quarta-feira, 30 de novembro de 2022

AS DORES QUE ANTECEDEM A MORTE


O problema não é a morte, mas o que a antecede.

Deixar a cena material talvez não incomode a muitos, mas o sofrimento que pode antecedê-la, sim, talvez atemorize, e muito, a quase todos.

Em 2007 estive muito próximo da morte, ao sofrer um grave infarto. Senti fortes dores no peito, horríveis, por quase uma hora e, ao deitar em um banco de vestiário, apaguei. Acordei no hospital, sob uma forte luz, ao lado de pessoas de branco. Tinham se passado exatos 7 dias do último momento de minha lembrança, que era ter deitado em um banco para tentar relaxar e amenizar a dor que se alastrava pelo peito. Pela forte luz e vestimentas brancas, poderia estar naquilo que se denomina de Céu ou em um hospital, mas a vida insistiu em me deixar nesse mundo cheio de dúvidas, incongruências e incertezas. Ou seja, estava na UTI de um hospital.

Obviamente fiquei felicíssimo ao ver que estava vivo. Na dicotomia da vida terrena, aquele era o momento mais distante das dores que estavam me levando à morte.

A morte, penso, nunca foi capaz de me assustar. Afastar-me das pessoas que gosto e achar que não poderei mais ajudá-las é o que realmente mais me entristece.

Porém, o processo de morte nem sempre ocorre de forma indolor. São raros os casos em que inexistiu dor que antecedesse a morte. Essa, normalmente, é antecedida de muita dor física e até sofrimento mental por aquele que deixa a vida e, por outro lado, também pode causar muito sofrimento a amigos e familiares daquele que parte. Assim, é possível dizer que raramente a morte é indolor e que normalmente é permeada de sofrimento.

Mas a morte (na verdade o que a antecede) mais dolorosa é aquela inevitável e que não nos atinge de pronto. É aquela que nos permite viver, mas por tempo quase determinado, como ocorre com o câncer. Essa contagem é uma tortura e, muitas vezes, causa mais sofrimento do que o processo de desenvolvimento da doença. Essa dor impregna o físico, a mente e a alma para a maioria dos mortais.

Mas há os herois que veem na chance de viver um dia a mais uma dádiva, um milagre da vida. Na dicotomia da vida, esses otimistas são os que veem milagre em tudo, ao contrário daqueles incrédulos que não veem milagre em nada, como diria Einstein.

Mas, por mais otimista que você seja, não é fácil lidar com a dor de saber, de fato, que a expectativa de vida é inferior à que se imaginava ter e ainda acompanhada de muito sofrimento físico.

Pode-se dizer que para muitas doenças, a mudança da vida está umbilicalmente ligada ao DNA. Não somos apenas como o DNA, ou um simples e microscópico filete, mas o próprio DNA. E é a mutação genética, ou seja, do DNA, que altera a vida, a nossa vida, e a restringe. Fisicamente, somos representados pelo DNA ou, melhor, nós é que o representamos.

No caso específico dos cânceres, não se sabe como ocorrem essas mutações, mas são elas que proporcionam muitas das causas das dores que antecedem a nossa morte.

Compreendendo a nossa essência física, celular, seremos capazes de ver o nosso passado, presente e futuro. É exatamente isso o que faz a genética.

A morte pode ser adiada, mas ela é inevitável ao corpo físico. O que a ciência poderá vir a proporcionar no futuro é que as mortes ocorram sem tanto sofrimento àquele que desencarna. E isso se aplicaria não apenas ao câncer, mas ao infarto do miocárdio e outras doenças. A dor dos que ficam, porém, somente poderá ser amenizada com uma forte dose de fé e espiritualidade.

Mas a morte, em si, digo no seu exato momento, e não nos momentos que a antecedem e quanto à sua causa, é indolor. É só um instante de ida. Para aquele que parte, a morte é só uma largada. A morte seria o momento em que se descarrega do sofrimento, da dor e da culpa. Se a vida material é tão repleta de incertezas, talvez o que denominamos de morte não seja assim. Possivelmente, a "morte" seja mais leve e reste desacompanhada das dores que marcam a alma de todos nós. Talvez a morte equivalha ao exato instante que antecede o despertar em um hospital, uma sensação de leveza, quase que como um vazio, mas que é, embora não seja possível sentir que se está presente.

Talvez os Espiritualistas busquem na sensação de morte a leveza necessária para equilibrar-se na vida, inclusive para os momentos possivelmente dolorosos que antecedem a partida de cada um de nós.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

O INDIVIDUALISMO TÃO VALORIZADO NOS INIBE DE ENXERGAR O UNIVERSO E DE FAZER DESCOBERTAS SURPREENDENTES

Temos uma triste tendência ao autoritarismo, ou talvez seja mera preguiça mental, que se revela na nossa aceitação acrítica a qualquer posicionamento que defenda algo que gostemos ou que ataque algo que nos apavore.

Isso se revela no posicionamento político brasileiro atual. Votamos em A contra Z, porque odiamos z, ou em Z contra A, porque odiamos a, e nos esquecemos de outras possibilidades, poucas por sinal, mas ainda existentes.

Não somos binários, mas agimos como se fossemos e trabalhamos a maior parte do tempo com conceitos antagônicos ou com duas possibilidades, quando há muito mais delas espalhadas pelo Universo.

Penso que na maior parte das vezes o ser humano se limita e que as descobertas científicas somente se revelam porque alguns pensamentos superaram a nossa preguiça mental (decorrente de uma barreira social, talvez) e revelaram-nos outras possibilidades.

Como dito, isso ocorre com a política, mas não só com ela. Muitos acham que se é capitalista ou comunista, e só. Que se é pró Estados Unidos ou contra. Que se acredita em um dado Deus ou é, de certa forma, pagão. E os exemplos não param aí.

8 ou 80. Quem não se lembra daquele ditado? E que traduz muito o pensamento comum humano. Colocamos tudo em caixinhas e não somos capazes de analisar a complexidade. Enquadramos nas definições daquilo que conhecemos e aceitamos.

Você é europeu ou indígena ou preto. E em um país tão mestiço é possível ser muito mais que uma só definição. É possível ser descendente de europeu, indígena e preto ao mesmo tempo.

Os rótulos tendem a simplificar o que se é. Somos muito mais. Ainda que sejamos indígenas ou pretos, temos a Nação raiz de nossos antepassados. Não há só um povo indígena nem só um povo preto. Há muitos povos e Nações assim.

Não se sabe a partir de quando, mas o ser humano foi simplificando as definições e as origens, talvez para facilitar a história ou como meio de manipular para, de alguma forma, se deter o poder. 

E, em comparação, vemos o mundo definhando sob a nossa batuta e, ao mesmo tempo, as inúmeras possibilidades de existências e formas no Universo, que mexem com a nossa imaginação.

Aprendemos muito nos bancos das escolas, nos livros e vivenciando comportamentos e relacionamentos. Por isso é importante estudar, ler e viver. Quanto mais se é livre para viver, mais se adquire de vivência e experiência. Por isso, as viagens antigamente eram verdadeiras descobertas. Que o digam Marco Polo e os antigos comerciantes da rota da Seda. Hoje, com a globalização e o fácil acesso à informação, viajar pode ser uma forma de descoberta, se for para conhecer culturas e pessoas, ou mero modismo da era da exposição da imagem. 

Escrevi tudo isso para tratar de um livro que se chama "O despertar de tudo: Uma nova história da humanidade", que traz uma crítica ao eurocentrismo e nos mostra como outras culturas eram tão ou mais avançadas que a dita Europeia ao longo da história. E quando falam em outras culturas, inclui-se aí as ditas "aborígenes" ou "selvagens", onde a democracia, não como conceito, mas como prática, já era empregada nas Américas pré colombiana, por exemplo.

Talvez os Europeus, que trouxeram o que conhecemos por colonialismo e a forma mais recente de imperialismo, além do capitalismo e comunismo e as grandes guerras mundiais, não sejam o "melhor" exemplo maior de superioridade moral.
 
Quando nos despirmos dessa pretensa superioridade europeia, talvez diminuam-se ou desapareçam preconceitos de raça, cor, sexo e religião, e passemos a ver o ser humano como aquele que foi se amoldando ao mundo em que vivia, superando obstáculos e se desenvolvendo como espécie.

Hoje, quando se fala em explorar a Lua, Marte e Vênus, não se fala em exploração por A ou B, mas pela humanidade, como forma de sobrevivência, já que o Planeta (que não tem nada de plano) Terra está se exaurindo devido ao modus vivendi de menos de duzentos anos, capitalista, coincidência ou não. Obviamente, alguns terão privilégios, e em se tratando de mundo capitalista, os mais ricos terão primazia.

E há um conceito muito particular e pessoal, que necessita de amadurecimento, que consiste em criticar a valorização excessiva do individualismo. E que esse individualismo exacerbado é a raiz de muitos dos males que vimos por aí.

Não há dúvida de que somos seres individualizados, mas que necessitamos de uma coletividade para viver e com a qual devemos nos harmonizar. Penso que cada um carrega sua própria Alma que também evolui ao longo do tempo e da história individual a ponto de, depois de muitas vidas, harmonizar-se e juntar-se a outras. Penso que assim como ocorre com  a humanidade, a alma individual também tende a evoluir e, mais leve, integrar-se a outras Almas também nessa condição. E falo sobre isso para exemplificar que a evolução alcança a agregação, e que a individualidade não é algo eterno.

Se pensarmos no Big Bang, que hoje é contestado por muitos, em que tudo era infinitamente condensado e que, com a explosão, se expandiu e continua a se expandir, talvez o conceito de indivíduo faça sentido, pois algo que era uno deu origem à vida como conhecemos, individualizando-a.

O ser humano valoriza tanto o indivíduo que a primeira forma de conjugar o verbo é na primeira pessoa. Obviamente esse é só um exemplo, mas um dos mais fortes, pois demonstra a primazia do indivíduo.

O certo é que o indivíduo existe e foi a base de nossa formação. O que quero dizer é que para compreendermos a existência, o Universo e a própria humanidade, é necessário termos conciência de que não somos os únicos e não somos o centro do Universo e, na nossa insignificância material, intelectual e energética, fazemos parte do todo. Como indivíduos, colaboramos e somos particulares, mas não podemos continuar a ver o mundo da forma como aprendemos, com a falsa superioridade e abstração do outro.

Temos que sentir a dor alheia, a ter empatia, a tentar nos harmonizarmos, a amar.

A história que sempre é recontada, ainda valorizará os agrupamentos, que deram origem às sociedades, para a sobrevivência humana, desde o período em que o ser humano não conquistava e não ditava regras, mas apenas sobrevivia em meio à natureza. Os agrupamentos humanos eram fundamentais para enfrentar-se outros animais e permitir a sobrevivência do indivíduo e da própria espécie humana.

Penso que Jesus, ao ensinar sobre o Amor, nos trouxe, com sua sabedoria e simplicidade, a maior lição para nos harmonizarmos com a humanidade e o Universo, nos ensinando a como mudar a história até então de guerras e horrores.

Ouvimos e, após a sua ida deste Planeta, passamos a pregar as suas palavras, mas não mudamos a forma de ver e vivenciar o mundo. Ainda é possível, e se o fizermos, já inicialmente nos depararemos com descobertas surpreendentes. Ousemos. Ousemos mudar e revolucionarmo-nos como indivíduos e sociedade.

Se passarmos a enxergar de outra forma, de uma forma menos impregnada do individualismo e de valores de superioridade,  certamente nossa percepção aumentará e veremos com maior amplitude. Tentemos, pelo menos, enxergar e sentir da forma como o Universo está a exigir.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

A DEMOCRACIA EXIGE A RESPONSABILIZACAO DOS AGRESSORES

Tem sido comum nos últimos tempos alguns bandidos, travestidos de cidadãos comuns, atacarem verbalmente agentes políticos, servidores públicos e pessoas comuns do povo, aos gritos, com xingamentos, impedindo, até mesmo, a sua locomoção.
Muitos desses agressores ainda filmam e postam em redes sociais, o que, para o imediato deleite deles, constitui elemento de prova de sua "coragem", mas que, por outro lado, evidencia os diversos ilícitos e caracteriza meio de prova para a Justiça.
Os ilícitos são vários e de várias ordens, penal, civil, administrativa... 
Crimes de injuria, calúnia e difamação são os mais comuns. Também cabe a reparação civil por danos morais e, se o caso, por danos materiais. 
Se o agressor for servidor público ou prestar serviços à administração, também caberá punição disciplinar.
Se os agressores ainda impedirem a locomoção, poderão responder pelos prejuízos causados ou potenciais, além de responderem pela conduta criminosa e pelos danos morais eventualmente causados. Cabe à Justiça, ainda, avaliar eventual punição no âmbito eleitoral. Caso se trate de empresa financiando os atos, poderá ser avaliada a punição no âmbito econômico administrativo. 
O que a democracia não admite é que atos desse natureza se tornem costumeiros. O império da lei, que é a base da democracia e do respeito ao outro, deve ser aplicado com toda a severidade permitida pelo ordenamento jurídico.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A VIDA TERRENA DA HUMANIDADE, COMO UM SOPRO, PODE SE ESVAIR A QUALQUER TEMPO

O gênio brasileiro Oscar Niemeyer já dizia que a vida é um sopro.

Há os que acreditam que a vida não termina com o fim da atividade mental, do batimento cardiaco ou da respiração. Para esses, a vida terrena, encarnada, é uma mera etapa de um longo processo.

E estaríamos nesse processo em um plano individual (do eu) e coletivo (humanidade).

O fato é que desde o surgimento dos hominídeos evoluímos e descobrimos muitas coisas importantes. Gênios pululam, mas os males que deveríamos resolver para que todos pudessem viver harmonicamente ainda estão aí, fortes e defendidos como princípios por muitos dos ditos humanos. Os males brotam e estão por todos os cantos, nos apavorando desde sempre.

O tempo, próprio de nossa dimensão e da reduzida pequena capacidade que temos de sentir e perceber, consome nossa vida sem que tenhamos feito as mudanças necessárias para dar sentido à vida que nos foi concedida.

Nos deparamos com os mais belos mundos reunidos em um só planeta, com a beleza e a harmonia infinitas, mas somos pouco merecedores da dádiva da vida que nos foi consagrada. E permitimos que a natureza seja violentada, que muitos humanos sofram desnecessariamente diante de nossos olhares e sentidos.

Como manto para acobertar a omissão, muitos apresentam julgamentos espirituais inexistentes. Cristo jamais fez julgamentos, nem o organizador da teoria Espírita o fez, mas muitos atribuem os fatos deletérios a vidas passadas,.como se conhecessem o outro melhor que a si próprios.

Temos muito, ainda, a progredir e a reformarmo-nos, como indivíduos e sociedade.

A Luz interior, advinda do progresso individual carregada em nossa Alma, deve se manifestar, sempre.

A omissão é a primeira porta de entrada da escuridão e o mais perigoso elemento para justificar o injustificável.

A omissão é tão grave quanto o ato deletério. E é grave porque, embora sejamos seres individuais, somente encarnamos para uma vida coletiva, onde podemos e devemos treinar todos os significados da palavra amor.

E enquanto não praticamos o básico, o elementar, não compreendemos e não vivenciamos o sentido de viver. 

E a vida materializada, como dizem os gênios, é um sopro. Não há a eternidade para a evolução individual e coletiva nesse plano.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

MEGALÓPOLES, LIBERDADE, SÉCULO XXI, O UNIVERSO, A VIDA E OS JULGAMENTOS MORAIS

As pessoas amam viver nas grandes cidades para terem liberdade de serem o que quiserem ser.  Amam a liberdade. Será isso mesmo?

Mesmo morando nas megalópoles, as pessoas são curiosas e querem saber o que acontece na vida alheia. É por isso que programas como BBB e A Fazenda fazem tanto sucesso, assim como as mídias sociais que expõem a vida em público, como Facebook, Instagram e TikTok. As pessoas são curiosas em saber como pessoas desconhecidas, ou não, próximas ou distantes, vivem, como se pudessem controlar a vida delas de alguma forma.

E há controle, sim, mesmo nas megalópoles e mesmo à distância.

Obviamente o controle vai muito além do acompanhamento pelas mídias sociais ou por programas de televisão, até porque quem se expõe naquele meio é porque quis se expor.

O Controle, na verdade, é muito mais perverso. Se dá pelos julgamentos morais. Assim, julga-se comportamentos diferentes, seja de uma mera bebedeira até a vida sexual alheia. O vestir-se diferente também é objeto de controle.

O que esses julgamentos morais têm em comum é que o julgador sempre esconde inveja, ódio e o próprio preconceito.

Mesmo em pleno Século XXI os julgamentos morais são sistemáticos. Se você der liberdade a algum reacionário de carteirinha, ele julgará a todos, menos ele próprio. Em um mundo em que todos querem ser iguais e ter uma característica em comum, é difícil ser diferente e aceitar o diferente, muito embora o Universo seja caracterizado pela diversidade de vidas e formas.

Os tacanhos que amam julgar talvez conheçam muito pouco do Universo e ainda defendam ou que a Terra é Plana, ou que o Universo orbita ao redor da Terra ou  que somos a única forma de vida inteligente de todo o Universo, conhecido e desconhecido.

O Universo é muito mais que conceitos morais. A vida vai muito além disso. Mas será que todos compreendem o que é viver?

terça-feira, 15 de novembro de 2022

DIA PARA REFLEXAO: A QUEM INTERESSA UM BRASIL DIVIDIDO?

Muito se fala em guerra híbrida em outros países, mas pouco se trata da questão no Brasil.
Desde 2013 o Brasil sofre o que se chama de guerra híbrida ou revolução colorida, que eh uma nova forma de quebrar um país internamente, sem uma guerra declarada.
Foi assim na primavera árabe, pouco antes do fortalecimento desse movimento no Brasil.
A perseguição à líder do país, no caso à presidente Dilma na época, a proliferação de mensagens de ódio na internet, aliada às fake news que lá tinham início, conseguiram dividir o Brasil, que sofreu um grande retrocesso não só em sua democracia e na força de suas instituições, mas na economia.
O Judiciário conivente com acusações sem provas, baseadas em indícios, foi peça chave no sucesso da guerra travada contra o Brasil. Bolsonaro, aliado a um grupo de militares destituídos de qualquer valor nacionalista, foi um personagem chave e fundamental para a divisão dos brasileiros e do pais, mantendo acesa a chama do ódio recíproco.
Em razão disso, caímos da 6a posição de maior economia do globo para a 13 em pouquíssimos anos. Fechamos empresas estatais de ponta, como a de produção de semicondutores, vendemos refinarias e quase vendemos a Embraer. Paramos de produzir arte e de exporta-la. Deixamos de investir significativamente na educação e profissionalização.
O nível educacional, cultural, econômico e alimentar do país caíram.
Se tivéssemos investido na educação como queria João Goulart, já seríamos a terceira maior economia do globo, com tecnologia de ponta, larga industrialização e sem tamanha fome e miséria entre o nosso povo.
Discursos radicais não promovem o avanço do país. Nunca promoveram. Discursos radicais acarretam a divisão interna e a quebradeira de empresas, promovendo o colapso do país, como ocorre no Brasil de 2013 até agora. Isso interessa a países estrangeiros, no caso, aos Estados Unidos, que não queria ver um Brasil grande ao lado das gigantes Índia, China e Rússia nos BRICSs.
As diversas manifestações contra a democracia não são atitudes de patriotas, mas de personagens que servem ao propósito internacional de enfraquecer o Brasil. São personagens manipulados e que, gratuitamente e sem perceber, lutam por interesses estrangeiros.
A oposição faz parte da democracia e sempre deve existir, mas a democrática, sem agressividade e  sem movimentos que visem desestabilizar a economia. A oposição de verdade apresenta argumentos sólidos, debate ideias e respeita os valores da República apresentados na Constituição Federal.
A oposição a Lula deve existir, mas a democrática.
A dita oposição que prega o golpismo e a intervenção das Forças Armadas serve aos interesses internacionais, sendo um braço agressivo e armado de estrangeiros.
Por isso digo que essas manifestações não são apenas antidemocráticas. Mais. Visam aniquilar os valores da nossa República. Visam destruir o Brasil, sua brasilidade e os seus legítimos interesses econômicos e geopolíticos para crescer, como já deveria ter ocorrido há muito tempo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

A EXTREMA DIREITA E O VELHO TESTAMENTO

O Deus de Moisés é o Deus da Força, da Justiça mediante a ira e do alcance do mundo ideal através da Terra Prometida.

O Deus de Jesus é o Deus do Amor e da Justiça mediante amor, acolhimento e ensinamento e atingimento do mundo ideal através da reforma interior.

O Deus do Velho e do Novo Testamento são muito diferentes, assim como os ensinamentos trazidos pelos seus Profetas ou Messias.

A extrema direita conservadora se baseia no Deus bíblico, assim como a esquerda e os liberais. O que as diferencia é o Deus adotado, o da Força ou o do Amor.

Os humanos vivem em fases diferentes, vivenciando ideais diferentes. O Cristianismo não conseguiu traduzir a mensagem de Cristo com a eficiência necessária, permitindo que muitas Igrejas Neopentecostais adotassem a imagem de Cristo com uma linguagem do velho Testamento, deturpando as mensagens Dele.

Os efeitos da dicotomia e dos equívocos vemos hoje nos Estados Unidos e no Brasil: discursos conservadores, com idealização da perfeição, julgamentos morais e distantes dos ensinamentos do Novo Testamento.

A Extrema Direita é contrária a tudo o que Jesus prega, ao Novo Testamento e aos ensinamentos do cristianismo primitivo e do catolicismo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

O TRISTE RUMO QUE ALGUNS BRASILEIROS VISAM DAR À REPÚBLICA

O bolsonarismo usa um discurso falsamente patriótico e afronta valores de nossa República e de nossa Brasilidade. São criminosos conscientes ou inconscientes que estão a praticar diversos crimes devidamente tipificados.

Não bastasse o desrespeito pelas pessoas que precisam se locomover e pela própria democracia, os baderneiros que fecham estradas, verdadeiros bandidos, pois praticam ilegalidades reiteradas, chegam ainda a agredir pessoas que estão transitando pela rodovia ou jornalistas que estão fazendo a cobertura.

O mais triste, e que deve servir de alerta às autoridades e aos Comandos das Forças Armadas, sim, pois há um sério risco provocado por esses criminosos, é que os policiais incumbidos de fotografar e identificar os arruaceiros, bem como de fazer a desocupação ilegal da rodovia, bem de domínio público, chegam a prestar continência aos criminosos ou, na maior parte das vezes, a ser extremamente tolerantes e simpáticos, muito além do que seria indicado, sem tomar medidas efetivas e necessárias para a pronta desocupação. 

A consequência da inação ou retardamento da ação dos policiais vai muito além do grave prejuízo econômico às empresas, aos caminhoneiros e aos usuários das rodovias. Afeta a economia brasileira. Mais. Chega a por em risco a saúde física de muitos. Mais. Significa a complacência com a infração legal e com a afronta aos brasileiros que precisam trabalhar e usar e transitar pelas cidades e pelo país. Mais. Não agir significa desrespeitar ordem judicial e a lei. E, pásmen, são muitos os policiais que estão fazendo isso!

A atitude dos policiais é reação à voz do Comando. Se não houver rigor na punição, não se segura uma tropa, a força que anda armada.

O sinal não é bom para os governadores que irão assumir em janeiro de 2023. Precisarão ser rigorosos no controle das tropas para tentar reverter essa sensação de poder absoluto, e rapidamente.

Os governadores têm que ser rigorosos, sob pena dos agentes da lei se sentirem acima de sua missão institucional e passarem a apoiar parcela criminosa da sociedade, que põe o Estado de Direito e a Democracia em risco.

Mas as ações de violência ao Direito e à Democracia não andam só. Em Santa Catarina, baderneiros que fechavam a estrada usavam camisetas amarelas e muitos seguravam a bandeira do Brasil e, ao tocar o hino, levantaram o braço direito, ao estilo de saudação nazista.

A CONIB, Confederação Israelita do Brasil, alertou sobre o risco de brasileiros fazerem gestos nazistas utilizando as cores da bandeira do Brasil, país que mandou milhares de militares, os chamados pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, para lutar contra o Nazismo e o Fascismo na Itália.

É uma vergonha que as autoridades não tenham identificado as dezenas de pessoas que participaram desse ato vergonhoso em Santa Catarina. A punição há de ser rigorosa, devendo ser, ao mesmo tempo, educativa e repressiva, servindo de exemplo histórico. Sim, pois ninguém quer que se repita o que o nazismo fez no mundo, em especial na Europa.

Não podemos ser tolerantes com a extrema direita que flerta com símbolos e gestos nazistas e pensamentos fascistas. O risco é muito grande aos judeus, islâmicos, pretos, indígenas, população LGBTQIA+ e até mesmo aos católicos, que compõem a maioria dos Brasileiros. Não nos esqueçamos do que aconteceu em outubro com dezenas de Igrejas Católicas que tiveram as imagens de Nossa Senhora quebradas.

A autoridade que não for severa com os que flertam com o fascismo e o nazismo é complacente e conivente e abre um enorme portal para que os extremistas venham a aniquilar muito em breve a República e tudo o que as Forças Armadas Brasileiras representam e representaram com a proclamação da República, pondo fim à Monarquia.

O bolsonarismo usa um discurso falsamente patriótico e afronta valores de nossa República e de nossa Brasilidade. São criminosos conscientes ou inconscientes que estão a praticar diversos crimes devidamente tipificados.
  
As autoridades, todas elas, têm o dever de agir, e já! Prevaricação e advocacia administrativa são crimes também tipificados no Código Penal.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

QUEM FINANCIA OS BLOQUEIOS NA MARGINAL TIETÊ E NAS ESTRADAS BRASIL AFORA?

URGENTE!!

Não, não são trabalhadores os que bloquearam as estradas e a Marginal Tietê. Foi descoberto que havia uma logística de turno e de lanches.

Quem conhece o Ministro Alexandre de Moraes, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, garante que há uma investigação sigilosa sobre o  possivel financiamento desses atos antidemocráticos e que visam tumultuar o pós-eleição.

Quem trabalha não consegue ficar longe do trabalho para fechar estradas. São pessoas que, em sua grande maioria, foram contratadas para isso, possivelmente ganhando um valor diário mais o lanche. A eles aderiram seus familiares e talvez até um ou outro simpatizante do Bolsonaro,

Graças a esses atos antidemocráticos, de não aceitar o resultado das urnas, muitas empresas e pessoas físicas tiveram enormes prejuízos. Muitas vezes o prejuízo não foi financeiro, mas de saúde.

A boa notícia é que os grandes times de futebol e suas torcidas liberaram muitos bloqueios nas estradas, inclusive o da Marginal Tietê. A paixão dos brasileiros não é só por futebol. É também por democracia!

PATIOTAS BOLSONARISTAS, MASSA DE MANOBRA DE VÁRIOS GOVERNANTES

Muitos bolsonaristas se autodenominam de "patriotas', talvez por usarem a camiseta amarelo canarinho da seleção brasileira e encararem Bolsonaro como um Mito, um semideus, um ser de suprema inteligência e bondade. Será? Mas, talvez, também exista outro motivo.

Patriotas, ou PATIOTAS, pode ser a mistura de PATetas, ou quem sabe, PATifaria com idIOTAS. Seriam esses os PATIOTAS, o grupo bolsonarista mais radical e que gera as cenas mais assustadoras e também hilárias. Quem não se lembra dessas cenas mais recentes? Bolsonarista paramentado que vai chutar um carro de um petista e machuca o pé; a deputada federal por São Paulo que tropeça sozinha e, nervosa, sai armada atrás de um petista e do caminhão que ao descarregar terra para obstruir uma rodovia, capota com o desequilíbrio causado pelo peso da carga.

De nacionalistas esse pessoal e o seu líder máximo, o mito, o sujeito que vomita ódio e desuniu o país, nada têm. Não têm propostas para o país, não têm projeto, não investem nas libertadoras educação e tecnologia. O que fazem? Disseminar a violência, tentar obstruir a democracia e repetir e vomitar palavras de ódio contra o STF, TSE, Venezuela, Argentina, Comunismo, PT e Lula. Cansa. Cansa, mesmo!

O exemplo mais visível e recente das ações antidemocráticas, e nada patrióticas, foi o fechamento total ou parcial de áreas da marginal Tietê e de inúmeras rodovias federais e estaduais pelo Brasil afora.

O atraso na ação das polícias (militar, militar rodoviária e rodoviária federal) é algo que chama a atenção e deve servir de alerta. Se os Chefes do Executivo não querem que os policiais ajam politicamente, eles, chefes do Executivo, têm que dar o exemplo. A hierarquia militar funciona muito pelo exemplo, pela admiração e respeito, e não apenas pelo medo.

Esses dois últimos meses de governo Bolsonaro podem reservar algumas surpresas que podem vir de outros atores políticos que aderiram à forma de agir do bolsonarismo.

O Brasil ainda não voltou a respirar normalmente, tampouco a sua democracia. Ainda está em coma induzido, induzido pelas ações antidemocráticas de muitos dos governantes de nossos entes federados.

Que chegue logo janeiro de 2023 para que possamos voltar a inspirar ares democráticos, para revigorar nossa mente e nossa alma, expirando inspirações e sonhos para as futuras gerações e, concretamente, praticando ações efetivas para a construção de um Grande Brasil, mais justo, mais rico e mais respeitado internacionalmente.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

ARGENTINA, MINHA ARGENTINA, SEMPRE BELA, CULTA E CHEIA DE SENSUALIDADE!

Se há um país que me encanta é a Argentina, tão bela, culta e tão cheia de sensualidade.

Conhece-se a Argentina aos poucos. Primeiro com um café, depois lendo um bom livro em um das milhares de livrarias espalhadas por todo o país, para depois, com uma dança sensual como o tango, se aproximar e, depois, se finaliza conhecendo aquela carne inigualável, tão sonhada, que vicia e nos faz apaixonar e, com esse conjunto, atingir o clímax.

A Argentina é a namorada fiel que não se encontra mais, sensual sem ser vulgar e que nos faz sonhar como se fossemos um adolescente.

Como país, está ao nosso lado, não desgruda e nos acompanha em nossa história. Se fosse uma mulher, seria sem igual, uma companheira fiel.

Cada parte dela é mais linda e viciante que a outra. Seus pés, tão pequenos e gelados, escondem um poderoso charme. Sua cabeça revela a sabedoria ancestral. Seu braço direito está agarrado ao Brasil e o seu esquerdo a afasta do Chile. Seu centro político, discreto, é sem igual, viciante, onde quem conhece quer voltar a todo instante.

Ah, Argentina, tão bela, sedutora e cheia de cultura. Quanto charme! Que corpo! Perfeita!

Foi só revelarmos quem será o nosso novo presidente e ela cá esteve para demonstrar sua fidelidade. As outras Nações, invejosas, ligaram e mandaram cartas, mas foi ela, a Argentina, que cá esteve, feliz, para aquele encontro, aquele abraço e aquelas confidências.

Como pode alguém não se apaixonar e se encantar pelo corpo, charme, cultura, sabedoria e fidelidade da querida Argentina?

Não. Não chore por mim, Argentina. Eu que choro pelo período de afastamento. Parecia um pesadelo! Você me encanta! Você e eu estamos grudados, como se esse eterno namoro, cheio de amor, fosse nosso destino!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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