quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

SERIA POSSÍVEL UM ATAQUE DIRETO E TOTAL DOS ESTADOS UNIDOS À CHINA E RÚSSIA?

O mundo vive um reboliço geopolítico. De um lado, a Rússia movimenta-se, ao lado da China, para contrapor-se à aludida hegemonia dos Estados Unidos, o que leva grande parte dos cientistas políticos a afirmar que o mundo multipolar está tomando forma.

Seriam vários polos de poder militar e econômico. China e Rússia de um lado. E de outro, ainda que alguns mais decadentes que outros, Estados Unidos e países da OTAN.

O Brasil, nesse cenário, poderia ganhar muito se soubesse surfar nessa grande onda, arrebatadora para muitos. De um lado, o Brasil possui uma ligação histórica com os Estados Unidos e países europeus. Por outro lado, essa ligação é que permitiu que os Estados Unidos e europeus  bloquessem fortemente nosso crescimento industrial, tecnológico e econômico. Vide o caso do submarino a propulsão nuclear, onde estadunidenses e europeus boicotam a construção há décadas. Por outro lado (terceiro), Rússia e China, em especial este último, têm laços tecnológicos há décadas com a Nação brasileira, além de uma forte e estratégica aliança no BRICS.

Mas não é disso que trataremos aqui. Falaremos do posicionamento dos Estados Unidos no surgimento do mundo multipolar, seja sob o comando dos democratas ou republicanos, o que não mudaria muito, na prática, salvo um olhar mais crítico e uma ação mais enérgica contra a China (pelos Republicanos) ou contra a Rússia (pelos Democratas).

O fato é que os Estados Unidos não entregarão o poder que possuem facilmente a russos e chineses. Guerras estratégicas, a fim de causar algum tipo de prejuízo ou corte de fornecimento a russos ou chineses, sem custo tão elevado e sem uma participação intensa dos Estados Unidos, parece ser uma opção possível a ser adotada em curto espaço de tempo. Sanções e outras medidas econômicas parece que continuarão a ser impostas, ainda que não surtam o efeito desejado pelos Estados Unidos. Mas não é só.

Ações efetivas, diretas, e também de inteligência, indiretas, podem ser utilizadas pelos Estados Unidos visando enfraquecer parcerias importantes tanto para a China como para a Rússia, e nisso o Brasil assume um papel central, o que o torna a bola da vez, como dizem alguns analistas militares brasileiros, com destaque ao Robinson Farinazzo, ex-militar da Marinha do Brasil, palestrante e analista geopolítico de sucesso no Youtube.

O Brasil é um dos maiores fornecedores de minério, petróleo e alimentos do mundo, inclusive para a China, e esse é um fator preocupante para analistas geopolíticos, já que, numa pretensão de frear econômicamente a China, é possível um aumento de pressão política dos Estaos Unidos sobre o Brasil e até mesmo, numa hipótese mais contundente, o próprio bloqueio marítimo pela marinha estadunidense, caso o Brasil continue a aumentar a sua parceria estratégica com a China ou a Rússia.

Assim, o Brasil já deveria estar promovendo o desenvolvimento de uma ampla base industrial bélica, para não depender de material externo, principalmente em desenvolvimento de mísseis, no que a AVIBRAS é extremamente importante, e também em desenvolvimento de drones e guerra eletrônica, no que parcerias com universidades públicas seria extremamente estratégica, seja para incentivo de desenvolvimento tecnológico nas faculdades brasileiras, seja para um rápido desenvolvimento tecnológico interno, brasileiro, facilitando a produção dos materiais militares aqui dentro do Brasil.

Mas o assunto tratado nesse texto é outro.

Nesse enfrentamento com a China e a Rússia os Estados Unidos parariam aí ou entrariam em um conflito direto e total?

Embora o conflito total seja possível, essa não é uma característica dos Estados Unidos e, mais, parece não interessar aos grandes lobistas e à elite dominante dos Estados Unidos, formada por investidores e grandes industriais do petróleo e das indústrias militares. Um conflito de tamanha magnitude afetaria os seus interesses e os seus lucros e eles, como sempre, não estariam propensos a abrir mão de sua situação ainda benéfica.

Não considero aqui a pressão dos grupos sionistas, sempre ativos e atentos em prol dos interesses de Israel, que parece pender para o outro lado, caso Israel esteja em efetivo risco e China ou Rússia ajudem de alguma forma Irã ou os próprios palestinos. A pressão dos grupos sionistas é forte e é capaz de promover a ação de políticos em outro sentido, contrapondo-se aos interesses da elite dominante dos Estados Unidos. Nessa hipótese, os Estados Unidos poderiam partir para um confronto aberto, direto e total, mas causaria um racha interno no país, possivelmente inclusive nas Forças Armadas, sempre cautelosas para evitar ataques ao Estados Unidos continental.

Outra possibilidade de um ataque direto e total seria se os Estados Unidos fossem diretamente atacados pela China ou Rússia. Nessa hipótese, um confronto aberto parece ser uma realidade possível e provável.

Assim, a possibilidade de um enfrentamento direto e total dos Estados Unidos contra a Rússia ou China existe, ainda que minimamente, mas parece não ser provável, ao menos por ora.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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