A muralha da China foi erguida ainda na antiguidade não para separar, mas para proteger, como se fosse um forte sem canhões. O chinês sempre quis se aproximar de outros povos, não para conquistar ou dominar, mas pelo comércio. Por outro lado, outros povos sempre invadiam a China para devastar, dividir e conquistar.
Já os muros atuais que separam os dois Saharas Ocidentais (um colonizado por Marrocos e outro que luta por sua autonomia e independência), bem como os enormes muros que separam Israel da Cisjordânia e os Estados Unidos do México, para falar apenas de alguns, servem para demarcar, isolar e separar. Não há que se falar de proteção propriamente dita para a construção desses muros, mas de conquista, demarcação, isolamento e segregacionismo.
Os muros de hoje já não são como os de antes. Decadentes, os muros atuais são, muitas vezes, demolidos a marretas, como o foi o chamado muro de Berlim, separando a Alemanha Capitalista, ocidental, da Comunista.
Mas também há muros invisíveis, como os que separam a Europa da África e as duas Coreias.
E em países empobrecidos ou de diferenças sociais brutais, há os muros sociais, invisíveis ou não, nas grandes cidades, como os representados pelos condomínios, shopping centers, os que cercam parques e até praias.
O colonialismo, o imperialismo moderno e o capitalismo cercam-se de muros para a conquista e separação, mas estão a ruir frente à China dos pequenos e grandes comerciantes, com sua sede de conhecimento, riqueza cultural, filosofia milenar e costume de respeito.
A China é, hoje, a esperança de paz, valorização cultural e de uma nova construção social para a humanidade, frente ao colonialismo, imperialismo e capitalismo que produziram a escravidão moderna, as duas grandes guerras mundiais, o fascismo e o nazismo, deturpando até mesmo Fés e religiões.