Trump está encurralado com denúncias na Justiça, trapalhadas políticas, maus resultados econômicos e duas guerras abertas. Sua impopularidade é crescente entre a população e muitos grupos que o apoiavam.
Em meio a isso, Trump, um bravateiro inconsequente, não consente com a perda de influência na América Latina.
As sanções aplicadas a autoridades brasileiras evidencia uma queda de braço com o Brasil e a tendência é a pressão ser crescente.
Trump sabe da oposição interna a Lula e parece tentar se aproveitar disso. A CIA monitora de perto os passos das autoridades brasileiras, dos três Poderes.
Até o dia 1o de Agosto o governo deve adotar um tom conciliador, sem deixar de procurar mercado consumidor substituto ao estadunidense. Se a partir daí Trump continuar a agravar a situação, as autoridades brasileiras devem adotar medidas cada vez mais rígidas.
Algumas das medidas possíveis, além da taxação, seriam a limitação de remessa de lucro pelos investidores e multinacionais dos Estados Unidos, deixar de comprar produtos e serviços estadunidenses, expulsar do Brasil escritórios de inteligência e de organizações policiais dos Estados Unidos, rompimento das relações diplomáticas, expulsão de ONGS estadunidenses, proibição de que governos, faculdades, instituições públicas e privadas e pessoas físicas celebrem parcerias ou recebam financiamento ou doação de institutos públicos ou privados dos Estados Unidos ou do próprio governo dos EUA, cancelamento da cessão da base de Alcântara e expulsão dos militares estadunidenses, substituição dos componentes estadunidenses pelos fornecidos por outros países, quebra de patentes e parceria prioritária e emergencial com a Marinha chinesa para a construção de uma base em Fernando de Noronha - por prazo determinado, visando proteger tanto a costa como o trânsito de importação e a exportação de produtos pelo Brasil no Atlântico sul. Ao mesmo tempo, enquanto não houver o fortalecimento das indústrias bélicas brasileiras, as Forças Armadas devem priorizar a compra de armas de países do sul global e vedar cursos de formação e aprimoramento de militares, inclusive estaduais, e policiais e guardas municipais em instituições dos Estados Unidos. A prioridade deve ser a cooperação com países do Sul Global, em especial da América Latina. Obviamente, muitas das decisões não competem exclusivamente ao Sr. Presidente da República, dependendo de aprovação do Congresso Nacional. Mas, em um momento como o presente, o País e os agentes políticos devem estar unidos na defesa dos interesses do país, retaliando proporcional e gradativamente os Estados Unidos.
As medidas que o Brasil adotar devem ser seguidas por países como México, Bolívia, Colômbia e outros, que já estariam na lista de países a serem sancionados por Trump, segundo a CNN.
Quem tem a perder mais são os já decadentes Estados Unidos. Trump não é estrategista e está a antecipar o afundamento definitivo do império. O próximo governo estadunidense, por mais bem intencionado que seja, não conseguirá reverter a perda de poder dos EUA.