A fragilidade do país, evidenciada pela divisão interna entre grupos Bolsonarista e Lulista, facilita que potências estrangeiras façam pressões externas, prejudicando os interesses brasileiros.
O fato de o Brasil participar dos BRICS e ser um importante exportador de alimentos e minérios para a China colocou o Brasil, de novo, no radar dos Estados Unidos. Para prejudicar a China, os Estados Unidos não pensariam duas vezes antes de adotar medidas prejudiciais ao Brasil.
A escassez de alimentos e de recursos para as indústrias chinesas podem ser armas a serem adotadas em curto espaço de tempo pelo governo dos Estados Unidos. Para isso, bastaria fechar a rota comercial brasileira (leia-se Atlântico Sul), o que poderia ser feito com um único porta-aviões, segundo a analistas militares. E, com isso, o Brasil sofreria grande impacto econômico, com alto desemprego e recessão.
E para piorar a situação, o Brasil não tem grande poder bélico. Como dizem, toda a frota aérea militar brasileira caberia em um único porta-aviões dos Estados Unidos.
A pressão dos EUA sobre o governo brasileiro em relação à Venezuela, as dificuldades impostas para o desenvolvimento do nosso submarino de propulsão nuclear e a pressão sobre a sueca SAAB, em relação aos caças Gripen vendidos ao Brasil, são os primeiros sinais do comportamento mais agressivo dos Estados Unidos em relação ao Brasil.
Os EUA já não são os mesmos onipotentes na Europa e no Oriente Médio. A América Latina é o que lhes resta para a ampla fruição de vantagens e demonstração de poder.
Lula, ao contrário do que apregoam funcionários do governo venezuelano, não parece ser agente da CIA. Ele tem defendido, na medida do possível, os interesses nacionais, mas não tem força suficiente para fazer mais, encontrando-se em uma situação de fragilidade política. Tem horas que demonstra ser subserviente e tem horas que mostra ser independente.
O Brasil, repito, está em perigo! O fortalecimento de nosso parque industrial militar é uma das saídas necessárias. Outra medida que deve ser adotada com urgência é a pacificação interna, papel que deveria ser protagonizado por partidos de centro.
Cabe a nós exercer pressão sobre os políticos para que, sem polarização ideológica, adotem medidas de interesse nacional.