quinta-feira, 17 de julho de 2025

25 DE MARÇO, SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA E DE NOSSA SOBERANIA

O Brasil está sob ataque, e nunca deixou de estar. Foi assim nas ações dos Estados Unidos contra o desenvolvimento nuclear civil pelo Brasil; foi assim na pressão dos Estados Unidos contra o desenvolvimento de nosso submarino nuclear; foi assim no golpe de 64, com as articulações diretas da CIA estadunidense e do gabinete presidencial dos Estados Unidos para a derrubada do governo democrático de João Goulart; foi assim na articulação para a adoção do neoliberalismo e reformulação de nossa Constituição por instituições direta e indiretamente ligadas ao governo dos Estados Unidos, inclusive com campanhas no congresso nacional e financiamento de institutos e organizações políticas ligadas ao golpe contra a presidente Dilma, como revelou nessa semana o jornalista investigativo Bob Fernandes; foi assim na escuta por agências de inteligência estadunidense da presidente Dilma e da empresa brasileira Petrobrás; e as ações dos governos dos Estados Unidos não param por aí. 

Porém, é a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos utiliza a arrogância para pressionar o Brasil. Das outras vezes utilizou-se de ações camufladas ou, em uma linguagem mais indireta, por debaixo dos panos.

Trump impõe taxas de 50% aos produtos brasileiros. Trump questiona o nosso pix, que afetaria os cartões de débito e crédito de bandeiras estadunidenses (Mastercard, American Express e Visa) e ainda reclama até da nossa centenária rua 25 de Março, daqui de São Paulo.

Trump ultrapassa qualquer limite com sua arrogância. Ele não pretende defender Bolsonaro. Isso é apenas pretexto para aplicar um tipo moderno de sanções a um país amigo por ele se aliar comercialmente a países emergentes como Rússia, Índia e China nos BRICS.

É um momento único para a direita e a esquerda se unirem pró Brasil, em defesa dos interesses do país e do nosso povo.

A arrogância contra a 25 de Março esconde o preconceito de Trump contra os descendentes de árabes. Lá não se negocia produtos dos Estados Unidos, mas chineses, não afetando nem de longe os interesses dos Estados Unidos. E ainda que afetasse, isso diria respeito às autoridades brasileiras e a mais ninguém. Na verdade, assim como ataca o comércio por árabes na tríplice fronteira entre Argentina, Paraguai e Brasil, sob o pretexto sem qualquer indício ou prova de que comerciantes enviariam dinheiro a grupos terroristas, Trump agora investe contra o comércio árabe na rua 25 de Março, sob o pretexto de que atinge os interesses dos Estados Unidos. Tá brincando, né? Só pode. Ele que vá cuidar do seu povo, que precisa de cuidados de saúde, lugar para morar e comida de qualidade.

Além de manter um canal de negociação, cabe ao governo brasileiro já ter pronto, caso se faça necessário, uma lista com todas as providências que poderia adotar se Trump não ceder. Ações jurídicas contra Trump tanto por afrontar a soberania brasileira, como usar ações comerciais injustas e promover ações e falas discriminatórias contra árabes e descendentes. Também cabe ao governo avaliar se pode taxar brasileiros que viagem aos Estados Unidos e tragam bens de lá, de qualquer valor. Cabe também avaliar a quebra de patentes na área de medicamentos e do agro, assim como reposicionar a importação, substituindo aquelas vindas dos Estados Unidos por equipamentos, produtos e bens e serviços de outros países, de preferência dos integrantes dos BRICS.

Cabe ao povo brasileiro ter o bom senso de reduzir o consumo de bens e serviços dos Estados Unidos, de retardar as viagens para aquele país e de se manifestar nas ruas e nas mídias sociais contra as ações do governo dos Estados Unidos.

Mais. Sugiro que todos nós passemos a frequentar com maior intensidade a rua 25 de Março em defesa de nossa autonomia e soberania e em apoio aos comerciantes da região, em sua grande maioria formada por árabes e chineses. Vamos lá já nessa quinta?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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