sexta-feira, 17 de outubro de 2025
CHINA, A NOVA DIMENSÃO ESPIRITUAL
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL | INDICAÇÃO LIVRE OU COMPROMISSO DIUTURNO E INABALÁVEL COM A CONSTITUIÇÃO?
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
OS RISCOS AOS PRÓPRIOS ESTADOS UNIDOS DE UMA INVASÃO À VENEZUELA. HÁ, E MUITOS.
DIA DOS MESTRES
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
O QUE AS GUERRAS ATUAIS NOS REVELAM?
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
ARTEFATO MILITAR NUCLEAR BRASILEIRO, TER OU NAO TER?
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
TERRORISMO. GUERRAS. JERUSALÉM. O CONTO DO TERROR DO IMPERIALISMO E DO OCIDENTE CONTRA O ORIENTE E O PRÓPRIO OCIDENTE.
As mil e uma noites foi uma obra
baseada em contos orientais, principalmente árabes e que seduziu o ocidente com
o seu imaginário fantástico.
O Oriente invadiu a península
Ibérica e levou e difundiu conhecimentos filosóficos, matemática, arte e
medicina. Posteriormente, os turcos dominaram parte do leste europeu. O
conhecimento era difundido por árabes e islâmicos.
Em troca, cerca de mil anos
atrás, o ocidente invadiu Jerusalém e cidades que se situavam entre a cidade
Sagrada e a Europa, matando islâmicos e judeus. Cerca de 500 anos atrás, adveio
a Inquisição, que perseguiu islâmicos e judeus na Península Ibérica. Tempos
depois, dominou por meio do imperialismo a Palestina, a Síria, o Líbano e o
Iraque. Em seguida, repartiu a Palestina majoritariamente islâmica, mas também judaica
e cristã, com sionistas vindos principalmente da Europa, criando Israel. Mais recentemente, o ocidente invadiu o oriente
com mísseis, bombas e botas, pisando em solos iraquiano, afegão, líbio, libanês
e sírio. E esse é o conto do ocidente, um conto recheado de mentiras,
falsidades e golpes e, principalmente, de terror, e que ensejou, com o seu apoio
tático e financeiro, o surgimento do terrorismo no Oriente próximo, como se
verá mais à frente.
Durante a Idade Média, islâmicos
e judeus eram vistos com desprezo e sofriam preconceito e perseguição em boa
parte da Europa.
Foi só a partir do fim do
Holocausto ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial que a Europa diminuiu o
preconceito contra judeus e os reposicionou no meio do mundo árabe, criando um
Estado artificial chamado Israel, que além de se constituir em terras originalmente
Palestinas, passou a ocupar ilegalmente as áreas destinadas pela ONU aos palestinos
e expulsando e matando centenas de milhares de palestinos. Mas isso ainda não
era chamado de genocídio. Foi somente a partir de outubro de 2023, com a
destruição de mais de 90% das construções existentes na Faixa de Gaza, com o
ataque e destruição de hospitais, escolas e prédios de assistência humanitária
e assassinato de centenas de jornalistas, médicos e profissionais de
assistência humanitária e da ONU e quase 4% da população de Gaza, a maioria
formada por mulheres e crianças, muitas executadas em filas de ajuda humanitária,
que as organizações internacionais e a ONU passaram a chamar isso de genocídio.
Israel sequer é consenso entre o
povo judeu. Muitos judeus seculares, comunistas e religiosos se posicionam
contra o Estado de Israel, chamando-o de inimigo dos verdadeiros judeus, e
bradam pelo Estado da Palestina.
Na Palestina antiga, de judeus e
ocupada pelos romanos, nasceu Jesus. Depois, judeus foram expulsos de lá pelos
romanos, mas alguns continuaram em terras palestinas. E de lá para cá conviviam
em relativa e consistente paz judeus, islâmicos e cristãos, as religiões dos
palestinos de então, seja sob domínio islâmico, turco ou britânico. A grande
massa de judeus expulsa no ano 70 d.C. jamais voltou e se fixou em países
árabes, europa e cáucaso, posteriormente se expandindo para o continente americano,
até a criação de Israel, 1900 anos depois.
A criação de Israel não foi
conversada com os países árabes e os palestinos, que estavam sob o mandato
britânico, mas foi imposta à força.
Pelo o que se sabe da história, o
terrorismo surgiu na região no século I, pelos sicários judeus, contra o
império romano. Assim como hoje ocorre com o Hamas, os sicários judeus utilizavam-se
de atos de resistência e terrorista contra os então ocupantes romanos. Depois, o
terrorismo foi novamente instaurado por forças como o Haganá sionista, que
expulsava palestinos e destruía aldeias islâmicas e cristãs palestinas no
início do século XX, antes da criação de Israel. Posteriormente à criação de Israel,
os palestinos passaram a exercer resistência à ocupação israelense de territórios
nas Faixas de Gaza e Cisjordânia, muitas vezes utilizando-se de força e
atentados terroristas. E não é de hoje que o próprio Estado sionista se utiliza
de táticas terroristas contra civis, o que é constatável pela visualização de
qualquer vídeo do massacre que ocorre em Gaza.
Ainda quanto ao terrorismo no Oriente
próximo, foi a partir da guerra da União Soviética contra o Afeganistão, que a
CIA, juntamente com o MI6 britânico, passou a financiar e a treinar movimentos jihadistas
islâmicos. Em seguida surgiram a Al Qaeda e o ISIS (Estado Islâmico) e tantas
outras derivações desses mesmos grupos, também com apoios da CIA e do MI6, mas
também de financiamento de países como Arábia Saudita, Catar e Kwait e apoio
tático da Jordânia, Turquia e Israel. O terrorismo focado no Oriente próximo
expandiu-se para a Rússia, China, Sudeste Asiático e África. Hoje, a Síria é governada
por um grupo dissidente da Al Qaeda, tolerada e até em certo ponto apoiada por
Israel durante a guerra civil na Síria, mas a imprensa não os chama de
ditadores ou terroristas. O atual “governo” sírio é bem visto pelas potências
ocidentais, mesmo com a perseguição a grupos minoritários, como curdos, cristãos
e alauítas. Essas denominações – ditadores e terroristas - são utilizadas pela
chamada mídia “mainstream” apenas para os inimigos do império.
Os contos ocidentais, repletos de
inverdades e fantasias, continuam a ser divulgados no mundo oriental e no
próprio ocidente. A verdade, a liberdade de informação e a ética jamais foram
princípios apreciados pelas grandes potências ocidentais. A elas interessa o
apossamento de recursos hidrominerais, a desestabilização de países e o uso
frequente do terror e da guerra. Disso resultaram as duas grandes guerras
mundiais, o terrorismo e o genocídio a que estamos assistindo em tempo real.
Em um mundo liderado pelo ocidente jamais haverá a necessária paz e estabilidade e tampouco condições mínimas para a evolução espiritual do ser humano. Reina no imperialismo ocidental o conto do terror.
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
O EU E O UNIVERSO. A COMPREENSÃO DO TODO
Pela lógica que desenvolveu, o
ser humano crê ser capaz de decifrar a tudo e a todos, mas como a lógica humana
não foi baseada no conjunto da natureza, mas nas experiências próprias humanas
e por ela facilmente perceptíveis, ela serve ao humano, mas não ao todo.
Para a percepção do todo, mais do
que a lógica humana, teríamos que observar e compreender as leis da natureza e
do Universo, como dizem algumas filosofias orientais, como o Taoísmo.
Assim, a forma como enxergamos o
Universo é possível, mas não significa que seja verdadeira e absoluta. Ela,
gradativamente, vai sendo alterada e se moldando à realidade que vai se revelando
e ampliando em nosso horizonte. Os nossos sentidos devem ser ampliados.
Como 96% do universo é composto
de energia e matéria escura, não formadas por átomos e completamente desconhecidas
ao ser humano, o desenvolvimento de outras formas de percepção são fundamentais
ao avanço da compreensão de parte significativa do todo por nós.
A percepção através de todos os
sentidos é a base da compreensão e deveria envolver não apenas a visão, audição,
paladar, olfato e tato. Há outras formas de percepção que deveríamos
desenvolver e que alguns poucos arriscam descobrir.
Neste aspecto, as religiões afro
e o espiritismo exercem um papel importante. Mas não são só elas que trabalham
com a ampliação dos sentidos. A meditação, tão em voga, permite que apuremos
alguns canais energéticos do corpo, ampliando a capacidade de percepção pela mente
humana.
Uma mente aprisionada nada
descobre. Apenas reinventa. Uma mente liberta, ao contrário, faz descobertas e
avança no conhecimento e na percepção do então parcial ou totalmente
desconhecido.
As grandes descobertas e os
grandes inventos foram conseguidos em grande parte graças aos estudos,
evidentemente, mas não só. Eles também se deveram à intuição, observação e mudanças
nos experimentos anteriores. Daí a necessidade de libertarmos as mentes para conhecermos
a nós, aos outros e à parte importante do todo.
Conforme nos libertamos, mais
conhecemos. Porém, o todo, em si, talvez nunca consigamos alcançar, a não ser
que nos desprendamos verdadeiramente da individualidade, o que parece ser difícil,
já que somos seres materializados. A mente humana, que alcança a
capacidade de sentir a dor e necessidades alheias, pode ser capaz de chegar ainda
mais longe, muito mais longe, a ponto de sentir o todo? Se libertarmos
verdadeiramente a mente, e com perseverança, poderemos vir a saber.
Mas não se trata de providência
simples e fácil em um mundo tão individualista e que valoriza tanto o prazer imediatista.
A sociedade moderna avança na ciência e promove avanços, mas precisa avançar
muito mais em se tratando de conhecimento individual, coletivo e do todo,
incluindo aí a natureza e o Universo. Talvez seja mais fácil perceber quem
realmente somos, para daí conseguirmos avançar rumo ao mais amplo até chegarmos
ao todo, já que, queiramos ou não, por questão filosófica e por dedução lógica
humana, o integramos.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
PALESTINA E ISRAEL. OS NECESSÁRIOS PINGOS NOS IS.
sábado, 4 de outubro de 2025
A ENTRADA EM UMA NOVA DIMENSÃO ESPIRITUAL NECESSITA DE UMA CONCOMITANTE MUDANÇA GEOPOLÍTICA
A queda econômica e de influência geopolítica gradual do ocidente coletivo permitirá ao ser humano o reencontro com a Espiritualidade. Para mim isso é fato incontestável.
As guerras insanas, o imperialismo, o colonialismo e os regimes de apartheid tendem a ser substituídos por um novo modo de ver de nós humanos, de reencontro do ser humano com o passado um pouco mais distante.
A Fé demasiada no acúmulo de capitais e no consumismo do absolutamente desnecessário, representado pelo neoliberalismo, mudou a natureza do ser humano ou a revelou como é de fato, oportunista e sádica?
Parece ser absurdo, mas é real, que tenha gente torcendo por assassinato por policiais e por forças armadas contra pessoas desarmadas, civis, muitas vezes na fila da comida como esmola.
Parece ser desarrazoado alguém pregar que Cristo defende que as pessoas se armem ou que a Igreja deve ser contra a caridade. Como assim?
A busca pelo capital generalizou-se e alcançou não apenas o trabalho e o comércio, mas até a Fé, a falsa Fé, com os falsos pregadores e, obviamente, os falsos rebanhos religiosos. Visam, quem busca esse tipo de "Fé" e quem a conduz, a troca de favores comerciais, mais que as palavras Espiritualizadas. Daí julgam, condenam e pouco acolhem. Daí o individualismo crescente.
Com o fim do neoliberalismo não haverá Céu de imediato, mas a tendência é o reencontro do ser humano consigo.
A China tem um papel relevante. A sua filosofia de vida, baseada no Confucionismo e Taoísmo, é humanista e coletiva, assim como todas as Igrejas deveriam ser.
E quem diria que seria o Comunismo que permitiria a aproximação do ser humano de sua essência, da Espiritualidade?
Essa mudança é a nova dimensão Espiritual que muitos tanto apregoam. Se assim o for, que ocorra logo essa mudança geopolítica em prol da humanidade e da Espiritualidade.
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Democracia vai muito além do sistema econômico
terça-feira, 30 de setembro de 2025
BRASIL, FLOTILHA DA LIBERDADE E "ACORDO DE PAZ PARA A FAIXA DE GAZA"
TAXA DE 100% SOBRE FILMES ESTRANGEIROS. MAIS UMA MEDIDA DE TRUMP QUE PODERÁ ACARRETAR PREJUÍZO À INDÚSTRIA DOS ESTADOS UNIDOS
Trump deseja impor taxa extra de
100% a qualquer filme produzido fora dos Estados Unidos.
Os filmes dos Estados Unidos já
foram uma arma poderosíssima, chamada de soft power, para conquistar mentes e
corações mundo afora.
Hoje, porém, Hollywood perdeu
força. Índia, com sua Bollywood, e Nigéria, com sua Nollywood, produzem muito
mais filmes que os Estados Unidos. Quanto a público, China é insuperável.
Porém, proporcionalmente, o povo que mais vê filmes é o islandês. Para quem não
sabe, a Islândia é uma ilha situada no norte do Atlântico, que tem pouco mais
de 400 mil habitantes.
Como poucos filmes estrangeiros
chegam aos Estados Unidos, o prejuízo será principalmente aos filmes de arte,
muitas vezes asiáticos e europeus, e às produções feitas com a participação de diversas
Nações. Há que se analisar também a compra de filmes disponibilizados pelas
plataformas de streaming, como o YouTube e, principalmente, a NETFLIX, que tem
farta produção estrangeira.
Aos outros países o prejuízo será
pequeno, pois o país produtor não pagará taxas para filmes nacionais ou para a
compra de outros países. O prejuízo será a produção feita em parceria para
exportação, incluindo aí os Estados Unidos. Porém, mais uma vez, ao contrário
do esperado por Trump, pode haver um revés inestimável aos Estados Unidos se
alguns países impuserem tarifas altas para a importação de filmes, séries e programas
audiovisuais produzidos nos Estados Unidos. Aí a receita dos Estados Unidos
cairá muito, lembrando que a exportação de filmes traz muitas divisas ao país.
Parece que a medida alardeada por Trump é demagógica e tenta conquistar o público interno da Califórnia, tentando enfraquecer o governador do Partido Democrata.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
A UNIÃO MILITAR DE PAISES ÁRABES E/OU ISLÂMICOS
domingo, 28 de setembro de 2025
NETANYAHU, A PERVERSÃO, O MAL SEM FIM E AS PORTAS DO INFERNO.
Até quem lidera o reino do mal tem os seus limites éticos. Netanyahu e o seu gabinete, não!
Quando
pensamos que não haveria mais o que uma mente doentia poderia pensar em Israel,
descobre-se que veículos militares antigos são abandonados por Israel com
bombas e monitorados à distância para, como robôs comandados por controle
remoto, explodirem e destruir o que restou de prédios e de pessoas na sofrida Gaza.
O
sadismo parece não ter fim. Até então, a destruição de escolas, Mesquitas,
Igrejas, Hospitais e prédios de entidades assistenciais e da ONU pareciam ser o
limite da tragédia em Gaza e da crueldade de Netanyahu e seus colaboradores.
Não
bastasse isso, crianças, pequenas crianças, foram executadas a sangue frio,
separadamente de qualquer adulto. Depois, foram as abjetas execuções de pessoas
famintas nas filas de espera por comida. Em seguida, Netanyahu colocou os
presos, muitos deles terroristas, assassinos, traficantes e estupradores, que fugiam
das prisões de Gaza, armados por Israel, para executar civis, selecionar quem
pode comer ou não, e impor a lei do terror na prisão chamada Gaza.
Mas a maldade não para por aí. Segure as lágrimas. Como verdadeiros sádicos e doentes, os
sionistas extremistas colocaram alto falantes para que a população palestina de
Gaza fosse obrigada a ouvir o discurso de Netanyahu proferido na ONU, no mesmo
momento em que a grande maioria das Nações se recusou a presenciar o discurso, com
seus representantes deixando o plenário da ONU praticamente vazio, com
Netanyahu quase sem plateia, a não ser a dos cativos quase mortos de Gaza.
Netanyahu
está doente. Tem fixação doentia por Gaza, por sangue, pela depravação, pelo
morticínio, pelo mal.
Não
que esse sujeito com nome cuja sonoridade lembra algo ruim, ao exemplo de
Belzebu, fosse são, pois sempre foi ligado à ala extremista do sionismo. Mas
agora ele e o seu gabinete ultrapassaram qualquer limite. Talvez nem o Deus da
Guerra que os criou os perdoe. O inferno que ele criou para as crianças,
mulheres, jovens e idosos presos no campo de extermínio de Gaza pode ser o
mesmo que ele e o seu gabinete enfrentarão no inferno mental e espiritual que
ajudaram a criar, com a observação de que lá não há o tempo como o conhecemos. O
reino do Mal, que representa os atos, as maldades, os ódios, a desumanidade que
esse gabinete de Netanyahu praticou, os espera. Pode não ser hoje, nem amanhã,
mas a porta do inferno estará escancarada, esperando por esses depravados.
Cristo
está acolhendo cada enfermo, cada faminto, cada corpo que acabou de perder a
vida, ao mesmo tempo em que ilumina a todos que ajudam essa população descrente
da vida. Mohammad, ou Maomé, deve estar a abraçar a cada um que sofre, que
chora, que se desespera. Abraão e Moisés devem estar a clamar pelo fim do
genocídio em terra sagrada. Os sobreviventes do holocausto devem estar em
prantos.
Os
sionistas radicais, em ato configurado como antissemitismo, estão exterminando
o povo semita palestino. Quanta contradição!
Muitos islâmicos, cristãos, budistas, ateus e até judeus choram pelos palestinos. Lembre-se que nem todo judeu é sionista. Muitos judeus são contrários ao Estado de Israel, inclusive. E nem todo sionista é extremista a tal ponto.
Que o Deus de cada um poupe os bons de coração!
sábado, 27 de setembro de 2025
O QUE ESPERAR DA REUNIÃO DE TRUMP COM LULA? E O FUTURO DA EXTREMA DIREITA NO BRASIL?
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
NEOLIBERALISMO, O MODELO DE COLONIZAÇÃO E DE IMPERIALISMO MODERNOS
Antes de iniciarmos a abordagem do tema neoliberalismo, convém citar que o Brasil se desenvolveu com o nacional desenvolvimentismo varguista, seguido por Juscelino Kubitschek, João Goulart, Ernesto Geisel e Dilma Roussef.
Nos anos 1980, quando a economia
brasileira era 5 vezes o tamanho da chinesa, uma comissão daquele país veio ao
Brasil para tentar compreender a capacidade que o Brasil tinha de montar
veículos, produzir combustível a base de álcool e ter uma indústria de defesa
então competitiva.
O Brasil deixou de seguir o
nacional desenvolvimentismo e hoje, passados 40 anos, é uma economia 9 vezes
inferior à chinesa.
O modelo econômico do nacional desenvolvimentismo,
com o Estado organizando a economia, foi criado no Brasil, copiado pela China e
é exemplo de incomparável sucesso.
Já o neoliberalismo só começou a
ser adotado no Brasil com Fernando Collor de Mello, seguido por Fernando
Henrique Cardoso, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Nos dois governos Dilma
adotou-se uma economia com intervenção do Estado, visando ao desenvolvimento de
indústrias nacionais e à promoção, aprimoramento e desenvolvimento de novas
tecnologias nacionais. Lula não pode ser chamado de neoliberal, propriamente
dito, mas não foi enfático na adoção de uma economia nacional
desenvolvimentista, como o fez corajosamente Dilma Roussef.
Mas o que é neoliberalismo?
O termo teria sido cunhado pela
primeira vez em 1898 pelo economista francês Charles
Gide. Porém, até hoje há indefinição quanto ao que exatamente é o
neoliberalismo.
Segundo o Instituto Mises, uma
ThinThank liberal voltada à produção e à difusão de estudos econômicos e de
ciências sociais que promovam os princípios de livre mercado e de uma sociedade
livre, neoliberalismo não seria algo ruim, ao contrário do que a extrema
direita europeia e as esquerdas latino americana e europeia apregoam.
Considerando a natureza do
instituto Mises, sua concepção sobre o neoliberalismo deve ser lida e
devidamente interpretada, considerando-se o viés favorável existente.
De forma geral, segundo os seus
defensores, o neoliberalismo tende a provocar uma transformação social
resultante de políticas de reformas orientadas para o mercado. Esse
consenso permite definir que o neoliberalismo é voltado aos interesses do
mercado e não ao do Estado Nação ou das pessoas. Daí advém as
desregulamentações e até formulação de monstruosas teorias jurídicas que muitas
vezes contrariam princípios constitucionais garantidores de dignidade mínima,
da função social da propriedade privada e do bem maior coletivo, que é o da
Nação brasileira, que nos une e que deveria ser o fim (objetivo) de todos.
Muitos estudiosos, apontam que o neoliberalismo propicia a plutocracia, onde
poucos grupos milionários ditam todos os rumos, incluindo os políticos e
econômicos, do país. O jornalista e historiador Breno Altman bem definiu a
plutocracia ao citar os Estados Unidos em uma entrevista recente no YouTube.
Os críticos apontam que o
neoliberalismo provoca uma desestrutura sócio-econômica em países periféricos,
levando à miséria de muitos e a uma fragilidade política, geopolítica e
militar, além de uma desindustrialização do país periférico, e uma enorme
concentração de rendas, o que se verifica à saciedade hoje em dia. A fragilidade
provocada seria de interesse das potências imperialistas ocidentais, mas não
dos demais países.
O instituto Mises cita Alberto
Mingardi, diretor do Instituto Bruno Leoni, que escreveu o livro La
verità, vi prego, sul neoliberalismo (que seria “A verdade, por favor,
sobre o neoliberalismo”, em tradução livre). O autor italiano, extremamente
crítico ao meio acadêmico e à dita esquerda, afirma que o neoliberalismo não é
um sistema dominante, pois nunca “os gastos, a tributação e a regulamentação
governamentais foram tão elevados na história das nações modernas como hoje”.
Para o escritor italiano,
neoliberalismo seria uma variável no processo de desenvolvimento econômico,
que teria sido imaginado inicialmente pelo jornalista americano Walter
Lippmann, que em 1937, em seu livro The Good Society, alertou sobre os
perigos de uma economia centralmente planejada e as vantagens de um mercado
totalmente livre e competitivo, onde a economia moderna poderia ser regulada
sem “ditadura”, como apontava John Maynard Keynes.
Em Paris de 1938, um grupo de
acadêmicos liberais europeus se reuniu para discutir a obra de
Lippmann. A esta reunião se seguiu a segunda guerra mundial, onde os Estados
ditavam os rumos da economia e das empresas existentes, para produção de armas
de guerra. Assim, a intervenção do Estado na economia era uma regra no período.
Para o autor Alberto Mingardi, o
livre mercado permitiria uma onda de criatividade, inovação e prosperidade. E
cita para tanto Alemanha, França e Itália nas décadas de 1950 e 1960.
Para o autor, no pós guerra, o
país de Margareth Tatcher seguia o assistencialismo e o sindicalismo e teve uma
recuperação mais lenta. Ainda segundo o doutrinador, o Japão teria se
desenvolvido no pós-guerra não pela definição de rumo e de planejamento de
longo prazo pelo Ministério do Comércio Internacional e Indústria daquele país.
Posteriormente, na década de
1980, considerados como revolucionários neoliberais, Margaret Thatcher e Ronald
Reagan, cortaram benefícios sociais e investimentos públicos em áreas
prioritárias, mas não implementaram a desregulamentação sistemática. Foi nessa
mesma época que foi adotado o Consenso de Washington, em 1989, que estabelece
10 indicações de política econômica neoliberal, supostamente visando a promoção
do crescimento econômico e da estabilidade macroeconômica, para os países em
desenvolvimento, em especial aos da América Latina.
Foi com a adoção do
neoliberalismo por Reagan que os EUA cortaram investimentos na produção naval,
advindo daí a a debilidade hoje existente na produção de navios de guerra pelos
Estados Unidos, como afirma o analista de geopolítica brasileiro Comandante
Robinson Farinazzo, ex-oficial da Marinha Brasileira. Hoje, a produção naval
comercial dos Estados Unidos é muito inferior à da China (que produz sozinha pouco
mais da metade dos navios lançados anualmente), Japão e Coreia do Sul, sendo os
Estados Unidos capazes de produzir apenas 1% dos navios mercantes do globo.
O autor italiano afirma que “de
meados do século XIX até hoje, as funções do Estado aumentaram drasticamente”.
A crítica do instituto se bate no
caráter protecionista de muitos acordos multilaterais e na regulamentação do
mercado e nos gastos sociais dos países, como se Nações tivessem apenas robôs e
não população formada por pessoas que precisam de moradia, água, comida, lazer,
acesso à informação e cultura e ao trabalho.
É de livre consenso que a
política neoliberal impõe, necessariamente, uma onda de privatizações,
desregulamentação do mercado, flexibilização do mercado de trabalho,
globalização econômica, livre comércio e austeridade fiscal.
O Brasil seguidamente tem sofrido
influência direta na mídia, no Congresso Nacional e no meio acadêmico de
institutos ligados aos Estados Unidos para a promoção do neoliberalismo, seja
por campanha de convencimento ou até financiamento, como denunciou um estudo
recente da Universidade Federal de Santa Catarina, trazida a público pelo
renomado jornalista investigativo Bob Fernandes.
O Chile implementou políticas
neoliberais na década de 1980, por determinação do ditador Augusto Pinochet.
Essas políticas neoliberais foram
adotadas por inúmeros países, dentre os quais dou destaque aos Estados Unidos, ao
Brasil e ao Chile, Enquanto esses dois países nunca se tornaram uma potência
econômica, os Estados Unidos, hoje, que já eram a maior potência do globo antes
da adoção do neoliberalismo, estão decadentes política, social e economicamente
e a Inglaterra segue o mesmo caminho.
Rússia, China, Índia, Vietnã e Indonésia
jamais adotaram políticas neoliberais e são potências que não param de crescer
social e economicamente.
Hoje, enquanto o ocidente
neoliberal ostenta uma decadência sob todos os aspectos, o anarcocapitalismo do
presidente argentino Milei, do ideal de capitalismo totalmente sem freios ou
regulação, implementou, na íntegra, a política do neoliberalismo, com corte nos
serviços públicos e programas sociais, além de demissões. Embora a grande mídia
financiada por grandes empresas e pelo sistema financeiro não mostre, o
desemprego é crescente na Argentina. A inflação diminuiu, mas continua alta. O
poder de compra existe para poucos. A crise social, política e econômica
persistem por lá.
A decadente Europa, em crise econômica e social, tende a cortar os benefícios sociais, não por adesão maior ao neoliberalismo, mas para poder fazer frente à imposição de comprar mais e mais armas dos Estados Unidos e por ter uma economia mais frágil que a de grande parte dos países asiáticos.
O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, ao contrário, aplica política tarifária para a importação de
produtos, investe dinheiro em empresas que considera vitais, fazendo tudo o que
o neoliberalismo condena. Ou seja, os Estados Unidos pregam o neoliberalismo
para os outros países, acreditando na grande escala de sua produção industrial,
permitindo controlar mercados afora, mas internamente vem adotando política
econômica intervencionista, evitando a concorrência. Mesmo assim, por ficar
refém do mercado, os Estados Unidos permitiram que a lucratividade fosse o guia
da produção industrial, sem qualquer planejamento, hoje sendo incapaz de fazer
frente à capacidade de produção de armamentos pela Rússia e China, que são
capitalistas, mas não são neoliberais e ditam os rumos, sempre necessários.
A China, mais intervencionista,
impõe orientações e sérios limites ao setor privado, priorizando sempre o
interesse nacional. Com tudo isso, a China tem uma capacidade ímpar de
desenvolvimento de tecnologia e de produção em larga escala, não havendo um único
país capaz de fazer concorrência.
Com tudo isso, o que o Brasil
deve fazer, entregar todos os seus recursos ao sistema financeiro e ficar refém
eterno do agronegócio, sem poder crescer e dar renda à população, ou investir
pesadamente em indústrias nacionais com incentivo e orientação do Estado,
criando esse mercados mundo afora? A resposta do que é melhor ao país e à
população parece ser óbvia, mas há muitos interesses envolvidos.
Neoliberalismo é coisa do
passado. Deu errado em todos os países que o adotaram.
Nós tínhamos um modelo próprio,
que foi abandonado pelos governos desde 1989, com exceção à presidente Dilma, e
que foi copiado pela China e podemos ver
como ela está, hoje!
Temos a Petrobrás e podemos gritar que o petróleo é nosso. Também podemos gritar que o pentacampeonato no futebol é nosso. A MPB é nossa. A criação do avião é nosso. A Embraer é nossa. O modelo econômico a ser seguido não precisa vir do exterior. Temos que olhar para o passado e ver que o modelo econômico, que até a China copiou, é nosso!
segunda-feira, 22 de setembro de 2025
EUA, A PERDA DE ALIADOS E A AMÉRICA LATINA
domingo, 21 de setembro de 2025
A CONSTATAÇÃO DE CORRUPÇÃO QUE PODE POR FIM À GUERRA EM GAZA
sábado, 20 de setembro de 2025
ESTAMOS DE PASSAGEM
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
FREIOS INIBITÓRIOS E A INFANTILIZAÇÃO DA POLÍTICA
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
A RAIZ DO MAL
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
ESTADOS UNIDOS
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Para refletir:
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.
Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.
O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.


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