O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A RAIZ DO MAL

Certo dia desses entrei em um Uber e percebi uma certa agressividade do motorista estampada em seu olhar fixo, desafiador e repleto de soberba, superioridade, sem que desse qualquer motivo para isso.

Fui educado e fui respondendo mensagens que havia recebido, ao mesmo tempo em que ouvia a rádio que ele havia escolhido.

Ele ouvia uma certa rádio que naquele programa narrava muito sobre nacionalismo, mas nunca fez nada por ele, ao contrário. Além de só trazer músicas internacionais de massa, apoia o governo Yankee e só vomita palavras de ódio a quem não seja de extrema direita.

Normalmente não converso sobre política, mas não aguentei, pois a energia do ambiente estava densa demais.

Perguntei qual era a rádio que ele havia sintonizado e colocado para "nós" ouvirmos, como se eu já não soubesse.

Em seguida eu fiz uma pergunta que ele não esperava. Ele cria que eu ou começaria a falar de política favorável ao posicionamento dele ou seria agressivo, mas perguntei se eles, da rádio, eram nacionalistas.

Ele, meio que gaguejando, tentando pensar a respeito, disse "acho que sim", ao que respondi: não, eles nunca foram nacionalistas. Exploram nossas mulheres para deleite de certa classe brasileira e até internacional. Não prestigiam bandas e cantores brasileiros. Enaltecem o radicalismo político e não fazem jornalismo. Fazem pregação ideológica. 

Ele ouviu e perguntou: "você é petista né?". Respondi de pronto. Não. Nunca fui, mas admiro alguns políticos daquele partido, sou nacionalista e que o problema não está em ser de direita ou esquerda, mas sim em não saber o que se defende.

Perguntei se a enorme bandeira dos EUA na manifestação passada da extrema direita havia sido acertada. Ele disse que achava que não. Aí expliquei quem havia levado, que o dito sujeito havia recebido auxílio social do governo federal e perguntei se isso não era uma contradição. E perguntei, o que havia de nacionalismo entre os ditos "patriotas" naquela manifestação, ao que ele respondeu que eram anticomunistas.

Aí emendei um pergunta sobre o que há de nacionalista em ser contra algo e, pior, algo que não está presente em nossa política ou sociedade. A resposta veio através de uma pergunta: o que era nacionalismo para mim.

Discorri, então, sobre Getúlio Vargas, Juscelino, Geisel, João Goulart, Itamar e Dilma. Pontuei que alguns deles eram de direita, outros de centro e alguns de esquerda, mas todos tinham preocupação com a nossa industrialização e os direitos trabalhistas. Preocupavam-se com a sociedade brasileira e o progresso do país e o defendiam de agentes internacionais.

Ele insistiu em dizer que Vargas era um ditador da Era militar. Que Maduro deveria ser extirpado pelos Estados Unidos e que Israel com Netanyahu tinha nobreza. 

Descobri que nem o discurso nacionalista era capaz de levar àquele jovem enclausurado em seu desconhecimento um mínimo de coerência. As bolhas que se formam criam falsas verdades, em um mundo paralelo, onde a história e a verdade não chegam.  Há apenas estórias, ficções e um mundo imaginário por detrás do que aquele olhar revelava, a soberba. E contra tudo isso não há argumentos capazes de convencer. 

O mal tem que ser extirpado pela raiz, mas aonde está a raiz desse problema da radicalização de parte de nossas sociedade? Creio que esteja na geopolítica, nos interesses engendrados dos Estados Unidos com massificação de parcela de sociedades mundo afora e daí o movimento internacional "conservador" (na verdade oportunista). 

Decadente em todos os aspectos, apenas a insurgência interna em outros países ocidentais permitiria que os EUA sobrevivessem por mais algumas décadas como o império que já foi. Daí o movimento fomentado.

Mas eles estão errados, pois a divisão da sociedade também existe lá, onde é mais forte ainda. A secessão é questão de tempo. A guerra civil idem. A decadência já está a caminhar pela longa estrada do tempo.

Os EUA e Israel sempre soberbos, sem olharem as outras realidades, serão devorados por eles mesmos, pelas maldades que criaram e cultivaram.

A raiz do mal está lá, onde se matará.

Os árabes, os persas e os chineses, sempre pacientes, de cultura milenares, sabem disso. O tempo, que agora corre, adiantará o destino da soberbia.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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