O Brasil é uma potência agrícola, pecuária, mineral e bioenergética e é a 8ª maior economia do globo. E por isso suas riquezas naturais são cobiçadas por potências estrangeiras. Para proteger-se deveria ter suas Forças Armadas melhor aparelhadas, e isso não significa dizer que teria que gastar bilhões de dólares de uma só vez, mas, sim, em investir em sua indústria de defesa, ampliando-a para produzir mísseis de médio e longo alcance, e numa quantidade considerável a fim de suprir as necessidades de proteção de nossa longa fronteira terrestre e marítima.
A nossa Amazônia Azul, como é chamada a nossa costa marítima, é riquíssima e é um alvo fácil de bloqueio marítimo, impedindo que exportemos e importemos produtos, o que afetaria rápida e profundamente a nossa economia.
Uma solução eficaz e barata, como temos aprendido com a guerra no Oriente Médio e na Ucrânia, é o investimento em drones (aéreos e marítimos, seja para vigilância ou ataque) e mísseis poderosos de curto, médio e longo alcance.
Obviamente embarcações militares são importantes, incluindo aí lanchas rápidas, além de navios de grande porte. Porta-aviões podem ser úteis, mas o seu custo é muito alto e, dessa forma, o setor de Defesa deve investir naquilo que é prioritário. Caso nos ofereçam um porta-aviões a custo baixo, e desde que esteja perfeito para operações militares, aí poderíamos pensar em investir nisso.
Temos que investir nos recursos pertinentes às guerras modernas, antevendo o futuro. A tecnologia é importante, e para isso a indústria de defesa nacional é salutar, por ter capacidade de produzir tecnologia para aplicações militares e também civis, fortalecendo a nossa indústria comum, civil.
Embora tenha um soft-power relativamente forte, o Brasil precisa saber usá-lo e ampliá-lo, além de fortalecer a sua indústria bélica para, principalmente, o uso pelas nossas Forças Armadas e, em segundo plano, para vender aos países em que o Brasil exerce influência, seja na América Latina e África, tendo potencial para ampliar para o Oriente Médio e Sudeste Asiático.
Para isso o Brasil terá que enfrentar a oposição chinesa e russa, além das articulações contrárias dos Estados Unidos, o nosso maior rival, embora muitos, equivocadamente, o chamem de parceiro.
Foram os Estados Unidos que promoveram golpes de Estado no país e que criaram instabilidade política, econômica e social interna que ainda nos fazem pertencer ao rol do que chama de quintal. Para nos libertarmos, precisamos agir com inteligência e calma, não provocando nenhuma potência, mas investindo naquilo que é de nosso interesse estratégico.