Sou daqueles que vê o Brasil grande, repleto de riquezas minerais, água, agricultura e pecuária pulsantes. Que vê que o povo brasileiro é trabalhador e que com a sua criatividade sempre acha um jeito de agradar o próximo e de ganhar um dinheiro decentemente, seja vendendo balas no farol, guarda-chuvas quando começa a garoar e que se dispõe a fazer serviços que dificilmente outros povos topariam. Também vejo um país com grandes escritores, músicos maravilhosos, cineastas iluminados e uma capacidade insuperável de atender bem as pessoas, com humor, carinho e atenção.
Somos uma potência. Temos potencial. Temos a natureza a nosso favor. Temos um povo amável. Mas mesmo com tudo isso temos desafios impostos por alguns de nós e pelo estrangeiro.
Muitos da elite vêem com desprezo a nossa gente, a nossa terra e a nossa alma e ajudam a inviabilizar o nosso merecido crescimento econômico e geopolítico.
Países como os Estados Unidos nunca viram com bons olhos o nosso potencial e menos ainda o nosso crescimento. Sempre nos boicotaram. Sempre nos endividaram. Sempre tramaram planos contra governos nacionalistas.
Por outro lado, mesmo sendo "boa praça", pecamos por não termos uma defesa à altura de nossa extensão territorial e de nossas riquezas e estamos suscetíveis a intervenções estrangeiras.
Agora, com uma mudança efetiva do eixo pendular econômico e geopolítico em direção à Ásia, o Brasil terá maiores chances de desenvolver seu potencial. Para isso, deverá saber não aderir cegamente a quaisquer das forças predominantes, seja a China, sejam os Estados Unidos, mas saber aproveitar o que cada uma delas tem a lhe oferecer de melhor. Isso é pragmatismo.
Se em geopolítica é possível afirmar que não há amizade indelével entre Nações, também é possível pontuar que não há imperialismo com trato horizontal, de igual para igual. Por isso devemos buscar nossas vantagens e nosso fortalecimento.
Amar o Brasil não é pregar patriotismo barato e servil a outras potências, mas sim traçar projetos para o Brasil de amanhã e, assim, propiciar esperança e bem estar ao povo.
Investir em educação, cultura, cidadania, garantias trabalhistas, previdenciárias e empresariais nacionais e em desenvolvimento de tecnologia é a base do progresso.
Muitos que por aí se dizem patriotas, são entreguistas que visam destruir o Estado Nacional, as garantias sociais, a educação, a cultura e o sistema de saúde, colocando o Brasil e o seu povo na rota da servidão.
Nacionalista de verdade serve ao seu povo e não a outra nação.