Não basta os EUA ficarem decadentes sob os aspectos social, democrático e econômico para caracterizar o fim de uma Era de um império cruel, caracterizado por guerras sucessivas. Falta, para a efetiva queda do império, o fim da arrogância de seu porta-aviões no Oeste da Ásia, e a guerra contra o Irã pode ser o próprio fim de Israel ou, de outro lado, do Irã, Belarus, Rússia e Afeganistão.
Israel está em uma jogada suicida, pondo em risco a sua existência, segundo importantes analistas internacionais. Por outro lado, se o Irã for derrubado, dificilmente a Rússia, Belarus e até o Afeganistão resistirão, podendo cair a médio prazo.
China e Coreia do Norte não dependem fundamentalmente da ajuda russa ou iraniana, embora façam negócios com esses países, sendo o Irã o principal fornecedor de gás e petróleo para a China. A queda do Irã afeta a China, mas não militarmente, podendo ela substituir o petróleo iraniano pelo venezuelano, Angolano, nigeriano ou catare. A China, por si só, embora seja um pouco menos forte, é capaz de enfrentar os Estados Unidos.
Se Israel cair, o fim da era das guerras estará selado, assim como o fim dos Estados Unidos como potência hegemônica. A China ocupará o vácuo e uma Era menos beligerante e mais voltada ao comércio terá vez.
Netanyahu se antecipou. O regime iraniano, receoso por entrar em guerra, não terá outra opção, a não ser destruir toda a infraestrutura militar israelense. Nem a Rússia, sempre se esquivando de ajuda direta, poderá deixar de colaborar militarmente e com informações de inteligência com o país persa.
A Europa, com grande número de países se insurgindo contra Netanyahu por conta do genocídio na Faixa de Gaza, deverá apoiar Israel num eventual agravamento do conflito contra o Irã. Sem muitos recursos a oferecer, face à guerra da Ucrânia, o apoio europeu se limitará a um forte apoio em áreas estratégica e de inteligência.
Os Estados Unidos podem até sustentar neutralidade, mas apoiarão o seu parceiro sionista com armas, inteligência e treinamento de mercenários.
Será a China que tentará negociar a paz e evitar um conflito mundial.
O mundo está dividido entre os que apoiam o ocidente belicoso e genocida e aqueles que buscam uma alternativa de paz para hoje e o futuro. A questão, portanto, é de amor e esperança pela humanidade. A paz é a melhor solução, e quem for capaz de propicia-la deverá contar com a simpatia de todo o sul global.