terça-feira, 31 de dezembro de 2024

O RADICALISMO CONTRA O FEITICEIRO?

Um observador mais atento verificará que as táticas dos Estados Unidos sempre foram as mesmas para o centro oeste e sudoeste da Asia.

Contudo o poder de manipulação do sionismo sobre os Estados Unidos aumentou potencialmente dos anos 80 para cá, e os Estados Unidos deram prioridades que não eram propriamente as suas, para favorecer Israel.

Quando a CIA forneceu armas e treinamento ao grupo rebelde radical dos talebans, o fez para barrar o então exército da União Soviética no Afeganistão. E conseguiu.

Quando a CIA e o MI6 do Reino Unido tentaram dar armas e treinamento aos curdos iraquianos contra Saddam Husseim, foi com a mesma intenção, mas não conseguiram. Depois incentivaram a guerra Irã x Iraque, e Saddam continuou no poder. Invadiram o Iraque na década de 90 e novamente dez anos depois, e somente então conseguiram êxito.

A CIA forneceu armas aos rebeldes sírios, inclusive aos radicais islâmicos, para derrubar Assad, e somente obteve êxito 14 anos depois. Os chamados inimigos dos Estados Unidos, da Al Nusra, então Al Qaeda na Síria, hoje dominam o poder em Damasco, com o apoio expresso da Turquia, e apoio camuflado de Israel e Estados Unidos. Com isso, o Irã se retirou da Síria, possivelmente deixando homens de sua inteligência em solo sírio. 

Por sinal, o Irã, através de sua agência de inteligência, teria avisado a Síria do que estava para ocorrer 3 meses antes, mas Assad não quis uma intervenção maior iraniana em solo sírio, e deu no que deu.

A Rússia percebe, hoje, que caiu numa armadilha. Seu aeroporto e porto principais na Síria estão cercados por radicais, muitos oriundos de repúblicas russas do sudoeste. 

A China também tem notícias de que radicais islâmicos chineses também estão presentes na Síria, o que a preocupa.

Enquanto isso, os radicais sírios estão sendo maquiados pelo ocidente, transformados em moderados, inclusive mudando suas vestimentas e barbas para algo palatável pelo ocidente. Mas eles pararão por aí? Duvido. Não apenas a República do Iraque, mas o reino  da Jordânia pode ser o próximo a entrar em erupção, o que não atende aos interesses dos EUA nem de Israel, já que a Jordânia é um fiel aliado.

O Irã sabe que perdeu um importante aliado, a Síria, que permitia ligação terrestre com o Hezbollah, e que os próximos alvos da tática estadunidense já em ação serão o Iraque e o próprio Irã.

A Rússia também fortalece sua inteligência nas repúblicas do seu sudoeste, prevenindo possíveis complicações que possam tirar sua atenção na guerra com a Ucrânia com ações separatistas, principalmente no Daguestão e até na pacificada Chechênia.

A China, discretamente, monitora o movimento dos radicais de origem chinesa, dentro e fora do seu território. Ela sabe que a intenção do império é que haja ações separatistas para dificultar a vida do governo chinês.

Enquanto tudo isso ocorre, o radicalismo segue em ordem crescente nos Estados Unidos, embora não noticiado pela mídia ocidental. As ações de Trump facilitam o crescente radicalismo interno. Uma guerra civil interna não é algo fora de cogitação para ocorrer dentro de 5 ou 10 anos nos decadentes, moral e economicamente, Estados Unidos.

O que os Estados Unidos incentivam na Ásia, poderá vir a sofrer em seu território continental. O tempo dirá.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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