sábado, 30 de junho de 2012

DO OUTRO LADO DA JANELA

Quando abro a janela, vejo um mundo diferente do meu.
No mundo restrito à minha casa, os sonhos proliferam-se.
Lá fora, vejos pessoas chorando pelos pesadelos vivenciados.
No meu mundo há harmonia, lealdade e fraternidade.
Lá fora, vejo egoísmo explícito e uma vontade inexplicável das pessoas alcançarem o sucesso.
No meu mundo, o que importa é estar bem.
Lá fora, o que vale é o se dar bem.
Com tudo isso eu percebo que não há motivos para olhar para além da janela.
Não, não é preciso fechá-la para saber que o meu canto é o meu aconchego.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

VOCÊ SABE O QUE É NAKBA?

Nakba é chamada de o êxodo palestino de 1948, quando esse povo foi expulso de suas terras em razão da criação do Estado de Israel. Mas a Nakba vem de muito antes, desde o fim do século XIX, quando alguns militantes sionistas ingressavam na antiga Palestina e iniciavam atentados terroristas para afugentar as populações das vilas de palestinos, quando sequer havia o projeto de criação de Israel.
Há um site palestino em inglês que vale a pena ser visitado. Clique aqui para acessá-lo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A arte da ...

Não estou pintado para a guerra. Chega disso.

Está na cara que estou apenas pintando o sete.

domingo, 24 de junho de 2012

QUANDO A NECESSIDADE DE ESCREVER ENFRENTA OBSTÁCULOS

Tenho tão pouco tempo para pensar, refletir, sonhar e escrever. O meu trabalho está a me consumir em demasia. Mais do que gostaria e do que poderia.
O meu lazer, tão necessário ao meu bem-estar mental, quase não é possível. Quando me sobram alguns minutos, já me direciono ao computador para escrever algo que está na minha mente, sem muita reflexão, mas pulsando com uma energia avassaladora. Preciso expor as idéias, os pensamentos e os desejos momentâneos.
Já recebi muitos elogios de amigos preciosos, de intelectuais e de autoridades políticas, inclusive. É bom saber que de vez em quando temos o dom da palavra. Tem momentos, porém, que sinto uma dificuldade em concatenar idéias e fatos, em achar a palavra adequada para uma simples frase. Bem, a verdade é que de 3 anos para cá estou mais debilitado na escrita. Talvez uma das causas seja o problema de saúde que tive em 2007, talvez!
Mas não paro de escrever. Quando posso, escrevo, nem que seja um texto bobo que nem este, mas que expressa o prazer que tenho e a alegria que sinto em saber que o blog é acessado por todos os cantos e recantos do Brasil, embora com um número modesto, ao redor de 30 ao dia, e também em muitos cantos do mundo. Vejo que tem muitos leitores fiéis, mesmo com a dificuldade de postar textos próprios diariamente. A solução que arranjei, desde muito tempo atrás, foi postar textos interessantes, que exponham o outro lado dos fatos e da notícias, aprofundando o conhecimento tão necessário para a dignidade humana e para o próprio exercício da cidadania.
A vocês, um pedido de paciência comigo e com o blog e um obrigado com a imensidão do universo e o eco do infinito.

sábado, 23 de junho de 2012

QUEM JÁ NÃO FOI EXILADO?

pintura de criança não identificada                                                  
obtida na internet            
Você já viajou e quando voltou perdeu o lugar de uma forma inesperada, como se fosse um golpe de Estado destituindo apenas o Rei?

Eu sei que a minha pergunta enseja um leve sorriso sarcástico, mas para mim significa a mais pura verdade, pois eu já vivi isso em carne e osso. E posso dizer uma coisa: dói muito, e na alma.

O engraçado é que o ex-monarca, destituído do seu cargo, vivencia o exílio como uma verdadeira reclusão. Ele perde aquilo que mais o inspirava, a ponto de passar a ter certeza de que aqueles que o golpearam, e antes estavam ao seu lado, nunca foram verdadeiros. E é a falta de verdade e a deslealdade que causam as maiores dores àquele que tinha um papel a exercer e o bem alheio a zelar, dores essas muito maiores que a delicada perda.

A perda do poder pode abalar os fracos, mas os fortes, que superam facilmente este tipo de ausência, sofrem com a falta de, digamos, caráter alheio.

Esse Monarca exilado não pensa em voltar para o reino ou constituir outro reinado. Não. Ele quer distância e chega a pensar em ser um ermitão. Ele passa a pensar como um filósofo. E são dessas dores que posso afirmar que saem as maiores decifrações da alma humana.

E é também desse sofrimento que aparecem traumas a qualquer sistema de governo e a qualquer Monarca, dando surgimento ao que se denomina de anarquia, propiciando que as pessoas vivam sem o regramento do Estado.

Hoje posso afirmar que sou um ermitão anarquista.

Acho que você já deve ter descoberto, pois não me julgo Napoleão Bonaparte nem sou louco, que esse reinado que perdi foi um relacionamento e o Estado a que me refiro no texto são os relacionamentos afetivos.

Após essa explicação, volto a perguntar: quem ainda não sofreu esse tipo de exílio?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DICA DE LIVROS


Livros de qualidade e alternativos, uma boa sugestão.
Vá ao site da editora Casa Amarela.
http://lojacarosamigos.com.br/Categorias.aspx?idCategoriaPai=15

quinta-feira, 21 de junho de 2012

UM MUNDO DE HIPOCRISIAS

Vivemos em uma época estranha ou vivemos em um mundo hipócrita, não sei!
Enquanto aumenta o número de ateus, paralelamente inflam as vendas de livros de auto-ajuda e de cds de músicas e cantos religiosos.
Enquanto temos as guerras proporcionalmente mais mortíferas de todos os tempos, podemos ver o banho de sangue  calmamente na tevê, no computador ou no celular, em casa ou no trabalho.
Enquanto os Direitos Humanos são propagados e são criadas ONGs e governos se comprometem com a questão, temos o maior número de refugiados de todos os tempos e das mais diversas ordens: de guerra, economicos, ambientais, por perseguição religiosa, política, sexual... Há refugiados em todos os continentes.
Apenas discutimos medidas contra o aquecimento global, enquanto catástrofes como maremotos, terremotos, enchentes, secas, dilúvios, desabamentos, incêndios desproporcionais e nevascas repentinas ocorrem todos os dias em vários cantos do planeta.
Os brasileiros se julgam mais importantes por terem sido inseridos nos BRICs, mas logo ao lado da nossa casa tem muitos moradores de rua, meninos cheirando cola, meninas se prostituindo, crianças faltando na escola e parte da população pobre procurando o serviço público como se o atendimento fosse um favor do servidor e não um direito do cidadão.
A maioria dos países já sente a falta de água potável. Enquanto isso, no Brasil, enche-se a maior parte das piscinas com água desse tipo. Em Fernando de Noronha, onde não há água potável e grande parte da água é armazenada das chuvas, quase todas as pousadas (em um ilha repleta de praias) têm piscinas.
Alguns radicais de religiões que pregam de certa forma a igualdade das pessoas, sejam eles cristãos, muçulmanos, judeus ou hindus, tentam justificar verdadeiros atos de chacina ou de segregação através de valores de superioridade, contrários aos próprios preceitos da religião que professam.
Este é o mundo hipócrita, onde mais se escreve, onde antes nunca foram lançados tantos livros, onde nunca houve tanto espaço para a publicação como a internet proporciona e onde, ao mesmo tempo, a leitura individual é pífia e há um número assombroso de analfabetos funcionais.
Mas não é só. O mais detestável é que, embora tenhamos vivenciado atos bárbaros e horrendos há 60 anos, com a segunda guerra mundial, onde notamos o perigo do fascismo e do nazismo, hoje partidários de extrema direita, com ideologia muito próxima desses regimes, dominam o cenário político de países importantes econômica e militarmente. 
Mas acho que o ser humano sempre foi assim. Afinal, para aqueles que acreditam que Jesus Cristo existiu, onde eu me incluo, a maior hipocrisia humana não foi a população ter escolhido pela crucificação do seu próprio Salvador e realizador de milagres e optado por conceder a liberdade a um pequeno roubador?
Seria falta de valores de todas as espécies o que nos tornaria hipócritas?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

JANGO EM VÍDEO

Um documentário imperdível que ajuda a compreender a verdade oculta nos meandros políticos pré-golpe de 1964. Um documentário de Sílvio Tendler.

SINOPSE: rodado em 1984, Jango retrata a carreira política de João Belchior Marques Goulart, presidente deposto pelos militares em 1º de abril de 1964. Na obra, Tendler procurou mostrar a política brasileira da década de 60, desde a candidatura de Jânio Quadros, passando pelo golpe militar, as manifestações da UNE e os exílios. O filme é narrado pelo ator José Wilker e conta com depoimentos de Magalhães Pinto, Aldo Arantes, Raul Ryff, Afonso Arinos e Francisco Julião, entre outros.




terça-feira, 19 de junho de 2012

OS SERES QUE LUTAM CONTRA A HUMANIDADE

Quando caminhoneiros utilizam drogas ilegais para permanecerem acordados, quando canavieiros utilizam crack para aguentar a longa jornada de trabalho e quando jovens viciam-se em crack para amenizar o vazio da vida, há algo errado, não com o grupo, mas com a sociedade, a verdadeira causa desses problemas.
Não basta pretender extirpar a droga. É preciso resolver o problema que tem origem nessa sociedade perdida em que vivemos.
Precisamos mudar valores e posturas. Será que há pessoas que pretendem realmente mudar e pagar melhor o frete dos caminhoneiros, permitir uma jornada de trabalho mais justa aos canavieiros e uma vida mais cheia de arte e humanidades aos que denominamos crackeiros? O fato é que a droga alastra-se onde não há alegria e verdades suficientes.
Para que ir por um único caminho, o de combate às drogas, quando a causa sequer é tratada? Que mudemos a sociedade, já é chegada a hora.
Como mudar? Mudando valores. Deixando de lado o neoliberalismo e a frieza nas relações humanas, para dar a real valoração ao ser humano. Não podemos viver em um mundo dominado pela economia, coisa abstrata que apenas favorece pouquíssimos, em detrimento de uma vida digna a bilhões de pessoas. É necessário liberdade, igualdade, fraternidade, democracia, cultura e lazer. É necessário um mundo melhor e isso ainda é facilmente obtível, bastando ter vontade.
Será que ainda optaremos pelas bolsas de valores, guerras, tráfico e insegurança nas cidades em detrimento da própria essência da humanidade?
Não. Nós não precisamos da natureza para extirpar-nos. Basta meia dúzia de seres humanos mal intencionados. E esses líderes de países irresponsáveis e alguns políticos nacionais desinformados ou também mal intencionados estão conseguindo isso, o fim da humanidade nas pessoas.
Basta!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

VOVÔ VIU O VÃO

Quando um senhor do interior vê um vão daquele, o que será que ele imagina?
Veja o vídeo. (Festival do Minuto)

domingo, 17 de junho de 2012

PERDA GRADATIVA DE UM DOM...

Amo escrever, mas estou perdendo o dom da escrita. Já não tenho memória e agora não possuo mais habilidades gramaticais. Faltam-me as palavras e estou redundante. Talvez seja o sinal do tempo, da idade e de que não tenho mais nada a expressar. Minha alma deve ter se calado ou perdido o rumo da pauta...

sábado, 16 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A INTERVENÇÃO MAIS CONTUNDENTE NA SÍRIA PODE TER INÍCIO HOJE

Segundo o intelectual francês Thierry Meyssan*, a intervenção na Síria começaria hoje. Lei abaixo o texto estarrecedor, extraído da página VOLTAIRE.

VOLTAIRE

Dentro de poucos dias, talvez a partir de sexta-feira 15 de Junho ao meio dia, os sírios que pretenderem ver as cadeias de televisão nacionais terão estas substituídas nos écrans por televisões criadas pela CIA. Imagens realizadas em estúdio mostrarão cadáveres imputados ao governo, manifestações populares, ministros e generais apresentarão a sua demissão, o presidente el-Assad tratando de fugir, os rebeldes reunindo-se no coração das grandes cidades e um novo governo instalando-se no palácio presidencial. Esta operação, diretamente monitorizada a partir de Washington por Ben Rhodes, conselheiro adjunto da segurança nacional dos Estados Unidos, visa desmoralizar os sírios e preparar um golpe de Estado. A NATO, que esbarrou no duplo veto da Rússia e da China, conseguiria assim conquistar a Síria sem ter de a atacar ilegalmente. Qualquer que seja o julgamento sobre os atuais acontecimentos na Síria, um golpe de Estado poria fim a toda a esperança de democratização.
De maneira absolutamente formal, a Liga Árabe pediu aos operadores de satélite Arabsat e Nilesat para cortarem a transmissão dos media sírios, públicos e privados (Syria TV, Al-Ekbariya, Ad-Dounia, Cham TV, etc.). Existe um precedente, dado que a Liga Árabe tinha já procedido à censura de televisão líbia de forma a impedir os dirigentes da Jamahiriya de comunicarem com o seu povo. Não existe rede hertziana na Síria, onde as televisões são exclusivamente captadas por satélite. Mas este corte não deixaria os écrans apagados. De facto, esta decisão é apenas a parte emersa do iceberg. Segundo informações de que dispomos, diversas reuniões internacionais foram levadas a cabo na semana passada para coordenar a operação de intoxicação. As duas primeiras, de natureza técnica, tiveram lugar em Doha (Qatar), a terceira, política ocorreu em Riade (Arábia Saudita).
Uma primeira reunião juntou os oficiais de guerra psicológica “embedded” em certas cadeias de satélite, entre as quais Al-Arabiya, Al-Jazeera, BBC, CNN, Fox, France 24, Future TV, MTV. Sabe-se que desde 1998 os oficiais da United States Army’s Psychological Operations Unit (PSYOP) foram incorporados na redação da CNN; a partir daí, esta prática foi estendida pela NATO a outras estações estratégicas. Redigiram antecipadamente falsas informações, segundo um “storytelling” elaborado pela equipa de Ben Rhodes na Casa Branca. Um procedimento de validação recíproca foi posto em marcha, cada media devendo citar os outros de forma a contribuir para torná-los credíveis aos ouvidos dos telespectadores. Os participantes decidiram igualmente requisitar não apenas as cadeias da CIA para a Síria e o Líbano (Barada, Future TV, MTV, Orient News, Syria Chaab, Syria Alghad), mas também outras quarenta cadeias religiosas wahhabitas, as quais apelarão ao massacre confessional aos gritos de “Os cristãos para Beirute, os alauitas para o túmulo!
A segunda reunião juntou engenheiros e realizadores, visando planear a fabricação de imagens de ficção, misturando uma parte em estúdio a céu aberto e uma parte de imagens de síntese. Os estúdios foram arranjados durante as últimas semanas na Arábia Saudita, de modo a reconstituir aos dois palácios presidenciais sírios e os principais lugares de Damasco, Alepo e Homs. Já havia estúdios deste tipo em Doha, mas eram insuficientes.
A terceira reunião agrupou o general James B. Smith, embaixador do EUA, um representante do Reino Unido e o príncipe Bandar Bin Sultan (a quem o presidente George Bush pai designou como seu filho adotivo, ao ponto de a imprensa norte-americana o ter designado como “Bandar Bush”). Tratava-se de coordenar a ação dos media e a do “Exército Sírio Livre”, do qual os mercenários do príncipe Bandar formam o grosso dos efetivos.
A operação, em gestação desde há meses, foi precipitada pelo conselho de segurança nacional dos EUA, depois de o presidente Putin ter notificado a Casa Branca de que a Rússia se oporia pela força a toda a intervenção militar ilegal da NATO na Síria.
Essa operação compreende dois vetores simultâneos: por uma lado, diversificar as falsas contrainformações; por outro lado, censurar toda e qualquer a possibilidade de lhes responder.
A interdição das TVs por satélite como forma de conduzir uma guerra não é uma novidade. De facto, sob pressão de Israel, os EUA e a União Europeia impuseram sucessivas interdições a cadeias libanesas, palestinianas, iraquianas e líbias. Nenhuma censura foi imposta a cadeias de satélite provenientes de outras partes do mundo.
Tão-pouco a difusão de notícias falsas constitui uma estreia. Entretanto, quatro novos passos significativos foram dados na arte da propaganda durante o decurso das últimas décadas:
- Em 1994 uma estação de música Pop, a “Radio Libre des Mille Collines” (RTML) deu o sinal para o genocídio no Ruanda apelando a “Matar as baratas!”.
- Em 2001 a NATO utilizou os media para impor uma interpretação dos atentados de 11 de Setembro e justificar os ataques ao Afeganistão e ao Iraque. Nesta altura, já Ben Rhodes tinha sido encarregue pela administração Bush de redigir o relatório da Comissão Kean/Hamilton sobre os atentados.
- Em 2002 a CIA utilizou cinco cadeias, Televen, Globovision, Meridiano, ValeTV et CMT, para fazer crer que manifestações monstruosas tinham forçado o presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, a demitir-se, dado que tinha sido vítima de um golpe de Estado.
- Em 2011, aquando a batalha de Trípoli, a NATO fez realizar em estúdio e difundir pela Al-Jazeera e pela Al-Arabiya imagens de rebeldes líbios entrando na praça central da capital enquanto eles realmente ainda se encontravam longe da cidade, de forma que os habitantes, persuadidos de que a guerra estava perdida, cessaram toda a resistência.
Doravante, os media já não se contentam em apoiar a guerra, eles praticam-na diretamente.
Este dispositivo viola os princípios básicos do direito internacional, a começar pelo artigo 19 de Declaração Universal dos Direitos do Homem relativo ao facto de “receber e difundir, sem consideração de fronteiras, as informações e as ideias por qualquer meio de informação”. Sobretudo, ele viola também as resoluções da Assembleia Geral da ONU, adotadas no final da Segunda Guerra Mundial, para evitar as guerras. As resoluções 110, 381 e 819 interdizem “os obstáculos à livre troca de informações e de ideias” (no caso vertente, o corte das cadeias sírias) e “a propaganda de natureza a provocar ou encorajar toda a ameaça à paz, rotura da paz ou outro ato de agressão”.
No direito, a propaganda da guerra é um crime contra a paz, o mais grave dos crimes, dado que ele torna possíveis os crimes de guerra e os genocídios.

* Intelectual francês, presidente fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. Publica análises de política estrangeira na imprensa árabe, latino-americana e russa. Último livro publicado: L’Effroyable imposture : Tome 2, Manipulations et désinformations (éd. JP Bertand, 2007).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

QUANDO OLHAMOS, PODEMOS VER...

Quando olhamos, não vemos apenas o que está na nossa frente, mas podemos ver aquilo que apenas podíamos tatear ou enxergar no espelho, além do próprio infinito.

Quando olhamos, podemos ser capazes de ver o todo ou absolutamente nada.

Ao olharmos, podemos ter sensibilidade ou insensibilidade, dependendo de cada um ou do momento.

Quando realmente queremos olhar, não usamos só músculos, mas também a alma.

Mais de um sentido em um só órgão: olhos. Mais de um sentido em todos os órgãos: boca, mãos, orelhas...

E ainda duvidam da alma ou de que os olhos e a boca sejam portas da alma. Aqui também dependemos da sensibilidade ou insensibilidade de cada um ou do momento para podermos ver o que está diante de nós.

Cyro Saadeh

quarta-feira, 13 de junho de 2012

THE GUARDIAN: BRASIL COMO MODELO

OPERA MUNDI

Jornal britânico diz que Brasil é modelo de diplomacia e compara Lula a Franklin RooseveltPara The Guardian, “já é tempo de o ocidente incorporar o crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo”

O Brasil “não apenas deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também é a melhor razão para uma reforma do órgão e para uma tentativa de tornar o sistema internacional mais representativo”. É o que diz um elogioso editorial publicado nesta segunda-feira (11/06), no qual o jornal britânico The Guardian sugere uma maior valorização da diplomacia de Brasília e destaca a ascensão econômica vivenciada pelo país ao longo dos últimos anos.

De acordo com a publicação, “já é tempo de o Ocidente incorporar o crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo” com o país. Isso porque, “embora seja líder da desigualdade social no mundo”, ele “também lidera a resolução desse problema” por meio de “famosos programas sociais que auxiliaram 20 milhões a deixar a pobreza e criar um novo mercado interno”.

Traçando uma linha cronológica para o processo de estabilização da economia brasileira, o artigo parte do governo de Fernando Henrique Cardoso e se estende até a atual gestão de Dilma Rousseff, que é classificada como uma “reformista pragmática”. De acordo com o The Guardian, em meio a esse fenômeno de aquecimento do mercado doméstico e elevação da renda per capita, houve ainda a importância do ex-presidente Lula, “a melhor reencarnação já vista de Franklin Roosevelt”, o líder norte-americano que superou o crash de 1929 graças à elevação de investimentos públicos e consequente fomento à atividade econômica.

Em meio aos preparativos para eventos de relevância global como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ainda restaria para a presidente Dilma Rousseff “a transferência de sua popularidade e competência administrativa para o congresso”, de tal forma que o legislativo acompanhe o andar de seu governo. O principal desafio da atual presidente, segundo o The Guardian, ainda é “destravar a produtividade e estabelecer uma economia mais avançada”.

No campo das relações internacionais, “Brasília não apenas dobrou o número de seus diplomatas na última década como também redobrou sua ênfase na diplomacia como a única forma de "multipolaridade benigna”. Fenômeno esse que reflete “o luxo de uma região pacífica” e uma “longa tradição e experiência sobre as naturezas da soberania e da democratização”.


 
Brazil: a Bric to build withBrazil now has a larger total GDP than the UK and has something other nations look for in vain: sustained leadership


guardian.co.uk
Sunday 10 June 2012

Brazil, which hosts the Earth summit this month and a World Cup and an Olympics in the next four years, has been enjoying something for which you would look for in vain across much of the world: sustained leadership. First came Cardoso, the sociologist-statesman who brought the economy under control. Next was Lula, the best reincarnation yet of Franklin Roosevelt. Emerging from his shadow as a pragmatic reformer with edge is the current president, Dilma Rousseff.

Brazil rose with China, feeding it soybeans and iron ore, and now has a larger total GDP than the UK. Lula likened himself to a street peddler, hawking commodities everywhere; Ms Rousseff's challenge is to unlock productivity and establish a more advanced economy. Since Brazilians are already much richer than the Chinese or Indians, it would be hard to approach their growth rates, but there is a possibility of massive investment in infrastructure and, most important, education. Ms Rousseff will need to transfer her popularity and managerial skill into a command of congress to set the pace.

Though leading the world in inequality, Brazil also leads in effectively addressing it. Its justly famous social programmes, an advert for activist government, have helped lift 20 million people out of poverty and create an internal market. Long receiving economic lectures of mixed quality, Brasilia has no wish to start giving them, but watches with apprehension European attempts to reduce debt in the absence of growth. All this has given Brazil the credibility to assume its long-coveted role as a global power.

Particularly under Ms Rousseff and her foreign minister, Antonio Patriota, it has assumed a distinctive mixture of restraint and independence in the exercise of that power. Brasilia has not only doubled its diplomats in the last decade, it has redoubled its emphasis on diplomacy as the only way to "benign multipolarity". Partly this is the luxury of a peaceful neighbourhood (which it must still persuade of the advantages and magnanimity of its leadership). But it also reflects long diplomatic tradition and experience of the nature of sovereignty and democratisation. As it accrues power and responsibility, it will no longer be able to be everyone's friend and will feel the tension between sovereignty and human rights more keenly, but it aspires to be a bridge between powers and will sometimes be a corrective to western selectivity and hypocrisy.

Not only should Brazil have a permanent seat on the security council, it is the best argument for security council reform and other attempts to make the international system more representative. It's time for the west, and the rest, to embrace Brazil's rise more actively and begin a more profound engagement.

terça-feira, 12 de junho de 2012

EXPLICAÇÕES COMPLICADAS SOBRE O AMOR

O amor surgiu há 3 mil anos? Hoje trai-se mais? Como começa o amor... A Super Interessante tenta explicar tudo isso em diversas matérias unidas em uma só página. Clique e acesse: http://super.abril.com.br/amor/

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O MUNDO DO "NÃO" QUE CLAMA PELA MORTE

No mundo real parece existir apenas a propensão às limitações do ser humano, da sua capacidade criativa e de suas potencialidades artísticas e científicas. É o mundo do marasmo, do não exacerbado ao infinito e da irracionalidade do império dos modismos.

"Proíba-se o véu islâmico. Proíba-se o quipá. Proíba-se o crucifixo. Proíbam-se as Igrejas. Proíba-se o casamento entre homossexuais. Proíba-se o divórcio. Proíbam-se as bandeiras de países estrangeiros. Proíba-se a torcida pelo futebol argentino no Brasil. Proíba-se o futebol aos finais de semana. Proíba-se o álcool. Proíbam-se o churrasco, o chocolate e o pastel. Proíba-se o sexo. Proíba-se o coito anal. Proíba-se tudo ou quase tudo, permitindo-se poucas, pouquíssimas, coisas".
"Autorize-se o nascimento, mas em hospitais particulares. Proíba-se nascer com cores ou semblantes diferentes e proíba-se nascer com deficiências".
O lema absurdo das proibições nunca deixou de existir na raça humana, mas fortalece-se nesse mundo de extrema direita.
Que eu saiba, o mundo surgiu de uma explosão sem autorização alguma. E não foi explosão de atentado terrorista. Foi explosão da vida, segundo os cientistas, que não contou com a autorização de Deus (segundo os cientistas) ou do primeiro habitante do pré-universo (ou o casal Adão e Eva, para os religiosos). Depois, tudo lhe foi permitido e surgiu a vida e daí os seres diversificados de todos os tamanhos e cores. Tudo era permitido. A lei era das possibilidades. Isso até o advento do homem, que se sentiu Deus e gradualmente passou a modificar a lei natural das coisas, criando o conceito de perfeito, o “não” e também “as proibições”. Proibia-se o ser diferente, o ser de outra tribo, o ser de outra raça, o ser de outra religião, o ser de outro grupo social, o ser que continuava diferente. E mesmo com todos os avanços científicos, tecnológicos e de comunicações, ainda hoje proíbe-se o outro, o desconhecido e o diferente.
A única permissão é da morte, isso enquanto as seguradoras, patrões e outros interessados não resolverem proibi-la. A morte causada pelo próprio ser vivente que não quer mais viver no mundo das proibições já é vedada pelas religiões e vigiada pelos governos.
Podíamos pensar diferentemente, com um sim à vida e às diferenças e com um forte não a tudo que vede a intensidade do viver... Mas o ser humano não está aqui para permitir, afinal as proibições dão sentido à vida daqueles seres superficiais que não têm intensidade a ser vivenciada.

domingo, 10 de junho de 2012

notícia, informação e opinião pessoal

Aqui é um mero blog, mas com notícia, informação e opinião pessoal. Aquilo que a grande mídia afirma impensadamente, aqui tem as janelas abertas, os muros derrubados e as certezas destelhadas. Diariamente você fica a par de algo que aconteceu, está contecendo ou poderá acontecer no universo conhecido.
Acompanhe os fatos também pelo blogdocyro e o jornaldapompeia.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

INTELIGÊNCIA, CULTURA E EDUCAÇÃO

Nunca achei que inteligência era algo que se conquistasse, diferentemente de cultura e conhecimento. O que vejo diariamente são pessoas cultas que se deixam enganar, como se não tivessem a mínima inteligência para discernir.
Ora, há pessoas que estudam, são cultas, mas não pode se dizer que sejam inteligentes. Em compensação, há pessoas pobres que nunca estudaram, mas têm uma inteligência formidável e uma sabedoria adquirida no dia-a-dia.
Não sei se o nosso país é formado por pessoas majoritariamente inteligentes. Nem sei se eu faria parte desse grupo, inclusive. O que sei é que falta cultura a uma grande parcela da nossa população, para a qual a educação nunca foi fornecida adequada e dignamente. É uma grande parte que não teve acesso à cidadania, aos direitos civis propriamente ditos.
O Brasil é um país injusto, que não aproveita as inteligências que possui, não fomenta as atividades culturais que surgem e tampouco valoriza a rica história que construiu com o passar dos tempos.
Se somos um país sem memória, com um povo inteligente e sem cultura, o nosso futuro somente poderá ser o esquecimento, ou alguém duvida?
É possível mudar, com inteligência e investimento nas áreas educacional e cultural.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

De um mero...

De um mero olhar pode surgir um espelho iluminado para um depressivo.
De uma mera lágrima pode surgir a água necessária para regar a emoção de um desavisado.
De um mero sorriso pode surgir a esperança para aquele que nada vê além do martírio.
De um mero texto pode surgir um monte de palavras que tocam, ou não.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

UM DIA MORAREI NA ESPANHA

Sou um eterno apaixonado pela Espanha. O motivo? Ah, podem ser tantos. Pode ser fruto do que via nos filmes ou nos livros de escola, do que ouvia dizer enquanto criança, do que sonho ou daquilo que realmente vejo.
Eu acho a Espanha um país magnífico, que cheira a história, cultura, arte, lazer, um belo prato de comida, um bom vinho, um bom sorriso e belas mulheres com personalidade um pouco forte.
A Espanha é um país quase perfeito. Sim, quase, não ficasse na Europa, não tivesse o euro e não tivesse o preconceito de alguns em relação às brasileiras.
Um dia morarei lá e escreverei a vontade, numa praça, vendo os espanhóis lerem calmamente os seus jornais nos cafés, chegando bêbados das baladas às 9 da manhã de uma terça-feira. Pode ser hoje, pode ser amanhã. Pode ser nunca. E eu acredito no dia de São Nunca, afinal hoje criou-se Santo para tudo! E a esperança sobrevive, até porque a Espanha é repleta de Santos e de Igrejas. É um lugar de fé. Vide San Tiago de Compostela. E viva San Nunca!

terça-feira, 5 de junho de 2012

A SABEDORIA DA NATUREZA

Às vezes não entendo porque os olhos enchem-se de lágrimas em momentos desoladores. A tristeza provoca a a inundação do campo de visão, para que não vejamos e, portanto, não soframos com aquilo que enxergávamos?
Às vezes também não entendo o motivo de ficarmos sem ar quando nos surpreendemos com algo bom ou ruim... Será que é para evitar palavras desnecessárias, que tornariam aquele momento insuportavelmente desagradável?
Às vezes não entendo porque me faltam palavras. Será que é para não escrever mais besteiras?
É, a natureza realmente é sábia.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Resumo do inferno?

Trabalho em um órgão público e vejo constantemente a luta que é travada em busca do poder.
Há traiçoeiros que aproveitam os momentos mais inoportunos para passar uma rasteira e dessa forma ocupar um cargo que pertencia a outra pessoa.
Há aqueles que fazem verdadeiras campanhas políticas, visando ocupar cargos de confiança ou eletivos.
Há os eternos puxa-sacos, aqueles que visam fazer parte de um grupo unido, onde um ajuda o outro.
E há aqueles que imaginam que sobem ao diminuirem os outros falando mal, seja verdade ou inverdade.
Como se vê, há de tudo: os traiçoeiros, os politiqueiros, os puxa-sacos, os interesseiros e os invejosos.
Uma mera repartição pública, assim como de uma empresa privada, pode ser um resumo do inferno!
O céu? Ah, esse é um sonho, só alcançado nas férias.

domingo, 3 de junho de 2012

CASAMENTO ÁRABE?

Não é nome de filme. É nome de matéria jornalística. Tem uma reportagem bastante interessante sobre os "casamentos árabes" entre os descendentes da colônia. Música e dança típica são parte necessária desses casamentos. Clique e veja diretamente na página da ANBA.

sábado, 2 de junho de 2012

A LIBERDADE DOS SONHOS

Uns dos maiores instrumentos de liberdade que temos são os sonhos, como diria em outras palavras o escritor argentino ERNESTO SABATO, morto recentemente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quais alimentos são Halal?

foto: divulgação ICARABE

Poucas pessoas no Brasil sabem, mas os muçulmanos, assim como muitos cristãos e judeus, também seguem regras em relação à alimentação. Esse desconhecimento ocorre pelo pequeno número dos seguidores dessa religião no Brasil, diferentemente dos países árabes, onde são a maioria. O alimento permitido no Islã, de acordo com as regras de Deus escritas no Alcorão, é denominado Halal, que em árabe significa lícito, autorizado.

Ana Maria Barbour

jornalista e editora do ICArabe
ICARABE - Instituto da Cultura Árabe

Para que uma comida seja considerada Halal é necessário que siga determinadas regras de fabricação. No caso de carnes, as normas dizem respeito à forma de abate, lembrando que suínos e bebidas alcoólicas estão terminantemente proibidas. (Veja abaixo o quadro com as regras).
Mas em um mundo globalizado, em que as produções são feitas em grande escala e vão muito além das fronteiras de nossos países, como é possível garantir que uma comida é Halal? Para isso existem instituições certificadoras, que acompanham os procedimentos de fabricação e abate. Uma delas é a Cibal Halal (Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal), braço operacional da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (FAMBRAS), que atua no Brasil desde 1979. “Para fazer a certificação, um inspetor vai à indústria, faz o levantamento de todos os produtos que são utilizados e realiza laudos técnicos para comprovar que não existe qualquer ingrediente proibido, principalmente álcool e produtos suínos”, explica Mohamed Hussein El Zoghbi, Diretor Executivo da Cibal Halal.
Como o número de consumidores muçulmanos é muito pequeno no Brasil, segundo Mohamed cerca de um milhão de pessoas, a produção Halal do país é basicamente para exportação. A maior concentração de seguidores do Islã está em São Paulo e a maioria é de imigrantes recentes. “Nosso mercado interno é mínimo. Você nem encontra produtos Halal nos supermercados”, afirma ele. Para os brasileiros que querem comer esse tipo de alimento, existem algumas empresas pequenas que produzem em pouca quantidade, e que a própria Cibal indica. “Seguir os mandamentos do Alcorão em relação à alimentação não é tarefa muito fácil no Brasil. A religião diz que, preferencialmente, muçulmanos têm que comer o alimento Halal, mas se não tem, paciência”, diz.
De acordo com Mohamed, estão se adequando ao padrão Halal não só empresas que exportam para países muçulmanos. “Muitas estão vendo o certificado Halal como um algo a mais, uma garantia de qualidade, pois nós exigimos e acompanhamos todo o processamento”, explica. Segundo ele, a carne Halal, além de religiosa, é mais natural. Nem o frango nem o boi podem ter comido ração com aditivos ou com proteína animal nem podem ter recebido doses de hormônio para engorda. Além disso, os processos de embalagem, armazenagem, certificação e embarque da carne Halal é feito de forma segregada da produção comum. Ou seja, existem as empresas que só fazem alimentos Halal e existem as que fazem alimentos comum e Halal. No segundo caso, não pode haver mistura de ingredientes e os procedimentos podem até ocorrer na mesma fábrica, mas em equipamentos diferentes.
O abate
Islâmicos só comem frango ou carne bovina se o animal tiver sido degolado com o corpo voltado à cidade sagrada de Meca, ainda vivo e pelas mãos de um muçulmano praticante, geralmente árabe. A faca com a qual é feita a degola precisa estar super afiada para garantir a morte instantânea do animal, sem sofrimento. Antes do abate de cada bicho, o degolador pede autorização a Deus, em árabe, como forma de mostrar obediência e agradecimento pela comida e de reafirmar que não está matando o animal por crueldade ou sadismo.
Peixes são considerados Halal por natureza, porque saem da água vivos. Já os suínos são considerados impuros pelo modo como se alimentam, por estarem ligados a ambientes de sujeira.
Os países que importam carne do Brasil exigem que quem faça o abate não seja vinculado à empresa produtora. “A Cibal tem funcionários no Brasil inteiro. Nós treinamos essas pessoas, entre as quais estão muitos africanos, refugiados políticos”, afirma o presidente da empresa.
Segundo ele, o procedimento não mudou muito ao longo dos anos, pois o Alcorão determina como deve ser feito. “Mas todo ano tem um congresso mundial Halal, onde são trocadas informações que não servem para modificar, mas modernizar a forma de abate”. Um exemplo citado é que antes, o boi era abatido no chão e a degola era mais difícil. A Cibal desenvolveu um box específico onde o boi entra de pé, tem um suporte onde ele coloca a cabeça um pouco levantada, facilitando o corte. “Essa modernização é necessária porque antigamente se matavam dois bois por dia, hoje são milhares”, complementa. A Cibal tem em média 300 funcionários, dependendo da época do ano. No período do Ramadã, por exemplo, o consumo aumenta e é necessário contratar mais gente.
Filantropia
A Fambras é uma instituição sem fins lucrativos, que tem como principal função congregar os muçulmanos e divulgar o Islã. A certificação Halal só teve início porque em fins da década de 70 muitas empresas estavam tentando expandir seu mercado para o Oriente, por necessidade de exportação. “Mas essa atividade não tem como fim a geração de lucro. Obviamente há um custo para que seja feita a certificação, já que envolve o trabalho de funcionários, mas toda a arrecadação é reinvestida nas atividades da federação”, explica Mohamed. Entre essas ações está o auxílio às mesquitas do país e a publicação e distribuição gratuita de livros que divulgam e explicam o pensamento islâmico.
“Divulgar o Islã de forma positiva é um desafio atualmente, já que existe um trabalho em direção oposta, feito pela mídia, principalmente a norte-americana, que distorce as informações. Mas acredito que isso ocorra mais por desconhecimento do que por intenção. Entretanto, no Brasil, temos um relacionamento excelente com todas as religiões e a população em geral. O Islã é uma religião extremamente tolerante”, avalia ele.

Está permitido ingerir como alimento, respeitando as Leis islâmicas, todo o tipo de alimento que não contenha ingredientes proibidos ou partes desses alimentos ou de animais que não tenham sido abatidos/degolados dentro dos procedimentos e normas ditadas pelo Alcorão Sagrado e pela Jurisprudência Islâmica.

•Os peixes e outros animais aquáticos são permissíveis (Halal), a não ser aqueles que estejam intoxicados ou que sejam prejudiciais à saúde humana, ou venenosos; assim como, estão proibidos os animais que vivem tanto na terra como na água, como crocodilos e seus assemelhados.

•Todo o tipo de vegetal é Halal, a não serem aqueles que estejam contaminados ou intoxicados por pesticidas, sejam venenosos ou produzam efeitos alucinantes ou que de qualquer forma possam ser prejudiciais à saúde do homem.

•Qualquer produto mineral ou químico, em princípio é permissível, exceto aqueles com possam causar qualquer tipo de intoxicação ou prejuízo à saúde.

•A água é totalmente Halal, exceto quando esteja contaminada ou por qualquer meio for prejudicial à saúde.

•Todo produto, criado por meio da biotecnologia, extraído de vegetal, mineral e microbiana para a indústria alimentar é Halal.

•Produtos de origem sintética utilizada na indústria de alimentação será Halal a partir da comprovação de sua elaboração, onde se prove que não é prejudicial ao ser humano.

•Derivado de origem animal, utilizado nas indústrias de alimentação, só será Halal, se o animal for sacrificado conforme a lei islâmica, mediante comprovação sob a supervisão da CIBAL Halal.

•Queijo processado através do coalho microbiano é Halal.

•Leite (de vacas, ovelhas, camelas e cabras).

•Queijo processado através do coalho microbiano é Halal.

•Frutas frescas ou secas, legumes, sementes como amendoim, nozes, caju, avelãs, grãos como trigo, arroz, centeio, cevada, aveia etc., a não serem aqueles que estejam contaminados ou intoxicados por pesticidas (agrotóxicos em excesso), ou que de qualquer forma possam ser prejudiciais à saúde do homem.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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