Trump dobra a aposta contra a Venezuela e além dos três navios de guerra já aportados próximos da costa venezuelana, enviou um cruzador de mísseis guiados e um submarino nuclear para a região.
Trump brinca com fogo. A Venezuela possivelmente (ninguém sabe com certeza quais e quantos mísseis tem o país) detenha o maior poder missilístico da América do Sul e se um navio caríssimo dos Estados Unidos vier a ser afundado pelas forças da Venezuela será outra vergonha internacional ao tiozinho Sam. Não bastasse a saída desonrosa é rápida da costa do Iemen, com medo justificado de perder seu caríssimo porta-aviões, Trump põe os EUA, mais uma vez, numa situação delicada.
Internamente, muitos militares de alta patente começam a manifestar desgosto com os rumos adotados pelo governo Trump de afastar autoridades, de intervir sem base constitucional em cidades lideradas pela oposição, de prender manifestantes e de tratar moradores em situação de rua como se fossem bandidos. Os Estados Unidos caminham a passos largos para uma ruptura institucional, ou seja, para uma ditadura e até uma subsequente guerra civil.
Volto a repetir que as a Forças Armadas dos Estados Unidos podem vir a intervir e afastar Trump do poder, caso os Estados Unidos se envolvam em uma nova guerra sem qualquer justificativa e que possa vir a colocar seus cidadãos e militares em situação de risco. Mas não só. Se Trump continuar a rasgar a Constituição dos Estados Unidos, muitos militares podem deixar seus cargos ou até mesmo manifestar, junto à população, seu descontentamento, abalando as estruturas de apoio do governo inclusive no Congresso.
Trump deve cair por seus próprios erros.