Com a independência, nos libertamos do colonizador português, mas não do jugo europeu, hoje substituído em parte pelo poder dos Estados Unidos.
O tempo passou e precisamos de uma nova independência, agora do tio do norte.
Muitos no nosso país se viam como europeus. Hoje, muitos se veem como estadunidenses. Só mudou a localização daquele que nos tutela.
Precisamos nos libertar e ver nossas origens indígena, europeia, negra da África e de tantos povos de outros paises. Somos o sul global, uma mistura de etnias com características próprias, localizados na periferia do neoliberalismo.
Podemos continuar escravos do tio do norte ou dos avós europeus ou, então, nos integrarmos mais ao grupo de países que foram colonizados ou, ao longo dos últimos séculos, subjugados pelos impérios dominantes.
Temos interesses comuns com esses, o de libertação.
Não possuímos armamentos modernos nem nucleares que possam nos defender exitosamente. Possuímos apenas o nosso soft power e a nossa vontade de crescermos economicamente em prol de uma sociedade mais moderna e justa. E é isso o que nos une ao sul global e ao BRICS.
O BRICS, hoje, simboliza a possibilidade de uma nova independência cultural, social e econômica e também de um futuro mais justo para os brasileiros. É um novo mundo, como foi a América para os Europeus há 500 anos.
Que declaremos, com força e vontade, a nossa integração total e definitiva a esse grupo.
O mundo multipolar com caracteristicas de multilateralismo está em formação. O quanto antes rumarmos no novo caminho, maiores serão as chances de um futuro mais promissor, sem vassalagem, exploração e submissão.
Os nacionalistas gritarão novamente e com mais firmeza: independência ou morte. Mas, e os vassalos do imperialismo, nos impedirão?