Alguns afirmam que Deus não existe, outros filosofam que Ele está morto e outros asseveram que Ele está dentro de cada um de nós. Tão discrepantes definições não nos permitem enxergar aonde Ele Está, agora, se é que Está.
Ele pode estar em tudo e em todos, mas hoje está mais próximo da Palestina, onde seu filho nasceu, socorrendo e alimentando os feridos. Contra Ele não há pregos e cruzes, mas bombas, o ódio e o preconceito.
E muitos, sedentos por poder e sangue, aprovam a matança, seja ela por extermínio, genocídio ou pura barbárie.
O Deus das guerras, do ódio e da vingança não é o mesmo Deus traduzido pelo Seu Filho nas andanças por partes do Oeste da Ásia. Esse Deus do Novo Testamento, tão odiado por algumas Igrejas que se dizem Cristãs, tão apagado pelo capitalismo que reverência o individualismo e o materialismo, e pelos governantes que apenas são capazes de perceber e desejar a ganância e o poder, pregava e, mais que isso, ensinava a importância do amor, da caridade e da compaixão como os únicos caminhos para Encontrá-lo. Buda, praticamente do outro lado da Ásia, não nos ensinou sobre a existência de Deus, mas nos disse sobre a importância da iluminação e da compaixão.
Em um mundo onde o Anticristo já parece ter vencido, com tantos atos de desamor e de reverência ao poder e discriminação, Cristo não está morto e resiste, Ele Está entre nós e dentro de nós! Para enxerga-lo, precisamos mais que olhos, necessitamos sentir e distribuir amor, pela aceitação, fraternidade e compaixão.
A guerra, a barbárie, a desassistência aos necessitados, as drogas, as armas, o egoísmo, o materialismo e a luta pelo poder são provas da antítese da vida e, portanto, do mal. Esse está aí e podemos ver perfeitamente. Deus Está, mas, ao contrário do poder do mal, que se enraíza facilmente, só o amor, sentido e distribuído constantemente será capaz de mudar e vencer o mal.
A vitória da vida, do bem e do Deus do Novo Testamento, por óbvio, não será definitiva. Só o será quando o amor, a fraternidade e a compaixão se tornarem hábitos, algo constante e definitivo. Para isso, há a necessidade de pequenas revoluções em todos nós e a transformação das Nações não em centros de poder antagônicos e competitivos, mas em centros de difusão da felicidade de seus povos, e não de uma dada elite sedenta pela conquista de mais poder.
Deus não virá em um Trono de Ouro, mas, em sua humildade, evidenciará a nós a crise social e existencial, as falhas humanas e os crimes que praticamos contra a própria humanidade e também contra a Natureza. Permitirá que nos revolucionemos e que também modifiquemos as estruturas sociais e políticas existentes. A isso se chama Luz, sabedoria e verdade, que se somam ao amor, fraternidade e compaixão como elementos de caminho para a iluminação pessoal ou, se assim preferir chamar, ao caminho para encontrar Deus!