O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

COREIAS, UM SÓ POVO E UMA SÓ CULTURA ANCESTRAL. A REUNIFICAÇÃO É POSSÍVEL E VIÁVEL?

As Coreias podem ser reunificadas?

A pergunta é um tanto aberta e a resposta óbvia é sim, podem. Mas, ainda que seja possível, a reunificação seria viável? Você verá a resposta ao final do texto.

Vamos ao histórico. Trata-se de dois países artificiais, oriundos de um só, a Coreia.

O primeiro reino coreano data de 2 mil antes de Cristo, segundo uma lenda não confirmada pela história. A unificação dos 3 reinos teria ocorrido, de fato, no ano 57 Antes de Cristo. A Coreia foi invadida pelo Japão por diversos períodos e se tornou colônia japonesa de 1910 a 1945. Com a rendição do Japão na segunda guerra, a Coreia foi dividida em duas áreas. Ao norte era protegida pela União Soviética e ao Sul pelos Estados Unidos. Em 1950 a Coreia do Norte tentou reunificar o país e deu início à guerra. Em 1953 adveio um cessar-fogo que perdura até hoje, com a Coreia do Norte, comunista, e a Coreia do Sul, capitalista.

Houve várias tentativas de reunificação. Atualmente, o presidente sul-coreano Lee Jae-myung, desde a sua posse, manifestou interesse em manter conversas sobre a unificação dos países, mas realça que não se trata de absorção de um país pelo outro, mas sim de coexistência, sem pretensão de mudança de regime.

Considerando os dados sobre os países, sejam econômicos, tecnológicos, militares e geopolíticos, a unificação poderia ser possível se houvesse um sistema ao estilo chinês, onde Hong Kong e Macau, por exemplo, têm sistemas econômicos um pouco diferentes do restante do país. A reunificação das Coreias exigiria um investimento massivo da Coreia do Sul na industrialização do Norte, mas respeitando as diferenças. De outra forma, sem respeito às diferenças vitais, haveria uma indubitável absorção de uma Coreia pela outra.

A Coreia do Norte é um país altamente tecnológico na área militar, mas não tem grandes indústrias e possui uma economia frágil. O seu líder é herdeiro de um herói de guerra. Tem uma economia comunista peculiar, diferente daquela existente na antiga União Soviética ou na China. Seu grande aliado é a Rússia. Já a Coreia do Sul é um país que foi incorporado ao conceito abstrato de grande ocidente, tendo como aliados o Japão, os Estados Unidos e os países europeus.

A reunificação das Coreias seria algo humanitariamente e historicamente espetacular, mas há interesses que dificultam que famílias separadas pelas grandes potências possam se reencontrar.

Os maiores obstáculos à reunificação não são as diferenças políticas, sociais e econômicas, que são contornáveis, como visto acima, desde que respeitadas as peculiaridades. Afinal, são países com uma mesma cultura e um só povo. A reunificação poderia tornar a Coreia uma potência espetacular, unindo o que cada um dos países tem de melhor, como ocorreu com a Alemanha após a queda do muro de Berlim. Seria, assim, motivo de preocupação para o Japão, a Rússia, a China e os Estados Unidos. E está aí o maior obstáculo à reunificação, interesses estrangeiros, a geopolítica.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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