As manifestações crescentes nos Estados Unidos contra Trump o colocam em situação de perigo iminente, e não se trata propriamente de uma revolução colorida, mas de reflexo de decisões políticas internas equivocadas contra imigrantes, uma força importante para a economia estadunidense. Lembre-se, ainda, que taxa de desemprego é pequena naquele país, ao menos era. Evidentemente, alguns políticos democratas agem em prol das manifestações, visando ao enfraquecimento de Trump, mas isso é da própria política e não envolve agentes externos, não se podendo chamar de revolução colorida, propriamente dita.
Ao lado de políticas equivocadas, o descaso com políticas sociais e de amparo à saúde da população no país mais rico de todo o globo, pode vir a provocar a ampliação das manifestações.
A convocação das forças Armadas para intervirem, além da Guarda Nacional, poderá provocar insatisfações e até um racha nos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Considerando-se o caos social, o fato de existirem mais de trezentos milhões de armas em mãos de civis e a possível divisão nas Forças de segurança e Exército, Marinha e Aeronáutica, não é difícil imaginar uma guerra civil já em formação, o mesmo podendo vir a ocorrer a médio prazo em Israel.
Mas Trump, igualmente a Netanyahu, não pretende largar o poder. Daí vêm a dúvida: Trump tentará um golpe de Estado a ponto de tornar-se um ditador? Essa sublevação popular, por outro lado, não beneficia sua pretensão política, a de utilizar recursos constitucionais para ampliar o seu poder e, ao mesmo tempo, ilegalmente, sufocar o Congresso e outros entes federados?
Assim, uma guerra de Israel contra o Irã poderia desviar a atenção interna e externa aos problemas dos próprios Estados Unidos. Porém, isso custaria, em definitivo, a possível perda do poderio geopolítico e militar no Oriente Médio.
O Império está em decadência e isso já é visível, mas as ambições pessoais de Trump e de Netanyahu poderão acelerar esse processo.