quarta-feira, 9 de março de 2022

A POSSIBILIDADE DO CAOS ECONÔMICO E HUMANITÁRIO NO PLANETA. O CAOS SOCIAL NO BRASIL SE AVIZINHA E CRIA OPORTUNIDADE PARA O GOLPE TRAMADO PELO GOVERNO.

Não é segredo para ninguém que o governo federal brasileiro cria rupturas com instituições responsáveis pela garantia democrática, como o STF, TSE e Congresso Nacional, e aparelha algumas outras instituições.

Não é segredo, também, que o Brasil já esteve próximo do golpe por algumas vezes. Vozes corajosas do STF alardearam o país e conseguiram evitar a ruptura democrática.

Mas o projeto do golpe se avizinha, como já alerta o consagrado jornalista Luis Nassif, mas creio que com o oportunismo criado pelo caos social e econômico que poderá ser trazido ao Brasil em razão da guerra entre Ucrânia e Rússia. Explico mais abaixo.

Não vivemos momentos fáceis.

Calor e frio excessivos, catástrofes naturais, aumento da fome e da miséria, além de surgimentos periódicos de focos de refugiados de guerras, econômicos e do clima.

A sociedade humana, repleta de musicalidade, poesia e arte, caminha lado a lado com a morte e a execração do que realmente simboliza o humano.

A guerra na Ucrânia divide o mundo entre pró Ucrânia e pró Rússia, como se fosse um jogo de videogame, imagem já utilizada até por canais de televisão para ilustrar a narração de um conflito que mata crianças, jovens, mulheres e idosos. A artificialidade com que se assiste à guerra não condiz com  dureza de quem a sofre na pele.

Não bastassem todas as restrições econômicas normalmente advindas com todas as guerras, as fortes sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos à Rússia atordoarão países e pessoas no mundo afora, aprofundando a crise já vivida pelo globo, fruto do enorme crack de 2008 e da pandemia do covid-19. Combustíveis aumentarão, alimentos também, assim como produtos industriais. A recessão mundial se avizinha.

A Rússia fala em 300 dólares o barril do petróleo, algo descomunal e capaz de levar países e grupos econômicos à ruína, sem falar nas dificuldades criadas à população em geral.

Os Estados Unidos pensaram que com as sanções aplicadas quebrariam e retalhariam a Rússia em pequenas republiquetas, mas o tiro pode sair pela culatra. A Rússia, embora seja fortemente atingida pelas sanções, já evita a utilização do dólar e do euro, e, por outro lado, é importante fornecedora de petróleo e gás para a Europa. Sem a energia russa, Alemanha e França quebram. A Rússia também é grande exportadora de trigo, com o que se faz o pãozinho do dia a dia, base da alimentação de quase todos os povos. Além disso, o Brasil depende dos fertilizantes russos, sem os quais a nossa produção agrícola cairá drasticamente.

Quase todos os países têm interesses econômicos na pacificação, incluindo aí a Alemanha, França, China e Brasil, dentre muitos outros. Interesses humanitários na pacificação, no entanto, parecem não ser do interesse dos países do globo, que pouco fazem para reunir Rússia e Ucrânia na mesa de negociações, com propostas efetivas e concretas. Mais uma vez as pessoas, no caso a população ucraniana, são desprezadas pelas potências, interessadas apenas no jogo geopolítico com repercussão econômica.

O Brasil, enquanto isso, já vive uma grave crise, com um enorme número de desempregados e de miseráveis, muitos deles sem acesso a alimentos e moradia.

Ainda que pelo caráter econômico, quando deveria ser também e primordialmente pelo aspecto humanitário, o Brasil deveria ser um grande interlocutor no processo de paz. O silêncio do governo brasileiro não só envergonha o país e apaga o passado glorioso de nossa diplomacia, mas nos leva ao agravamento da ruína econômica vivenciada. Se nada mudar, o caos social, em um país acostumado ao silêncio frente às graves injustiças econômicas e sociais, se avizinha.

Pensado ou não como salvação de um governo em frangalhos, através de um golpe, o caos social não interessa a nenhum empresário ou cidadão, nacionalista ou não.

O caos só interessa àqueles que o cavaram e nada fazem para mudar, pensando em sua sobrevivência política através da adoção de medidas extremas.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________