O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

CHINA, A NOVA DIMENSÃO ESPIRITUAL

A China já vive o ano 2050 em suas médias e grandes cidades. A alta tecnologia transformou a China em menos de 20 anos.

Aquele que já foi o maior país do passado com o seu império protegido pela grande Muralha da China, é agora o país do futuro. 

É o nosso maior parceiro comercial e nosso parceiro no BRICS.  É um pais que nos admira e que precisamos aprender a romper estereótipos trazidos e difundidos pela extrema direita. 

A China acolheu e difundiu o Budismo. É o lar das filosofias Confucionista e Taoísta e da religião Taoísta. É o berço de muitas histórias difundidas nas Mil e Uma Noites. É o nascedouro da milenar rota da Seda. Foi a Nação das grandes Navegações antes dos portugueses. Foi onde se criou o macarrão e a pólvora e de onde se exportou muita seda, muito chá, muita porcelana e especiarias. É o lar das artes marciais milenares como o Kung-Fu, o Tai Chi Chuan e o Karatê.

A China é um mundo a parte, ao mesmo tempo moderna e milenar, conservadora e revolucionária, com olhar voltado aos antepassados e também ao futuro, onde convivem o confucionismo e a alta tecnologia. O seu primado é a busca do equilíbrio e da paz. A China é grande demais para não ser reflexo da diversidade do Universo.

Mas o que a China representa para a humanidade? A nova dimensão anunciada por Chico Xavier, uma Era de paz e de descobertas científicas. A assunção da China à posição de líder mundial mudará a regra das guerras, miséria, drogas e materialismo doentio.

A China, meio capitalista (sistema econômico) e meio comunista (comando político) é a revolução em curso, que mudará a energia que nos rodeia, densa e apocalíptica, para romper com os pensamentos ocidentais de eugenia e de povo escolhido, permitindo a evolução Espiritual em massa.

A extrema direita visa barrar a evolução não só geopolítica, mas principalmente a Espiritual. Daí as falsas igrejas, os falsos pastores e os falsos fiéis. Daí o ódio dos políticos da ala da extrema direita. Daí as "fake news". Daí o armamentismo. Daí as doenças e epidemias não contidas. Daí o falso moralismo e o ódio à cultura e educação, sempre libertárias e alimentos da Alma. Daí as guerras. Daí os genocídios. Daí a procura de controlar espaços religiosos simbólicos. 

Cristo nasceu naquilo que era Oriente. O ocidente de hoje certamente não o acolheria e ele tampouco escolheria esse canto do planeta. A Espiritualidade do Oriente é reflexo da Fé que não massifica, mas apazigua, que não cria dogmas nem massifica, mas que liberta. 

A China é hoje a esperança do rumo natural da humanidade e de progresso Espiritual. Os que são contrários a Cristo já não apenas se manifestam, mas procuram criar sistemáticos embaraços ao avanço chinês, à paz e ao respeito aos povos. Difundem sob outro nome a eugenia nazista, a ideia do povo escolhido e a supremacia racial. Pregam valores contrários à existência da humanidade. A reação da China é comedida, confucionista.

Ninguém parará a China e ninguém barrará o progresso massivo da humanidade. O mal tentará agir, está à mostra e é capaz de seduzir alguns. Poderá criar pequenos contratempos, mas a Verdade passará como furacão sobre as mentiras, com o apoio do Cosmos. 

O progresso é questão de tempo. O fracasso do caminho do mal já está selado. O futuro é a China e o reencontro coletivo com a humanidade e a verdadeira Espiritualidade.

A nova dimensão já está próxima!

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL | INDICAÇÃO LIVRE OU COMPROMISSO DIUTURNO E INABALÁVEL COM A CONSTITUIÇÃO?

Escrevi este texto no dia 14 último. E talvez já hajam indicados efetivos ao cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, talvez não.

No dia 14 fiquei assombrado com a manifestação da imprensa, em mídias progressistas, como o ICL e o UOL, exigindo do governo a indicação de nomes que sejam representativos de minorias ou maiorias, como de mulheres, negros etc. Acho muito justo e coerente haver representatividade em todos os Tribunais Estaduais e Federais, incluindo aí o Superior Tribunal de Justiça. Esses Tribuais representam, mais de perto, o anseio da população. Jà o STF é uma corte política, diferentemente dos demais.

Entendo a conveniência e oportunidade de haver representatividade de segmentos excluídos de nossa sociedade no Supremo Tribunal Federal, Porém, há questões maiores em se tratando da nossa Suprema Corte, nossa corte Constitucional e política. Explico.

O nosso país acabou de sofrer um forte ataque ao Estado de Direito, à Democracia e ao voto popular. Se não fosse a determinação de alguns Ministros do STF, poderíamos estar vivenciando um Estado de Exceção. Mais. Também vivemos uma época de ataque ao Estado, às instituições e ao serviço público. Daí a necessidade de que um Ministro, mais do que representar ou simbolizar a representatividade de um segmento populacional, tenha a firmeza de defender o Estado, o Direito Público e o Direito Administrativo contra tentativas de enfraquecimento do Estado brasileiro. Mas não para aí. Também vivemos ataques sucessivos a direitos sociais e fundamentais, em especial aos trabalhistas, de forma que o(a)s juristas a serem indicado(a)s devam ter firmeza na defesa dos direitos sociais garantidos por leis ordinárias ou constitucionalmente.

O Ministro da Suprema Corte representa a defesa dos valores consagrados na Constituição e do Estado brasileiro, de forma que, mais que um segmento, o Ministro há de representar a vontade popular consagrada no arcabouço legal brasileiro, em especial na Consitutição Federal. O STF é a nossa última instância e última esperança!

Se uma Ministra mulher ou trans, se um(a) Ministro(a) preto(a), se um(a) Ministro(a) Espírita ou de religião de matriz africana ou islâmica for indicado(a), ou se for homem branco cristão, há de ter, necessariamente, compromisso maior com o Estado, com o Estado de Direito, com o Direito Público, com os Direitos Humanos e com os Direitos Sociais, mais que tudo. O Supremo é a última esperança da Democracia, do Estado de Direito, do Direito Público e dos Direitos Sociais, diuturnamente sob ataque da mídia, da direita e da extrema direita, do neoliberalismo anarcocapitalista e do capital financeiro.

O Ministro do STF não é militante de uma causa específica, embora possa representá-la. A maior das causas, sem dúvidas, é do Estado Brasileiro, do nosso Direito Público, do nosso Direito Administrativo, do nosso Estado de Direito, da nossa Democracia, dos nossos Direitos Humanos e dos nossos Direitos Sociais, sem os quais não há Brasil, mas uma distorção a serviço de uma Nação estrangeira ou de parcela poderosa de nossas elites política e econômica. 

O Presidente da República, mais do que nunca, precisa ter a liberdade de escolha para indicar alguém comprometido com a Constituição brasileira.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

OS RISCOS AOS PRÓPRIOS ESTADOS UNIDOS DE UMA INVASÃO À VENEZUELA. HÁ, E MUITOS.

Acabou de ser divulgado na mídia que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, teria autorizado ação da CIA para a deposição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Trump ainda estaria analisando a possibilidade de invasão terrestre para o combate aos carteis de drogas.

Como se percebe, são ações vagas, Os Estados Unidos podem adotar essas ações? Podem. Devem? Não e explico abaixo.

Trump é imprevisível, não sendo possível afirmar que ele analisará toda a conjuntura antes de tomar uma decisão final. Vide as tarifas impostas. Ele aplicou sem pensar e recuou inúmeras vezes, e acabou ocasionando prejuízo a um setor da área agrícola e a muitas indústrias e comércios estadunidenses, além de aumento de custo aos consumidores americanos.

A Venezuela possui exército e aeronáutica fortes (em comparação a outras forças do continente) e possui os mísseis mais avançados da América do Sul. Além disso, tem uma força extra, de uma milícia que pode agrupar 4 milhões de pessoas, no caso de uma invasão terrestre.

Os Estados Unidos ironizam, dizem que os venezuelanos não terão armas suficientes para o seu exército e menos ainda para os membros da milícia. Invadem os céus e mares venezuelanos em claros atos de provocação. Até agora a Venezuela assiste a tudo passivamente, mas não se sabe até quando.

Donald Trump tem uma ligação muito próxima com o setor petrolífero dos Estados Unidos, que é quem mais dá dinheiro para suas campanhas eleitorais, em especial com a Exxon, que é a empresa autorizada a explorar petróleo e gás na Guiana, com quem a Venezuela tem contendas de fronteira.

Não é difícil imaginar que em uma hipótese de ataque aéreo ou naval, ou até mesmo de invasão, um dos primeiros alvos sejam as bases da Exxon na Guiana. A Venezuela tem mísseis com alcance e precisão para isso.

A guerra não é a melhor opção para os Estados Unidos. Invasão terrestre ocasionará a morte de dezenas de milhares de estadunidenses em poucos dias. O que pode haver é a entrada de um ou mais pequenos grupo de elite para ações terroristas, como sequestro e assassinato de autoridades e bombardeios de áreas específicas. Pequenos grupos militares bem treinados que penetrem em florestas são difíceis de localizar e monitorar.

O mais crível, porém, seria uma ação exclusiva da CIA, da principal agência de inteligência estadunidense, movimentando parte da oposição venezuelana para fomentar manifestações em Caracas e em outras partes do país, bem como financiando, armando e treinando células da oposição para ações armadas pontuais, como criar cenários de caos nas grandes cidades e provocando assassinatos de autoridades. O porém é que a Venezuela tem um serviço de inteligência e de contra-informações de excelência, os melhores da América do Sul, que já devem estar alertas desde antes das ações provocativas dos Estados Unidos. As forças policiais também já devem estar preparadas para reagir.

Uma invasão militar exigiria um número alto de militares, de centenas de milhares, com possíveis óbitos diários de milhares de estadunidenses. A Venezuela é um país grande que tem muitas matas, o que dificulta ações militares exitosas, como os Estados Unidos aprenderam com a sua derrota no Vietnã. 

Ataques aéreos são possíveis. Se forem usados caças, é possível que a defesa aérea venezuelana, a melhor da América do Sul, derrube não só mísseis, mas diversos aviões dos Estados Unidos.
 
As ações são arriscadas e, salvo na Síria, as ações estadunidenses não tem tido o êxito esperado. Além do mais, a oposição a Trump aumenta a cada dia em solo dos Estados Unidos, seja no serviço público civil e militar, seja na sociedade civil. Arriscar uma guerra com baixas pode provocar o aumento de manifestações em todos os Estados Unidos.

Trump deve estar mais ameaçando do que querendo agir, mas se agir poderá se dar muito mal e ocasionar prejuízo à sua maior financiadora, a Exxon, ao contrário do que pensa.

Essas são as informações de geopolítica que deveriam ser prestadas a você leitor do blog. Obrigado por acompanhar esse canal.

DIA DOS MESTRES

Fingir que se ensina é fácil. Ensinar verdadeiramente é uma missão, uma arte e um ônus, e é também um dever do Estado que rege a sociedade.

Ensinar é fazer pensar e iniciar a compreensão. Embora os ocidentais não aceitem, a compreensão da sociedade em que vivemos caminha ao lado da compreensão da Espiritualidade do mundo que nos rodeia, ou deveria.

Não existe razão ou verdadeira religiosidade sem o caminho da compreensão. Compreensão não é a mera aceitação, mas também o fruto de um prévio questionamento interior.

Os mestres, desde que verdadeiros, ensinam, seja no campo espiritual ou científico. Mas os verdadeiros mestres são os que compreendem verdadeiramente, através de estudos, reflexões e interiorização do conhecimento sobre a sociedade, o homem e o Cosmos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

O QUE AS GUERRAS ATUAIS NOS REVELAM?

A guerra de Gaza, a guerra da Ucrânia, as guerras na África, as guerras localizadas e temporárias (breves) na Ásia e as guerras tarifárias têm algo em comum?

Antes de responder, vamos ver quais são os atores indiretos ou de profundo destaque de cada uma dessas guerra.

A guerra de Gaza, que envolve Hamas e Israel, também revela a participação de diversos países, dos quais os mais relevantes são Estados Unidos e Irã.

Passemos a outra guerra, a da Ucrânia e Rússia. Os agentes que se destacam são a OTAN e a própria Rússia. 

As guerras da África evidenciam as potências europeias, a Rússia e novas potências regionais, como o Egito e a  Turquia.

As guerras pontuais na Ásia evidenciam a ação das inteligências britânica e estadunidense e ações discretas da China e da Rússia e Irã.  

As guerras tarifárias nos revelam muito sobre os Estados Unidos e a sua decadência econômica, o fracasso do neoliberalismo vigente há 40 anos e a importância das indústrias de peso, como as existentes na China.

Ao contrário do que muitos pensam, a geopolítica não é linear e muitos atores ora pendem para um lado, ora para outro, como o Egito, a Turquia, a Arábia Saudita e tantos outros.

Como dizem, em geopolítica não há países amigos, mas interesses - momentâneos ou não - em comum.

O que tais guerras nos revelam: 

A) UCRANIA: fracasso da antes poderosa OTAN em enfraquecer e repartir em diversas repúblicas a Rússia; o início de uma crise econômica trágica para a Europa, o fortalecimento da indústria militar russa e uma ação discreta e pontual, como sempre, da China;
B) GAZA: o interesse dos Estados Unidos em criar tensões contínuas na região dos grandes países produtores de petróleo e gás e de aniquilar ou afastar da órbita da China países parceiros daquela,.com destaque ao Irã.
C) PAQUISTAO: tirando a questão dos países produtores de gás e petróleo, podemos repetir o que foi dito a respeito de Gaza, com o acréscimo da ação pontual e sempre discreta da China.
D) AZERBAIJÃO: ação direta dos serviços de inteligência estadunidense, britânico e israelense, a intenção do ocidente de criar zona de tensão no Cáucaso, a fim de facilitar o ingresso de terroristas no Irã e na Rússia.
E) IRÃ: a capacidade desse país de, mesmo sob severas sanções, ser capaz de desenvolver uma importante indústria bélica e também tecnológica, com satélites próprios, alguns dos melhores e mais eficientes mísseis do mundo e reinventando a arte da guerra, onde os componentes principais não são mais produtos caríssimos e altamente tecnológicos, com dificuldade de produção e reposição, mas itens de tecnologia barata, de fácil produção e reposição - em diversas e distantes plataformas -  e alto volume de ação militar.
F) ÁFRICA: a decadência geopolítica e militar da Europa, com destaque à França, a atuação da Rússia, o ressurgimento do nacionalismo na África, o que explica um alinhamento cada vez maior à Rússia e China, além de uma tentativa de interferência do Egito e da Turquia sobre os países de maioria islâmica, seja no norte da África ou na subsaariana. E também, por óbvio, o afastamento (não total, mas relevante) dos Estados Unidos na região.
G) GUERRAS TARIFÁRIAS: que os Estados Unidos não são amigos de nenhum país, exceto Israel, que a economia estadunidense não anda nada bem, que os Estados Unidos se desindustrializaram e abandonaram a política da boa vizinhança e que o alvo principal - em razão do volume tarifário - são os países do BRICS, com destaque à China.

Qual a conclusão a que podemos chegar? Os Estados Unidos estão cada vez mais decadentes, mas mais beligerantes, ainda que por ações econômica e de sua inteligência. Que a África e Irã, além do sudeste asiático, prometem ser, cada vez mais, atores importantes nos próximos anos. Que a China não dá para ser combatida militarmente de forma direta, devendo haver movimentos para bloqueio de fornecimento de alimentos, petróleo, gás e minério para ela, bem como o afastamento, ou enfraquecimento, de paises alinhados a ela. O elo se fortalece entre a Rússia, a China e o Irã, este como agente importante geopolítico, seja pela localização, seja por suas ações estratégicas, seja pela produção de petróleo e gás, seja pela sua produção bélica de ponta. E a China, que se fortalece militarmente muito rapidamente, também passa a atuar cada vez mais fora de seu território, graças a uma diplomacia eficiente, aos movimentos econômicos de atração e às decisões estratégicas absolutamente discretas.

A Terra gira e os Estados Unidos e Europa  não estão mais na parte superior do globo geopolítico. O Sul Global ganha relevância, com destaque à China, Rússia, Irã, Índia, demais países do BRICS, África e sudeste asiático.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

ARTEFATO MILITAR NUCLEAR BRASILEIRO, TER OU NAO TER?

Há uma proposta de que o Brasil possa desenvolver artefatos nucleares militares para a sua autodefesa.

Pessoalmente penso que as armas nucleares deveriam ser proibidas em qualquer canto do mundo, seja em Israel ou Irã, Estados Unidos ou Rússia. A sua proliferação não traz nada de bom para a humanidade.

Porém, pelo bem do Brasil, não podemos ser cegos e não ver o risco que corremos, enquanto poucos países se utilizam de seu poder nuclear para abusar em questões comerciais e militares.

Porém, também é fato que a obtenção de artefatos nucleares traz uma segurança interna de não invasão ou ataque. É o chamado poder de dissuasão. Não é difícil de compreender, assim, o motivo da Coreia do Norte não ter sido invadida desde o desenvolvimento de seus artefatos nucleares.

O Brasil, com a Amazônia que esconde tesouros hidrominerais sob o seu subsolo (água, petróleo, gás, terras raras e demais minerais) é objeto de cobiça do ocidente desde a nossa colonização. A pressão por sua internacionalização e retirada de nossa soberania na região é constante e a cada dia maior.

Mas não é só lá que há recursos ambudantes. O há em quase todo o nosso Território, em especial na região da tríplice fronteira (produção de eletricidade e água doce), sudeste (capacidade industrial, agricultura e mineração) e na chamada Amazônia Azul (nossas águas continentais).  A possibilidade de invasão existe por qualquer canto de nossas fronteiras. Mas também há o risco mais imediato de sofrermos um bloqueio naval, impedindo a importação e exportação de nossos produtos, e isso pode se dar por dois fatores bem simples. O primeiro é prejudicar a nossa economia, em especial o agronegócio, e o segundo é prejudicar o nosso principal parceiro, que necessita de nossos minérios para a produção industrial e tecnológica e de nossos alimentos para a sobrevivência de seu povo. Nos referimos à China, nossa grande parceira. Mas a quem interessaria esse bloqueio? Aos seus concorrentes e  oponentes econômicos, Estados Unidos e Europa, leia-se OTAN. 

A defesa pode ser feita com mísseis de pequeno, médio e longo alcances, e a chamada chuvas de drones de ataque, o que enseja a produção industrial dentro do Brasil, trazendo conhecimento tecnológico de ponta ao país, benéfico sob todos os aspectos, inclusive de custo, se comparado com o valor astronômicos de aviões de última geração e porta-aviões.  

Porém, mesmo podendo nos defender, isso não impediria ataques de potências inimigas a alvos estratégicos, como São Paulo, Rio, Foz do Iguaçu e outras regiões. O que impediria sofrermos ataques são a capacidade de diálogo por nossos embaixadores junto com a capacidade dissuasoria, ou seja, de que quem nos atacar poderá ser prontamente atacado com alto grau de destruição. Hoje, o Brasil só tem a capacidade diplomática, não a de retaliação a países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Para isso deveríamos possuir mísseis balísticos intercontinentais capazes de carregar artefatos nucleares.

Os mísseis são importantíssimos, mas não teriam a capacidade dissuasoria sem artefatos nucleares.

O Irã tem capacidade de atingir Israel e Europa com seus potentes mísseis, mas como não tem poder nuclear, continua a ser alvo de ataques. Já com a Coreia, potência nuclear, nenhum país se arrisca. Mesmo na guerra da Ucrânia e Rússia, os países da OTAN não agem livremente, havendo um limite de ações, considerando o potencial nuclear russo, o maior do globo.

Obviamente, a mudança constitucional a permitir a posse e desenvolvimento de artefatos nucleares militares pode exigir que o seja para fins específicos de defesa e contra-ataque, sendo vedada a utilização para ataque gratuito a qualquer pais, em especial aos nossos vizinhos latino americanos. 

Caberá à nossa diplomacia expor aos nossos vizinhos, através de muito diálogo, que isso visa proteger a nossa região, desde a Patagônia ao México, sendo proibido qualquer caráter de agressão, com prisão de seus responsáveis, se o caso, inclusive com a imediata destituição do presidente da República que porventura desobedeça o princípio de não agressão, a fim de evitar uma corrida armamentista na região, algo complexo e perigoso a todos.

Deve ser ressaltado, ainda, que a produção de armas nucleares, por si só, não nos traz defesa alguma sem que haja o desenvolvimento de tecnologias de transporte, seja por aviões, mísseis, navios e submarinos, algo que deve começar desde já.

Um tema tão polêmico deve ser objeto de discussão ampla nos setores militares e diplomáticos e principalmente na sociedade, sempre acompanhada das questões geopolíticas envolvidas, sob pena de, não o fazendo corretamente, haver tendência de manipulação da opinião pública brasileira. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

TERRORISMO. GUERRAS. JERUSALÉM. O CONTO DO TERROR DO IMPERIALISMO E DO OCIDENTE CONTRA O ORIENTE E O PRÓPRIO OCIDENTE.

As mil e uma noites foi uma obra baseada em contos orientais, principalmente árabes e que seduziu o ocidente com o seu imaginário fantástico.

O Oriente invadiu a península Ibérica e levou e difundiu conhecimentos filosóficos, matemática, arte e medicina. Posteriormente, os turcos dominaram parte do leste europeu. O conhecimento era difundido por árabes e islâmicos.

Em troca, cerca de mil anos atrás, o ocidente invadiu Jerusalém e cidades que se situavam entre a cidade Sagrada e a Europa, matando islâmicos e judeus. Cerca de 500 anos atrás, adveio a Inquisição, que perseguiu islâmicos e judeus na Península Ibérica. Tempos depois, dominou por meio do imperialismo a Palestina, a Síria, o Líbano e o Iraque. Em seguida, repartiu a Palestina majoritariamente islâmica, mas também judaica e cristã, com sionistas vindos principalmente da Europa, criando Israel.  Mais recentemente, o ocidente invadiu o oriente com mísseis, bombas e botas, pisando em solos iraquiano, afegão, líbio, libanês e sírio. E esse é o conto do ocidente, um conto recheado de mentiras, falsidades e golpes e, principalmente, de terror, e que ensejou, com o seu apoio tático e financeiro, o surgimento do terrorismo no Oriente próximo, como se verá mais à frente.

Durante a Idade Média, islâmicos e judeus eram vistos com desprezo e sofriam preconceito e perseguição em boa parte da Europa.

Foi só a partir do fim do Holocausto ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial que a Europa diminuiu o preconceito contra judeus e os reposicionou no meio do mundo árabe, criando um Estado artificial chamado Israel, que além de se constituir em terras originalmente Palestinas, passou a ocupar ilegalmente as áreas destinadas pela ONU aos palestinos e expulsando e matando centenas de milhares de palestinos. Mas isso ainda não era chamado de genocídio. Foi somente a partir de outubro de 2023, com a destruição de mais de 90% das construções existentes na Faixa de Gaza, com o ataque e destruição de hospitais, escolas e prédios de assistência humanitária e assassinato de centenas de jornalistas, médicos e profissionais de assistência humanitária e da ONU e quase 4% da população de Gaza, a maioria formada por mulheres e crianças, muitas executadas em filas de ajuda humanitária, que as organizações internacionais e a ONU passaram a chamar isso de genocídio.

Israel sequer é consenso entre o povo judeu. Muitos judeus seculares, comunistas e religiosos se posicionam contra o Estado de Israel, chamando-o de inimigo dos verdadeiros judeus, e bradam pelo Estado da Palestina.

Na Palestina antiga, de judeus e ocupada pelos romanos, nasceu Jesus. Depois, judeus foram expulsos de lá pelos romanos, mas alguns continuaram em terras palestinas. E de lá para cá conviviam em relativa e consistente paz judeus, islâmicos e cristãos, as religiões dos palestinos de então, seja sob domínio islâmico, turco ou britânico. A grande massa de judeus expulsa no ano 70 d.C. jamais voltou e se fixou em países árabes, europa e cáucaso, posteriormente se expandindo para o continente americano, até a criação de Israel, 1900 anos depois.

A criação de Israel não foi conversada com os países árabes e os palestinos, que estavam sob o mandato britânico, mas foi imposta à força.

Pelo o que se sabe da história, o terrorismo surgiu na região no século I, pelos sicários judeus, contra o império romano. Assim como hoje ocorre com o Hamas, os sicários judeus utilizavam-se de atos de resistência e terrorista contra os então ocupantes romanos. Depois, o terrorismo foi novamente instaurado por forças como o Haganá sionista, que expulsava palestinos e destruía aldeias islâmicas e cristãs palestinas no início do século XX, antes da criação de Israel. Posteriormente à criação de Israel, os palestinos passaram a exercer resistência à ocupação israelense de territórios nas Faixas de Gaza e Cisjordânia, muitas vezes utilizando-se de força e atentados terroristas. E não é de hoje que o próprio Estado sionista se utiliza de táticas terroristas contra civis, o que é constatável pela visualização de qualquer vídeo do massacre que ocorre em Gaza.

Ainda quanto ao terrorismo no Oriente próximo, foi a partir da guerra da União Soviética contra o Afeganistão, que a CIA, juntamente com o MI6 britânico, passou a financiar e a treinar movimentos jihadistas islâmicos. Em seguida surgiram a Al Qaeda e o ISIS (Estado Islâmico) e tantas outras derivações desses mesmos grupos, também com apoios da CIA e do MI6, mas também de financiamento de países como Arábia Saudita, Catar e Kwait e apoio tático da Jordânia, Turquia e Israel. O terrorismo focado no Oriente próximo expandiu-se para a Rússia, China, Sudeste Asiático e África. Hoje, a Síria é governada por um grupo dissidente da Al Qaeda, tolerada e até em certo ponto apoiada por Israel durante a guerra civil na Síria, mas a imprensa não os chama de ditadores ou terroristas. O atual “governo” sírio é bem visto pelas potências ocidentais, mesmo com a perseguição a grupos minoritários, como curdos, cristãos e alauítas. Essas denominações – ditadores e terroristas - são utilizadas pela chamada mídia “mainstream” apenas para os inimigos do império.

Os contos ocidentais, repletos de inverdades e fantasias, continuam a ser divulgados no mundo oriental e no próprio ocidente. A verdade, a liberdade de informação e a ética jamais foram princípios apreciados pelas grandes potências ocidentais. A elas interessa o apossamento de recursos hidrominerais, a desestabilização de países e o uso frequente do terror e da guerra. Disso resultaram as duas grandes guerras mundiais, o terrorismo e o genocídio a que estamos assistindo em tempo real.

Em um mundo liderado pelo ocidente jamais haverá a necessária paz e estabilidade e tampouco condições mínimas para a evolução espiritual do ser humano. Reina no imperialismo ocidental o conto do terror.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

O EU E O UNIVERSO. A COMPREENSÃO DO TODO

Pela lógica que desenvolveu, o ser humano crê ser capaz de decifrar a tudo e a todos, mas como a lógica humana não foi baseada no conjunto da natureza, mas nas experiências próprias humanas e por ela facilmente perceptíveis, ela serve ao humano, mas não ao todo.

Para a percepção do todo, mais do que a lógica humana, teríamos que observar e compreender as leis da natureza e do Universo, como dizem algumas filosofias orientais, como o Taoísmo.

Assim, a forma como enxergamos o Universo é possível, mas não significa que seja verdadeira e absoluta. Ela, gradativamente, vai sendo alterada e se moldando à realidade que vai se revelando e ampliando em nosso horizonte. Os nossos sentidos devem ser ampliados.

Como 96% do universo é composto de energia e matéria escura, não formadas por átomos e completamente desconhecidas ao ser humano, o desenvolvimento de outras formas de percepção são fundamentais ao avanço da compreensão de parte significativa do todo por nós.

A percepção através de todos os sentidos é a base da compreensão e deveria envolver não apenas a visão, audição, paladar, olfato e tato. Há outras formas de percepção que deveríamos desenvolver e que alguns poucos arriscam descobrir.

Neste aspecto, as religiões afro e o espiritismo exercem um papel importante. Mas não são só elas que trabalham com a ampliação dos sentidos. A meditação, tão em voga, permite que apuremos alguns canais energéticos do corpo, ampliando a capacidade de percepção pela mente humana.

Uma mente aprisionada nada descobre. Apenas reinventa. Uma mente liberta, ao contrário, faz descobertas e avança no conhecimento e na percepção do então parcial ou totalmente desconhecido.

As grandes descobertas e os grandes inventos foram conseguidos em grande parte graças aos estudos, evidentemente, mas não só. Eles também se deveram à intuição, observação e mudanças nos experimentos anteriores. Daí a necessidade de libertarmos as mentes para conhecermos a nós, aos outros e à parte importante do todo.

Conforme nos libertamos, mais conhecemos. Porém, o todo, em si, talvez nunca consigamos alcançar, a não ser que nos desprendamos verdadeiramente da individualidade, o que parece ser difícil, já que somos seres materializados. A mente humana, que alcança a capacidade de sentir a dor e necessidades alheias, pode ser capaz de chegar ainda mais longe, muito mais longe, a ponto de sentir o todo? Se libertarmos verdadeiramente a mente, e com perseverança, poderemos vir a saber.

Mas não se trata de providência simples e fácil em um mundo tão individualista e que valoriza tanto o prazer imediatista. A sociedade moderna avança na ciência e promove avanços, mas precisa avançar muito mais em se tratando de conhecimento individual, coletivo e do todo, incluindo aí a natureza e o Universo. Talvez seja mais fácil perceber quem realmente somos, para daí conseguirmos avançar rumo ao mais amplo até chegarmos ao todo, já que, queiramos ou não, por questão filosófica e por dedução lógica humana, o integramos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

PALESTINA E ISRAEL. OS NECESSÁRIOS PINGOS NOS IS.

Neste domingo houve uma grande manifestação pró-Palestina em plena avenida Paulista, em São Paulo. Ela é parte de atos semelhantes e até maiores que ocorrem em todo o planeta. A grande maioria da população mundial está com a Palestina e contra o genocídio. Parte significativa dos judeus, inclusive residentes no Brasil, também é contra os excessos (que são muitos) cometidos por Israel e muitos são antissionistas. 

Israel acusa de antissemita qualquer um que revele e acuse Israel pelo o que vem fazendo.

Dizer que é antissemitismo acusar Israel de genocídio vai contra o bom senso e o próprio significado da palavra. Ninguém acusa os judeus, mas sim o Estado de Israel. Ademais, palestinos são tão semitas quanto os árabes e os judeus. Assim, pratica antissemitismo às claras o Estado de Israel que tenta dizimar a população palestina, que a priva de água, de comida, de suprimentos, de escolas, de Mesquitas e Igrejas, de hospitais e de apoio humanitário. Assim, quem apoia o genocídio israelense é que deveria ser acusado de antissemitismo, por questão semântica e de lógica.

Quanto ao denominado Plano de Paz proposto por Trump, ele é uma piada, e de muito mau gosto. Exigir que Gaza não tenha nenhuma arma, enquanto Israel, armado até os dentes, destroi tudo o que está em pé na região, é lamentável, assim como colocar um britânico para comandar Gaza, sem respeito à autodeterminação do povo palestino Como assim?

Israel que praticou excessos comparáveis ao nazismo, que utilizou a fome como arma de guerra, que fuzilou civis que buscavam comida, que destruiu escolas, hospitais e prédios da ONU, além de matar centenas de jornalistas, é que deveria ficar sob comando estrangeiro e sem armas, para que não repita a tragédia com nenhum outro povo. O contrário, sim, é deixar impune e ainda premiar Israel pelo genocídio.

O Brasil deveria exigir a imediata liberação dos brasileiros que estavam na Flotilha e que foram presos por Israel. Caso não sejam liberados imediatamente, o Brasil deveria, assim, romper automaticamente as relações políticas e comerciais, encerrando de pronto - em todo o solo brasileiro, o que vale para todos os entes federativos brasileiros - todos os acordos existentes, proibindo a compra de serviços e de bens israelenses e cancelando automaticamente qualquer contrato ou convênio celebrado com entidade israelense ou o próprio governo de tal país A decisão cabe ao Presidente da República, que deve colocar pressão em Netanyahu. Para Israel, que sofre uma séria crise econômica devido à guerra, o rompimento das compras, serviços e contratos e convênios celebrados com o Brasil seria um péssimo negócio. O Brasil gasta muito mais comprando de Israel do que recebe vendendo para ele. O déficit comercial para o Brasil - com Israel - foi de US$ 690 milhões só em 2024.

Não faltam países para fornecer os armamentos e os serviços que Israel vende para as pastas da Defesa e de Segurança Pública da União, dos Estados e Municípios.

Se a negociação diplomática não resolve, que se utilize da arma econômica, até em prol dos nossos nacionais, dos interesses brasileiros, dos interesses humanitários e da economia do nosso país. 

O Brasil não é anão diplomático. Nunca foi! Foi graças à diplomacia brasileira que Israel existe hoje como Estado. Anão diplomático e moral aos olhos de todo o globo é o Estado de Israel sob o comando de Netanyahu, e que se apequena mais e mais a cada minuto que passa.

sábado, 4 de outubro de 2025

A ENTRADA EM UMA NOVA DIMENSÃO ESPIRITUAL NECESSITA DE UMA CONCOMITANTE MUDANÇA GEOPOLÍTICA

A queda econômica e de influência geopolítica gradual do ocidente coletivo permitirá ao ser humano o reencontro com a Espiritualidade. Para mim isso é fato incontestável.

As guerras insanas, o imperialismo, o colonialismo e os regimes de apartheid tendem a ser substituídos por um novo modo de ver de nós humanos, de reencontro do ser humano com o passado um pouco mais distante.

A Fé demasiada no acúmulo de capitais e no consumismo do absolutamente desnecessário, representado pelo neoliberalismo, mudou a natureza do ser humano ou a revelou como é de fato, oportunista e sádica? 

Parece ser absurdo, mas é real, que tenha gente torcendo por assassinato por policiais e por forças armadas contra pessoas desarmadas, civis, muitas vezes na fila da comida como esmola.

Parece ser desarrazoado alguém pregar que Cristo defende que as pessoas se armem ou que a Igreja deve ser contra a caridade. Como assim?

A busca pelo capital generalizou-se e alcançou não apenas o trabalho e o comércio, mas até a Fé, a falsa Fé, com os falsos pregadores e, obviamente, os falsos rebanhos religiosos. Visam, quem busca esse tipo de "Fé" e quem a conduz, a troca de favores comerciais, mais que as palavras Espiritualizadas. Daí julgam, condenam e pouco acolhem. Daí o individualismo crescente.

Com o fim do neoliberalismo não haverá Céu de imediato, mas a tendência é o reencontro do ser humano consigo.

A China tem um papel relevante. A sua filosofia de vida, baseada no Confucionismo e Taoísmo, é humanista e coletiva, assim como todas as Igrejas deveriam ser. 

E quem diria que seria o Comunismo que permitiria a aproximação do ser humano de sua essência, da Espiritualidade?

Essa mudança é a nova dimensão Espiritual que muitos tanto apregoam. Se assim o for, que ocorra logo essa mudança geopolítica em prol da humanidade e da Espiritualidade.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Democracia vai muito além do sistema econômico

A notícia de que um sul coreano foi condenado por escrever um poema imaginando a Coreia reunificada, mas sob o comando do líder norte coreano, não é recente (é de novembro de 2023) e já ensejou três condenações do autor da poesia. O link da notícia está no fim desse texto.
A Coreia do Sul tem aparência de Democracia e assim é tratada no Ocidente, mas como a notícia acima evidencia, não é bem assim.
Os países podem adotar o regime democrático, mas quase sempre há falhas no sistema local, seja na Coreia do Sul, Israel, Estados Unidos, França e em tantos outros países.
Ao contrário do que se diz, não é o capitalismo que garante a democracia. Muitas vezes o sistema capitalista cerceia ou limita o acesso à democracia.
Em Estados muito encolhidos e fracos, a democracia, se ainda for existente, é frágil.
O que promove a democracia é o acesso à educação, à cultura e à cidadania, com um Estado atuante e uma sociedade plural. Além disso, a democracia deve ser exercida diuturnamente e ser constantemente aprimorada.

https://sputniknewsbr.com.br/20231127/homem-e-preso-em-seul-por-escrever-poema-elogiando-a-coreia-do-norte-31716503.html

terça-feira, 30 de setembro de 2025

BRASIL, FLOTILHA DA LIBERDADE E "ACORDO DE PAZ PARA A FAIXA DE GAZA"

GAZA

Nesse momento em que estão a dois dias da Faixa de Gaza, militantes brasileiros do Flotilha da Liberdade, que reúne quase 50 barcos e mais de mil pessoas de 46 países, solicitam ajuda de segurança militar ao presidente Lula, já que barcos espanhois e italianos, que dariam segurança para coibir ataques bélicos das Forças de Israel, ainda não alcançaram a frota. Por mais que seja válida e necessária a segurança  solicitada, ela não teria como ser garantida de fato, pois é inviável que navios de guerra brasileiros chegassem às águas palestinas em apenas dois dias. O que o governo poderia fazer é enviar aviões de combate para águas internacionais, mas isso demandaria conversações com países africanos e do oriente médio para pouso e reabastecimento (além de aviso prévio aos Estados Unidos e Israel). Assim, segurança militar efetiva pelo governo brasileiro, nesse momento, a dois dias da chegada da Flotilha a Gaza, parece ser inviável. O mais adequado e que teria maior peso geopolítico e militar seria o próprio BRICS garantir a segurança.  
O bloco, que reúne três das grandes potências nucleares, alguns dos maiores exércitos do mundo e grandes economias do planeta, teriam poder de compelir Israel a não agir ilegalmente contra os membros da Flotilha da Liberdade. Nisso, o presidente Lula poderia influenciar Xi Ji Ping, Vladimir Putin e Modi, líderes, respectivamente, da China, Rússia e Índia, a enviarem forças militares à região, agindo esses países de forma unificada e centralizada. Para isso, seria conveniente uma conversação prévia com líderes dos Estados Unidos e Europa. Mas há de se recordar que o BRICS não representa uma organização militar e até agora não quis mostrar qualquer relevância bélica e seria difícil haver, de forma tão breve, uma decisão unificada e centralizada de suas forças militares. Mas não custa pedir. O BRICS tem peso não só econômico, mas principalmente geopolítico. E somente o BRICS seria capaz de conter Israel, considerando-se os laços umbilicais entre britânicos e estadunidenses com Israel.

ACORDO DE PAZ EM GAZA PROMOVIDO POR TRUMP

Parece brincadeira o proposto acordo de Paz de Trump. Quem dirigiria os palestinos seriam líderes internacionais. Como assim? Além de não constituir, de direito, um país, os palestinos ainda teriam que se submeter a decisões de líderes internacionais e permitir que forças militares israelenses continuassem em boa parte de seu território? Quanto à determinação de desarmamento do Hamas e a proibição de que exerça a liderança politica, grupo que é considerado pelos palestinos como força de resistência, tenho minhas dúvidas se seria, sob a legislação internacional, algo legítimo. Mas ainda que o fosse, o problema são questões mais aviltantes, como as que mencionei no início do parágrafo.

Obviamente a questão da cessação dos ataques em Gaza requer urgência, mas uma decisão de paz efetiva e duradoura na região exige que se aborde não apenas Gaza, mas também a Cisjordânia, que - sem publicação pela mídia - vem sendo alvo de ataques das Forças Armadas de Israel e de colonos extremistas israelenses, além de ter sido retalhada com tantas colônias israelenses, muitas delas compostas por israelenses de origens russa e estadunidense.

Nesse ponto, o Brasil, juntamente com outros países latino americanos, como México, Colômbia e Chile, devido não só ao porte econômico, mas também à imigração palestina que esses países receberam, teriam relevância e legitimidade para participar de negociações que, lembre-se, deveriam ser conduzidas por palestinos e israelenses, ao lado de potências estrangeiras, e não o contrário. Quem deve se posicionar são os palestinos e israelenses. Os demais países deveriam apenas - como parece ser óbvio em mesas de negociação - sugerir.

BRASIL

Enquanto o ataque interno ao Supremo Tribunal Federal persiste, a Suprema Corte brasileira vem sendo objeto de citações elogiosas mundo afora, principalmente na América Latina, Europa e Estados Unidos, como exemplo a ser seguido, principalmente por sua atuação em defesa da Democracia e do Estado e Direito, Não é de se duvidar que Ministros da Corte, em especial Barroso e Moraes possam ser vir a ser indicados a Cortes Internacionais após suas aposentadorias no Supremo Tribunal Federal, isso se tiverem desejo e saúde para tanto.

Enquanto Lula se mantém como presidenciável, sem candidatura rival no campo da centro-esquerda e esquerda, a extrema direita, direita e centro-direita dizem desejar, agora, o governador do Paraná como candidato presidencial, contando com o apoio de parte do dito "Mercado" (leia-se instituições financeiras da Faria Lima e parcela do grande empresariado). Bolsonaro, além de inelegível, foi condenado a pena de prisão superior a 27 anos, não podendo ser candidato. Eduardo Bolsonaro está fora do país e se retornar muitos dizem que corre o sério risco de ser preso em razão de processos criminais em trâmite. Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo, disse descartar sua candidatura ao Planalto, preferindo disputar a reeleição em S. Paulo. Se assim o fosse, porque teria se reunido com Bolsonaro nessa segunda-feira? Estranho. Razão parece estar com Andrea Sadi, do G1 e da Globo News, que disse que Tarcísio ainda é candidato ao Planalto, mas não quer se desgastar com a ala mais radical do bolsonarismo e necessita contar com o apoio expresso do próprio Bolsonaro, para apaziguar o bolsonarismo raiz. Mas não só. Entendo que para verificar se Tarcísio quer, ou não, a presidência, é necessário ficar de olho na movimentação do seu Secretário de Segurança Pública, Derrite, nome de peso à canditatura ao governo do Estado de São Paulo, muito embora o vice-governador, do PSD, também seja uma opção (mais por desejo de Kassab, do que do bolsonarismo paulista).

E o centro? Bem, o centrão, por enquanto, apoia o Ratinho do Paraná como presidenciável (sem esquecer de Tarcísio). Parece que Republicanos, PL, PP e PSD estariam no mesmo barco. O PMDB pode ser uma surpresa.

Na esquerda, Ciro Gomes anda apagado. Uma candidatura de peso poderia vir do PSB, partido do vice-presidente, mas dificilmente o partido que dá base de sustentação ao governo federal faria um voo solo, podendo ser o cabeça de chapa nas eleições de 2030, com o apoio expresso do PT, quando Lula já não poderá se reeleger. E nomes qualificados do partido não faltam.

TAXA DE 100% SOBRE FILMES ESTRANGEIROS. MAIS UMA MEDIDA DE TRUMP QUE PODERÁ ACARRETAR PREJUÍZO À INDÚSTRIA DOS ESTADOS UNIDOS

Trump deseja impor taxa extra de 100% a qualquer filme produzido fora dos Estados Unidos.

Os filmes dos Estados Unidos já foram uma arma poderosíssima, chamada de soft power, para conquistar mentes e corações mundo afora.

Hoje, porém, Hollywood perdeu força. Índia, com sua Bollywood, e Nigéria, com sua Nollywood, produzem muito mais filmes que os Estados Unidos. Quanto a público, China é insuperável. Porém, proporcionalmente, o povo que mais vê filmes é o islandês. Para quem não sabe, a Islândia é uma ilha situada no norte do Atlântico, que tem pouco mais de 400 mil habitantes.

Como poucos filmes estrangeiros chegam aos Estados Unidos, o prejuízo será principalmente aos filmes de arte, muitas vezes asiáticos e europeus, e às produções feitas com a participação de diversas Nações. Há que se analisar também a compra de filmes disponibilizados pelas plataformas de streaming, como o YouTube e, principalmente, a NETFLIX, que tem farta produção estrangeira.

Aos outros países o prejuízo será pequeno, pois o país produtor não pagará taxas para filmes nacionais ou para a compra de outros países. O prejuízo será a produção feita em parceria para exportação, incluindo aí os Estados Unidos. Porém, mais uma vez, ao contrário do esperado por Trump, pode haver um revés inestimável aos Estados Unidos se alguns países impuserem tarifas altas para a importação de filmes, séries e programas audiovisuais produzidos nos Estados Unidos. Aí a receita dos Estados Unidos cairá muito, lembrando que a exportação de filmes traz muitas divisas ao país.

Parece que a medida alardeada por Trump é demagógica e tenta conquistar o público interno da Califórnia, tentando enfraquecer o governador do Partido Democrata.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

A UNIÃO MILITAR DE PAISES ÁRABES E/OU ISLÂMICOS

O ataque israelense a membros do Hamas no Catar acarretaria a formação de um exército árabe unificado em situações de ataque a um dos países membros, ao estilo OTAN?

Muitos dizem que sim, e que países do Golfo já estariam se preparando para isso e que um sinal forte seria o pacto recém firmado entre a árabe Arábia Saudita e o não árabe Paquistão.

O que une os países árabes é, em parte, o povo, de etnia majoritariamente árabe, mas politicamente são muito divididos, prevalecendo os interesses pessoais locais de cada político reinante.

Estão próximos desses países o Egito (também árabe), a Turquia e o Paquistão. Israel, depois do bombardeio ao Catar, passou a ser visto com enorme preocupação. Os Estados Unidos, que possuem bases em quase todos esses países, é visto com enorme desconfiança.

Enquanto isso ocorre, a China cresce econômica e militarmente e o Irã, persa e não árabe, se aproxima de grande parte dos seus países vizinhos e próximos. Esses dois países, na minha concepção, são as peças-chaves para a criação de um interesse comum entre os países árabes e até entre os países de maioria islâmica. Explico.

O Iraque, a Líbia e a Síria foram atacadas pelos Estados Unidos, membros da OTAN, e por forças terroristas, a Síria especialmente, com a o apoio (no ataque à soberania e integridade territorial de alguns desses países), direta ou indiretamente, como a Jordânia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Kwait.

Os países árabes laicos, agora, são poucos, como a Tunísia, a Argélia, o Líbano, o Egito e talvez um outro a mais. A grande maioria dos países árabes têm o Estado mesclado com a religião, o Islã.

E foi com a religião, principalmente a divisão em wahabitas, xiitas e sunitas, basicamente, que o ocidente manteve a divisão política nos países árabes e no mundo muçulmano. 

A China, ao contrário, aproximou antigos rivais, como Arábia Saudita (wahabita) e Irã (persa xiita), e ainda tentou integra-los, junto a outros países islâmicos nos BRICS.

Os árabes já perceberam que a China atua diferentemente dos EUA e que o interesse dela não é a repartição, a guerra e a apropriação do petróleo alheio, mas a união pelo comércio, o que é facilmente compreendido pelos árabes, turcos e persas, povos igualmente comerciantes, com DNA no comércio há milênios.
 
Dessa forma, é previsível que o aumento da importância da China na região, como vem ocorrendo, aumentará as chances de união, inclusive militar, mas isso depende de um impulso externo, que pode ser o medo a Israel, a desconfiança em relação aos EUA, ou a iniciativa de um terceiro país, como a Turquia, o Paquistão e até mesmo o Irã, ou de todos esses juntos, o que acho possível, considerando-se o risco que todos eles correm com os sionistas radicais que governam Israel.

O acordo entre a Arábia Saudita e o Paquistão, países distantes e não próximos territorialmente, mais que acordo militar propriamente dito, embora assim tenha sido denominado, parece esconder, na minha percepção pessoal, trocas não reveladas, portanto secretas, de conhecimento militar na área nuclear, seja para os desafios com Israel, seja até mesmo com o próprio Irã.

Nessa análise, não se pode esquecer que o Paquistão é um parceiro do Irã e um aliado muito próximo e fiel da China.

O fato é que as alianças no Oriente Médio estão sendo remodeladas gradativamente, sob os ritmos árabe, persa, turco e chinês, muito diferente do ritmo alucinante ocidental e de Israel. 

Enquanto isso, porém, os palestinos continuam sendo massacrados em um genocídio transmitido em tempo real e Israel continua impune, assim como os seus líderes políticos. 

Talvez a situação dos palestinos seja resolvida, se o for, conjuntamente com a questão política e militar dos países da região, mas será que até lá sobreviverão palestinos na terra que lhes pertence por direito, como reconhecido pela ONU?

domingo, 28 de setembro de 2025

NETANYAHU, A PERVERSÃO, O MAL SEM FIM E AS PORTAS DO INFERNO.

Até quem lidera o reino do mal tem os seus limites éticos. Netanyahu e o seu gabinete, não!

Quando pensamos que não haveria mais o que uma mente doentia poderia pensar em Israel, descobre-se que veículos militares antigos são abandonados por Israel com bombas e monitorados à distância para, como robôs comandados por controle remoto, explodirem e destruir o que restou de prédios e de pessoas na sofrida Gaza.

O sadismo parece não ter fim. Até então, a destruição de escolas, Mesquitas, Igrejas, Hospitais e prédios de entidades assistenciais e da ONU pareciam ser o limite da tragédia em Gaza e da crueldade de Netanyahu e seus colaboradores.

Não bastasse isso, crianças, pequenas crianças, foram executadas a sangue frio, separadamente de qualquer adulto. Depois, foram as abjetas execuções de pessoas famintas nas filas de espera por comida. Em seguida, Netanyahu colocou os presos, muitos deles terroristas, assassinos, traficantes e estupradores, que fugiam das prisões de Gaza, armados por Israel, para executar civis, selecionar quem pode comer ou não, e impor a lei do terror na prisão chamada Gaza.

Mas a maldade não para por aí. Segure as lágrimas. Como verdadeiros sádicos e doentes, os sionistas extremistas colocaram alto falantes para que a população palestina de Gaza fosse obrigada a ouvir o discurso de Netanyahu proferido na ONU, no mesmo momento em que a grande maioria das Nações se recusou a presenciar o discurso, com seus representantes deixando o plenário da ONU praticamente vazio, com Netanyahu quase sem plateia, a não ser a dos cativos quase mortos de Gaza.

Netanyahu está doente. Tem fixação doentia por Gaza, por sangue, pela depravação, pelo morticínio, pelo mal.

Não que esse sujeito com nome cuja sonoridade lembra algo ruim, ao exemplo de Belzebu, fosse são, pois sempre foi ligado à ala extremista do sionismo. Mas agora ele e o seu gabinete ultrapassaram qualquer limite. Talvez nem o Deus da Guerra que os criou os perdoe. O inferno que ele criou para as crianças, mulheres, jovens e idosos presos no campo de extermínio de Gaza pode ser o mesmo que ele e o seu gabinete enfrentarão no inferno mental e espiritual que ajudaram a criar, com a observação de que lá não há o tempo como o conhecemos. O reino do Mal, que representa os atos, as maldades, os ódios, a desumanidade que esse gabinete de Netanyahu praticou, os espera. Pode não ser hoje, nem amanhã, mas a porta do inferno estará escancarada, esperando por esses depravados.

Cristo está acolhendo cada enfermo, cada faminto, cada corpo que acabou de perder a vida, ao mesmo tempo em que ilumina a todos que ajudam essa população descrente da vida. Mohammad, ou Maomé, deve estar a abraçar a cada um que sofre, que chora, que se desespera. Abraão e Moisés devem estar a clamar pelo fim do genocídio em terra sagrada. Os sobreviventes do holocausto devem estar em prantos.

Os sionistas radicais, em ato configurado como antissemitismo, estão exterminando o povo semita palestino. Quanta contradição!

Muitos islâmicos, cristãos, budistas, ateus e até judeus choram pelos palestinos. Lembre-se que nem todo judeu é sionista. Muitos judeus são contrários ao Estado de Israel, inclusive. E nem todo sionista é extremista a tal ponto. 

Que o Deus de cada um poupe os bons de coração!

sábado, 27 de setembro de 2025

O QUE ESPERAR DA REUNIÃO DE TRUMP COM LULA? E O FUTURO DA EXTREMA DIREITA NO BRASIL?

A extrema direita brasileira está enfrentando derrotas seguidas, a começar pelo arquivamento no Senado da proposta da emenda legislativa para a blindagem dos políticos. Mas a derrota também foi nas ruas, com manifestações que a imprensa disse ser da esquerda, mas abrangeu também pessoas do espectro político do centro e até da centro direita e da direita, todos clamando pela ética e contra a corrupção.

A extrema direita, que vomita palavras de ordem, como bandido bom é bandido morto, Brasil acima de tudo e Deus acima de todos e que se autointitulam baluartes da ética e do combate à corrupção, começam a revelar não a sua cara (de pau), mas o seu espírito (falseado e maligno). 

Por falar em corrupção, alguns dirigentes partidários da direita (a que se denomina "centrão"), estão sendo acusados de corrupção e de ligação com a organização criminosa PCC.

Muitas falas alarmantes e falsas de deputados extremistas também visavam proteger movimentação não rastreável do crime organizado. O absurdo Projeto de blindagem visava, como é óbvio, proteger deputados de acusações de corrupção e de outros crimes. Eles só poderiam ser processados ou investigados se houvesse autorização do presidente da Casa.

O líder maior da extrema direita foi condenado a mais de 27 anos de prisão e sem pleitear que ela morra ou vá para a Papuda (penitenciária em Brasília), querem a Anistia do chefe e também de generais que desvirtuaram a carreira militar em prol de projeto individual de poder. A absurda anistia pleiteada visa anular as penas de crimes gravíssimos, contra o patrimônio público, contra a integridade física de autoridades, contra a Democracia e o Estado de Direito, contra a pátria e muitos outros. Agora, movimentação da centro direita golpista visa modificar o projeto para abrandar as penas, o que descontentou a ala extremista. 

Não bastasse a vergonha de carregar uma bandeira enorme dos Estados Unidos, o país mais opressor do mundo em relação a outros povos, no dia da independência do Brasil, a extrema direita agora vê Trump pretendendo conversar com o presidente brasileiro. Sim, o presidente atual, Lula, e não o ex-presidente, que foi condenado.

Não se sabe o que acontecerá na reunião entre Trump e Lula. O histórico de Trump revela o seu tom arrogante que ama deixar convidados de honra em situação constrangedora, principalmente aqueles que se demonstram submissos e subservientes. Mas também há o lado negociante de Trump, que ama fazer bons negócios e que muda de postura a depender do interesse comercial existente. Sua postura na presença dos líderes de Israel, da Coreia do Norte, da China e da Rússia sempre foi de respeito e admiração. O mesmo não se pode dizer dos líderes europeus e da África do Sul, que foram constrangidos em público.

Tudo indica que Trump irá apresentar novas exigências, possivelmente quanto às Terras Raras brasileiras, questão das águas, energia elétrica e de polícia de Foz do Iguaçu e Itaipu, e até compra de armamentos desatualizados estadunidenses pelo Brasil. Lula é hábil e sabe ceder, mas também exigir. A tendência é que os Estados Unidos levem vantagens, mas parem de impor novas sanções ao Brasil e às autoridades brasileiras. 

Trump não é amigo de Lula, do Brasil ou do Bolsonaro. Ele tem interesses. E é nisso que o Brasil precisa prestar atenção.

Seja qual for o resultado da reunião, a extrema direita poderá sair alegre ou de rabo baixo por alguns dias, mas perderá força e contingentes de asseclas e eleitoral Muitos ditos bolsonaristas não raiz podem migrar para partidos do dito centrão. O núcleo duro continuará a existir, mais fraco, diminuto e com telhado de vidro já rachado, já exposto e já prestes a cair de vez. Não será agora que a extrema direita será enterrada e sepultada, mas tudo indica que esse é o seu destino para daqui poucos anos.

Todo pesadelo tem fim. E nenhuma traição à Pátria, ainda que não seja punida pela Justiça dos homens, sairá ilesa. A falta de caráter dos traidores revelarão outras podridões, pois, para chegar ao nível de traidor, a pessoa já não deve ter o mínimo pudor ou respeito pelo direito alheio, revelando falta de ética, falsa Fé, imoralidades e ilegalidades. Isso não é previsão, mas dedução lógica. A extrema direita como força eleitoral está com os anos, meses e dias contados. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

NEOLIBERALISMO, O MODELO DE COLONIZAÇÃO E DE IMPERIALISMO MODERNOS

Antes de iniciarmos a abordagem do tema neoliberalismo, convém citar que o Brasil se desenvolveu com o nacional desenvolvimentismo varguista, seguido por Juscelino Kubitschek, João Goulart, Ernesto Geisel e Dilma Roussef.

Nos anos 1980, quando a economia brasileira era 5 vezes o tamanho da chinesa, uma comissão daquele país veio ao Brasil para tentar compreender a capacidade que o Brasil tinha de montar veículos, produzir combustível a base de álcool e ter uma indústria de defesa então competitiva.

O Brasil deixou de seguir o nacional desenvolvimentismo e hoje, passados 40 anos, é uma economia 9 vezes inferior à chinesa.

O modelo econômico do nacional desenvolvimentismo, com o Estado organizando a economia, foi criado no Brasil, copiado pela China e é exemplo de incomparável sucesso.

Já o neoliberalismo só começou a ser adotado no Brasil com Fernando Collor de Mello, seguido por Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Nos dois governos Dilma adotou-se uma economia com intervenção do Estado, visando ao desenvolvimento de indústrias nacionais e à promoção, aprimoramento e desenvolvimento de novas tecnologias nacionais. Lula não pode ser chamado de neoliberal, propriamente dito, mas não foi enfático na adoção de uma economia nacional desenvolvimentista, como o fez corajosamente Dilma Roussef.

Mas o que é neoliberalismo?

O termo teria sido cunhado pela primeira vez em 1898 pelo economista francês Charles Gide. Porém, até hoje há indefinição quanto ao que exatamente é o neoliberalismo.

Segundo o Instituto Mises, uma ThinThank liberal voltada à produção e à difusão de estudos econômicos e de ciências sociais que promovam os princípios de livre mercado e de uma sociedade livre, neoliberalismo não seria algo ruim, ao contrário do que a extrema direita europeia e as esquerdas latino americana e europeia apregoam.

Considerando a natureza do instituto Mises, sua concepção sobre o neoliberalismo deve ser lida e devidamente interpretada, considerando-se o viés favorável existente.

De forma geral, segundo os seus defensores, o neoliberalismo tende a provocar uma transformação social resultante de políticas de reformas orientadas para o mercado. Esse consenso permite definir que o neoliberalismo é voltado aos interesses do mercado e não ao do Estado Nação ou das pessoas. Daí advém as desregulamentações e até formulação de monstruosas teorias jurídicas que muitas vezes contrariam princípios constitucionais garantidores de dignidade mínima, da função social da propriedade privada e do bem maior coletivo, que é o da Nação brasileira, que nos une e que deveria ser o fim (objetivo) de todos. Muitos estudiosos, apontam que o neoliberalismo propicia a plutocracia, onde poucos grupos milionários ditam todos os rumos, incluindo os políticos e econômicos, do país. O jornalista e historiador Breno Altman bem definiu a plutocracia ao citar os Estados Unidos em uma entrevista recente no YouTube.

Os críticos apontam que o neoliberalismo provoca uma desestrutura sócio-econômica em países periféricos, levando à miséria de muitos e a uma fragilidade política, geopolítica e militar, além de uma desindustrialização do país periférico, e uma enorme concentração de rendas, o que se verifica à saciedade hoje em dia. A fragilidade provocada seria de interesse das potências imperialistas ocidentais, mas não dos demais países.

O instituto Mises cita Alberto Mingardi, diretor do Instituto Bruno Leoni, que escreveu o livro La verità, vi prego, sul neoliberalismo (que seria “A verdade, por favor, sobre o neoliberalismo”, em tradução livre). O autor italiano, extremamente crítico ao meio acadêmico e à dita esquerda, afirma que o neoliberalismo não é um sistema dominante, pois nunca “os gastos, a tributação e a regulamentação governamentais foram tão elevados na história das nações modernas como hoje”.

Para o escritor italiano, neoliberalismo seria uma variável no processo de desenvolvimento econômico, que teria sido imaginado inicialmente pelo jornalista americano Walter Lippmann, que em 1937, em seu livro The Good Society, alertou sobre os perigos de uma economia centralmente planejada e as vantagens de um mercado totalmente livre e competitivo, onde a economia moderna poderia ser regulada sem “ditadura”, como apontava John Maynard Keynes.

Em Paris de 1938, um grupo de acadêmicos liberais europeus se reuniu para discutir a obra de Lippmann. A esta reunião se seguiu a segunda guerra mundial, onde os Estados ditavam os rumos da economia e das empresas existentes, para produção de armas de guerra. Assim, a intervenção do Estado na economia era uma regra no período.

Para o autor Alberto Mingardi, o livre mercado permitiria uma onda de criatividade, inovação e prosperidade. E cita para tanto Alemanha, França e Itália nas décadas de 1950 e 1960.

Para o autor, no pós guerra, o país de Margareth Tatcher seguia o assistencialismo e o sindicalismo e teve uma recuperação mais lenta. Ainda segundo o doutrinador, o Japão teria se desenvolvido no pós-guerra não pela definição de rumo e de planejamento de longo prazo pelo Ministério do Comércio Internacional e Indústria daquele país.

Posteriormente, na década de 1980, considerados como revolucionários neoliberais, Margaret Thatcher e Ronald Reagan, cortaram benefícios sociais e investimentos públicos em áreas prioritárias, mas não implementaram a desregulamentação sistemática. Foi nessa mesma época que foi adotado o Consenso de Washington, em 1989, que estabelece 10 indicações de política econômica neoliberal, supostamente visando a promoção do crescimento econômico e da estabilidade macroeconômica, para os países em desenvolvimento, em especial aos da América Latina.

Foi com a adoção do neoliberalismo por Reagan que os EUA cortaram investimentos na produção naval, advindo daí a a debilidade hoje existente na produção de navios de guerra pelos Estados Unidos, como afirma o analista de geopolítica brasileiro Comandante Robinson Farinazzo, ex-oficial da Marinha Brasileira. Hoje, a produção naval comercial dos Estados Unidos é muito inferior à da China (que produz sozinha pouco mais da metade dos navios lançados anualmente), Japão e Coreia do Sul, sendo os Estados Unidos capazes de produzir apenas 1% dos navios mercantes do globo.

O autor italiano afirma que “de meados do século XIX até hoje, as funções do Estado aumentaram drasticamente”.

A crítica do instituto se bate no caráter protecionista de muitos acordos multilaterais e na regulamentação do mercado e nos gastos sociais dos países, como se Nações tivessem apenas robôs e não população formada por pessoas que precisam de moradia, água, comida, lazer, acesso à informação e cultura e ao trabalho.

É de livre consenso que a política neoliberal impõe, necessariamente, uma onda de privatizações, desregulamentação do mercado, flexibilização do mercado de trabalho, globalização econômica, livre comércio e austeridade fiscal.

O Brasil seguidamente tem sofrido influência direta na mídia, no Congresso Nacional e no meio acadêmico de institutos ligados aos Estados Unidos para a promoção do neoliberalismo, seja por campanha de convencimento ou até financiamento, como denunciou um estudo recente da Universidade Federal de Santa Catarina, trazida a público pelo renomado jornalista investigativo Bob Fernandes. 

O Chile implementou políticas neoliberais na década de 1980, por determinação do ditador Augusto Pinochet.

Essas políticas neoliberais foram adotadas por inúmeros países, dentre os quais dou destaque aos Estados Unidos, ao Brasil e ao Chile, Enquanto esses dois países nunca se tornaram uma potência econômica, os Estados Unidos, hoje, que já eram a maior potência do globo antes da adoção do neoliberalismo, estão decadentes política, social e economicamente e a Inglaterra segue o mesmo caminho.

Rússia, China, Índia, Vietnã e Indonésia jamais adotaram políticas neoliberais e são potências que não param de crescer social e economicamente.

Hoje, enquanto o ocidente neoliberal ostenta uma decadência sob todos os aspectos, o anarcocapitalismo do presidente argentino Milei, do ideal de capitalismo totalmente sem freios ou regulação, implementou, na íntegra, a política do neoliberalismo, com corte nos serviços públicos e programas sociais, além de demissões. Embora a grande mídia financiada por grandes empresas e pelo sistema financeiro não mostre, o desemprego é crescente na Argentina. A inflação diminuiu, mas continua alta. O poder de compra existe para poucos. A crise social, política e econômica persistem por lá.

A decadente Europa, em crise econômica e social, tende a cortar os benefícios sociais, não por adesão maior ao neoliberalismo, mas para poder fazer frente à imposição de comprar mais e mais armas dos Estados Unidos e por ter uma economia mais frágil que a de grande parte dos países asiáticos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao contrário, aplica política tarifária para a importação de produtos, investe dinheiro em empresas que considera vitais, fazendo tudo o que o neoliberalismo condena. Ou seja, os Estados Unidos pregam o neoliberalismo para os outros países, acreditando na grande escala de sua produção industrial, permitindo controlar mercados afora, mas internamente vem adotando política econômica intervencionista, evitando a concorrência. Mesmo assim, por ficar refém do mercado, os Estados Unidos permitiram que a lucratividade fosse o guia da produção industrial, sem qualquer planejamento, hoje sendo incapaz de fazer frente à capacidade de produção de armamentos pela Rússia e China, que são capitalistas, mas não são neoliberais e ditam os rumos, sempre necessários.

A China, mais intervencionista, impõe orientações e sérios limites ao setor privado, priorizando sempre o interesse nacional. Com tudo isso, a China tem uma capacidade ímpar de desenvolvimento de tecnologia e de produção em larga escala, não havendo um único país capaz de fazer concorrência.

Com tudo isso, o que o Brasil deve fazer, entregar todos os seus recursos ao sistema financeiro e ficar refém eterno do agronegócio, sem poder crescer e dar renda à população, ou investir pesadamente em indústrias nacionais com incentivo e orientação do Estado, criando esse mercados mundo afora? A resposta do que é melhor ao país e à população parece ser óbvia, mas há muitos interesses envolvidos.

Neoliberalismo é coisa do passado. Deu errado em todos os países que o adotaram.

Nós tínhamos um modelo próprio, que foi abandonado pelos governos desde 1989, com exceção à presidente Dilma, e que foi copiado pela China e podemos ver como ela está, hoje!

Temos a Petrobrás e podemos gritar que o petróleo é nosso. Também podemos gritar que o pentacampeonato no futebol é nosso. A MPB é nossa. A criação do avião é nosso. A Embraer é nossa. O modelo econômico a ser seguido não precisa vir do exterior. Temos que olhar para o passado e ver que o modelo econômico, que até a China copiou, é nosso!

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

EUA, A PERDA DE ALIADOS E A AMÉRICA LATINA

Os EUA criam tantas inimizades através de seus atos beligerantes e autoritários que muitos parceiros começam a se aproximar da China, rival econômico e militar daquele. 

Não seria impossível a Europa também se aproximar da China, assim como já o fazem a Coreia do Sul e a Índia, antigos aliados dos Estados Unidos.

A tendência é os EUA se isolarem e manterem como aliados países e ilhas insignificantes, além de Israel, Austrália e Reino Unido. 

Um dilema é o chamado quintal dos Estados Unidos, o continente latino americano. Para manter sua primazia na área, os EUA já começam a utilizar de intimidação, como fizeram com o Brasil e o México, e até com ameaça de agressão militar, como ocorre com a Venezuela. Golpes de Estado e revoluções coloridas patrocinadas por agências dos Estados Unidos parecem ser uma tendência, inclusive e principalmente contra o maior e mais importante país da região, o Brasil.

Dessa forma, é importante que votemos em políticos comprometidos com o Brasil e que não se verguem aos interesses do império. Também devemos investir em indústrias de defesa nacionais e armamentos que permitam a proteção da nossa frota comercial no Atlântico, com pequenos submarinos, principalmente de propulsão nuclear e mísseis de longo alcance, além de drones. Para isso devemos conversar com Rússia, China, Turquia, Irã e Coreia do Norte, que possuem alta tecnologia missilística e em drones. 

A defesa dos nossos interesses não permite omissão ou prevaricação. 

domingo, 21 de setembro de 2025

A CONSTATAÇÃO DE CORRUPÇÃO QUE PODE POR FIM À GUERRA EM GAZA

A guerra em Gaza completará dois anos em pouquíssimos dias. Mas por quê Israel, que tem um arsenal bélico grandioso e altamente tecnológico, apoio militar, financeiro e de inteligência dos Estados Unidos e de alguns países Europeus não derrotou o combalido Hamas na pequenina Faixa de Gaza?

Afinal, Israel é incompetente ou há interesse na perpetuação do conflito na região?

Há de tudo um pouco. Incompetência para esse tipo de guerra pelo exército de Israel, resistência heroica dos palestinos, interesses pessoais e de grupo no prolongamento da guerra, inclusive com envolvimento de outros grupos ou países.

O interesse financeiro das grandes indústrias militares israelenses na prorrogação do conflito é indubitável. Quanto mais produz e vende, mais fatura. 

Mas há outras três questões envolvidas, sendo que duas delas pouco são abordadas.

A prorrogação da guerra, como muitos já disseram, beneficia Netanyahu, que consegue fugir das barras da Justiça do seus pais, onde é na usado de corrupção.

Mas há uma questão muito delicada e que poderá começar a ser analisada muito em breve, inclusive pelos Estados Unidos, a acobertada corrupção israelense. Europeus e os EUA enviam armas e dinheiro para Israel, que é amplamente financiado pelo ocidente 

Os EUA e os países europeus mandam muito dinheiro a Israel e, sob um estado de guerra, o controle da movimentação de recursos pelo congresso israelense fica diminuído. Com isso, o desvio de parte do dinheiro é possível. E se considerarmos o histórico de Netanyahu e de alguns de seus Ministros, é também provável, já que Netanyahu tenta fugir de eventual condenação nos processos em que é acusado nada mais e nada menos que 'corrupção".

O último fator é o mais delicado de todos. A prorrogação da guerra favorece o extermínio de um número grande de palestinos, o que facilitaria ações israelenses na remoção de pessoas e no controle da pequena Gaza e da fragmentada Cisjordânia. 

Ou seja, além da incompetência israelense, o prolongamento da guerra envolve interesses pessoais de Netanyahu, uma possível corrupção que envolveria cifras bilionárias e a facilitação do ideal sionista radical de apropriação definitiva de territórios palestinos. Sob todos os ângulos, a guerra continuada é criminosa. 

Crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crime de genocídio foram e estão sendo praticados contra os palestinos, e expostos sob a luz do dia a quem quiser constatar. Não se precisa de coragem para fazer tais afirmações, mas de desumanidade para negá-las.

Se os crimes de guerra, contra a humanidade e de genocídio não foram capazes de fazer essa guerra ter fim, talvez a verificação de corrupção bilionária possa fazer com que europeus e o governo estadunidense parem de enviar recursos, estancando a sangria de dinheiro e de almas.

O tempo, que trabalha contra a vida dos palestinos, nos revelará a verdade, ainda que tardiamente. 

sábado, 20 de setembro de 2025

ESTAMOS DE PASSAGEM

Estamos de passagem, literalmente. 

Sim, a vida material é passageira, mas não me refiro a isso. Me refiro a uma passagem para outra... dimensão.

As mudanças que estão próximas serão tão grandes nas áreas científicas, social, de saúde e de geopolítica que não conseguiremos associar tais fatos à mesma vida que vínhamos levando. A mudança será enorme em todas as áreas. Será revolucionário. Francisco Cândido Xavier, o nosso Chico Xavier, já havia falado sobre isso.

Para mim isso é o que pode justificar termos uma divisão tão grande na sociedade, uns apoiando guerras, Estados genocidas e as mais absurdas barbáries, enquanto outros procuram defender a vida humana e o Estado de Direito. 

Começamos a vivenciar a mudança onde alguns querem viver o pior da humanidade, enquanto outros já despertaram para uma Era de evolução tecnológica e humana, onde os ensinamentos de Cristo, Buda e também filosóficos se tornam mais que palavras, realizações.

A vida não será igual ao que já vivenciamos. Não haverá limites nas descobertas e auto-descobertas. Será a Era das revelações. A evolução não será apenas de e ordem tecnológica, mas Espiritual.

A verdadeira Espiritualidade, que se liga ao conhecimento próprio, do outro e do Universo, será algo presente em toda a humanidade, de norte a sul e de leste a oeste, e não se prenderá a determinada ordem religiosa. Será quase de conhecimento comum, baseada de certa forma na Ancestralidade, mesmo valor cultuado por povos originários e por filosofias e religiões orientais. 

A Espiritualidade, que não se confunde com religiosidade, simplesmente, é comum no dia a dia entre os orientais, mas profundamente recriminada no ocidente coletivo. 

O mundo mudará. Mudará a forma como o vemos e como nos vemos. Mudará a percepção e a compreensão sobre tudo. É uma revolução, mais que Evolução. Viveremos numa outra espécie de Dimensão de conhecimento próprio, quanto mais nos aprofundarmos na Espiritualidade que, repito, não se limita apenas à  religiosidade, sendo muito diferente de qualquer religião, entrando mais próxima das raízes filosóficas e das percepções dos povos originários.

O que antecede a evolução e essa Revolução, é o desespero dos que não enxergam o que está por vir, mas ficarão no passado. 

Os que veem já estão com passagem para o futuro, que pode ser condensado em uma frase: a redescoberta da humanidade, da sua percepção e de seus valores. 

Estamos de passagem, alguns. 

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

FREIOS INIBITÓRIOS E A INFANTILIZAÇÃO DA POLÍTICA

O inconformismo é próprio dos resultados judiciais. Podemos tentar mudar as decisões utilizando os recursos próprios no sistema jurídico, mas jamais podemos atacar quem profere a decisão, o órgão judiciário ou a instituição a que pertencem.  Pouco menos podemos utilizar termos chulos e tentar nos socorrer de meios políticos para anular a decisão e menos ainda buscar apoio de nações estrangeiras. Tudo isso caracteriza figuras penais graves.

O que temos visto no Brasil é surreal e escancara a falta de pudor ético, de limites psicológicos e de freios inibitórios da extrema direita brasileira, infantilizada e inconsequente, assim como parcela de seus torcedores.

Quem nada respeita, jamais será respeitado e tende a desaparecer como fumaça em qualquer noite de neblina intensa do frio político instaurado.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A RAIZ DO MAL

Certo dia desses entrei em um Uber e percebi uma certa agressividade do motorista estampada em seu olhar fixo, desafiador e repleto de soberba, superioridade, sem que desse qualquer motivo para isso.

Fui educado e fui respondendo mensagens que havia recebido, ao mesmo tempo em que ouvia a rádio que ele havia escolhido.

Ele ouvia uma certa rádio que naquele programa narrava muito sobre nacionalismo, mas nunca fez nada por ele, ao contrário. Além de só trazer músicas internacionais de massa, apoia o governo Yankee e só vomita palavras de ódio a quem não seja de extrema direita.

Normalmente não converso sobre política, mas não aguentei, pois a energia do ambiente estava densa demais.

Perguntei qual era a rádio que ele havia sintonizado e colocado para "nós" ouvirmos, como se eu já não soubesse.

Em seguida eu fiz uma pergunta que ele não esperava. Ele cria que eu ou começaria a falar de política favorável ao posicionamento dele ou seria agressivo, mas perguntei se eles, da rádio, eram nacionalistas.

Ele, meio que gaguejando, tentando pensar a respeito, disse "acho que sim", ao que respondi: não, eles nunca foram nacionalistas. Exploram nossas mulheres para deleite de certa classe brasileira e até internacional. Não prestigiam bandas e cantores brasileiros. Enaltecem o radicalismo político e não fazem jornalismo. Fazem pregação ideológica. 

Ele ouviu e perguntou: "você é petista né?". Respondi de pronto. Não. Nunca fui, mas admiro alguns políticos daquele partido, sou nacionalista e que o problema não está em ser de direita ou esquerda, mas sim em não saber o que se defende.

Perguntei se a enorme bandeira dos EUA na manifestação passada da extrema direita havia sido acertada. Ele disse que achava que não. Aí expliquei quem havia levado, que o dito sujeito havia recebido auxílio social do governo federal e perguntei se isso não era uma contradição. E perguntei, o que havia de nacionalismo entre os ditos "patriotas" naquela manifestação, ao que ele respondeu que eram anticomunistas.

Aí emendei um pergunta sobre o que há de nacionalista em ser contra algo e, pior, algo que não está presente em nossa política ou sociedade. A resposta veio através de uma pergunta: o que era nacionalismo para mim.

Discorri, então, sobre Getúlio Vargas, Juscelino, Geisel, João Goulart, Itamar e Dilma. Pontuei que alguns deles eram de direita, outros de centro e alguns de esquerda, mas todos tinham preocupação com a nossa industrialização e os direitos trabalhistas. Preocupavam-se com a sociedade brasileira e o progresso do país e o defendiam de agentes internacionais.

Ele insistiu em dizer que Vargas era um ditador da Era militar. Que Maduro deveria ser extirpado pelos Estados Unidos e que Israel com Netanyahu tinha nobreza. 

Descobri que nem o discurso nacionalista era capaz de levar àquele jovem enclausurado em seu desconhecimento um mínimo de coerência. As bolhas que se formam criam falsas verdades, em um mundo paralelo, onde a história e a verdade não chegam.  Há apenas estórias, ficções e um mundo imaginário por detrás do que aquele olhar revelava, a soberba. E contra tudo isso não há argumentos capazes de convencer. 

O mal tem que ser extirpado pela raiz, mas aonde está a raiz desse problema da radicalização de parte de nossas sociedade? Creio que esteja na geopolítica, nos interesses engendrados dos Estados Unidos com massificação de parcela de sociedades mundo afora e daí o movimento internacional "conservador" (na verdade oportunista). 

Decadente em todos os aspectos, apenas a insurgência interna em outros países ocidentais permitiria que os EUA sobrevivessem por mais algumas décadas como o império que já foi. Daí o movimento fomentado.

Mas eles estão errados, pois a divisão da sociedade também existe lá, onde é mais forte ainda. A secessão é questão de tempo. A guerra civil idem. A decadência já está a caminhar pela longa estrada do tempo.

Os EUA e Israel sempre soberbos, sem olharem as outras realidades, serão devorados por eles mesmos, pelas maldades que criaram e cultivaram.

A raiz do mal está lá, onde se matará.

Os árabes, os persas e os chineses, sempre pacientes, de cultura milenares, sabem disso. O tempo, que agora corre, adiantará o destino da soberbia.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

ESTADOS UNIDOS

Os Estados Unidos são potência militar e econômica há mais de 100 anos e tornaram-se o maior império da humanidade com o fim da primeira guerra mundial e início da segunda.

Não há um ser humano vivo no dito ocidente expandido que não tenha aprendido que os Estados Unidos são uma potência em tudo. Só não o foram no futebol masculino. 

Ninguém comovia mais a humanidade dita ocidental que as histórias da Disney e de Hollywood. 

Ninguém encantou mais diversas gerações que as músicas variadas como o jazz, o rock, o pop e outras variações musicais dos EUA.

As Universidades dos Estados Unidos, os Centros de Pesquisa e Tecnologia e a NASA sempre fizeram crer que os EUA estavam centenas de anos à frente. Eram imbatíveis.

Até as Forças Armadas dos Estados Unidos eram consideradas moralmente elevadas e exerciam o bom policiamento do mundo. Seus inimigos é que eram maus e sanguinários.

O nazismo foi derrotado. O muro de Berlim caiu. A União Soviética se desintegrou. A linha de produção industrial foi para a  China, atrás de mais lucro e mão de obra barata. E tudo parecia fazer crer que os EUA dominariam hegemonicamente a humanidade por mais um século.

De repente, a internet, invenção militar dos Estados Unidos, e forte meio de manipulação mundial, serviu para mostrar que os EUA não  eram tudo isso.

Saúde pública inexistente, número assustador de pessoas sem teto, número estarrecedor de dependentes de droga largados nas ruas, declínio social e econômico, com diminuição da classe media e aumento da pobreza, surgimento de doenças de países pobres nos EUA, corrupção e lobbies poderosos em setores vitais, radicalismo político e pequenas e sucessivas rupturas da ordem democrática. Tudo isso em um país repleto de armas atômicas, população civil armada até com tanques de guerra e grandes grupos privados atuando nas Forças Armadas e dominando parte de seu poderio bélico. Tudo isso junto não poderia dar boa coisa. O caos estava dominando os próprios Estados Unidos. A tendência era e é a sua implosão e deterioração como Estado e automática fragmentação em pequenos territórios.

A grande potência hegemônica neoliberal passou a dividir poder com a sucessora da União Soviética comunista, a Rússia capitalista, e com a China capitalista com forte intervenção estatal. A Europa, decadente desde a Primeira Guerra Mundial, perdeu seu poder imperial e colonizador. Formava-se o que a China chama de Sul Global, um conjunto de países periféricos com economias emergentes, dentre eles o Brasil, a Índia, a Indonésia e a África do Sul, todos membros do BRICS que tanto assusta Donald Trump.

Uma nova formação geopolítica era evidente, ao mesmo tempo em que se revelava que quem venceu os nazistas, de fato, foram os soviéticos, que os EUA e europeus perdoaram diversos nazistas de seus crimes e os contrataram como cientistas, principalmente para o desenvolvimento de novos armamentos, que os EUA praticaram crimes de guerra no Japão, no Vietnã, no Iraque, na Síria e em diversos outros países. Que os EUA insuflaram golpes de Estado mundo afora, que os organismos internacionais foram arquitetados para controlar outros países, mas não os Estados Unidos, que tudo o que encantou boa parcela da humanidade por décadas era um meio de exportar o modo de vida estadunidense e de cativar, cegar e comprar corações, mentes e almas. As agências de notícia ocidentais eram armas poderosas para as inteligências e também de ordem geopolítica e de manipulação de massas.

A decadência moral dos EUA é também evidente ao prender quem denuncia ou se manifesta contra o genocídio em Gaza, enquanto permite e protege manifestações de nazistas. É a revelação da face maléfica escondida pelo poder da manipulação. 

O encantamento começa a se esfacelar juntamente com a estagnação econômica e ruína social.  Os Estados Unidos estão decadentes. China e Rússia surgem no cenário como novas potências, dividindo poder com os Estados Unidos.

A influência chinesa, com sua cultura pacífica e milenar, é crescente. Doramas, arte, filosofia, religiões, TikTok e seu poderio industrial impregnam países e os hábitos de bilhões de pessoas mundo afora, inclusive dentro dos EUA. 

Nesse cenário, o que restará dos EUA nesse mundo que eles próprios criaram? Terão o mesmo destino da União Soviética ou dos nazistas que tanto protegeram?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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