Trump deseja impor taxa extra de
100% a qualquer filme produzido fora dos Estados Unidos.
Os filmes dos Estados Unidos já
foram uma arma poderosíssima, chamada de soft power, para conquistar mentes e
corações mundo afora.
Hoje, porém, Hollywood perdeu
força. Índia, com sua Bollywood, e Nigéria, com sua Nollywood, produzem muito
mais filmes que os Estados Unidos. Quanto a público, China é insuperável.
Porém, proporcionalmente, o povo que mais vê filmes é o islandês. Para quem não
sabe, a Islândia é uma ilha situada no norte do Atlântico, que tem pouco mais
de 400 mil habitantes.
Como poucos filmes estrangeiros
chegam aos Estados Unidos, o prejuízo será principalmente aos filmes de arte,
muitas vezes asiáticos e europeus, e às produções feitas com a participação de diversas
Nações. Há que se analisar também a compra de filmes disponibilizados pelas
plataformas de streaming, como o YouTube e, principalmente, a NETFLIX, que tem
farta produção estrangeira.
Aos outros países o prejuízo será
pequeno, pois o país produtor não pagará taxas para filmes nacionais ou para a
compra de outros países. O prejuízo será a produção feita em parceria para
exportação, incluindo aí os Estados Unidos. Porém, mais uma vez, ao contrário
do esperado por Trump, pode haver um revés inestimável aos Estados Unidos se
alguns países impuserem tarifas altas para a importação de filmes, séries e programas
audiovisuais produzidos nos Estados Unidos. Aí a receita dos Estados Unidos
cairá muito, lembrando que a exportação de filmes traz muitas divisas ao país.
Parece que a medida alardeada por Trump é demagógica e tenta conquistar o público interno da Califórnia, tentando enfraquecer o governador do Partido Democrata.