosa oferecida.

E é nessa realidade que os cinemas de rua podem voltar, mas menos glamourosos, de espaço reduzido, mais econômicos e como opção de arte e lazer aos moradores das grandes e médias cidades brasileiras.

Assim como as pessoas buscam os mercados de bairro, as pequenas salas de cinema de bairro podem vir a ser a opção daqueles que não resistem em assistir um bom filme diante de uma enorme tela, em uma sala mais intimista e próxima de onde moram, sem precisar pegar um carro e pagar os caros estacionamentos dos shoppings ou de bairros nobres.

Hoje, a cidade do Rio de Janeiro, importante polo cinematográfico brasileiro, tem apenas 7 salas de cinema de rua. São elas: Cinema Nosso, no Centro; Centro Afro Carioca de Cinema, também no Centro; Salas Kinoplex São Luiz, no Catete; Estação Net Rio, no Botafogo; Espaço Itaú de Cinema, também no Botafogo; Cine Santa Teresa, no bairro homônimo e Cine Carioca Méier, no Méier.

A gigantesca São Paulo, que teve a sua primeira sala de cinema inaugurada em 1907, no Centro da cidade, hoje também tem poucas salas de cinema, uma delas inaugurada há poucos meses. São elas: Playarte Marabá, na avenida Ipiranga; SPCine Galeria Olido, na avenida São João; Cine Centro Cultural, na rua Vergueiro; Petra Belas Artes, na rua da Consolação; Reserva Cultural, na avenida Paulista; Cine Marquise, também na avenida Paulista; Espaço Itaú de Cinema, na rua Augusta; CineSesc, na rua Augusta; Cinemateca Brasileira, na Vila Clementino; CineSala, em Pinheiros; e a pequena Produtora e Cine LT3, em Perdizes, inaugurada em setembro de 2022.

Se você mora em uma dessas duas grandes cidades, aproveite e vá conhecer todas as salas de cinema, sem exceção. Cinema não é só nostalgia, é arte que ainda vive e pulsa.

quarta-feira, 27 de março de 2024

QUANDO O CINEMA, COMO ARTE, BRINCA COM A MEDIOCRIDADE HUMANA

Pobres criaturas não é um simples filme, mas uma obra de arte com ótima direção, atores fantásticos, fotografia minuciosa e um bom roteiro.
Misturando o mistério do mundo fantástico com muito humor, essa película nos faz lembrar dos bons filmes estadunidenses anteriores aos anos 60, onde os roteiros eram primorosos, e não um simples acessório onde o que importa são apenas os ditos efeitos especiais, que muito têm empobrecido (na qualidade) os filmes de Hollywood.
De um corpo perfeito de uma grávida recém suicida, um médico maluco dá à vida a uma mulher inicialmente inocente e sempre interessante, sedenta por descobrir a si mesma e aos mistérios e prazeres da vida, dentre eles os sexuais.
Na sua busca pela vida, que inclui a liberdade, a personagem enfrenta adversidades e realidades sombrias, como a exploração humana, incluindo a sexual.
E por onde anda, a bela criatura arrasa corações, mentes e almas de homens sedutores, intelectuais e poderosos.
Esse filme pode ser considerado como uma obra de arte que copia certa realidade, acrescentando humor.
De triste, além da realidade retratada criticamente, só o final, menos criativo e singular, se comparado ao restante do filme.

quarta-feira, 20 de março de 2024

XADREZ. XEQUE-MATE NA FAIXA DE GAZA?

A Palestina histórica foi dividida pela ONU em 1947 para a criação de dois Estados: Palestina, árabe, e Israel, judaica. Israel se antecipou e declarou independência contra a Grã Bretanha. Os palestinos ficaram subjugados, assim, às forças árabes estrangeiras e a Israel, e desde então os palestinos que permaneceram enfrentando todas as dificuldades em sua terra natal, tentam efetivar a criação do Estado da Palestina. Isso é Justiça! O resto significa tudo o que é estranho ao justo, ao legal, ao humano e ao admissível!


Uma única pessoa, Netanyahu, governa Israel próximo de completar 20 anos no poder (1996-1999, 2009-2021 e desde 2022). Entre os israelenses, ele era popular por ser considerado hábil em promover segurança ao seu povo. Porém, pelos acontecimentos de 7 de outubro, pode-se questionar sua eficiência. Mais. Pelos fatos de lá para cá, com a matança de tantos civis palestinos, morte de reféns e de jovens soldados israelenses, pode-se duvidar da eficácia de sua forma de governar. De qualquer modo, o poder que exerce deriva de eleições, ou seja, da vontade do povo israelense. O povo israelense quis Netanyahu.

Na Palestina, porém, a última eleição foi em 2006, que deu a maioria de votos ao Hamas. O Fatah não aceitou a derrota e houve uma guerra civil, levando o Hamas a ocupar o poder de Gaza em 2007 e a Autoridade Palestina, ligada ao Fatah, a permanecer na Cisjordânia. Desde então não houve mais eleições nos territórios palestinos e a isolada Faixa de Gaza esteve sob o controle do Hamas.

Querendo, ou não, os palestinos de Gaza são governados pelo Hamas há 17 anos e é esse partido que cuida da área assistencial, humanitária e até de resistência armada à ocupação israelense. O Hamas, ainda que não fosse o grupo político preferido de muitos, na prática era muito menos pior para os moradores de Gaza que o inimigo israelense, que sempre fez bloqueios aéreos, terrestres e marítimos à região, privando os palestinos de Gaza do mínimo necessário para uma vida ser considerada digna.

Sem indústrias, sem aeroporto, sem exército nacional, sem soberania e sem fronteiras livres, os palestinos de Gaza, que não é país, não têm para onde buscar refúgio e dependem do Hamas para sobreviver. E é assim desde 2007. A única alternativa de peso ao Hamas, na Faixa de Gaza, era a UNRWA, organismo da ONU destinado aos refugiados palestinos, que levava educação e assistência humanitária à região. Porém, Netanyahu e muitos governos ocidentais promoveram um verdadeiro boicote à existência de tal organismo, privando-o de recursos para a promoção de ações humanitárias vitais, ainda mais em um momento tão delicado como o massacre atual em Gaza. Sem a UNRWA o Hamas se faz ainda mais imprescindível aos palestinos sobreviventes.

No genocídio, Israel não está sozinho. Muitos países ocidentais fornecem ajuda a Israel, inclusive militar, em especial os Estados Unidos, o mesmo que deixou de colaborar financeiramente com a UNRWA.

Diante dessa realidade detalhadamente calculada, quando o todo poderoso Netanyahu fala em exterminar o Hamas, quer dizer claramente em extermínio dos palestinos de Gaza, pois diante das atrocidades e da ocupação israelense, o povo palestino de Gaza não tem como sobreviver, hoje, sem a assistência imprescindível do Hamas.

Ademais, embora muitos sequer tenham notado, soa muito estranho uma força ocupante como Israel querer determinar quem governará o povo palestino. Seria o mesmo que o Hamas dissesse, diante do crime de guerra praticado em Gaza, que o Likud não pode mais existir em Israel e que todos os políticos e militantes ligados ao partido de direita israelense devem ser exterminados e que o governo israelense caberá a um determinado grupo político a ele (Hamas) alinhado.

O cenário macabro, desumano e absurdo deixa o governo de extrema direita de Israel diante do xeque-mate que sempre pretendeu lançar para formar a Grande Israel sonhada pelos sionistas radicais. 

As colônias israelenses ilegais na Cisjordânia e a fragmentação daquele pequeno território da Autoridade Palestina já era um claro sinal de que a Grande Israel estava se aproximando da fase "final" de implantação (restando somar a ela áreas do Egito, do Líbano, da Jordânia e da Síria). Agora, com a ocupação da Faixa de Gaza e o extermínio gradual dos palestinos daquela área, com a pretensão de colocar o exército como força policial na região, a quase formada Grande Israel está para ser implementada sob os olhares desatentos ou insensíveis do ocidente, às custas de vidas e da existência do povo palestino.

Porém, ainda existem humanos nesse mundo de desumanidades, e muitos no mundo afora não toleram mais tantas mortes de civis, em especial de mulheres e crianças, nem assistir à privação de dignidade do que se pode chamar de os últimos palestinos de Gaza, inclusive Cristãos, os últimos Cristãos da Terra Santa. Diante da atrocidade televisionada, a maior parte dos países tem exigido a entrega dos reféns pelo Hamas, o cessar fogo imediato e a criação do Estado da Palestina, viável economicamente, um contra golpe às pretensões dos radicais sionistas.

A jogada de xadrez se aproxima dos seus movimentos finais. De um lado temos a chance de paz definitiva, tão sonhada pela maioria da humanidade, e de outro o sonho do sionismo radical (que inclui muitos membros de igrejas neopentecostais e até ateus) do genocídio palestino disfarçado de auto defesa, como se o excesso desta não autorizasse a punição pelo crime de guerra e de genocídio que realmente é.

Ademais, a Israel pretendida por Netanyahu, que abrange áreas da Cisjordânia e Gaza, depende justamente do genocídio palestino, seja pela morte ou expulsão deste povo. Este é a legitimação que falta aos sionistas radicais para a ocupação de toda a área da Palestina partilhada.

quarta-feira, 13 de março de 2024

PEQUENA VITÓRIA DE UM CANAL NANICO

O Youtube é um verdadeiro caldeirão em que se misturam ingredientes de primeira e também o que há de mais perverso ao ser humano.

Eu, particularmente, devo muito ao Youtube. Foi com ele que a VAMOS TV surgiu e foi crescendo devagarinho.

Mesmo sem aparecer, às vezes narrando, outras usando a inteligência artificial, consegui com que a VAMOS TV alcançasse um público razoável. 

Diferentemente de tantos canais, a VAMOS TV não prioriza a exposição, mas a informação, e disso eu me orgulho.

Poderia ser diferente se fosse um canal 24 horas, como eu sonho que um dia a VAMOS TV se torne, onde um apresentador narraria e até comentaria as notícias, sendo as imagens mais ilustrativas. Obviamente haverá notícias em que as imagens trarão por si só o conteúdo, para as notícias mais fortes.

Queria ter mais tempo e principalmente disposição para lotar a VAMOS TV de vídeos e de programas, como consegui fazer por uns dois anos seguidos.

Tá certo que a minha criatividade, hoje, não é a mesma, nem as ideias, mas o importante, neste momento, é que a VAMOS TV continue a estar ativa.

Já estamos com 1.000 inscritos, o que para muitos canais e youtubers é um número ridiculamente baixo, mas para mim é uma grande vitória, um número significativo, um marco temporal, além de numérico.

terça-feira, 12 de março de 2024

A DIFÍCIL MISSÃO DE DIMINUIR O ARSENAL ATÔMICO DAS GRANDES POTÊNCIAS













Enquanto a China propõe a redução dos estoques de armas atômicas e a permissão de uso de armamento atômico apenas na hipótese de resposta a um ataque nuclear, almejando a assinatura de um novo tratado, muitos países se negam a discutir seriamente a questão.

Os Estados Unidos dizem se verem ameaçados com o poderio dos mísseis de cruzeiro e hipersônicos chineses e russos e que tentaram negociar com a Rússia a questão do uso dos armamentos atômicos, inclusive após o início da guerra da Ucrânia. Quanto à China, os Estados Unidos perceberam haver uma intensificação da construção de silos nucleares na região noroeste do país asiático e o desenvolvimento de novas ogivas e lançadores. Em razão disso, o Congresso dos Estados Unidos está discutindo a modernização do que chama de tríade nuclear (uso do armamento atômico por terra, ar e mar) e vê um sério perigo na hipótese de um duplo enfrentamento nuclear à Rússia e China ao mesmo tempo.

Já a Rússia diz que a questão é importante, mas deve ser considerada diante das realidades militares e políticas e que o país apenas utilizaria o armamento nuclear em duas situações, ou como resposta a ataque nuclear em território russo ou a uma ameaça militar não nuclear que coloque em risco a existência do território russo.

A China tem pouco mais de 500 ogivas nucleares, mas os Estados Unidos e a Rússia têm, cada um, mais de 5.000 ogivas, segundo a rede independente e sem fins lucrativos NPR.

segunda-feira, 11 de março de 2024

CAMPO PARA A DOAÇÃO AOS REFUGIADOS PALESTINOS

A partir de hoje, o blog deixará um campo destinado à doação aos refugiados palestinos. Clicando no referido campo, você será direcionado ao site da UNRWA, agência da ONU voltada à ajuda humanitária dos refugiados palestinos. Se você preferir, pode clicar aqui para fazer a doação.
A UNRWA ajuda milhões de palestinos que enfrentam fome, sede, falta de insumos hospitalares e abrigos. Sob bombardeios intensos de Israel, já morreram mais de 31 mil palestinos, 70% deles mulheres e crianças. O norte da Faixa de Gaza virou escombros. O sul está sob bombardeios intensos e grande parte dos palestinos moram nas ruas, ao lado dos escombros, em barracas, muitas delas improvisadas
O frio é intenso na região. A fome e a sede também. Escolas foram destruídas, assim como Igrejas e Mesquitas históricas. Prédios de ajuda humanitária, de atividades culturais e hospitais viraram escombros.
Jornalistas e profissionais de saúde estão sendo assassinados por soldados de Netanyahu. A situação é dramática e os palestinos, cercados por Israel e um pequeno pedaço do Egito, não têm para onde fugir. Estão concentrados numa pequena faixa de terra, sendo assassinados, com transmissões ao vivo pela tevê e mídias sociais. O que está ocorrendo em Gaza é um genocídio, consoante os precisos termos da legislação internacional.

quinta-feira, 7 de março de 2024

VOLTEMOS NO TEMPO E RETORNEMOS. ISSO FACILITARÁ ESCOLHER ESTAR AO LADO DE CRISTO OU DO ANTI-CRISTO

Imagine ser possível sentir-se nos tempos de Cristo sem ter que voltar no tempo. Mágico, não? Quem não queria fazer isso?

Você gostaria de fazer isso? Então, tentemos, aproveitando que na escrita a magia é quase sempre possível de ser implementada.

Vamos lá! Feche os olhos por alguns segundos e respire fundo, acalmando o coração, a mente e a alma.

Passaram-se alguns seguntos? Então está pronto! Abra os olhos lentamente e imagine-se na Palestina (sim, Israel e os territórios palestinos eram chamados assim pelos romanos à época de Cristo), deparando-se com a população judaica, os sacerdortes fariseus e os guardas e comandantes romanos, em plena Jerusalém.

Ao longe você avista Jesus, conversando com mendigos, mulheres e doentes, tentando convencer aquela população de que Deus é puro amor, acolhimento e solidariedade, e que aquele Deus vingativo e vaidoso, que escolhia povos e pessoas, e os torturava com provações, não corresponde exatamente à realidade.

Vendo aquilo, você iria até Jesus e tentaria tocá-lo ou se afastaria vagarosamente? Perguntando assim, a resposta soaria aparentemente fácil, mas acrescente a isso a realidade da opressão romana e da massificação dos líderes religiosos à época, sempre sedentos pelo poder, e que perante esses poderosos, Cristo não era bem visto.

Pensou na opção que tomaria?

Pronto. Você já pode voltar. O que deveria perceber e ver era isso. Vamos retornar aos tempos que julgamos atuais. Respire lentamente, feche os olhos e após alguns segundos abra-os vagarosamente. Pronto. Enxergue com calma a realidade dos nossos dias.

Veja templos muitas vezes luxuosos com líderes religiosos clamando por contribuições financeiras e pelo poder e, ao mesmo tempo, pregando o ódio ao diferente, tentando, inclusive ocupar cargos de poder político. Olhe para o lado e veja os policiais armados em seus veículos em uma velocidade que assustaria a quem acabou de abrir os olhos. Veja ao fundo a população de rua, a enorme massa de pessoas.

Conseguiu ver tudo isso?

Pronto, mas cabe aqui uma pergunta. Onde está Jesus? Você consegue vê-lo? Consegue ver aquelas pessoas distribuindo sopas, numa demonstração de caridade, ou, em outras palavras, amor? Consegue ver aquelas pessoas caminhando ao seu lado, mas que esticam a mão para ajudar a quem não tem nada?

Sim. Elas não são Jesus, mas aplicam parte dos ensinamentos Dele.

Hoje, você ficaria com as pessoas caridosas, tão criticadas por alguns religiosos em voga e por políticos oportunistas, ou iria para o outro lado, daqueles insensíveis e que prezam apenas pelo conforto e aconchego material, ao lado dos poderosos e oportunistas? 

A opção é sempre possível e depende mais da percepção do Amor que da maturidade da Alma e da coragem individual. 

Qualquer semelhança com a época de Cristo não é mera coincidência.

Foi a grandeza do amor e de se doar a maior virtude que Cristo nos ensinou, mas que a humanidade ainda não aplicou em seu dia a dia, muito em razão da sociedade que nos aprisiona no estresse, no materialismo e consumismo, enquanto religiosos inescrupulosos se enriquecem às custas da miséria humana.

Percebendo as realidades em comum, isso te ajudaria a escolher estar ao lado de Cristo ou do Anti-Cristo?

quarta-feira, 6 de março de 2024

A DESUMANIZAÇÃO DOS PALESTINOS AOS OLHOS DA GRANDE MÍDIA E DE PARCELA DOS GOVERNOS OCIDENTAIS

Os palestinos estão sendo desumanizados e já são tratados como animais de caça por militares de Netanyahu e por muitos governos e mídias ocidentais. As imagens de palestinos se reunindo para buscar comida e sendo fuzilados por militares israelenses é, no mínimo, revoltante, isto para aqueles que ainda guardam consigo sensatez e humanidade.

Morreram mais de 30 mil palestinos assassinados desde 07 de outubro, a maior parte de crianças e de mulheres, sem ter para onde fugir, e o massacre continua.

Quando não são assassinados pelas armas, o são pela fome e sede a que foram submetidos por Israel, que nega o direito de que ingresse ajuda alimentar, remédios, insumos hospitalares e até água na pequena Faixa de Gaza.

Com fome e sede, sendo bombardeados e não podendo deixar a Faixa de Gaza para buscar refúgio, proibidos por Israel e Egito, os palestinos se tornam alvos fáceis, quase imóveis, para o exército de Netanyahu.

Nos Estados Unidos, as manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza é quase diária e até um militar estadunidense se sacrificou diante da Embaixada Israelense, pelo fim da atrocidade de Netanyahu em Gaza. Biden, ao repassar ajuda a Israel e bloquear qualquer cessar fogo, torna-se conivente com o massacre, manchando sua história pessoal.

A guerra nunca foi contra o Hamas, mas contra o povo palestino, que está sendo dizimado aos poucos, e ainda sob imensa tortura psicológica, ao vivo e em cores para todo o planeta Se isso não é massacre, crime de guerra e genocídio, não sei o nome que deva ser dado a esse crime horrendo presenciado por todos nós.

Mas há os que bradam que a notícia do massacre é fake news ou que Israel deve matar todos os palestinos. É a histeria da insensatez e da desumanização, como se o direito de defesa fosse o direito de execução de civis e de jornalistas, da prisão de médicos e demais profissionais de saúde, da destruição de lares, de hospitais, de escolas, de Igrejas, de Mesquistas e de prédios administrativos da ONU. Que nome deve ser dado a tudo isso?


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

HUMANIDADE E SEUS MAUS EXEMPLOS


Nesta semana, um oficial da Força Aérea dos Estados Unidos, Aaron Bushnell, utilizando uniforme militar, ateou fogo em seu próprio corpo, em frente à Embaixada de Israel em Washington, em protesto contra o genocídio palestino na Faixa de Gaza.

O genocídio televisionado é cruel sob todos os aspectos, seja do massacre cruel que vemos, seja da reação fria e insensível de muitos, seja da comemoração do número de mortos por ministros do governo de Israel. 

O que acontece com o povo palestino é extremamente cruel, e não é de hoje, mas a tomada de reféns também o é. Porém, ao invés de priorizar o resgate dos reféns, o governo extremista de Israel prefere a mortandade como vingança, ainda que isso custe a vida de de jovens militares mortos em combate e de civis tomados como reféns.

A humanidade tem tido péssimos exemplos nos governos ao redor do mundo.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

NETANYAHU x BRASIL

Há que se solidarizar com o povo judeu pelo holocausto provocado pelo nazismo, mas isso não dá qualquer imunidade a Israel quanto aos crimes de guerra perpetrados pelo regime sionista, incluindo aí os excessos e o aludido genocídio do povo palestino.
Se a fala de Lula foi considerada excessiva, por outro, se deu em um discurso pela paz e em nenhum momento igualou o holocausto ao genocídio palestino. Ele apenas fez uma referência, tão somente isso.
No entanto, parte da imprensa imputou ao presidente brasileiro comparações não realizadas, no que o fracassado governo extremista de Israel e a extrema direita brasileira se apegaram para tentar desmoralizar a busca pela paz pelo Brasil. Um fazendo pelo desespero de perder o poder e o outro por mero oportunismo, pouco se importando pelo país.
Israel exagerou na reação e praticou uma ofensa a todo o povo brasileiro ao destratar o embaixador brasileiro em Tel Aviv. E com isso a extrema direita brasileira pouco se importa. O que ela quer, como sempre, é apenas o poder, pouco se importando com o Brasil.
Na guerra de braços que Israel quer travar com o Brasil, quem tem tudo a perder é o governo de extrema direita israelense. Se o Brasil for rigoroso e resolver encerrar as importações de produtos e serviços de Israel ou vetar certos produtos e serviços, principalmente os voltados à  área militar, quem sairá perdendo financeiramente é o país de Netanyahu, e muitos bilhões. O Brasil importa muito e exporta quase nada para Israel. E se isso vier a ocorrer e for bem aproveitado pelos empresários e governo, será uma grande oportunidade para a retomada da indústria de defesa brasileira e para o desenvolvimento de tecnologia nacionais, algo de que o país necessita com urgência.
O Brasil, até agora, está agindo acertadamente. Quem está desesperado é Netanyahu e seu governo de extremistas.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

NETANYAHU ESTÁ A DINAMITAR A ECONOMIA ISRAELENSE, ENFRAQUECER O APOIO DOS ESTADOS UNIDOS, FORTALECER A INFLUÊNCIA DO IRÃ NA REGIÃO E POSSIBILITANDO ATÉ MESMO O FIM DA PRETENSÃO SIONISTA DE UM ESTADO SÓ PARA JUDEUS


Netanyahu, apoiado por seus pares de extrema direita belicista, expansionista e colonialista israelense, está travando uma cruzada não apenas contra o Hamas, o povo palestino, governos orientais e ocidentais, mas contra o mundo, aparentemente ansiando por se tornar imperador perpétuo da humanidade! Netanyahu, ao mesmo tempo em que é investigado pela Justiça por corrupção, almeja calar e reduzir os poderes da Suprema Corte de Israel. Em sua busca louca e desmedida pelo poder, Netanyahu está a mudar todo o panorama na região.

Quem enfrenta Netanyahu não sofre apenas difamações, mas a busca incessante deste pela redução dos poderes do seu oponente, seja ele quem for. Vide o que o ainda todo poderoso Netanyahu pretende fazer com o Judiciário de Israel.

Lula ser chamado de "persona non grata" por Netanyahu não é uma tragédia. Com tantos oponentes a este no mundo, inclusive ocidental, não ser amigo próximo de Netanyahu soa como uma bênção. Até os Estados Unidos não estão mais aguentando a matança indiscriminada de palestinos em Gaza e, de forma inédita, o presidente Joe Biden está divergindo de Israel e exigindo que as cidades fronteiriças de Gaza com o Egito, que estão a abrigar grande parte da população civil palestina, sejam respeitadas, não admitindo bombardeios naquela parte. Além da volumosa matança de civis, a preocupação de Biden é que Netanyahu esteja intencionalmente forçando os palestinos a fugirem desesperadamente para o Egito, podendo romper à força barreiras militares egípcias, com o risco de aumentar ainda mais o número de mortos.

Enquanto os países discutem a forma da guerra que Israel deve adotar, os palestinos estão presos em um território minúsculo, sem ter para onde fugir ou buscar refúgio. Estão sofrendo com a falta de insumos hospitalares, remédios, alimentos e de água potável. São alvos frágeis e fáceis do todo poderoso Netanyahu. Os últimos cristãos da Terra Santa são palestinos e eles ou estão sendo acuados, mortos ou expulsos. Mulheres estão sendo assassinadas. Crianças estão sendo mutiladas. Hospitais estão sendo bombardeados. Médicos estão sendo presos. Jornalistas estão sendo executados. Igrejas e Mesquitas estão sofrendo bombardeios. Fiéis fazem suas orações e preces a Deus, esperando que o Amor Divino amenize o sofrimento palestino.

Enquanto isso, em Israel, a popularidade do atual primeiro ministro está minando a cada dia e a guerra é a saída que o quase eterno primeiro ministro encontrou para sobreviver no campo político. O custo da guerra é altíssimo, seja aos reféns e seus parentes, aos soldados e suas famílias, ao emprego para os jovens e à economia israelenses.

Se, por um lado, a guerra prolonga a permanência de Netanyahu no poder, por outro ela parece enfraquecer como um todo o Estado de Israel e os planos sionistas de expansão territorial. A sede sem fim de Netanyahu pelo poder e pela grande Israel podem por em risco o próprio Estado judeu. Explico.

Netanyahu sempre incentivou os colonos a ocuparem a Cisjordânia palestina, sempre foi contrário à criação do Estado palestino e sempre foi cruel no trato com os que julga serem inimigos, a começar pelos palestinos.

Ao invadir e bombardear a Faixa de Gaza, além do incentivo aos colonos judeus para ocuparem áreas da Cisjordânia, Netanyahu está tornando cada vez mais distante e até impossível a criação de um Estado palestino minamente viável, seja territorial, seja economicamente. Ao mesmo tempo, a guerra está começando a criar problemas em Israel, com o desemprego crescente. A continuidade da beligerância contra os palestinos e contra os governos que se opõem à matança indiscriminada de civis, poderá dinamitar a indústria bélica e de inteligência israelenses. Israel, que era visto como um porta-aviões geopolítico dos Estados Unidos no Oriente Médio, agora é retratado como um "aliado" problemático que tem afastado importantes governos islâmicos e árabes dos estadunidenses, atrapalhando suas pretensões econômicas.

Netanyahu está criando problemas aos israelenses e ao seu maior aliado, os Estados Unidos.

Enquanto Netanyahu guerreia contra tudo e todos, o maior inimigo de Israel, o Irã, está ampliando parcerias econômicas e militares e aumentando a sua influência geopolítica e militar na região.

Por outro lado, ao inviabilizar a criação de um Estado palestino, concretizando as promessas de Netanyahu aos sionistas de extrema direita, Israel não terá alternativa, a não ser receber a população palestina, tornando-os cidadãos de seu país, que perderia assim a sua característica de um Estado essencialmente judeu, ainda que este povo constitua uma pequena maioria, se comparada aos árabes (e palestinos) israelenses. Isso, para os sionistas, soaria como uma blasfêmia.

E não há espaço, hoje em dia, para que Israel mantenha os árabes israelenses e também os palestinos que vierem a incorporar a população do país, como cidadãos de segunda classe. Com a sensibilização mundial decorrente do massacre dos palestinos, o mundo todo está e estará voltado para a região, não havendo espaço para a continuação do apartheid naquelas terras. E todos, não importando a origem ou religião, como soa óbvio, evidente e justo, devem ser tratados como cidadãos com os mesmos direitos e deveres.

O todo poderoso Netanyahu está conseguindo dinamitar a economia israelense, provocar rachaduras no apoio irrestrito dos Estados Unidos, fortalecer os interesses e a influência do Irã no Oriente Médio e possibilitando o fim da pretensão sionista de um Estado só para judeus. Quem imaginaria isso?

Mas será que Netanyahu havia pensado nas consequências de suas ações ou a ele importava apenas o poder pelo poder?

Assim como a tão alardeada inteligência israelense falhou ao não agir preventivamente contra o ataque de 7 de outubro de 2023 e o todo poderoso exército israelense demonstrou não ser imbatível ao sofrer pesadas baixas e derrotas pontuais contra a guerra de guerrilha do Hamas, Netanyahu está a revelar que não está a proteger verdadeiramente os civis e militares israelenses.

A extrema direita israelense, assim como a extrema direita mundial, revela que não tem nada de nacionalista, mas só discursos virulentos, recheados de arrogância e que servem para esconder os verdadeiros interesses mesquinhos de busca de poder pelos seus líderes. E Israel e seu povo estão começando a pagar a conta.

Ao que parece, a saída para a Israel como Estado sionista que conhecemos é a destituição imediata de Netanyahu e a posse de um líder de direita moderada, esquerda ou de centro que cesse os bombardeios e discuta a criação efetiva e imediata de um Estado Palestino, repassando a este as áreas ocupadas ilegalmente pelo Estado e pelos colonos.

Este é o panorama atual...

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

NETANYAHU: DESCASO COM CIVIS PALESTINOS E COM OS PRÓPRIOS MILITARES ISRAELENSES


Netanyahu bem que tenta tirar poderes da Corte Suprema de Israel e esvaziar a mídia crítica ao seu governo, mas a oposição ao primeiro ministro tem crescido muito.

O jornal Haaretz, uma voz independente na Israel cada vez mais de extrema direita, tem sido crítico à guerra de Netanyahu, que tem matado muitos militares judeus, não tem resolvido o problema do sequestro de reféns israelenses e tampouco a crise econômica que se avoluma.

Enquanto a guerra tem atraído muitas críticas nacionais e internacionais a Netanyahu, devido à matança indiscriminada de civis palestinos, uma outra verdade até então oculta tem saltado aos olhos da população israelense, o descaso do governo com os seus soldados, cujas mortes são calculadas em milhares, ao contrário das fontes oficiais, que calculam centenas.

Uma brigada de elite do exército israelense, brigada Givati, tem tido dificuldades em manter militares em suas fileiras. Muitos disseram que tinham receito de regressar ao campo de batalha, onde muitos oficiais foram mortos, aponta o Haaretz.

O descaso do governo Netanyahu não é apenas com a vida de civis palestinos, mas também com a de militares israelenses, como aponta o jornal israelense Haaretz.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A DIVISÃO EXTREMADA NA SOCIEDADE, E NA POLÍTICA, QUE SÓ ATRASA O PAÍS. NÃO HÁ NADA DE NACIONALISMO NESSA DIVISÃO, MAS SIM ENTREGUISMO.

Dizem que as eleições municipais serão uma prévia das eleições para presidente em 2026. Considerando-se que os candidatos ditos principais (mais fortes) estão lutando, cada um a seu lado, pelo apoio de Lula e de Bolsonaro, temos o claro sinal de que continuaremos polarizados, numa divisão que só tem feito mal ao país.

Em um país multipartidário, na verdade com excesso de siglas, em que o Centrão é o conjunto de pequenas e médias siglas políticas que, mesmo não ocupando a posição de chefia do Executivo, consegue cargos no primeiro escalão e muito dinheiro para os seus parlamentares, aparentando uma espécie de chantagem contra o ocupante do cargo de liderança do Executivo, começamos a ver como o país caminha sem projeto nacional, mas para agraciar interesses de grupos e de poucos. E isso permeando a cegueira estratégica nessa divisão extremada nas eleições.

Os militares, sejam das Forças Armadas ou das polícias estaduais, deveriam se abster dessa polarização, que não tem sido nada benéfica ao país e tem impossibilitado que o país avance com maior largueza, simbolizando o que os russos denominam de revolução colorida, ou seja, de uma grande articulação externa contra um país, sem envolver as forças armadas estrangeiras diretamente. E assim tem sido em toda a América Latina, tendo começado na Venezuela no início deste século e alcançado o Brasil há aproximadamente 11 anos, desde 2013.

Também por isso causa nojo e vergonha ver alguns militares e alguns ditos nacionalistas, que de nacionalistas não têm absolutamente nada, se posicionando nessa dicotomia extremada que nunca foi pró Brasil, muito pelo contrário, havendo entre eles um grande número de oportunistas e de entreguistas. 

Porém, isso não significa que não tenhamos que ser críticos (o que envolve inteligência), mas sim que não repitamos aos quatro ventos narrativas vazias e imprecisas.

O Brasil precisa de pacificação, de alternativas, de reflexão e de projetos sérios para o seu futuro. Temos que pensar em crescer e nas futuras gerações. Temos que perceber que a realidade econômica e geopolítica mundial está nos cercando, e não para nos ajudar, mas para nos engolir, e que o aquecimento global e suas catástrofes poderão ocasionar desde já a desertificação de áreas hoje agricultáveis e a diminuição de nossa produção agrícola interna.
 
Ao invés de nos prendermos em discursos de ódio e vazios de conteúdo, precisamos avançar e pensar no Brasil, sob pena de nos tornarmos muito em breve um país ainda mais injusto e muito mais empobrecido, nos tornando uma pátria sem esperança, de emigrantes, e não mais imigrantes.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

1,3 MILHÃO DE PALESTINOS ESTÃO DESABRIGADOS E, SEM TER PARA ONDE IR OU SE REFUGIAR, ESTÃO MORANDO NO QUE SOBROU DAS RUAS E ESTRADAS DE GAZA, SOB INTENSO BOMBARDEIO. ISSO É MAIS QUE MASSACRE. É GENOCÍDIO!

Se por um lado o preconceito a judeus tem aumentado, o que deve ser devidamente combatido, por outro, o descaso e o preconceito a palestinos, árabes e islâmicos também tem se intensificado, o que também há de ser severamente vigiado e reprimido.

Mas o preconceito a palestinos não vem apenas de parte da população ocidental, parte também de muitos governos ocidentais, que desconsideram a realidade palestina ou que quase que injustificadamente cessaram qualquer ajuda aos organismos humanitários em Gaza e Cisjordânia.

Parte do que seria o futuro Estado palestino, a Faixa de Gaza, está praticamente sob escombros e pelo menos 60% de sua infra-estrutura foi destruída ou danificada. A outra parte do que seria o Estado palestino, Cisjordânia, está sendo desfigurada, desmembrada e repartida entre colonos extremistas, através de ações armadas e expulsão dos palestinos.

Cercados por ar, terra e água, sem ter para onde ir, os civis palestinos de Gaza estão presos sob bombardeio incessante, sendo massacrados, executados!

Embora resistentes e persistentes, os palestinos de Gaza têm sofrido como nunca. O UNICEF, Agência da ONU para a Infância, informou que há 1,3 milhão de palestinos, incluindo aí 610 mil crianças, vivendo nas ruas e estradas da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. São seres humanos que estão desabrigados e se tornaram pessoas em situação de rua, em plena guerra, sob bombardeios incessantes, estando expostos a todos os perigos da crueldade humana.

Mas a tragédia não para aí. A população de Gaza sofre com a falta de comida e, principalmente, de água. E a pouca água que tem para beber ou é do mar, salgada, ou está contaminada. Israel controla as fontes e o abastecimento de água palestino. Água engarrafada é raridade e somente vem através dos raros comboios humanitários, que dependem da força ocupante e invasora, Israel.

A realidade, infelizmente, é essa, mas muitos não querem enxergar a condição na qual os palestinos foram inseridos, que configura um verdadeiro massacre, um crime brutal de genocídio!

Segundo o artigo 2º da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, genocídio é qualquer ato cometido com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, e como tal, matar membros do grupo, causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo, submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capaz de ocasionar-lhes a destruição física total ou parcial, adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo ou efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro.

Para quem tem interesse em conhecer a Conveção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, transcrevo abaixo a referida Convenção internacional, aprovada no Brasil já no ano de 1952, durante o governo Getúlio Vargas, através do Decreto 30.822/1952.


DECRETO Nº 30.822, DE 6 DE MAIO DE 1952

Promulga a Convenção para a Prevenção e a        Repressão do Crime de Genocídio, concluída em Paris, a 11/12/1948, por ocasião da III Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas.

O Presidente da República, dos Estados Unidos do Brasil:

Tendo o Congresso Nacional aprovado pelo Decreto Legislativo nº 2, de 11 de abril de 1951, a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, concluída em Paris a 11 de dezembro de 1948, por ocasião da III Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas; e tendo sido depositado no Secretariado Geral da Organização das Nações Unidas, em Lake Success, Nova York, a 15 de abril de 1952, o Instrumento brasileiro de ratificação:

DECRETA:

Que a referida Convenção, apensa por cópia ao presente Decreto, seja executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.

Rio de Janeiro, em 6 de maio de 1952; 131º da Independência e 64º da República.

GETULIO VARGAS

João Neves da Fontoura

 

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9.5.1952

 

  

CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO

As Partes Contratantes,

Considerando que a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em sua Resolução 96 (1) de 11 de dezembro de 1945, declarou que o genocídio é um crime contra o Direito Internacional, contrário ao espírito e aos fins das Nações Unidas e que o mundo civilizado condena;

Reconhecendo que em todos os períodos da história o genocídio causou grandes perdas à humanidade;

Convencidas de que, para libertar a humanidade de flagelo tão odioso, a cooperação internacional é necessária:

Convêm no seguinte:

ARTIGO I

As Partes Contratantes confirmam que o genocídio, quer cometido em tempo de paz, quer em tempo de guerra, é um crime contra o Direito Internacional, que elas se comprometem a prevenir e a punir.

ARTIGO II

Na presente Convenção, entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:

a) matar membros do grupo;

b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;

d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo;

e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.

ARTIGO III

Serão punidos os seguintes atos:

a) o genocídio;

b) a associação de pessoas para cometer o genocídio;

c) a incitação direta e pública a cometer o genocídio;

d) a tentativa de genocídio;

e) a co-autoria no genocídio.

ARTIGO IV

As pessoas que tiverem cometido o genocídio ou qualquer dos outros atos enumerados no Artigo III serão punidas, sejam governantes, funcionários ou particulares.

ARTIGO V

As Partes Contratantes assumem o compromisso de tomar, de acôrdo com suas respectivas constituições, as medidas legislativas necessárias a assegurar as aplicações das disposições da presente Convenção, e, sobretudo, a estabelecer sanções penais eficazes aplicáveis às pessoas culpadas de genocídio ou de qualquer dos outros atos enumerados no Artigo III.

ARTIGO VI

As pessoas acusadas de genocídio ou qualquer dos outros atos enumerados no Artigo III serão julgadas pelos tribunais competentes do Estado em cujo território foi o ato cometido, ou pela Côrte Penal Internacional competente com relação às Partes Contratantes que lhe tiverem reconhecido a jurisdição.

ARTIGO VII

O genocídio e os outros atos enumerados no Artigo III não serão considerados crimes políticos para efeitos de extradição.

As partes Contratantes se comprometem em tal caso a conceder a extradição de acordo com sua legislação e com os tratados em vigor.

ARTIGO VIII

Qualquer Parte Contratante pode recorrer aos órgãos competentes das Nações Unidas a fim de que estes tomem, de acôrdo com a Carta das Nações Unidas, as medidas que julguem necessárias para a prevenção e a repressão dos atos de genocídio ou de qualquer dos outros atos enumerados no Artigo III.

ARTIGO IX

As controvérsias entre as Partes Contratantes relativas à interpretação, aplicação ou execução da presente Convenção, bem como as referentes à responsabilidade de um Estado em matéria de genocídio ou de qualquer dos outros atos enumerados no Artigo III, serão submetidas à Côrte Internacional de Justiça, a pedido de uma das Partes na controvérsia.

ARTIGO X

A presente Convenção, cujos textos inglês, chinês, espanhol, francês e russo serão igualmente autênticos, terá a data de 9 de dezembro de 1948.

ARTIGO XI

A presente Convenção ficará aberta, até 31 de dezembro de 1949, à assinatura de todos os Membros das Nações Unidas e de todo Estado não-membro ao qual a Assembléia Geral houver enviado um convite para êsse fim.

A presente Convenção será ratificada e dos instrumentos de ratificação far-se-á depósito no Secretariado das Nações Unidas.

A partir de 1º de janeiro de 1950, qualquer Membro das Nações Unidas e qualquer Estado não-membro que houver recebido o convite acima mencionado poderá aderir à presente Convenção.

Os instrumentos de adesão serão depositados no Secretariado das Nações Unidas.

ARTIGO XII

Qualquer Parte Contratante poderá a qualquer tempo, por notificação dirigida ao Secretário Geral das Nações Unidas, estender a aplicação da presente Convenção a todos os territórios ou a qualquer dos territórios de cujas relações exteriores seja responsável.

ARTIGO XIII

Na data em que os vinte primeiros instrumentos de ratificação ou adesão tiverem sido depositados, o Secretário Geral lavrará uma ata, e transmitirá cópia da mesma a todos os Membros das Nações Unidas e aos Estados não-membros a que se refere o Artigo XI.

A presente Convenção entrará em vigor noventa dias após a data do depósito do vigésimo instrumento de ratificação ou adesão.

Qualquer ratificação ou adesão efetuada posteriormente à última data entrará em vigor noventa dias após o depósito do instrumento de ratificação ou adesão.

ARTIGO XIV

A presente Convenção vigorará por dez anos a partir da data de sua entrada em vigor.

Ficará, posteriormente, em vigor por um período de cinco anos e assim sucessivamente, com relação às Partes Contratantes que não a tiverem denunciado pelo menos seis meses antes do têrmo do prazo.

A denúncia será feita por notificação escrita dirigida ao Secretário Geral das Nações Unidas.

ARTIGO XV

Se, em conseqüência de denúncias, o número das Partes na presente Convenção se reduzir a menos de dezesseis, a Convenção cessará de vigorar a partir da data na qual a última dessas denúncias entrar em vigor.

ARTIGO XVI

A qualquer tempo, qualquer Parte Contratante poderá formular pedido de revisão da presente Convenção, por meio de notificação escrita dirigida ao Secretário Geral.

A Assembléia Geral decidirá com relação ás medidas que se devem tomar, se fôr o caso, com relação a êsse pedido.

ARTIGO XVII

O Secretário Geral das Nações Unidas notificará todos os Membros das Nações Unidas e os Estados não-membros mencionados no Artigo XI:

a) das assinaturas, ratificações e adesões recebidas de acôrdo com o Artigo XI;

b) das notificações recebidas de acôrdo com o Artigo XII;

c) da data em que a presente Convenção entrar em vigor de acôrdo com o Artigo XIII;

d) das denúncias recebidas de acôrdo com o Artigo XIV;

e) da abrogação da Convenção de acôrdo com o Artigo XV;

f) das notificações recebidas de acôrdo com o Artigo XVI.

ARTIGO XVIII

O original da presente Convenção será depositado nos arquivos da Organização das Nações Unidas.

Enviar-se-á cópia autêntica a todos os Membros das Nações Unidas e aos Estados não-membros mencionados no Artigo XI.

ARTIGO XIX

A presente Convenção será registrada pelo Secretário Geral das Nações Unidas na data de sua entrada em vigor.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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