O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

BRASIL, FLOTILHA DA LIBERDADE E "ACORDO DE PAZ PARA A FAIXA DE GAZA"

GAZA

Nesse momento em que estão a dois dias da Faixa de Gaza, militantes brasileiros do Flotilha da Liberdade, que reúne quase 50 barcos e mais de mil pessoas de 46 países, solicitam ajuda de segurança militar ao presidente Lula, já que barcos espanhois e italianos, que dariam segurança para coibir ataques bélicos das Forças de Israel, ainda não alcançaram a frota. Por mais que seja válida e necessária a segurança  solicitada, ela não teria como ser garantida de fato, pois é inviável que navios de guerra brasileiros chegassem às águas palestinas em apenas dois dias. O que o governo poderia fazer é enviar aviões de combate para águas internacionais, mas isso demandaria conversações com países africanos e do oriente médio para pouso e reabastecimento (além de aviso prévio aos Estados Unidos e Israel). Assim, segurança militar efetiva pelo governo brasileiro, nesse momento, a dois dias da chegada da Flotilha a Gaza, parece ser inviável. O mais adequado e que teria maior peso geopolítico e militar seria o próprio BRICS garantir a segurança.  
O bloco, que reúne três das grandes potências nucleares, alguns dos maiores exércitos do mundo e grandes economias do planeta, teriam poder de compelir Israel a não agir ilegalmente contra os membros da Flotilha da Liberdade. Nisso, o presidente Lula poderia influenciar Xi Ji Ping, Vladimir Putin e Modi, líderes, respectivamente, da China, Rússia e Índia, a enviarem forças militares à região, agindo esses países de forma unificada e centralizada. Para isso, seria conveniente uma conversação prévia com líderes dos Estados Unidos e Europa. Mas há de se recordar que o BRICS não representa uma organização militar e até agora não quis mostrar qualquer relevância bélica e seria difícil haver, de forma tão breve, uma decisão unificada e centralizada de suas forças militares. Mas não custa pedir. O BRICS tem peso não só econômico, mas principalmente geopolítico. E somente o BRICS seria capaz de conter Israel, considerando-se os laços umbilicais entre britânicos e estadunidenses com Israel.

ACORDO DE PAZ EM GAZA PROMOVIDO POR TRUMP

Parece brincadeira o proposto acordo de Paz de Trump. Quem dirigiria os palestinos seriam líderes internacionais. Como assim? Além de não constituir, de direito, um país, os palestinos ainda teriam que se submeter a decisões de líderes internacionais e permitir que forças militares israelenses continuassem em boa parte de seu território? Quanto à determinação de desarmamento do Hamas e a proibição de que exerça a liderança politica, grupo que é considerado pelos palestinos como força de resistência, tenho minhas dúvidas se seria, sob a legislação internacional, algo legítimo. Mas ainda que o fosse, o problema são questões mais aviltantes, como as que mencionei no início do parágrafo.

Obviamente a questão da cessação dos ataques em Gaza requer urgência, mas uma decisão de paz efetiva e duradoura na região exige que se aborde não apenas Gaza, mas também a Cisjordânia, que - sem publicação pela mídia - vem sendo alvo de ataques das Forças Armadas de Israel e de colonos extremistas israelenses, além de ter sido retalhada com tantas colônias israelenses, muitas delas compostas por israelenses de origens russa e estadunidense.

Nesse ponto, o Brasil, juntamente com outros países latino americanos, como México, Colômbia e Chile, devido não só ao porte econômico, mas também à imigração palestina que esses países receberam, teriam relevância e legitimidade para participar de negociações que, lembre-se, deveriam ser conduzidas por palestinos e israelenses, ao lado de potências estrangeiras, e não o contrário. Quem deve se posicionar são os palestinos e israelenses. Os demais países deveriam apenas - como parece ser óbvio em mesas de negociação - sugerir.

BRASIL

Enquanto o ataque interno ao Supremo Tribunal Federal persiste, a Suprema Corte brasileira vem sendo objeto de citações elogiosas mundo afora, principalmente na América Latina, Europa e Estados Unidos, como exemplo a ser seguido, principalmente por sua atuação em defesa da Democracia e do Estado e Direito, Não é de se duvidar que Ministros da Corte, em especial Barroso e Moraes possam ser vir a ser indicados a Cortes Internacionais após suas aposentadorias no Supremo Tribunal Federal, isso se tiverem desejo e saúde para tanto.

Enquanto Lula se mantém como presidenciável, sem candidatura rival no campo da centro-esquerda e esquerda, a extrema direita, direita e centro-direita dizem desejar, agora, o governador do Paraná como candidato presidencial, contando com o apoio de parte do dito "Mercado" (leia-se instituições financeiras da Faria Lima e parcela do grande empresariado). Bolsonaro, além de inelegível, foi condenado a pena de prisão superior a 27 anos, não podendo ser candidato. Eduardo Bolsonaro está fora do país e se retornar muitos dizem que corre o sério risco de ser preso em razão de processos criminais em trâmite. Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo, disse descartar sua candidatura ao Planalto, preferindo disputar a reeleição em S. Paulo. Se assim o fosse, porque teria se reunido com Bolsonaro nessa segunda-feira? Estranho. Razão parece estar com Andrea Sadi, do G1 e da Globo News, que disse que Tarcísio ainda é candidato ao Planalto, mas não quer se desgastar com a ala mais radical do bolsonarismo e necessita contar com o apoio expresso do próprio Bolsonaro, para apaziguar o bolsonarismo raiz. Mas não só. Entendo que para verificar se Tarcísio quer, ou não, a presidência, é necessário ficar de olho na movimentação do seu Secretário de Segurança Pública, Derrite, nome de peso à canditatura ao governo do Estado de São Paulo, muito embora o vice-governador, do PSD, também seja uma opção (mais por desejo de Kassab, do que do bolsonarismo paulista).

E o centro? Bem, o centrão, por enquanto, apoia o Ratinho do Paraná como presidenciável (sem esquecer de Tarcísio). Parece que Republicanos, PL, PP e PSD estariam no mesmo barco. O PMDB pode ser uma surpresa.

Na esquerda, Ciro Gomes anda apagado. Uma candidatura de peso poderia vir do PSB, partido do vice-presidente, mas dificilmente o partido que dá base de sustentação ao governo federal faria um voo solo, podendo ser o cabeça de chapa nas eleições de 2030, com o apoio expresso do PT, quando Lula já não poderá se reeleger. E nomes qualificados do partido não faltam.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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