Ao contrário do que disse o editorial do Estadão, o BRICS não é uma miragem. Nunca foi e, certamente, não será apenas um sonho ou miragem! O BRICS é a consolidação da união de grande parte do sul global, através de um bloco formado inicialmente pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que aderiu um ano depois.
Em um mundo em que é visível a decadência - lenta e gradual - da importância econômica e militar dos Estados Unidos e da Europa, o mundo multipolar toma forma. Os blocos, dentre eles o BRICS, assumem fundamental importância.
Alguns países europeus, como França e Espanha, já cogitaram pedir a adesão ao BRICS. O bloco reúne a maior parte dos grandes produtores de petróleo e quase a metade do PIB mundial. É um bloco com força econômica e política. E isso perturba os Estados Unidos.
O Brasil é grande demais para ficar preso apenas aos Estados Unidos. Produzimos muito e precisamos de novos mercados. Oriente Médio, África e sudeste asiático são destinos que devemos buscar, além de Europa, Estados Unidos e China. O BRICS nos aproxima de novos mercados, novas parcerias e nos permite enxergar não miragens, mas um norte a ser perseguido, o de uma política de independência que vise alçar o Brasil a uma posição econômica mais destacada.
Não podemos permitir que sejamos uma colônia de exploração do irmão do norte. Somos muito fortes para admitirmos isso silenciosamente. Precisamos buscar o nosso destino, o de uma grande Nação. Nessa luta, enfrentaremos adversidades, taxações, sanções, tentativas de golpes... Mas superaremos, unidos. A união, mais do que nunca, é necessária.