Só resta ao Trump se entregar às delícias da jabuticaba, fruta genuinamente brasileira, com o gosto adocicado da nossa terra.
Trump encontrou um Estados Unidos sempre ácido e amargo, louco por guerras, e com a sua acidez incontrolável, está pondo fim a 80 anos de um exitoso soft power, afastando aliados, criando rusgas e aumentando as críticas às intervenções, guerras, sanções e tarifaços iniciados por aquele império.
Os EUA continuam a ser a maior potência dos últimos 100 anos, mas está em queda lenta e gradual, e que vem se acelerando nos últimos anos. A incapacidade de produzir armas e insumos bélicos para as guerras das quais participa, qualidade decadente dos armamentos, alto custo das armas e corrupção nos meios de defesa, problemas econômicos e graves questões sociais e de saúde tornam os Estados Unidos um local insosso ou de gosto duvidoso para os que veem a realidade do momento e não a glória do passado.
A pequena e forte jabuticaba seria uma boa saída para Trump. Experimenta-la e ver que o Brasil não é um simples rival, mas um mundo a parte, permitiria manter a potência viva, ainda que veja o Brasil crescer e se impor. O doce da vida é conhecer e reconhecer fragilidades. A arrogância pode antecipar a queda e torná-la fatal, sem qualquer alívio para o caos.
Renda-se à jabuticaba, Trump.