Não é de hoje que os Estados Unidos, aliado a grupos nacionais, tentam trocar governos de países soberanos. Vargas, com toda a sua altivez e nacionalismo, escreveu em sua Carta Testamento, momentos antes de praticar suicídio, a pressão que sofria por simplesmente defender os interesses do povo e do Brasil:
"Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e
financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e
instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A
campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o
regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça
da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na
potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de
agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja
livre".