Lembrar-nos dos nossos erros nos faz
sofrer e nos mata aos poucos.
Quando o espírito consegue a
graça da reencarnação, oportunidade de seguirmos outra vida, outra história, o
nosso passado espiritual é apagado de nossas mentes e apenas as memórias dessa
nova vida permanecerão presentes.
Não lembramos de outras
existências justamente para não nos martirizarmos por algo que já não nos diz
respeito diretamente, mas que serviu para ditar o novo caminho que nos é
apresentado e que a mente passa a descobrir pouco a pouco.
Nem tudo o que vivemos nessa
reencarnação é fruto de uma existência material passada. Muito advém de nossos
méritos enquanto seres absolutamente espirituais. Seja como espíritos encarnados
ou desencarnados, tendemos a evoluir, reconhecendo erros, compreendendo o outro
e, enquanto encarnados, até nos apegando cada vez menos aos bens materiais.
Se não lembramos dos erros ou de
vidas passadas é para que não soframos, fruto de uma caridade Divina em um
universo onde reina a amplitude do ser, a diversidade e o amor incondicional.
Para enxergar isso, não utilize os olhos acostumados com as guerras, a maldade
e a disputa pelos bens materiais. Veja com um olhar leve, sem traumas e vícios,
abstraindo a nossa existência humana.
Isso, no entanto, não nos autoriza
a errar permanentemente, mas serve para aliviar a nossa carga de
responsabilidade e de julgamentos, nos permitindo viver integralmente o presente, visando à amplitude do ser, daquele que apenas é.