A guerra da Ucrânia já deveria ter terminado. Na verdade, nem deveria ter começado. Extra-oficialmente já seriam setecentos mil soldados ucranianos e trezentos mil militares russos mortos em combate, sem contar os civis dos dois lados.
A soberba dos presidentes ucraniano e russo e em especial a arrogância dos países membros da OTAN e os interesses geopoliticos dos Estados Unidos fizeram com que a guerra durasse esse longo tempo, sem chances de vitória para a Ucrânia e com perdas de vidas que poderiam ter sido evitadas, mas que nunca tiveram grande importância para o ocidente.
Ao mesmo tempo, Israel faz o que quer em áreas palestinas e executa civis, médicos e funcionários da ONU sob o silêncio complacente de quase todos os países.
Os dois Estados já deveriam coexistir há quase 80 anos e a Palestina não foi viabilizada por culpa significativa dos Estados Unidos, que sempre apoiaram as medidas extremistas adotadas pelos governos radicais de Israel, lhes fornecendo dinheiro gratuitamente e armas, muitas armas modernas.
Israel serve aos interesses dos Estados Unidos, assim como os presidentes estadunidenses servem a Israel.
A Palestina, isolada politicamente, sobrevive graças à resignação e perseverança de seu incomparável povo e ao apoio espiritual de bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro.
Guerras só interessam às grandes potências, a países colonialistas e imperialistas, aos fabricantes de armamentos e a grupos privados de mercenários e quando o território ostenta algum tipo de riqueza estratégica, mineral ou natural. Quando inexistem essas características, não são promovidas guerras na atualidade.
Não há nada de bom em uma guerra. O que vem dela são ruínas, desgraças e mortes, além da destruição massiva da natureza.
Se, por um lado, cabe a cada indivíduo o progresso moral e espiritual, por outro, os Estados também têm que participar desse avanço progressivo, sendo vigiado de perto por todas as suas populações. De nada adianta Estados terem grande parte de sua população espiritualizada, enquanto os seus governos agem contra os princípios basilares filosóficos e das grandes religiões.