As pressões estadunidenses sobre o Brasil não param nem devem cessar tão cedo.
Agora, o governo Trump proibiu a entrada do Ministro Alexandre de Moraes nos Estados Unidos.
Seja pelo teor da carta que o presidente dos Estados Unidos encaminhou ao presidente da República do Brasil, exigindo a cessação do processo contra Bolsonaro, seja pela medida pessoal contra o Ministro Alexandre de Moraes, cabe ao STF avaliar a prática pelo Sr. Donald Trump do crime de obstrução de Justiça e determinar a pronta instauração de inquérito policial para, em seguida, encaminhar, por carta rogatória, à Suprema Corte dos Estados Unidos, o pedido para a oitiva (interrogatório) do presidente estadunidense.
As sanções estadunidenses podem ser um sério problema para o Brasil e os brasileiros, mas não pode o Brasil ceder às ameaças e extorsões praticadas por Trump. Isso é crime previsto na lei penal brasileira.
Não se pode ajoelhar ou ter medo. Por menor que seja a nossa capacidade militar, há outros meios de ação e reação.
Cabe ainda à área de defesa e os seus serviços de inteligência avaliar o fato da Argentina estar em conversações secretas com países membros da OTAN e ter adquirido diversos equipamentos militares modernos, e o risco desse país servir de proxy para esse grupo militar ou dos Estados Unidos contra o Brasil.
A fixação de Trump contra o Brasil tem um motivo, o medo do grupo BRICS, que reúne mais de 50% da população mundial e de 50% do PIB mundial, reunindo ainda grandes produtores e exportadores de petróleo. E o Brasil é praticamente o elo e o membro importante militarmente mais frágil do grupo.
Cabe ao governo, sempre em sigilo, manter conversações com os demais membros dos BRICS, em especial a Rússia e a China, para expor os fatos e - se assim entender necessário - solicitar meios operacionais e tecnológicos emergenciais para comunicações e a defesa dos espaços aéreo e da nossa Amazônia Azul, para tráfego marítimo.
A escalada tende a aumentar e não se pode ignorar os riscos existentes. Não se pode confiar tão somente em diplomacia, considerando-se a personalidade de Trump e os riscos decorrentes.