sexta-feira, 16 de maio de 2025

JANGO, GEISEL, A EXTREMA DIREITA, CHINA E O BRASIL

João Goulart ou simplesmente "Jango", como era chamado por amigos e no meio politico, foi um presidente injustiçado. Latifundiário, ex-ministro do trabalho de Getúlio Vargas e político ligado ao trabalhismo do antigo PTB, assumiu a presidência após ser eleito vice-presidente e Jânio Quadros, presidente eleito, renunciar. 

Jango estava em uma viagem à China, quando Jânio renunciou em 1961. 

Golpistas já planejavam tomar poder desde 1954, o que levou Getúlio a praticar suicídio para, graças à sua popularidade e com a comoção que isso geraria, evitar o golpe arquitetado pela UDN, setores radicais de direita e pela ala entreguista das Forças Armadas. 

Em 1961, os golpistas ameaçaram bombardear o avião que traria Jango, mas acabaram apenas na tentativa de evitar a sua posse, que foi efetivada pela ação heróica de Leonel Brizola, governador do Rio grande do Sul e seu cunhado.

Jango era visionário e sabia que o país mais populoso do mundo à época precisaria comprar alimentos e poderia ser um grande mercado consumidor da produção de nosso grande e consistente parque fabril naquele período. Àquela época a China tinha pouquíssimas indústrias. A pretensão de Jango era, através da ampliação da exportação, tornar a economia brasileira mais competitiva graças à produção agrária e industrial. Porém, taxado erroneamente como comunista, foi retirado do poder em 1964, através de um golpe articulado por militares entreguistas, CIA e UDN.

A China, à época, não era bem vista pelos Estados Unidos, o que serviu de argumento para taxar o nacionalista Jango de comunista.

Se o Brasil conseguisse o mercado chinês como pretendido, haveria um crescimento exponencial de nossas indústrias e da produção agrícola, com crescimento econômico avassalador.
 
Se Jango continuasse no poder a história da China e Brasil poderia ser diferente, com um Brasil mais industrializado e ocupando parte do importante papel da China de grande exportador de manufaturados, além de ter parcerias em tecnologia muito mais fortes e aprofundadas do que temos hoje. 

Cerca de 15 anos após a viagem de Jango à China, um presidente brasileiro tentou implementar o projeto desenvolvimentista de Jango, inclusive reconhecendo a China e abrindo uma embaixada em Pequim. Estamos falando do nacionalista Ernesto Geisel, à época da chamada ditadura militar.

Os brasileiros começaram, então, a vender produtos agrícolas para a China e os chineses vieram ao Brasil tentar entender o poderio industrial brasileiro à época.

Porém, até hoje a extrema direita, que de nacionalista não tem nada, chama Jango de comunista. Ela, extrema direita, foi e é um verdadeiro atraso para o país, agindo em prol dos interesses externos, e não nacionais.

Há uma interessante matéria produzida pelo site 247 a respeito do dever do Brasil de elogiar Jango por ser visionário.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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