terça-feira, 24 de dezembro de 2024

UMA AULA SOBRE A SÍRIA

Às vésperas do nascimento de Jesus Cristo, não poderia deixar de postar algo sobre a Síria e a Palestina.

Cristo nasceu em uma época difícil, sob um império, sofreu, viu injustiças sendo praticadas e presenciou a morte de pessoas. Não estava presente a um genocídio, mas tentou alertar a humanidade sobre desmandos, desvios e a raiz da humanidade!

Mas vamos ao assunto de hoje!

Nesse renomado e prestigiado programa de entrevistas para discutir geopolítica, "Dialogue Works", o entrevistado, Laith Marouf, um renomado comunicador no Canadá e que conduz um canal online focado na Palestina, dá uma aula sobre a Síria e a situação geopolítica atual. Imperdível!

E se você puder, contribua com o canal do Laith Marouf.  Abaixo está o link para a contribuição.

O canal Dialogue Works, que o entrevistou, também está no Youtube. O programa é em inglês, mas você consegue acionar a legenda para o português.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

UCRÂNIA. QUAIS OS PROPÓSITOS DESSA GUERRA?

Mais de 416 bilhões de dólares foram prometidos à Ucrânia, mas os repasses teriam chegado a pouco mais de 238 bilhões de dólares, do início da guerra até o início de dezembro. De qualquer forma, é muito dinheiro. Esses números foram divulgados por uma agência noticiosa russa, baseada em dados abertos pelo governo ucraniano.

Os financiadores são os Estados Unidos, responsável por pouco mais da metade desse valor,  países europeus e a OTAN.

Considerando-se os valores envolvidos, uma pergunta há que ser feita. A quem interessou e interessa a guerra da Ucrânia? 

Pelo o que vemos hoje, de um lado serviu aos interesses econômicos dos Estados Unidos de produzir e vender armas, ganhar o mercado europeu no fornecimento de gás liquefeito e, ao enfraquecer a economia e as indústrias europeias, tentar conquistar o mercado antes dominado por elas.

A tentativa de debilitar econômica e socialmente a Rússia não funcionou. Esta nacionalizou as indústrias e o comércio de empresas europeias e estadunidenses, ao mesmo tempo em que passou a aumentar a produção de equipamentos militares e seus insumos. Por outro lado, passou a aumentar a venda de petróleo e gás para a China e a Índia. E ainda substituiu, ainda que parcialmente, a Ucrânia no fornecimento de fertilizantes. 

A guerra não começou com a invasão russa, mas com o golpe articulado pela inteligência ocidental para a derrubada, em 2014, do governo ucraniano pró-russo. No seu lugar entrou um governo de direita radicalmente pró OTAN, com apoio de forças milicianas neonazistas.

E voltando ainda mais no tempo, com o fim da União Soviética, foi prometido que a OTAN jamais se expandiria ao leste europeu. E não foi isso o que ocorreu ao longo dos anos. A OTAN, hoje, está nas fronteiras russas.

A guerra hoje travada foi imaginada e planejada há tempos pela OTAN e os Estados Unidos. E a Rússia esperou muito tempo para reagir, e o fez com força.

Os perdedores são o povo ucraniano e os países europeus. Os vitoriosos, ao menos até agora, são os Estados Unidos e Rússia.

A China, que assiste a tudo silenciosamente, poderia vir a ser ameaçada em suas fronteiras, caso o plano imaginado pelos Estados Unidos e OTAN desse certo, ou seja, a da desfragmentação da enorme Rússia em diversas republiquetas.

Disso se extrai que a ação foi contra a Rússia, mas que muito possivelmente o alvo silencioso dessas ações era a China.

Os ocidentais são um retumbante exemplo de fracasso militar, mas poderosíssimas em ações de inteligência. Vide o que aconteceu com a Síria, que resistiu por 13 anos a uma guerra contra ela, sucumbindo em poucos dias após ações articuladas pelas inteligências da Turquia e dos Estados Unidos.

domingo, 22 de dezembro de 2024

OCIDENTE EM AÇÃO NO IRAQUE?

Após a derrota na Síria, muitos analistas passaram a dizer que o eixo da resistência poderia vir a sofrer uma derrocada também no Iraque, país aliado ao Irã.

E, de fato, parece que ações de inteligência do ocidente já estão ocorrendo em relação ao Iraque.

Há uma campanha em andamento na internet contra leis que poderiam vir a ser aprovadas pelo parlamento iraquiano e que, sob um olhar ocidental, poderiam ser consideradas contrárias às crianças e mulheres, taxando-as (as leis)  de primitivas.

O estranho é que o Iraque não é um país tão conservador nem tão retrógrado em relação aos direitos das mulheres., o que dá a impressão de que se trata de campanha promovida por interesses externos.

Parece quererem converter o governo iraquiano em radical, para a opinião pública, ao mesmo tempo em que, pelas agências de notícias ocidentais e mídias retransmissoras, incluindo aí a poderosa CNN e a brasileira Folha de São Paulo,  tentam convencer que o líder terrorista que conquistou Damasco e que pertencia à Al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, e que assassinou tantas minorias nesse país, é um sujeito ponderado e moderado, que deveria ser apoiado pelo ocidente.
 
As tentativas das agências de inteligência dos Estados Unidos e da Grã Bretanha de convencer a opinião pública interna do país alvo e internacional normalmente começam assim. Vimos isso há mais de duas décadas antes da invasão do Iraque e a menos tempo nas chamadas primaveras árabes.

sábado, 21 de dezembro de 2024

O CALOR, A SECA E O RISCO À PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Já faz mais de um ano que digo que o aquecimento global prejudicará principalmente o Brasil, hoje um grande produtor de alimentos. E que devido a isso precisaríamos diversificar nossas fontes produtivas, priorizando as áreas industriais civil e militar e tecnológica.

O que era óbvio não era divulgado pela mídia, mas começou a ser.

https://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-de-gente-pra-gente/noticia/2024/12/21/como-calor-e-seca-afetam-alimentos-e-ja-deixam-o-cafe-mais-caro.ghtml?utm_source=share-universal&utm_medium=share-bar-app&utm_campaign=materias

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

O CAMINHO DE DAMASCO E A SÍRIA

Muitos analistas insistem em dizer que os jihadistas permanecerão tão somente  na Síria. Digo o contrário por um simples e evidente motivo. 

O primeiro é o de que os grupos terroristas ou salafistas são formados em grande número por estrangeiros. O próprio líder que tomou o poder é saudita e não sírio. Não tendo raízes na Síria, o que lhes importa é a sua ideologia, e não o país em si. E o seu propósito somente pode ser alcançado quando grande parte do Oriente Médio se render. A Síria para eles é apenas um território ocupado e não um país propriamente dito. Por isso esses grupos ocuparam pequenas partes da Síria e Iraque, por exemplo.

Disso se extrai a possibilidade da Síria ser redesenhada e parcialmente ocupada por israelenses (ao sudoeste), turcos (ao norte) e curdos (os nordeste), remanescendo ainda diversas forças contrárias ao grupo que hoje ocupa Damasco.

Também é possível que o exército sírio, que hoje se encontra majoritariamente na região de Latakia e no Iraque, se reintegre parcialmente sob uma liderança nacionalista e volte a ocupar uma dada área estratégica hoje povoada por cristãos, alauitas, xiitas, drusos e até curdos.

O caminho de Damasco, que a guerra na Síria tão bem representa, é cheio de representações da nossa própria humanidade e da sua história controversa nesse planeta.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

OS TRÊS MELHORES RESTAURANTES ÁRABES DE SÃO PAULO

São Paulo é a cidade brasileira com o maior número de árabes e descendentes. Em decorrência disso, as esfihas e os quibes se popularizaram e são encontrados nos restaurantes mais e menos sofisticados, assim como em quase qualquer boteco. 

Dentre os diversos restaurantes de comida árabe existentes, há três que merecem ser destacados por sua comida raiz e de qualidade. São eles: a Brasserie Victoria, tradicionalissima, o Almanara, famosíssimo, ambos com preços mais elevados, e um restaurante bonito e maravilhoso, e com preço bem razoável, o Altanur, localizado no Pari. Todos esses restaurantes servem a tradicional comida árabe sírio-libanesa.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

ISRAEL E A ARMADILHA DO DESTINO

A Síria anti-imperialista caiu e já não existe mais!

O que resta é uma Síria fragmentada entre grupos de interesse, com um vencedor aclamado pelo ocidente e repaginado, que foi membro da Al Nusra, a ramificação da Al Qaeda na Síria. Nem todos, mas muitos grupos que lutam pelo poder são extremistas e terroristas. O ISIS cortava as cabeças daqueles que julgava inimigos ou infiéis. A Al Nusra não ficava atrás no terror praticado.

A terra que por milênios abrigou diversas religiões, algumas delas desconhecidas de muitos, hoje é liderada por um fanático transformado pelo ocidente em pacificador do País.

A situação da Síria, que era uma ponte entre o Irã e o Hezbollah significa o fim do eixo da resistência?

Quase todos os analistas internacionais de prestígio dizem que sim. Que sem a Síria o Hezbollah tende a acabar.

Sim. Reconheço que essa é a tendência, isso se o Hezbollah e o Irã não criarem ou optarem por alternativas à Síria. Mas elas existem? Sim!

O transporte pode ser feito por mar ou ar, embora seja mais fácil de Israel rastrear. Mas também pode ser feito por terra, por contrabando, o que encareceria o fornecimento para o Irã e envolveria ações cuidadosas para não chamar a atenção dos israelenses.

A outra é a luta pela Jordânia, com uma extensa área limítrofe a Israel. Como disse em outro texto, a Jordânia e a Arábia Saudita são possíveis fluxos dos jihadistas que hoje dominam a Síria. E ambos os reinos possuem extremas fragilidades, seja pelo autoritarismo de suas forças de segurança, seja pelas posições dúbias dos reinantes, seja pela oposição massiva hoje existente, embora silente pelas ações de tais regimes.

Israel preocupa-se em tomar terras e dominar territórios, mas isso não lhe garantirá a existência por longo tempo. Apenas o diálogo e a conversação com países da região é que poderá trazer segurança e estabilidade à região e ao próprio Israel. Enquanto invadir e dominar, haverá uma força contrária à colonização, ocupação e à própria existência daquele país.

Enquanto Israel invade terras, é possível que, da mesma forma, venha a ser invadido. Mas não seria por exércitos de Estados, mas por grupos armados. Por isso disse e repito, Israel pode ter caído em uma grande armadilha, não do Hezbollah ou do Irã, mas do destino.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

NETANYAHU E OS JIHADISTAS

Ao destruir com mais de 400 bombardeios a matinha, a aeronáutica e 90% da defesa antiaérea Sírias, Israel provou que pretende ser hegemônico e imperialista na região. Não respeitar a ONU, os acordos, as leis e resoluções internacionais já é  praxe. Colonialista já é há 57 anos na Cisjordânia.

Mas isso será suficiente para evitar infiltrações dos jihadistas em seu território? A resposta é não.para os jihadistas as fronteiras não equivalem a territórios. Eles não precisam ocupar a Síria inteira nem Israel inteiro.

Assim como os jihadistas sobreviveram aos bombardeios russos e sírios, sobreviverão, sem marinha, aeronáutica e defesa anti-aerea, contra Israel. 

Os jihadistas são membros da extinta Al Qaeda, que Israel socorreu em seus hospitais no início da guerra contra a Síria.

Essa espécie de jihadistas não visa à religiosidade, mas a valores próprios. O princípio fundamental deles é o de extermínio do que julgam ser diferente, o mesmo que vem sendo adotado por Netanyahu em relação aos palestinos.

Israel provará do próprio veneno.

A feliz troca de Israel durará pouco. Os jihadistas não se limitação à Síria.

domingo, 15 de dezembro de 2024

A MÍDIA FRACA E PARCIAL E O ENFRAQUECIMENTO DA DEMOCRACIA

O critério da mídia ocidental para chamar um líder político de ditador, ou não, impressiona.

Há eleições na Síria, Irã, Coreia do Norte e Venezuela, mas os líderes eleitos são chamados de ditadores.

Por outro lado, o presidente da Coreia do Sul tenta dar um golpe de Estado, o presidente da Ucrânia se eterniza no poder e sequer convoca eleições, Netanyahu usa as guerras para se manter no poder, e o presidente do Egito assumiu o poder por meio de um golpe militar.  Nenhum desses é chamado de ditador pela mídia ocidental. 

O critério que a mídia ocidental utiliza para definir se um líder é ditador ou não é simples. Se está pró ocidente é líder legítimo. Se está contra os interesses do império, é ditador.

Obviamente esse critério é tendencioso e mentiroso. Apenas o método eleitoral de cada país pode definir a legitimidade de seu governante.

A mídia ocidental, em grande parte, mais emburrece, mais manipula e mais mente do que esclarece.

Com uma mídia assim podemos afirmar que vivemos realmente numa democracia?



sábado, 14 de dezembro de 2024

OS CRISTÃOS RESISTIRÃO NO ORIENTE MÉDIO?

Os cristãos em Gaza foram assassinados por Israel e as suas Igrejas destruídas por Israel.

Os poucos cristãos sobreviventes em Israel estão na Cisjordânia, e todos eles, católicos, ortodoxos, da Igrejas Armênia, correm risco.

Os cristãos libaneses foram atacados, também por Israel, mas muitos deles sobreviveram.

Já os cristãos sírios estão entre os soldados israelenses que se aproximam de Damasco e a espada afiada dos jihadistas, e pouco se fala sobre isso no ocidente.

O cristianismo mais uma vez se reencontra no caminho de Damasco. 

Os cristãos resistirão no Oriente Médio?

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

ISRAEL VITORIOSO, MAS ATÉ QUANDO?

Os Estados Unidos utilizaram o termo eixo do mal para designar todos aqueles países que se opunham aos mandamentos do ocidente.

O Irã, ao contrário, cunhou o termo eixo da resistência para incluir todas as forças que se opunham às pretensões imperiais no Oriente Médio. Fazem parte do eixo o próprio Irã, o Hezbollah, os palestinos, os houties do Iêmen, berço do povo árabe,e as forças xiitas iraquiana.

Com a queda da Síria e a sua possível fragmentação, a ligação do Irã com o Hezbollah, no Líbano, tornou-se quase impossível, ao menos por terra. 

Trump também já teria garantido ao primeiro ministro israelense, o poderoso Netanyahu, que atacaria as instalações nucleares iranianas.

Isso significa o fim do eixo da resistência? Não, mas sim o seu enfraquecimento temporário. O Hezbollah surgiu e se tornou uma força importante na região, mesmo com todas as adversidades e é possível que encontre outras formas de apoio e de reabastecimento de forças e armas. A capacidade de adaptação do Hezbollah é surpreendente.

Mas o que mais preocupa é a situação do Irã, sempre alvejado pelos Estados Unidos e Israel, seja por meio de bombas e de ataques diretos, seja pela tentativa de atentados e revoluções coloridas (golpes fomentados e financiados). Agora, Trump já disse abertamente a Netanuahu pretender alvejar as usinas nucleares iranianas.

Diante de tamanha ameaça ao Irã, parece não restar outra alternativa a não ser produzir armas de defesa e a dezenas de artefatos nucleares para a sua proteção, algo que a liderança religiosa do país era, ao menos até agora, contrária.

Os países ocidentais são conhecidos por suas ações impositivas e pouca vontade em dialogar. Eles avançam, atacam e destroem. Sempre foi assim. Trump não é diferente nesse quesito.

Alguns especialistas dizem que o enfraquecimento do Irã é possível, mas que ações diretas já estariam sendo planejadas contra o Iraque, um aliado iraniano.

As fronteiras iranianas são e deverão continuar a ser uma preocupação maior para as forças armadas persas. 

Por outro lado, mesmo com o ocidente achando que já dominou a situação, não se pode descartar que ações de desestabilização de um país até então submisso a Israel já pode estar em curso, Jordânia, que faz fronteira com todo o leste israelense.

Desta forma, se a Jordânia cair, ao mesmo tempo que a Síria, o jogo poderia se voltar a favor do Irã, contra Israel.

Mas por quais motivos o reino da Jordânia poderia vir a cair? Por vários. Descontentamento da base militar com o apoio da Jordânia a Israel. O grande número de palestinos refugiados na Jordânia descontentes com o apoio a Israel e o radicalismo dos terroristas que dominam a Síria, e que antes estavam apenas na fronteira Síria-Jordânia, que agora se espraiara pela Jordânia e região com mais facilidade.

Penso que a pretensão do ocidente era permitir que os radicais chegassem à Arabia Saudita, cada vez mais próxima da Rússia e da China, mas antes dela a Jordânia poderia cair, complicando os planos de Israel.

E o maior erro de Israel seria invadir a Jordânia, como fez na Síria. Nessa situação, o grande exército iraniano poderia confrontar abertamente as forças israelenses, tornando a queda do império israelense uma realidade possível em pouquíssimo tempo.

Um povo que recebeu apoio do então presidente sírio Assad para combater os terroristas foi o curdo, que domina o leste sírio. Eles poderiam ser um fiel na balança nesse jogo do ocidente contra o oriente? Não se esqueça de que foi o corajoso e justo curdo Saladino que conquistou Jerusalém para os muçulmanos.

Embora os curdos se dividam em pró-ocidente (do Iraque) e pró-oriente (da Turquia), são eles, com certeza, os fiéis da balança na antiga Síria.

Por enquanto não há certeza de nada, mas meras possibilidades, planos nos quais os analistas desenham perspectivas possíveis.

SÍRIA, POR PAULO SERGIO PINHEIRO

O professor e cientista social Paulo Sérgio Pinheiro deu uma aula sobre o HTS, e o seu movimento dentro da Síria que não foi inesperado, ao contrário do que muitos pensam,  e o que pode acontecer na região pós Síria devastada por radicais e invadida por Israel.
https://www.youtube.com/live/bfGMaP3UAeg?si=XYKaY7sE9kQmpW7g

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

UTOPIA TROPICAL, DIÁLOGO IMPERDIVEL COM NOAM CHOMSKY E CELSO AMORIM

Recomendo o documentário UTOPIA TROPICAL, do cineasta João Amorim, filho do diplomata Celso Amorim.

Essa película traz a realidade histórica do Brasil, através de uma conversa entre NOAM CHOMSKY e CELSO AMORIM.

É imperdível para quem ama história e geopolítica. Uma aula anti imperialista.

Está disponível no YouTube, de graça!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

A HISTÓRIA DA PALESTINA E DOCUMENTOS HISTÓRICOS REVELADOS EM VÍDEO POR UMA UNIVERSIDADE DO LÍBANO.

Buscar a sua história não é apenas se situar e se fazer pertencer, mas trazer a verdade a si mesmo e ao mundo.

Muitos órfãos buscam saber sobre seus pais, assim como muitos filhos adotivos querem saber sobre os seus pais sanguíneos. Hoje, é possível buscar a sua ancestralidade por um teste genético e muitas vezes nos surpreendemos com o resultado!

Buscar a sua própria história e suas raízes faz parte da humanidade!

No início do século passado e logo após a segunda guerra mundial, o movimento sionista alardeava que a Palestina era uma terra desabitada, e muitos acreditaram.

Israel foi fundada e disse estar sob ataque terrorista desde então, e muitos acreditaram.

Israel invadiu terras egípcias, libanesas, sírias e palestinas sob o pretexto de se defender e anexou muitas delas, violando Resoluções da ONU, e muitos aceitaram a versão israelense.

Israel invadiu a Cisjordânia e a Gaza, uma pequena parcela daquilo que seria destinado aos palestinos, e muitos políticos israelenses disseram que era necessário exterminar os árabes e jogar uma bomba atômica em Gaza, como defesa, obviamente, e muitos acreditaram que Israel era sempre a vítima.

Israel praticou massacre de crianças e mulheres, bombardeou escolas, Igrejas, Mesquitas, prédios da ONU, massacrou jornalistas e funcionários humanitários e disse que era em defesa, por que no lugar em que só morreram mulheres e crianças havia terroristas, e muitos acreditaram.

Israel tem um dos exércitos mais bem armados do mundo, e do lado dos palestinos sequer há uniformes, botas e tanques. Há, sim, muitos órfãos que são capazes de dar a própria vida pela terra que perderam e que continuam a perder.

Feita essa introdução, é possível saber que a Palestina é habitada por povos árabes há mais de um milênio. Os Palestinos, que formam um povo arabizado, é uma mistura de filisteus, cananeus e árabes. Muitos são islâmicos, outros cristãos e alguns ateus. Dentre os árabes havia também muitos de fé judaica.

Expulsos de Portugal e Espanha, muitos judeus buscaram abrigo nos países árabes do norte da África, na Síria, no Líbano e até na não árabe Turquia. Judeus e árabes se identificavam e conviviam em harmonia.

Com a criação de Israel, muitos desses árabes judeus emigraram para Israel e lá se tornaram israelenses e assumiram a condição de povo judeu, desligando-se dos laços culturais com os árabes. O sionismo criou a etnia judaica e a eles, todos eles, chamou de semitas.

Semitas são os nascidos em parte limitada do Oeste da Ásia e seus descendentes. São onde os árabes vivem e onde os judeus árabes também viviam.

Israel, porém, é formada majoritariamente por judeus ashkenazis, vindos da Europa e da Rússia. Mas o sionismo chama os judeus como um todo de semitas, visando ligá-los à chamada Terra Prometida.

Mas os judeus historicamente não surgiram na Palestina, Judeia ou Israel, mas em terras babilônicas, daí serem descendentes do babilônico Abraão, assim como os árabes.

Os judeus, na verdade, invadiram o que era a antiga Palestina, a então Terra Prometida, guerrearam e expulsaram os cananeus que lá habitavam, cerca de 1.000 anos antes de Cristo.

A terra foi invadida por vários impérios. Dominada pelos romanos, cerca de 70 DC, os judeus foram expulsos de lá.

Desde o século VII DC a região esteve sob o domínio muçulmano, com pequenos períodos de dominação de impérios cristãos. Do século XIII até 1917 esteve sob domínio muçulmano, quando a Palestina passou a ser dominada pelo Império britânico. Um ano antes, em 1916, britânicos e franceses fizeram um acordo definindo o domínio sobre as terras do já decadente império turco-otomano no oriente médio (Acordo Sykes-Picot). Em 1917, uma alta autoridade britânica escreveu a um representante sionista do Reino Unido dizendo que a Grã-Bretanha pretendia destinar parte da Palestina para a criação de uma Nação judaica (Declaração Balfour).

Até 1900 não havia regiões judaicas na Palestina, embora judeus e árabes convivessem em harmonia, sendo que a região era amplamente povoada por árabes.  A imigração judaica foi aumentando ano a ano e apenas no período da segunda guerra a imigração judaica aumentou muito, mas mesmo assim era muito inferior ao número de palestinos. Daí surgiram grupos terroristas sionistas, visando à ocupação de vilas palestinas e à expulsão dos palestinos. Os massacres datam de antes da criação de Israel.

Em 1947 a ONU, através da Resolução 181, partilha a Palestina, ainda sob o domínio britânico, sem consultar o povo palestino e os países árabes. Em 1948, Israel se antecipa e declara independência.

Com as guerras na região, Israel foi se expandindo, ocupando áreas de palestinos e de outros países. Hoje, os palestinos vivem sob o domínio israelense na Cisjordânia e sofrem ataques de policiais, soldados e colonos israelenses. Os palestinos em Gaza vivenciam um massacre televisionado e transmitido ao vivo nas redes sociais.

O apartheid, a expulsão e o massacre de palestinos sempre fez parte do plano do estado sionista, ainda que não tenha sido apresentado explicitamente. A criação de um país só para uma religião em terra habitada por outro povo pressupõe a expulsão desse e até mesmo o massacre. O pequeno número desse povo que continuar a habitar a região sofrerá o apartheid, pois não pertence à etnia dominante. O genocídio que hoje assistimos ao vivo, não surgiu em outubro de 2023. Surgiu embrionariamente com as ideias sionistas e começou a ser implantado com a expulsão e massacre dos palestinos, antes mesmo da criação de Israel, em 1948.

As Nações Ocidentais, em especial Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha, sempre esconderam essa verdade de seus povos. Hoje, com as mídias sociais e a transmissão de imagens pelo celular, não há como ocultar, e as manifestações pró-palestinos domina as ruas das capitais ocidentais.

Com o surgimento do mundo multipolar, que está embrionário, a Palestina ocupa um espaço vital, representando a libertação do sul global do colonialismo e imperialismo ocidentais dos últimos séculos.

A Palestina, dessa forma, se correlaciona umbilicalmente com o mundo multipolar em formação. No mesmo processo de formação desse novo mundo, a Palestina será constituída formalmente e será capaz de abrigar os palestinos que lá estão e também os que se encontram na diáspora, pelo mundo afora. A Palestina pode não ser uma potência econômica ou militar (sequer há exército), mas será uma grande protagonista desse novo mundo geopolítico.

Mas os palestinos, mesmo sob ocupação, apartheid e massacres, nunca desistiram de sua história e de sua terra.

Um engenheiro e pesquisador palestino que vivenciou a Nakba, que é a expulsão dos palestinos de suas terras em 1948, documentou a existência de vilas palestinas antes da criação de Israel, com mapas, relatórios e outros dados. E foi capaz de reunir em documentos o número de habitantes de cada vila e o nome de cada uma delas. O seu nome é Salman Abu Sitta e ele foi entrevistado pela Universidade Americana de Beirute, no Líbano, em um evento realizado e transmitido pela Associação de Bibliotecários do Oriente Médio (Middle East Librarians Association). O programa foi gravado em inglês e é possível traduzir para o português no YouTube. Embora longo, o vídeo é muito interessante e tem revelações históricas importantes. A fala do Sr. Salman tem início por volta dos 40 minutos. Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=uaiVFViA_LU. Se preferir, clique aqui para acessar o vídeo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

EXCLUSIVO. ISRAEL E O CAVALO DE TROIA

O presente de grego dados aos troianos reverbera até hoje na história. Trata-se do cavalo de Tróia, um enorme e lindo artefato de madeira em forma de cavalo que maravilhou os troianos, mas que estava recheado de soldados gregos. O cavalo selou a ruína de Tróia e a glória dos gregos.

Algo semelhante parece acontecer com Israel.

A rápida vitória dos jihadistas e terroristas na Síria encantou Netanyahu, que prontamente resolveu invadir o território sírio, não para atacar terroristas, mas para ocupar solo sírio, rumo à Grande Israel sonhada pela extrema direita israelense.

Embora tais extremistas e terroristas nunca tenham atacado Israel, se tornaram vizinhos de uma potência que matou milhares de muçulmanos sunitas e destruiu dezenas ou centenas de mesquitas.

Agora, Israel tem como vizinho não mais um Estado laico considerado inimigo, mas grupos terroristas fortemente armados e treinados por potências ocidentais.

Mas isso será seguro a Israel? Se for, até quando o será? 

A invasão de áreas sírias por Israel está desagradando a países árabes aliados, muitos deles financiadores ou apoiadores desses grupos.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos estão receosos e incertos quanto ao futuro da Síria e da própria região.

A Jordânia, vizinha da Síria e de Israel, pode ser o próximo alvo dos terroristas. E se o for, Israel estará cercada, a leste, por terroristas.

Somente Netanyahu, que foge das audiências da Justiça israelense, comemora a vitória dos sangrentos terroristas, ceifadores de minorias étnicas, religiosas e comportamentais.

Quando não houver mais a quem perseguir, possivelmente o alvo dos terroristas passe a ser um de seus criadores e fomentadores, Israel, conservador na economia e na política e liberal nos costumes, algo que desagrada profundamente os extremistas que conquistaram Damasco.

E, diferentemente do Hamas e do Hezbollah, os terroristas poderão continuar a ser supridos não por um país, mas por um grupo de países, com radicais vindos de todo o mundo. A guerra não só será mais sangrenta, mas vil, ao nível do que Israel fez em Gaza e no Líbano.

O Cavalo de Tróia se aproxima do caminho de Damasco, ligando Tel Aviv ao monstro repaginado e formoso da Al Qaeda.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

LICOES DO CAMINHO DE DAMASCO, AQUELE QUE LIGA A HUMANIDADE A SI MESMA

A Síria laica caiu e ocupou o seu lugar um aglomerado de organizações que se dizem islâmicas, mas que na verdade são terroristas financiados por potências ocidentais. Há muitos estrangeiros que lutaram contra o governo sírio e que continuam por lá. 

O que acontecerá com a Síria não se é possível a afirmar. Ela poderá se tornar uma segunda Líbia, eternamente em guerra entre facções, ou um Afeganistão, com um regime islâmico radical que conseguiu unificar o país e expulsar as tropas invasoras. Ou um país que agrupará de forma civilizada no governo todas as diversas etnias e religiões sírias.

Mas, nesse instante de turbulência, Israel se aproveita para invadir o território sírio e expandir-se.

Não se sabe se isso será benéfico para Israel, como pensa Netanyahu, ou não. Organizações terroristas, ainda que financiadas pelo ocidente, não deixam de ser radicais e terroristas, e não é possivel assegurar que não se voltem contra o seu criador, como fez o Talibã contra os Estados Unidos. Essa organização havia sido treinada, armada e financiada pela CIA na época da União Soviética. Há pouco tempo, no entanto, após invadir o Afeganistão, os Estados Unidos tiveram que fugir, largando tanques, veículos e armas para os próprios talibans, hoje declaradamente anti imperialistas.

Netanyahu pratica genocídio em Gaza, arrasa as cidades e a população do Líbano, ataca incansavelmente a Síria e invade as terras de Gaza, Líbano e Síria, respectivamente, mas até quando? A expansão israelense pode significar, ao contrário do que pensa o autoritário e sanguinário Netanyahu, um perigoso sinal e revés para Israel, pois está mais próxima do perigo e de combatentes inconsequentes, vindos de todo o mundo, com grande financiamento internacional e que atendem aos interesses de diversas potências regionais.

Quando muitos pensam mandar, ninguém manda, na verdade. E esse é o maior perigo dessas organizações terroristas que tomaram a Capital Síria. Mas, ao contrário do que dá a entender as agências ocidentais, ainda há confrontos em algumas poucas regiões do país. Os turcos lutam contra os curdos no norte da Síria.

Com o que aconteceu com a Síria, ao menos até agora, o cuidadoso Irã pode se distanciar fisicamente do Hezbollah e ter dificuldades de manter os seus proxys (o que também não é possível afirmar), mas esse isolamento talvez impulsione o  país persa como potência econômica, tecnológica e militar não apenas regionalmente, mas de toda a Ásia, tudo o que Israel não pretendia que ocorresse.

A Rússia, que assim como a Turquia, teve interesses locais aparentemente preservados (bases militares na Síria), pode ter propiciado um xeque mate a um inimigo regional, que ainda vê como se fosse parceiro, por conta do grande número de russos que habitam Israel.

O caminho de Damasco traz à humanidade lições sobre a própria humanidade.

sábado, 7 de dezembro de 2024

OS CAMINHOS DE DAMASCO SE CRUZAM

O caminho de Damasco está ligado ao destino da humanidade. Foi ele que permitiu que, com a revolução pessoal de Saulo de Tarso, o cristianismo se difundisse no ocidente.

Mas desde 2011 um novo caminho de Damasco paira sobre a humanidade. Ele não trata propriamente de religiosidade, mas diz muito sobre a humanidade e o seu destino.

De um dos lados do triângulo do Caminho e de seus rumos estão Estados Unidos, Israel e alguns países árabes do golfo, que financiam, treinam e armam organizações terroristas, tentando desestabilizar a Síria, cortar a linha de fornecimento de armas ao Hezbollah e enfraquecer forças opositoras aos interesses ocidentais. De outro, com interesses próprios, a Turquia. E do último lado, as forças oficiais sírias, o Irã e a Rússia, que tentam preservar interesses próprios e também a existência de Estados árabes anti imperialistas.

A ação terrorista em Aleppo surge imediatamente após a trégua entre Israel e Líbano e serve aos interesses israelenses. Explico abaixo.

Enquanto Israel visa se rearmar e se reorganizar nos dois meses de trégua, tenta barrar, nesse meio tempo, o reabastecimento do Hezbollah pelo Irã através do território sírio. E essa reação terrorista na Síria visa justamente controlar uma área Síria próxima ao Líbano. Mas não é só isso.

A ação visa, a medio prazo, a queda do regime de governo sírio, de forma a isolar o Irã e também cortar o reabastecimento de muitos proxys iranianos, do qual o Hezbollah faz parte. O interesse israelense é claro.

Foi Israel que treinou boa parte dos terroristas e forneceu tratamento médico em seu território aos jihadistas sírios.

A Ucrânia e muitos ucranianos participam ativamente dos ataques na Síria mais para tentar enfraquecer os russos e provocar a perda da base russa na Síria mediterrânea.

Os Estados Unidos financiam a guerra contra a Síria com fins geopolíticos. Primeiramente, visam fortalecer Israel e a sua expansão territorial e geopolítica. Em segundo lugar, visam enfraquecer a Rússia e o Irã. Por fim, visam sufocar política, social e economicamente os países europeus com as crises de refugiados. Ao mesmo tempo, utilizam indevida e ilegalmente o petróleo sírio para financiar essas ações terroristas.

Independentemente de quem vir a ganhar essa guerra, o destino da humanidade estará selado. Não será o mesmo que percebemos hoje. O caminho de Damasco ditará, agora, não o caminho ideal que Cristo nos apresentou, mas o caminho possível à sobrevivência do que resta da humanidade, que, na prática, se encontrará com aquele, pois a humanidade só se justifica e tem razão de existir se forem levados a efeito os ensinamentos do próprio Cristo, que dizem mais sobre o homem e sua vida na Terra que sobre os Céus.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

UMA HUMANIDADE DOENTE E CRUEL

Nesse triste momento da humanidade, temos à nossa frente o cometimento de um grave genocídio transmitido ao vivo pelas tevês e mídias sociais, assassinatos cometidos por forças policiais, a desconsideração pelas pessoas em situação ao de rua, o descaso das autoridades com os adictos e tantos outros atos hediondos. Um desses graves atos é a utilização e morticídio da população Ucrâniana em prol de interesses mesquinhos da OTAN e dos Estados Unidos contra a Federação Russa.

Talvez um dia todos esses criminosos venham a ser condenados e presos. 

Enquanto isso não ocorre, cabe a nós zelar por uma humanidade menos doente e cruel. Para isso há que haver tolerância, paciência, empatia e amor.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

SERIA POSSÍVEL UM ATAQUE DIRETO E TOTAL DOS ESTADOS UNIDOS À CHINA E RÚSSIA?

O mundo vive um reboliço geopolítico. De um lado, a Rússia movimenta-se, ao lado da China, para contrapor-se à aludida hegemonia dos Estados Unidos, o que leva grande parte dos cientistas políticos a afirmar que o mundo multipolar está tomando forma.

Seriam vários polos de poder militar e econômico. China e Rússia de um lado. E de outro, ainda que alguns mais decadentes que outros, Estados Unidos e países da OTAN.

O Brasil, nesse cenário, poderia ganhar muito se soubesse surfar nessa grande onda, arrebatadora para muitos. De um lado, o Brasil possui uma ligação histórica com os Estados Unidos e países europeus. Por outro lado, essa ligação é que permitiu que os Estados Unidos e europeus  bloquessem fortemente nosso crescimento industrial, tecnológico e econômico. Vide o caso do submarino a propulsão nuclear, onde estadunidenses e europeus boicotam a construção há décadas. Por outro lado (terceiro), Rússia e China, em especial este último, têm laços tecnológicos há décadas com a Nação brasileira, além de uma forte e estratégica aliança no BRICS.

Mas não é disso que trataremos aqui. Falaremos do posicionamento dos Estados Unidos no surgimento do mundo multipolar, seja sob o comando dos democratas ou republicanos, o que não mudaria muito, na prática, salvo um olhar mais crítico e uma ação mais enérgica contra a China (pelos Republicanos) ou contra a Rússia (pelos Democratas).

O fato é que os Estados Unidos não entregarão o poder que possuem facilmente a russos e chineses. Guerras estratégicas, a fim de causar algum tipo de prejuízo ou corte de fornecimento a russos ou chineses, sem custo tão elevado e sem uma participação intensa dos Estados Unidos, parece ser uma opção possível a ser adotada em curto espaço de tempo. Sanções e outras medidas econômicas parece que continuarão a ser impostas, ainda que não surtam o efeito desejado pelos Estados Unidos. Mas não é só.

Ações efetivas, diretas, e também de inteligência, indiretas, podem ser utilizadas pelos Estados Unidos visando enfraquecer parcerias importantes tanto para a China como para a Rússia, e nisso o Brasil assume um papel central, o que o torna a bola da vez, como dizem alguns analistas militares brasileiros, com destaque ao Robinson Farinazzo, ex-militar da Marinha do Brasil, palestrante e analista geopolítico de sucesso no Youtube.

O Brasil é um dos maiores fornecedores de minério, petróleo e alimentos do mundo, inclusive para a China, e esse é um fator preocupante para analistas geopolíticos, já que, numa pretensão de frear econômicamente a China, é possível um aumento de pressão política dos Estaos Unidos sobre o Brasil e até mesmo, numa hipótese mais contundente, o próprio bloqueio marítimo pela marinha estadunidense, caso o Brasil continue a aumentar a sua parceria estratégica com a China ou a Rússia.

Assim, o Brasil já deveria estar promovendo o desenvolvimento de uma ampla base industrial bélica, para não depender de material externo, principalmente em desenvolvimento de mísseis, no que a AVIBRAS é extremamente importante, e também em desenvolvimento de drones e guerra eletrônica, no que parcerias com universidades públicas seria extremamente estratégica, seja para incentivo de desenvolvimento tecnológico nas faculdades brasileiras, seja para um rápido desenvolvimento tecnológico interno, brasileiro, facilitando a produção dos materiais militares aqui dentro do Brasil.

Mas o assunto tratado nesse texto é outro.

Nesse enfrentamento com a China e a Rússia os Estados Unidos parariam aí ou entrariam em um conflito direto e total?

Embora o conflito total seja possível, essa não é uma característica dos Estados Unidos e, mais, parece não interessar aos grandes lobistas e à elite dominante dos Estados Unidos, formada por investidores e grandes industriais do petróleo e das indústrias militares. Um conflito de tamanha magnitude afetaria os seus interesses e os seus lucros e eles, como sempre, não estariam propensos a abrir mão de sua situação ainda benéfica.

Não considero aqui a pressão dos grupos sionistas, sempre ativos e atentos em prol dos interesses de Israel, que parece pender para o outro lado, caso Israel esteja em efetivo risco e China ou Rússia ajudem de alguma forma Irã ou os próprios palestinos. A pressão dos grupos sionistas é forte e é capaz de promover a ação de políticos em outro sentido, contrapondo-se aos interesses da elite dominante dos Estados Unidos. Nessa hipótese, os Estados Unidos poderiam partir para um confronto aberto, direto e total, mas causaria um racha interno no país, possivelmente inclusive nas Forças Armadas, sempre cautelosas para evitar ataques ao Estados Unidos continental.

Outra possibilidade de um ataque direto e total seria se os Estados Unidos fossem diretamente atacados pela China ou Rússia. Nessa hipótese, um confronto aberto parece ser uma realidade possível e provável.

Assim, a possibilidade de um enfrentamento direto e total dos Estados Unidos contra a Rússia ou China existe, ainda que minimamente, mas parece não ser provável, ao menos por ora.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

BRASIL E BRASILEIROS. OS VERDADEIROS NACIONALISTAS E OS PSEUDOS PATRIOTAS

Sou daqueles que vê o Brasil grande, repleto de riquezas minerais, água, agricultura e pecuária pulsantes. Que vê que o povo brasileiro é trabalhador e que com a sua criatividade sempre acha um jeito de agradar o próximo e de ganhar um dinheiro decentemente, seja vendendo balas no farol, guarda-chuvas quando começa a garoar e que se dispõe a fazer serviços que dificilmente outros povos topariam. Também vejo um país com grandes escritores, músicos maravilhosos, cineastas iluminados e uma capacidade insuperável de atender bem as pessoas, com humor, carinho e atenção.

Somos uma potência. Temos potencial. Temos a natureza a nosso favor. Temos um povo amável. Mas mesmo com tudo isso temos desafios impostos por alguns de nós e pelo estrangeiro.

Muitos da elite vêem com desprezo a nossa gente, a nossa terra e a nossa alma e ajudam a inviabilizar o nosso merecido crescimento econômico e geopolítico.

Países como os Estados Unidos nunca viram com bons olhos o nosso potencial e menos ainda o nosso crescimento. Sempre nos boicotaram. Sempre nos endividaram. Sempre tramaram planos contra governos nacionalistas. 

Por outro lado, mesmo sendo "boa praça", pecamos por não termos uma defesa à altura de nossa extensão territorial e de nossas riquezas e estamos suscetíveis a intervenções estrangeiras.

Agora, com uma mudança efetiva do eixo pendular econômico e geopolítico em direção à Ásia, o Brasil terá maiores chances de desenvolver seu potencial. Para isso, deverá saber não aderir cegamente a quaisquer das forças predominantes, seja a China, sejam os Estados Unidos, mas saber aproveitar o que cada uma delas tem a lhe oferecer de melhor. Isso é pragmatismo.

Se em geopolítica é possível afirmar que não há amizade indelével entre Nações, também é possível pontuar que não há imperialismo com trato horizontal, de igual para igual. Por isso devemos buscar nossas vantagens e nosso fortalecimento.

Amar o Brasil não é pregar patriotismo barato e servil a outras potências, mas sim traçar projetos para o Brasil de amanhã e, assim, propiciar esperança e bem estar ao povo.

Investir em educação, cultura, cidadania, garantias trabalhistas, previdenciárias e empresariais nacionais e em desenvolvimento de tecnologia é a base do progresso.

Muitos que por aí se dizem patriotas, são entreguistas que visam destruir o Estado Nacional, as garantias sociais, a educação, a cultura e o sistema de saúde,  colocando o Brasil e o seu povo na rota da servidão.

Nacionalista de verdade serve ao seu povo e não a outra nação. 

sábado, 30 de novembro de 2024

O JOGO DE XADREZ ISRAELENSE E A SÍRIA

Logo após a trégua de dois meses na guerra de Israel contra o Libano, um terceiro país vem à tona, a Síria, com o retorno dos ataques de terroristas contra Aleppo e as guarnições fiéis ao governo sírio.

A Síria convive com uma guerra civil há 14 anos, que destruiu a economia do país.

O agravamento do conflito sírio seria mera coincidência ou o resultado de um cuidadoso planejamento estratégico de países ocidentais?

Há quem diga que a própria inteligência ucraniana está auxiliando os terroristas anti-sírios, especialmente na utilização de drones.

O agravamento da guerra na Síria atinge de perto quatro ou cinco objetivos ocidentais. 

O primeiro é o contínuo desgaste do Hezbollah, que atua em favor do governo sírio, enfraquecendo a longo prazo a resistência libanesa, de modo a favorecer Israel.

O segundo é fechar o canal de fornecimento de armas iranianas ao Hezbollah pelo território sírio, também favorecendo Israel.

O terceiro é permitir que terroristas treinados e financiados pelo ocidente fiquem, ao mesmo tempo, de frente para o Hezbollah, no Líbano, e para o Iraque e suas forças xiitas aliadas ao Irã, beneficiando novamente Israel.

O quarto é criar o terror para forças russas que guarnecem seu porto sírio, minando o forte interesse russo no Mediterrâneo, beneficiando os interesses ucranianos, estadunidenses e britânicos.

O quinto é, se o governo Assad cair, o Irã perderá sua influência na Síria e estará enfraquecida automaticamente no Líbano e no Iraque, beneficiando Israel e Estados Unidos.

Ou a Rússia e o Irã agem efetiva e fortemente na Síria ou os seus interesses geopolíticos e estratégicos serão arruinados.

Parece não haver dúvida de quem está por trás dessas ações terroristas na Síria. Irã, Rússia e Hezbollah permitirão isso?

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

EUA PARTILHADOS

Os decadentes Estados Unidos não resistirão ao mundo multipolar, que já está tomando forma.
Externamente arrogantes e internamente hipócritas, poderão sofrer aquilo que planejavam à Rússia e ao Brasil, o desfacelamento da unidade territorial.
Estou tratando de análise de acordo com a realidade atual, considerando os diversos fatores da sociedade estadunidense.
Nessa previsão de acordo com os dados de hoje, a atual potência poderá se desintegrar em diversos Estados independentes, que mal dividirão o que resta das forças armadas, onde muitos de seus membros poderão se tornar membros de milícias que extorquem a população.
Isso não é para hoje ou amanhã, mas para até uma década.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

DO BRASIL-COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO AO BRASIL-QUINTAL DE SERVIDÃO

Do Brasil-colônia de exploração ao Brasil-quintal de servidão.

O Brasil é uma potência natural, repleta de riquezas, que vão da nossa água doce ao minério, passando pelas produções agrícolas e pecuária. E não para aí.

Tivemos e temos o nosso território cobiçado, não pelos nossos vizinhos, mas pelas potências da época. Países Baixos, França e Inglaterra sempre lutaram por porções de terra nesse Brasil. Quando pensamos nisso, vêm à nossa mente Pernambuco e Rio de Janeiro, mas também foi a Amazônia uma área sempre cobiçada. E não é a toa que existem a Guiana (ex-colônia Britânica), Guiana Francesa (área da França) e Suriname (ex-colônia holandesa) em plena amazônia, bem ao lado da Amazônia brasileira.

E não são apenas os europeus os que sempre estiveram atrás de nossas riquezas. Vide os Estados Unidos, sempre de olho nas nossas grandes Amazônia verde (floresta) e azul (costa marítima brasileira). No início do século passado, Henry Ford fundou a Fordilandia em plena selva amazônica para exploração de borracha. Informações das Forças Armadas e veiculadas na mídia alternativa apontam que os Estados Unidos agem, através de falsas ONGs, em nossa floresta. Os EUA também boicotam há 40 anos o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear pelo Brasil, única arma capaz de proteger adequadamente os nossos mares. 

Embora utilizem o discurso de preservação ambiental, os EUA almejam nossas riquezas naturais, seja o petróleo amazônico, o minério no subsolo e a ainda abundante água doce da região, bem como as riquezas marítimas do país.

A Amazônia e os nossos mares são o que se pode chamar de investimento para o futuro do Brasil. Daí a preservação e a utilização planejada e cuidadosa da Amazônia ser tão importante, já que o solo de terra da região, além de ser extremamente reduzido em profundidade, é muito frágil, sendo repleto de areia.

Governos nacionalistas que pensaram no desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira ou na sua proteção militar acabaram mortos ou depostos por ações diretas dos Estados Unidos.

Vargas criou o Instituto  de desenvolvimento da Amazônia em 1954, e acabou tirando a própria vida nesse mesmo ano. João Goulart criou o internacionalmente prestigiado Batalhão de treinamento da selva em março de 1964, e poucos dias depois foi deposto, através de um golpe civil-militar apoiado pelos Estados Unidos.

Se ontem enriquecemos diretamente Portugal e indiretamente potências como Holanda e Inglaterra, hoje estamos a serviço dos interesses do nosso maior inimigo, um vizinho não tão distante que tem impedido a nossa estabilidade política e também o nosso desenvolvimento e crescimento, os Estados Unidos.

Se ontem tínhamos a escravidão a produzir riqueza para a Europa e, depois, para uma elite aristocrática e cafeeira, hoje temos a servidão do povo e da terra aos interesses diretos dos Estados Unidos e de uma elite desapegada de qualquer sentimento verdadeiramente nacionalista pelo Brasil. Daí a miséria de grande parte da população, a criminalidade nas ruas e a abundância das drogas, tudo sem aparente solução, não por falta de possibilidades, mas por ausência absoluta de interesse e vontade em solucionar tais questões.

A nossa soberania passa diretamente pelo investimento em educação e na utilização dos valores culturais brasileiros para fortalecer nossa identidade como Nação. Fortalecer nossas Forças Armadas com o desenvolvimento de tecnologia nacional e também com material bélico produzido por indústrias brasileiras é estratégico e vital. Mais. Há de se ter uma formação que vise o compromisso com a cidadania e os valores nacionais no Exército, Marinha e Aeronáutica, e também no serviço público. Somente assim aqueles que devem estar a serviço do Brasil e do seu povo poderão estar cumprindo fielmente a missão de fortalecimento do Brasil.

Esse fortalecimento da identidade nacional, por outro lado, é mola propulsora do crescimento econômico e do fortalecimento da cidadania.

O Brasil pode e deve se libertar das garras do imperialismo e de submissão aos interesses de classes absolutamente desprovidas de amor por este país.

Ainda é possível um Brasil próspero e mais justo! Para isso, deveremos nos libertar!

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

QUASE CEM ANOS APÓS A REVOLUÇÃO DE 1930, O ESTADO BRASILEIRO AINDA ESTÁ EM PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO

O planejamento, com início de execução, de assassinato do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral e do presidente e vice-presidente da República eleitos, por parte de militares, evidencia a politização de membros das Forças Armadas, algo inaceitável em qualquer democracia. Eles, mais que quaisquer outros funcionários públicos, têm o dever precípuo de garantir a soberania do país, representada também pela vontade popular demonstrada nas urnas. O contrário é clara ingerência contra o interesse nacional, que pode ser traduzido em traição à pátria.

Os militares, assim como qualquer servidor público, devem voltar-se aos valores do Estado, aqueles consagrados na Constituição Federal, e não aos interesses pessoais ou de grupo dos políticos de plantão.

O dever dos militares em respeitar a vontade popular e a soberania do país é tarefa precipua, principalmente porque armam-se em nome do Brasil para defende-lo de qualquer ingerência alheia à soberania popular e do próprio país, e não o contrário. 

E aí está a difícil tarefa de servir ao público em um país repleto de conchavos como o Brasil.

Ser republicano não é tarefa fácil no Brasil. As instituições ainda servem em grande parte aos interesses dos grupos políticos e não ao Estado. Daí o heroísmo daqueles que em suas manifestações e atos defendem os valores legais, republicanos e constitucionais.

Quase cem anos após a revolução de 1930, com a definição clara de Estado e consequente implementação da regra de concursos públicos, do voto feminino e da criação da Justiça Eleitoral, as instituições ainda voltam-se, em grande parte, aos interesses políticos de grupos que na maior parte das vezes não atende a dispositivos Constitucionais ou legais.

A própria regra do concurso público torna-se, agora, por ações governamentais e entendimento permissivo da Suprema Corte,  exceção, seja pela permissividade de contratação não estatutária ou pela contratação por intermédio de empresas. Ainda que não se diga expressamente, tal entendimento permite, na prática, contratações de pessoas determinadas, escolhidas por vontade política, através da terceirização e quarteirização do serviço público, afrontando a garantia da regra constitucional do concurso público. A contratação por concurso, mas não pela regra estatutária, ainda fragiliza a relação, permitindo-se maior insegurança ao funcionário e, decorrentemente, maior pressão e ingerência políticas.

Mas a atitude anti-democrática de militares, planejando a morte de altas autoridades do país, escancara cristalinamente a fragilidade das instituições, algo que a revolução de 1930 visou mudar.

Até em respeito aos heróis que se negam a praticar atos ilegais e inconstitucionais, mesmo sob forte pressão política, deve-se fortalecer as instituições. Mas como fortalece-las?

A forma primária e mais eficaz é através da educação da cidadania, dos valores constitucionais e nacionais, desde o ensino básico.

Numa sociedade individualista, visa-se consagrar valores individuais e não coletivos, valores privados e não públicos, perdendo-se a noção do Estado e da própria coisa publica. Daí a corrupção e a série de ações contra o Estado perpetrados por agentes políticos e públicos, que deforma e acaba por implodir a figura do Estado Democrático.

A punição de quem age contra o Estado há de ser rigorosa, na forma da lei. Mas também faz-se urgente o fortalecimento das instituições, de forma a que venham defender, sempre, os valores Constitucionais e republicanos, sem a permissibilidade de ingerência política indevida, a qual há de ser, sempre, apurada e exemplarmente punida.

Cabe ao Sr. Presidente da República, como forma de reconhecimento do estrito dever cumprido dos agentes públicos que, ainda que às custas de forte pressão e assédio moral, souberam defender os valores republicanos, como muitos militares e autoridades civis que se negaram a participar da absurda e inaceitável tentativa de golpe.

Tal reconhecimento valoriza o bom agente público e estimula o cumprimento do estrito dever legal, primando pela defesa do Estado Democrático de Direito e do próprio fortalecimento das instituições públicas.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

A IMPORTÂNCIA DOS 50 ANOS DE RELAÇÕES BRASIL-CHINA

O Brasil é um parceiro importante da China, e não é de hoje.
A China sempre foi historicamente grande e importante, atacada por vários impérios. Suas principais ações sempre foram defensivas, como evidencia a Muralha da China, e comerciais, como mostram os livros de história, com a lendária Rota da Seda.
Os chineses estiveram aqui ainda no Império para plantar chá no Rio de Janeiro. E foi um período trágico, onde chegaram a ser, literalmente, caçados nas florestas cariocas. 
Mas foi no mandato de Ernesto Geisel, presidente do período militar, que o Brasil restabeleceu relações diplomáticas com o governo chinês. O Brasil era, à época, um país economicamente mais forte que a tímida China, que já prometia ser uma grande potência 
Hoje, a China é uma grande potência, prestes a ocupar o primeiro lugar no comércio mundial, e também a ser forte tecnológica e militarmente, a ponto den deixar os EUA desesperados.
O Brasil é um parceiro extremamente importante para a China, seja pelas exportações de minério e alimentos, como também pela sólida relação mantida nesses 50 anos. O Brasil tem muito a ganhar, e não apenas na balança comercial, mas em tecnologia e parcerias, inclusive no âmbito militar.
Ao contrário dos EUA, que sempre viram o Brasil como uma possível potência a ser contida, o que evidenciam as ações de espionagem de autoridades e empresas e os frequentes golpes patrocinados, a China vê o Brasil como um parceiro vital.
O Brasil pode ganhar muito mais do que está a receber. Pode fazer importantes parcerias e, com isso, acelerar o seu crescimento, com mais empregos melhor remunerados e com mais tecnologia que pode ser aplicada nos âmbitos civil e militar.
O Brasil não se preocupa muito, mas deve assegurar a sua defesa territorial e com maior ênfase na chamada Amazônia azul, onde circulam mais de 90% do seu comércio. E parcerias com a China podem facilitar essa defesa.
Visando fazer um jornalismo mais crítico, a VAMOS TV sonhou em trazer para o Brasil agências de notícias alternativas, com origens na China, Rússia, América Latina e Catar, além de filmes e séries da China e documentários russos e árabes. Não deu certo, ao menos até agora.
Romper a barreira do noticiário ocidental, recheado de mentiras, não é tarefa fácil. Trazer fatos verdadeiros, com histórico dos fatos, ajudará muito o Brasil a ser mais crítico e a conhecer o seu lugar no mundo e o seu real potencial, sem falsos nacionalismo e ufanismo.
A parceria Brasil-China é importante não só para a China, mas mais ainda para o Brasil. Temos que trilhar os passos do nosso desenvolvimento, erradicando a miséria, assegurando a efetivação da cidadania e o fortalecimento das nossas instituições e da nossa democracia. Laços com um país com um histórico tão sofrido como o nosso e que também é pacifista é importante. O Brasil pode ser um dos maiores do mundo. Não podemos perder o bonde da história que nos circunda.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

MESMO SENDO FRÁGIL GEOPOLITICAMENTE, O BRASIL AINDA PODE GARANTIR UM LUGAR DE DESTAQUE NO MUNDO MULTIPOLAR QUE SE FORMA. SÓ NÃO PODE PERDER TEMPO!

O Brasil é um país frágil geopoliticamente. E por que digo isso?
Por alguns motivos.
O primeiro é que somos frágil belicamente, sem capacidade de enfrentar grandes países e de evitar um bloqueio marítimo no Atlântico Sul, por onde passa a nossa exportação de minério, alimentos e petróleo e grande parte de nossas importações..
Também somos frágeis economicamente, dependendo da exportação para grandes potências, como China e Estados Unidos.
Somos frágeis por não termos um projeto de país e por não nos programarmos para nos situarmos no mundo multipolar que já está em formação.
Mas o que mais nos fragiliza é a nossa riqueza! Sim! Ela é cobiçada. A começar pela riqueza da produção agrícola e também pecuária. A riqueza das fontes de água potável. A riqueza da diversidade de minérios. A riqueza do petróleo. A riqueza da Floresta Amazônica. Tudo isso é alvo de cobiça pelas grandes potências e não temos capacidade militar à altura da defesa que elas exigem!

O que resta ao Brasil, então? Há saídas. Uma que eu visualizo é utilizar essa nossa riqueza como moeda de troca com as grandes potências capazes de ceder parcialmente aos nossos interesses.
Os Estados Unidos agem como império e não negociam, impõem! Já os chineses permitem negociar quando há algo de grande interesse por eles.
No caso dos chineses, russos e indianos, nós temos uma grande produção agrícola capaz de alimentar parcialmente aqueles países que somam pouco mais de 3 bilhões de pessoas,  mais de 1/3 da humanidade.
Isso exigirá política que permita o aumento da produção agrícola. E digo isso porque eles são nossos parceiros no BRICS, o que nos permite negociar com eles o fornecimento de alimentos, em troca de tecnologia para a fabricação de mísseis de médio e longo alcance e outros armamentos estratégicos. E o argumento para forçar essas potências a repassar tecnologia é que a exportação de alimentos só poderá ser garantida se tivermos armas capazes de garantir as nossas fronteiras, inclusive maritimas e os nossos interesses no Atlântico Sul.
Aí entra o Itamaraty e a sua capacidade de diálogo e negociação que é reconhecida internacionalmente. E a possibilidade de atingirmos o nosso intento é grande, já que a produção agrícola e pecuária brasileira é importante, principalmente para a China e a Rússia.

Portanto, o jogo não está perdido! Ainda podemos garantir os nossos interesses geopolíticos e um futuro mais promissor às gerações futuras! Só não podemos perder tempo! Se perdermos essa oportunidade, perderemos parcerias importantes, ficaremos ainda mais dependentes e submissos aos interesses egoísticos e imperiais dos Estados Unidos e ficaremos presos definitivamente ao atraso,  enfrentando um empobrecimento cada vez mais crescente.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

MENSAGEM DE ESPERANÇA NESSE MUNDO DOENTIO EM QUE VIVEMOS?

Há perguntas que sempre me faço, tentando compreender a mim mesmo, ao mesmo tempo em que questiono fatos estranhos ou surpreendentes ocorridos, também em busca de uma resposta.

Um desses fatos para o qual busco resposta é saber o motivo de eu (que não frequento Igrejas ou Templos regularmente e não tenho desenvolvimento paranormal nem mediúnico) ter me inspirado e avistado Anjos com uma certa frequência nos idos de 2018 e que me levaram a escrever tão rapidamente um livro sobre esses Seres Angelicais e Mensagens inspiradas neles.

Não sei se obtive a resposta definitiva, fechada, mas tudo leva a crer que foi uma forte mensagem de Amor para que nós humanos nos preparássemos para tempos difíceis, sabendo que não estaríamos sozinhos.

Logo após a publicação do livro surgiu a pandemia da Covid-19 e outras endemias que julgávamos erradicadas. A miséria nas ruas e a tragédia das drogas se tornaram ainda mais evidentes nas médias e grandes cidades do mundo ocidental. Também vieram catástrofes naturais e eclodiram a guerra da Ucrânia e na Faixa de Gaza, que trazem o temor de um conflito mais ampliado e com o risco de emprego de armas nucleares. E não podemos nos esquecer do aquecimento global, cujos efeitos sentimos no dia a dia, e que, além dos desastres ambientais e mortes, eleva os riscos à saúde humana e ainda traz o sério risco de diminuição da produção agrícola, como advertem a USP e a UFSM, o que possivelmente afetará a economia brasileira e o nosso PIB em curto espaço de tempo. Ou seja, se nada for feito, a tendência é de empobrecimento do país.

A mensagem dos Anjos, segundo compreendo hoje, não era de despedida, mas de desejo de força e esperança para nós humanos, com muitas mensagens recheadas de amor, em um mundo cada vez mais individualista, materialista, doentio e distante do ideal, com muitas mortes e depauperamento da própria humanidade e de sua ética. Talvez significasse uma mensagem de força para enfrentarmos o mundo que veríamos dali em diante, e que não esta nada fácil para a maioria de nós humanos.






domingo, 10 de novembro de 2024

QUESTÕES URGENTES A SEREM ENFRENTADAS DE FRENTE PELO BRASIL

O Brasil precisa enfrentar várias frentes para poder crescer e vir a se tornar uma potência no futuro.

As principais são, nessa ordem: a) a crescente seca que assola o país, a fim de garantir a produção agrícola e pecuária, além do acesso da população à água potável, com planejamento estratégico, estudos e tecnologia; b) investimento público e privado, contínuo, em tecnologia militar e civil, a fim de garantir nossa defesa autônoma e independente, além da nossa soberania e integridade territorial, e também para garantir mercado produtor para exportação e trabalho qualificado e melhor remunerado; c) o desenvolvimento sustentável da Amazônia, região cobiçada por países estrangeiros desde os primeiros anos de nossa colonização, e isso a fim de garantir a ocupação humana e retorno financeiro mínimo que garanta a ocupação dita estratégica, já prevista na Era Vargas; d) a segurança nas grandes e médias cidades e o combate eficaz ao crime organizado, que pode vir a ser uma grave ameaça à democracia brasileira em pouco tempo e que já causa, hoje, sérios prejuízos à produção, comércio e turismo; e) exercício do papel precípuo do Estado para enfrentar o crescente número de pessoas com dependência toxicológica, a situação das pessoas em situação de rua, a favelização de grandes e médias  cidades e a enorme desigualdade social, sem o que não haverá a inserção efetiva de todos na condição de cidadãos nem o necessário aumento de classe consumidora a fomentar o crescimento econômico contínuo do pais; f) saúde e o fortalecimento do SUS, como fatores estimuladores da cidadania e de sensação de pertencimento a uma Nação justa e integradora de todos, o que é vital para um país como o Brasil, onde muitos têm a sensação de pertencerem aos países de origem de seus ascendentes, relegando o Brasil a um país de oportunidades de exploração, e só; g) outras questões se fazem importantes, mas as citadas são prementes, segundo penso.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

UM MUNDO MULTIPOLAR PODE VIR A PERMITIR SONHAR PELA UTOPIA E PAZ! UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!


A democracia no ocidente está decadente e é visível.

Não que a extrema direita tenha enfraquecido a democracia, mas esta, por estar quase morta no ocidente, tem permitido a proliferação de neonazistas e extremistas de direita e estes nunca simpatizaram com o oposto e menos ainda com o regime democrático. E temos visto tal condição se proliferar além dos Estados Unidos, alcançando a Europa, berço do renascentismo e iluminismo.

Governos que se dizem de centro, direita democrática ou centro esquerda, como os Estados Unidos, Grã Bretanha e a Alemanha, têm se mostrado pouco afeitos às manifestações populares. Os atos pró-palestina são reprimidos com força e os participantes presos, simplesmente por defenderem um Estado Palestino, como sempre pregou a ONU, e o fim do genocídio que se consuma a cada dia na Faixa de Gaza por Israel. Estudantes universitários, reitores e professores foram arrastados à prisão por expressarem uma opinião contrária a um poderoso lobby israelo-estadunidense. Uma candidata judia a presidente dos Estados Unidos foi presa, por participar de ato pró-Palestina. Um militar da reserva e que é um famoso analista de geopolítica foi retirado à força de um avião da Turkish AirLines e impedido de continuar viagem, por criticar a atuação dos Estados Unidos e da OTAN na guerra na Ucrânia e apontar os excessos de Netanyahu na guerra contra os palestinos. Até um intelectual e historiador renomado, o israelense Illan Pappe, foi detido pelo FBI, nos Estados Unidos, e interrogado, por ser abertamente contra as ações sionistas. As perguntas feitas foram se apoiava o Hamas. Em Israel, proibiu-se a rede de televisão Al Jazeera. Nos Estados Unidos, impediu-se o TikTok de existir. Democracia? Aonde?

A Alemanha e outros países europeus têm proibido e reprimido qualquer manifestação pró-Palestina. Há um cerco generalizado contra aqueles que pensam diferente. Nisso, os governos direitistas, centristas e esquerdistas da Grã Bretanha, Estados Unidos e Alemanha se igualam entre si e também à própria extrema direita, que também sempre odiou o diferente.
Os representantes e líderes militares e econômicos do dito ocidente estão decadentes.

Poucos são os países que se salvam na Europa, dentre esses, ainda brilha alguma luz na Espanha, na Noruega e na Irlanda, que inclusive reconheceram a Palestina como Estado, ainda que tardiamente, já que a proposta apresentada pela ONU data de 1947, ou seja, de 77 anos atrás, quase um século. Pense em quantas pessoas viveram e sofreram por não terem uma pátria e estarem submetidas à ocupação militar, repressão e assassinatos em massa?

Enquanto isso, manifestações contra os líderes da Rússia e China praticamente inexistem em tais países, e não por repressão governamental, mas por desinteresse da população, já que a economia de tais países continua próspera ou está crescendo mais do que o esperado. E é próspera porque o neoliberalismo não domina a mente dos capitalistas de tais países. Lá, o desenvolvimentismo, principalmente na Rússia, é a chave para o progresso. A economia russa, inclusive,cresceu mais que qualquer país desenvolvido ou integrante do G7, mesmo sob sanções e participando de guerras na África, Síria e Ucrânia. Os salários também aumentaram por lá.

O Ocidente não deveria servir de exemplo para ninguém, hoje em dia! A decadência militar, econômica, democrática e moral está fazendo ruir o mundo colonial e imperialista ocidental, que tantas mortes, genocídios e crises humanitárias causou e continua a provocar. 

O mundo multipolar toma forma e deveria servir de esperança não apenas para o mundo sul global, como é chamado pelos intelectuais da geopolítica, e que já foi o terceiro mundo durante a guerra fria e, na verdade, sempre foi e continua sendo o grupo de países que afetado por potências colonialistas e imperialistas ou por sua posição estratégica ou pelas suas riquezas.

O chamado mundo multipolar, que por enquanto evidencia o crescimento apenas da China e da Rússia, ao lado das potências ocidentais, poderá vir a ser de paz e prosperidade ao planeta, a depender das outras potências em ascensão militar, econômica e, fundamentalmente, geopolítica. O mundo multipolar, por enquanto, é uma incógnita e que está em formação.

Que a democracia, livre dos poderes lobistas de grandes grupos de interesse e que represente de fato cada um dos povos e dos grupos sociais que integram a sociedade, que o humanismo, que o respeito pelos indivíduos e grupos sociais, que a solidariedade entre os povos e as Nações, que a autodeterminação de cada povo e que a não intervenção, princípios previstos na nossa Constituição, possam ser uma realidade a ser consagrada na Terra tão diversa que nos abriga conjuntamente.

Que cada povo possa ter direito à sua terra, que as economias não anulem mais o humano que está em cada um de nós, que a desigualdade não permita a miséria e a fome, e que as fronteiras não sejam transformadas em muros, mas em mãos a receber e a acolher e abraçar!

A Utopia e o sonho não podem morrer. Um outro mundo é possível! Façamos a nossa parte!

terça-feira, 5 de novembro de 2024

ESTADOS UNIDOS: UM PAÍS EM DECLÍNIO

Os Estados Unidos não são os mesmos desde as eleições de 2020, onde houve uma tentativa de ruptura da ordem democrática. 
Os Estados Unidos não são os mesmos moral, social, econômica e até militarmente.
A potência hegemônica está dando espaço a um mundo multipolar a ser liderado economicamente pela China.
A dita maior democracia do ocidente se revela aos poucos como realmente é, e sempre foi, camuflada pela propaganda ideológica por tantos anos, um governo dos ricos, em especial de grandes lobbies e de grupos empresariais, como o de armas, de entretenimento e novas tecnologias.
A massa populacional não tem acesso a tratamentos de saude e é manipulada por uma mídia tendenciosa e por uma propaganda massiva no cinema de Hollywood.
Resta aos estadunidenses poder usar armas que matam e comer hambúrgueres recheados de gordura, que também ajudam a matar.
As eleições de 2024 não trarão grandes novidades, sejam quem for o vencedor. Virão mais guerras comerciais, sanções e envolvimento dos Estados Unidos em ações beligerantes no mundo afora. A democracia de lá continuará a implodir e não é difícil que advenha uma guerra civil, a centralização do poder e até mesmo uma intervenção militar no poder central, por mais absurdo que pareça. 
Os Estados Unidos não agem em prol do seu povo e dos interesses da Nação, mas em favor dos pequenos e fortes grupos que comandam o poder. Militares nacionalistas, não é de hoje, têm denunciado o desvio de poder havido na tomada de decisões pelo comando executivo e do Congresso dos Estados Unidos.
Um país em declínio e todas as adversidades disso decorrentes é o que se espera a partir de 5 de novembro.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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