quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

A HISTÓRIA DA PALESTINA E DOCUMENTOS HISTÓRICOS REVELADOS EM VÍDEO POR UMA UNIVERSIDADE DO LÍBANO.

Buscar a sua história não é apenas se situar e se fazer pertencer, mas trazer a verdade a si mesmo e ao mundo.

Muitos órfãos buscam saber sobre seus pais, assim como muitos filhos adotivos querem saber sobre os seus pais sanguíneos. Hoje, é possível buscar a sua ancestralidade por um teste genético e muitas vezes nos surpreendemos com o resultado!

Buscar a sua própria história e suas raízes faz parte da humanidade!

No início do século passado e logo após a segunda guerra mundial, o movimento sionista alardeava que a Palestina era uma terra desabitada, e muitos acreditaram.

Israel foi fundada e disse estar sob ataque terrorista desde então, e muitos acreditaram.

Israel invadiu terras egípcias, libanesas, sírias e palestinas sob o pretexto de se defender e anexou muitas delas, violando Resoluções da ONU, e muitos aceitaram a versão israelense.

Israel invadiu a Cisjordânia e a Gaza, uma pequena parcela daquilo que seria destinado aos palestinos, e muitos políticos israelenses disseram que era necessário exterminar os árabes e jogar uma bomba atômica em Gaza, como defesa, obviamente, e muitos acreditaram que Israel era sempre a vítima.

Israel praticou massacre de crianças e mulheres, bombardeou escolas, Igrejas, Mesquitas, prédios da ONU, massacrou jornalistas e funcionários humanitários e disse que era em defesa, por que no lugar em que só morreram mulheres e crianças havia terroristas, e muitos acreditaram.

Israel tem um dos exércitos mais bem armados do mundo, e do lado dos palestinos sequer há uniformes, botas e tanques. Há, sim, muitos órfãos que são capazes de dar a própria vida pela terra que perderam e que continuam a perder.

Feita essa introdução, é possível saber que a Palestina é habitada por povos árabes há mais de um milênio. Os Palestinos, que formam um povo arabizado, é uma mistura de filisteus, cananeus e árabes. Muitos são islâmicos, outros cristãos e alguns ateus. Dentre os árabes havia também muitos de fé judaica.

Expulsos de Portugal e Espanha, muitos judeus buscaram abrigo nos países árabes do norte da África, na Síria, no Líbano e até na não árabe Turquia. Judeus e árabes se identificavam e conviviam em harmonia.

Com a criação de Israel, muitos desses árabes judeus emigraram para Israel e lá se tornaram israelenses e assumiram a condição de povo judeu, desligando-se dos laços culturais com os árabes. O sionismo criou a etnia judaica e a eles, todos eles, chamou de semitas.

Semitas são os nascidos em parte limitada do Oeste da Ásia e seus descendentes. São onde os árabes vivem e onde os judeus árabes também viviam.

Israel, porém, é formada majoritariamente por judeus ashkenazis, vindos da Europa e da Rússia. Mas o sionismo chama os judeus como um todo de semitas, visando ligá-los à chamada Terra Prometida.

Mas os judeus historicamente não surgiram na Palestina, Judeia ou Israel, mas em terras babilônicas, daí serem descendentes do babilônico Abraão, assim como os árabes.

Os judeus, na verdade, invadiram o que era a antiga Palestina, a então Terra Prometida, guerrearam e expulsaram os cananeus que lá habitavam, cerca de 1.000 anos antes de Cristo.

A terra foi invadida por vários impérios. Dominada pelos romanos, cerca de 70 DC, os judeus foram expulsos de lá.

Desde o século VII DC a região esteve sob o domínio muçulmano, com pequenos períodos de dominação de impérios cristãos. Do século XIII até 1917 esteve sob domínio muçulmano, quando a Palestina passou a ser dominada pelo Império britânico. Um ano antes, em 1916, britânicos e franceses fizeram um acordo definindo o domínio sobre as terras do já decadente império turco-otomano no oriente médio (Acordo Sykes-Picot). Em 1917, uma alta autoridade britânica escreveu a um representante sionista do Reino Unido dizendo que a Grã-Bretanha pretendia destinar parte da Palestina para a criação de uma Nação judaica (Declaração Balfour).

Até 1900 não havia regiões judaicas na Palestina, embora judeus e árabes convivessem em harmonia, sendo que a região era amplamente povoada por árabes.  A imigração judaica foi aumentando ano a ano e apenas no período da segunda guerra a imigração judaica aumentou muito, mas mesmo assim era muito inferior ao número de palestinos. Daí surgiram grupos terroristas sionistas, visando à ocupação de vilas palestinas e à expulsão dos palestinos. Os massacres datam de antes da criação de Israel.

Em 1947 a ONU, através da Resolução 181, partilha a Palestina, ainda sob o domínio britânico, sem consultar o povo palestino e os países árabes. Em 1948, Israel se antecipa e declara independência.

Com as guerras na região, Israel foi se expandindo, ocupando áreas de palestinos e de outros países. Hoje, os palestinos vivem sob o domínio israelense na Cisjordânia e sofrem ataques de policiais, soldados e colonos israelenses. Os palestinos em Gaza vivenciam um massacre televisionado e transmitido ao vivo nas redes sociais.

O apartheid, a expulsão e o massacre de palestinos sempre fez parte do plano do estado sionista, ainda que não tenha sido apresentado explicitamente. A criação de um país só para uma religião em terra habitada por outro povo pressupõe a expulsão desse e até mesmo o massacre. O pequeno número desse povo que continuar a habitar a região sofrerá o apartheid, pois não pertence à etnia dominante. O genocídio que hoje assistimos ao vivo, não surgiu em outubro de 2023. Surgiu embrionariamente com as ideias sionistas e começou a ser implantado com a expulsão e massacre dos palestinos, antes mesmo da criação de Israel, em 1948.

As Nações Ocidentais, em especial Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha, sempre esconderam essa verdade de seus povos. Hoje, com as mídias sociais e a transmissão de imagens pelo celular, não há como ocultar, e as manifestações pró-palestinos domina as ruas das capitais ocidentais.

Com o surgimento do mundo multipolar, que está embrionário, a Palestina ocupa um espaço vital, representando a libertação do sul global do colonialismo e imperialismo ocidentais dos últimos séculos.

A Palestina, dessa forma, se correlaciona umbilicalmente com o mundo multipolar em formação. No mesmo processo de formação desse novo mundo, a Palestina será constituída formalmente e será capaz de abrigar os palestinos que lá estão e também os que se encontram na diáspora, pelo mundo afora. A Palestina pode não ser uma potência econômica ou militar (sequer há exército), mas será uma grande protagonista desse novo mundo geopolítico.

Mas os palestinos, mesmo sob ocupação, apartheid e massacres, nunca desistiram de sua história e de sua terra.

Um engenheiro e pesquisador palestino que vivenciou a Nakba, que é a expulsão dos palestinos de suas terras em 1948, documentou a existência de vilas palestinas antes da criação de Israel, com mapas, relatórios e outros dados. E foi capaz de reunir em documentos o número de habitantes de cada vila e o nome de cada uma delas. O seu nome é Salman Abu Sitta e ele foi entrevistado pela Universidade Americana de Beirute, no Líbano, em um evento realizado e transmitido pela Associação de Bibliotecários do Oriente Médio (Middle East Librarians Association). O programa foi gravado em inglês e é possível traduzir para o português no YouTube. Embora longo, o vídeo é muito interessante e tem revelações históricas importantes. A fala do Sr. Salman tem início por volta dos 40 minutos. Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=uaiVFViA_LU. Se preferir, clique aqui para acessar o vídeo.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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