domingo, 13 de março de 2022

TANTO NO ASPECTO ESPIRITUAL, QUANTO HUMANO-MATERIAL, TENHA CUIDADO COM A REPETIÇÃO SEM FIM DE TERMOS. A COMPREENSÃO EXIGE, AO MESMO TEMPO, RESILIÊNCIA, HUMILDADE E ANÁLISE CRÍTICA.


Há em cada um de nós uma herança psíquica de achar que representa o centro do Universo, o personagem central de uma obra sem fim.

É certo que observamos o Universo sob um prisma próprio e único, mas temos que nos ver não como uma engrenagem do Cosmos, mas como um pequeno grão de poeira que flutua, com rumo incerto. Somos impotentes, como indivíduos e Espiritos ainda em crescimento, para modificar o Universo, mas podemos dar o rumo que quisermos a nós mesmos.

Como coletividade, porém, podemos provocar pequenas alterações, e é a coletividade humana um grande problema para o Universo, pois provoca guerras, com risco de expansão das consequências para toda a Galáxia, no caso do eventual uso de armamento atômico.

Não podemos modificar o Universo como indivíduos, mas podemos influir na coletividade, e é esse o nosso papel. Por isso a política, ao contrário do que se diz, é importante para a Espiritualidade.

Volto a repetir que uma politica voltada ao bem facilita a evolução individual e coletiva, por óbvio. Uma política egoística, representativa de uma maioria ainda nesse estágio, dificultará o progresso individual e trará dores e dificuldades às Almas em busca de evolução. No caso de uma política belicista, com uso de armas atômicas, o risco ultrapassa a nossa casa e atinge outras  áreas e dimensões.

Assim, não é demais frisar que a política, como propósito coletivo, deve ser alvo de preocupação dos indivíduos, que devem vê-la como peça importante para a emancipação individual e coletiva.

Raras foram as vezes que a política propiciou o avanço da humanidade. No ocidente ocorreu com o domínio árabe na Península Ibérica e durante o Renascentismo e Iluminismo.

Ao contrário do que pensamos, não há um gigante barbudo vingativo a mandar em nosso destino. Nós damos sequência a cada passo, dentro de nossas possibilidades, e temos responsabilidades. O ser Criador observa e ampara com amor de uma forma que ainda estamos a aprender.

Os eventos Espirituais, salvo os casos de intervenção como o que denominamos de milagres, seja de proteção ou cura, não se dão na esfera individual, mas coletiva (mas não imagine que os milagres - como conhecemos - sejam sempre individualizados. Eles também podem ocorrer coletivamente). Erroneamente falamos em karma de terceiros e julgamos Almas como se elas fossem merecedoras de uma dor decorrente de uma guerra ou catástrofe. Se nós não sabemos de nosso próprio passado, como podemos afirmar que as Almas presentes em guerras ou catástrofes naturais deveriam passar por isso? Não temos esse poder para prejulgar e, ao contrário, temos o dever de, nessas situações tristes pelas quais caminha a humanidade, de emitir vibrações de alta intensidade e frequência, do mais puro amor, para apaziguar não só as Almas que desencarnam, mas todos os parentes e amigos que sofrem com as dores da perda e do sofrimento. As guerras não são capazes de localizar Espíritos "merecedores" do evento. Nós, ainda que afastados da guerra, se omissos em relação ao sofrimento alheio, estamos a ser responsabilizados pela inércia. Nós, ao contrário do que pensamos, ainda que livres da dor da guerra, também somos alcançados por esse evento a que denominamos kármico. Ou seja, a lógica humana localizada e linear não dá para ser aplicada à lógica Espiritual, que julga de forma Universal, de difícil alcance para nós, que ainda caminhamos na longa jornada Espiritual.

Lembremos sempre que somos poeira e não engrenagem neste vasto Universo. Em coletividade, esses grãos de poeira se transformam em seres que influenciam parte do Universo. E essa parece ser a lógica da vida e do Cosmos.

Agora há uma moda em falar em seres extraterrestres, seres viventes e inteligentes no vasto Universo, que se comunicariam com os humanos, e ceifadores. 

Ceifadores seriam grandes eventos que seriam programados pela Espiritualidade e que separariam os humanos aptos a permanecerem na Terra dos Espíritos encarnados menos evoluídos. Os defensores desses eventos dizem que a pandemia do Covid-19 foi o primeiro ceifador e que, dependendo do número de desencarnes, haveria mais dois, ainda mais devastadores que o primeiro.

Seres extraterrestres podem ser considerados desde os Espíritos desencarnados, como já explicava Chico Xavier, a até mesmo seres viventes inteligentes em quaisquer outro ponto do enorme Universo.

Obviamente parece haver uma lógica em acreditar que, devido à vastidão do Universo, existam outros seres inteligentes além de nós.

Porém, considerando que vivemos presos ao tempo, que seria inexistente em outras dimensões, não podemos afirmar que os seres inteligentes extraterrestres a que nos referimos não seriam a própria humanidade que representamos, mas em outro tempo e espaço. 

Ao analisar-se questões Espirituais, sempre devemos ter em mente a ciência a capacidade de compreensão da diferença, pois elas (questões Espirituais) diferem da lógica material a que estamos confinados.

Se parece ser evidente que existe vida além da que vemos pelo nosso limitado olhar, por outro, parece muita pretensão nossa apontar que a Espiritualidade trabalharia com ceifadores para separar os que devem ficar na Terra e os que devem ir para locais menos evoluídos. Na verdade, os ceifadores, se existentes, seriam nada mais que processos amplificados de um desencarne já pré programado. Porém, creio que a compreensão para tal termo deva se dar de forma um tanto quanto diferenciada dessas tão alardeadas e assustadoras.

Ceifadores devem ser eventos que não simbolizam desencarnes em massa, mas que emanariam luz e vibrações magnéticas capazes de ser compreendidos e assimilados por grande parcela da humanidade, que passaria a ver o mundo e a viver de forma diferenciada, menos individualista e mais solidária e respeitando o lar que o abriga. Dessa forma, bilhões de Espiritos evoluiriam potencialmente sem a necessidade de um desencarne imediato. Os outros, menos evoluídos, continuariam a viver o mesmo estilo de vida, pondo, eles mesmos, risco à sua existência. Assim, ainda que aconteçam esses eventos denominados de ceifadores, eles poderiam trazer mortes de milhões, mas imagino difícil fazê-lo na casa dos bilhões, como muitos afirmam. Desta forma, caso se limitem a milhões de mortes, não seriam eventos com a grandiosidade e mágica de separar o trigo do joio através de um desencarne coletivo, mas seria uma forma de aprendizado a que uma grande maioria daria um ressignificado à existência e ao que é viver, permitindo a amplitude de sentimentos como o amor e solidariedade. Porém, isso também poderia ser lido e compreendido como uma nova vida. Sim, uma nova vida, sem a obrigatoriedade de um prévio desencarne.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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