quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A EXTREMA DIREITA E A NOVA ORDEM MUNDIAL

Há uma nova ordem mundial no horizonte?
Para muitos, sim! Para outros, tudo seria teoria da conspiração.
A verdade é que os Estados Unidos reinaram de forma absoluta desde o fim da União Soviética e ditaram os rumos do mundo, com liberdade para intervirem em muitos países da Ásia, em especial no chamado Oriente Médio.
Coincidentemente, ou não, tais países eram muito próximos da China e da Rússia.
A China recebeu muitas indústrias dos Estados Unidos desde os anos 80, quando o Brasil tinha uma economia bem superior à da China, não apenas pelo amor ao neoliberalismo, mas para criar rusgas entre o país asiático e o bloco comunista liderado pela hoje extinta Uniao Soviética.
Hoje, os Estados Unidos armam dois países em guerra, a Ucrânia e Israel, mas com qual intuito?
Sim, isso também serve para fomentar as indústrias militares dos Estados Unidos, mas não só.
Isso cria uma instabilidade econômica que prejudica principalmente o crescimento chinês, dependente do mercado externo e da importação de alimentos, gás e petróleo, que encarecem muito com as guerras, elevando os gastos da China.
Se morrem ucranianos, israelenses e palestinos, pouco importa para os Estados Unidos, que querem reinar absoluto por mais algumas décadas. Netanyahu e Zelensky agradecem aos EUA por permanecerem mais tempo no poder. Sem as guerras, tais líderes já teriam sido substituídos democraticamente.
A China sabe das reais intenções dos EUA. Resta saber por quanto tempo o gigante asiático permanecerá inerte frente a tais acontecimentos e outros que poderão surgir.em breve. 
A ONU permanece de mãos atadas por força das grandes potências ocidentais que compõem o conselho de Segurança das Nações Unidas. 
Muitos dizem que a extrema direita é fomentada pelos russos. Ledo engano. Eles podem até se simpatizar com alguns líderes extremistas, mas o financiamento e toda espécie de apoio ao radicalismo de direita parece vir diretamente dos Estados Unidos e de um certo aliado não integrante da OTAN, que são os que mais lucram com essa nova ordem mundial, baseada no extremismo político e religioso.
Essa eh uma possível nova ordem mundial, muito semelhante à surgida nos anos 90, tão belicista quanto, mas com muita contra informação e fake news, de forma a manipular a grande massa em proveito de poucos.
O ódio aos pacifistas, incluindo o Santo Papa, é algo que deveria assustar ao menos os cristãos, em especial os católicos, mas não. Esse discurso de ódio faz parte do projeto dessa nova extrema direita integralmente subserviente aos Estados Unidos e aliados.
Outra possível Nova Ordem Mundial, ainda embrionária, seria a liderança mundial chinesa, ao lado de muitos países africanos, asiáticos e sul americanos, com o apoio militar russo. Mas isso apenas reluz no horizonte.
A Europa, em geral, sempre subserviente aos interesses dos Estados Unidos, pode rachar, mesmo na OTAN, e parte dela se reposicionar, parte mantendo a submissão e parte adotando a neutralidade, a depender dos partidos dominantes em cada país.
Grã Bretanha, Canadá, Japão, Austrália e Coreia do Sul tendem a se manter aliados dos Estados Unidos até o fim.
Enquanto isso, morrem e continuarão a morrer milhares de crianças nas guerras, com bombardeios a casas, hospitais e escolas.
A extrema direita latino americana, africana e asiática tende a integrar o bloco de extrema direita integralmente favorável aos Estados Unidos. Parte da extrema direita europeia, ainda precipuamente nacionalista, poderá integrar o bloco dos países que podem romper com a aliança umbilical com os estadunidenses.
Os Estados Unidos não deixarão boas lembranças de sua hegemonia geopolítica ao mundo que restar de suas atrocidades incessantes para manter o domínio mundial, ainda que sob uma aparente nova ordem mundial, integrado pela extrema direita não independente e soberana, mas sim integralmente submissa aos interesses dos Estados Unidos e Israel.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Judeus, cristãos e islâmicos deveriam ter direito de habitar, visitar e cultuar locais sagrados na Terra Santa

Quase não se fala do projeto terrorista sionista implantado na Palestina no final do Século XIX, com matança e expulsão de palestinos de suas terras para o projeto que posteriormente seria adotado pelo Reino Unidos e pela ONU, a partilha da Palestina em um Estado judeu (Israel), menor que o território hoje ocupado, e a Palestina independente (com área muito maior que a dos territórios atuais).
Antes disso, judeus, islâmicos e cristãos, todos árabes, viviam em relativa paz naquela região, dominada por séculos pelos turcos-otomanos e sucedidos pelos britânicos.
Os grupos terroristas judeus atacavam palestinos e soldados britânicos, antes de 1948, e deram origem ao exército israelense, hoje chamado de IDF, Forcas de Defesa de Israel.
Não se discute aqui o direito de judeus viverem na região, até porque sempre estiveram lá, de alguma forma. Também não se discute aqui a existência do Estado de Israel com as fronteiras delimitadas pela ONU em 1947. Se discute aqui a forma de "legitimação" sionista do grande Estado de Israel com a expulsão, massacre e ocupação de casas e territórios de palestinos ao longo da história, o que viola leis internacionais, Resoluções da ONU e o direito humanitário.
Em nenhum momento se apoia ou se legítima aqui ações terroristas por palestinos, mas, ao contrário, entende-se justificável as ações de resistência (limitadas a tais) de qualquer povo, incluindo-se aí dos palestinos, contra a ocupação ilegal de suas áreas por potência estrangeira, no caso às áreas reconhecidas pela ONU como palestinas pelo exército de Israel ou por colonos israelenses apoiados por Israel.
Para entender um pouco mais a questão da Palestina, veja um breve extrato de um Curso ministrado em parceria pela PUC/SP e o ICArabe (https://www.icarabe.org.br/curtas/historia-da-palestina-e-desafios-da-atualidade).
Boa leitura!

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Mídia tendenciosa e pressão contra o jornalismo independente

Embora no Brasil existam mais de 12 milhões de árabes do Líbano, Síria e até da Palestina e descendentes, algo em torno de 6% da população, muitos deles empresários e até políticos, enquanto os judeus somam 150 mil indivíduos, cerca de 1,2% do número de árabes e descendentes, e menos de 0,1% do total de brasileiros, o fato é que a mídia brasileira é extremamente tendenciosa e pró-Israel, chegando a desumanizar os árabes em geral, incluindo-se aí os palestinos em suas matérias.
A França, Alemanha, Reino Unido e a Suécia também têm muito mais árabes e descendentes do que judeus, mas a mídia de lá também é tendenciosa, incluindo a BBC. A mídia dos Estados Unidos, então, nem se diga.
Não sou eu que estou dizendo. Veja a matéria da Sputnik Brasil (https://sputniknewsbr.com.br/20231125/midia-na-berlinda-jornalistas-denunciam-parcialidade-na-cobertura-ocidental-da-guerra-israel-hamas-31669391.html), revelando a perseguição àqueles que adotam uma posição independente e imparcial.

domingo, 26 de novembro de 2023

50 dias de guerra em Gaza equivalem a 12 anos de intensa guerra na infinitamente maior Ucrânia.

Israel matou, desde 7 de outubro, 53 crianças na Cisjordânia, que em tese não está em guerra, segundo números da ONU.
E só na Faixa de Gaza, Israel assassinou mais de 6 mil crianças, segundo autoridades médicas de Gaza, em menos de 50 dias. Esse número é assustador. A guerra na Ucrânia, que vai completar dois anos e abrange uma área infinitamente maior, deixou até agora menos de mil crianças mortas. Ou seja, seria necessário que a guerra da Ucrânia durasse 12 anos, com a mesma intensidade, para se alcançar os 6 mil mortos de Gaza em apenas 50 dias. Repito, Gaza, em apenas 50 dias incompletos ultrapassa a marca de 6 mil crianças assassinadas.
Os números e a crueldade indicam que Israel ultrapassou qualquer proporcionalidade e razoabilidade. O que Netanyahu fez e está fazendo em Gaza é assassinato puro e simples, em puro ato de vingança. Isso nunca foi defesa, e menos ainda proporcional. 
Vemos o extermínio em Gaza, a cores, transmitido ao vivo na tevê e nas mídias sociais, sob o slogam de ato de defesa de Israel, que age por meio de suas Forças de Defesa. Hipocrisia pura. 
Israel ataca, assassina, sequestra crianças nos Territórios palestinos, toma terras palestinas e a mídia, cinicamente, diz que Israel apenas se defende.
Israel não respeita as leis internacionais e conta com o amplo, caríssimo e inconsequente apoio dos Estados Unidos.
Um dia a classe média dos Estados Unidos perceberá que grande parte dos impostos que paga é para encaminhar armas e dinheiro, sem qualquer espécie de  contraprestação, a outro país, Israel. Nessa dia, o financiamento tenderá a acabar, por mais que exista o lobby sionista.
O genocídio das crianças palestinas e a transformação de uma geração em órfãos pesará na conta de Biden, dos Democratas e do governo dos Estados Unidos, corresponsável pelos crimes de guerra perpetrados, já que os EUA  fornecem gratuitamente, e de forma irresponsável,  armamentos e dinheiro ao extremista Netanyahu, que tenta a qualquer custo perpetuar-se no poder.

sábado, 25 de novembro de 2023

Palestinos "presos" ou civis palestinos sequestrados por Israel?

Questão de adoção de linguagem equivocada ou jornalismo tendencioso?

A mídia utiliza corretamente o termo vítima sequestrada para os civis em Israel capturados pelo Hamas, mas quando se trata das vítimas palestinas capturadas e presas sem processo judicial por Israel, chama-os de presos. Não. Não são apenas presos, embora estejam detidos ilegalmente, por sinal. São vítimas sequestradas. Israel não tem qualquer autoridade legal para deter palestinos em área que não seja de Israel, ainda mais sem qualquer decisão judicial que o ampare. Os civis palestinos presos que Israel está soltando após negociação intermediada pelo Catar são, para usar a terminologia correta, civis palestinos sequestrados.

Infelizmente, muitos veículos de comunicação são tendenciosos e, com isso, falseiam a realidade em favor de uma das partes em conflito.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

RAMI UNGAR, O MISTERIOSO BILIONÁRIO ISRAELENSE AGENTE COOPERADOR DO MOSSAD E PROPRIETÁRIO DE NAVIOS, UM DELES APREENDIDOS PELOS HOUTHIS DO IÊMEN.

Quem é Rami Ungar, o bilionário israelense que é um dos proprietários do navio de carga Galaxy Leader, apreendido pelo grupo iemenita Ansar Allah, no Mar Vermelho?

Abraham Rami Ungar é um empresário israelense que atua na importação de automóveis, no setor imobiliário e em empresas de navegação. É considerado uma das 30 pessoas mais ricas de Israel.

Ele estudou direito em Oxford e na Universidade de Tel Aviv e possui amigos influentes na política e no Mossad.

É amigo do ex-presidente Ezer Weizman, afastado por corrupção, que teria recebido US$ 27 mil de Ungar em meados da década de 1980. 

Também é amigo próximo do atual ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Ele chegou a doar 341 mil dólares ao ex-diretor do Mossad, Yossi Cohen, supostamente para que fosse construída uma Sinagoga em frente à casa do agente secreto, mas foi revelado que Cohen atuou para garantir a Ungar a representação da montadora sul-coreana Kia em Israel.

Ungar é apontado como agente cooperador do Mossad e teria atuado para convencer empresários a desistir de negociar com o Irã.

As informações constam do site RT.COM

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Eleição de Milei não significa que a Argentina optou pela extrema direita.

Muitos bolsonaristas comemoraram a eleição de El Loco, de Milei, na Argentina, como se a vitória do personagem estranho significasse uma opção pelo extremismo pelos argentinos.
Não. A eleição de um extremista significa desespero econômico, apenas isso. 
Há muita diferença entre o Brasil e a Argentina.
No Brasil o bolsonarismo uniu os saudosistas da ditadura, os adoradores do Tio Sam e tudo o que significa, os evangélicos radicais, os conservadores nos costumes e também muitos oportunistas, como sempre.
A pauta econômica de Bolsonaro, do neoliberal Guedes, atraiu alguns liberais, é verdade, mas só no início. Bolsonaro não era liberal na economia, mas corporativista.
Na Argentina, a eleição do velho cabeludo metido a rockeiro, embora com um discurso desnorteado da realidade e do bom senso, não se deveu às pautas dos costumes, ao saudosismo pela ditadura ou ao conservadorismo social ou religioso. A eleição se deveu ao esgotamento do modelo político-economico adotado pela Argentina nas últimas décadas, seja à direita, com Macri, seja à esquerda, com o Kishnerismo. O argentino queria e quer respirar e sair do sufocamento inflacionário.
Alguns argentinos eleitores de Milei podem ser reacionários, mas correspondem a uma minoria.
Bolsonaro pode comemorar a vitória do personagem Milei, mas ele não representa que o eleitorado argentino se converteu ao extremismo.
Caso Milei não mostre resultados econômicos em dois anos, poderá não se reeleger e até mesmo não terminar o mandato.
O tempo dirá!

O ÓDIO SEMEADO POR OPORTUNISTAS.

O ódio é semeado por oportunistas.
Oportunistas que querem poder, oportunistas que querem dinheiro e por todas as outras espécies de oportunistas que querem algum protagonismo.
E quando muitos desses oportunistas se unem no mesmo propósito, a humanidade corre o risco de se deparar com atrocidades, brutalidades e genocídios.
E assim se perpetuou o ódio ao longo do tempo, por puro interesse de alguns.

De certo, a paz é o que interessa aos civis israelenses e palestinos, mas não é o que promovem algumas das autoridades daqueles povos e de outros países, interessadas no poder.

A indústria bélica e de tecnologia de Israel cresceu devido às guerras com os países vizinhos e os palestinos e utiliza a Faixa de Gaza para testes. A perpetuação do conflito lhes é rentável, muito rentável.

Os Estados Unidos querem vender suas armas, e guerras, aonde quer que seja, lhes interessam.

O Irã vê crescer a sua influência geopolítica ao aliar-se a grupos armados, como o Hamas.

A mídia utiliza adjetivos e qualifica países, grupos e etnias e ainda divulga supostos fatos sem o devido cuidado, sem a necessária ponderação e sem apurar a fundo, parte delas se aliando ao bloco de oportunistas.

Muitos utilizam provérbios, frases da Bíblia e uma pseudo religiosidade para angariar fama. São oportunistas tão crueis quanto os fabricantes de armas, pois matam a verdadeira fé, deturpando o sentido de Religiosidade e Espiritualidade.

Os oportunistas se degradam com o poder, o dinheiro, a fama e a influência.

Mas há os resistentes, os que buscam a paz, os que buscam a verdade, os que buscam socorrer e ajudar, mas se tornam vítimas do confronto e dos oportunistas.

A população é vítima, em grande parte fatal, encurralada pelos oportunistas.

Os de caráter sofrem com o que veem e enfrentam.

O ódio provoca vítimas, e muitas.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

TEXTO IMPERDÍVEL DO CONCEITUADO SITE SPUTNIK BRASIL: 'Leviatã': a questão energética por trás do conflito em Gaza e o 'monstro' que vive entre os oceanos

Um interessantíssimo artigo publicado no conceituado site da Sputnik Brasil, levanta a hipótese de que a guerra entre Israel e Hamas atinge um objetivo primordial dos Estados Unidos e de Israel, a de exportação de gás israelense à Europa, de um lado, inclusive com apropriação das reservas de gás da Faixa de Gaza, prejudicando as exportações russas de gás, e, de outro, uma nova rota de exportações, passando pela Índia, Emirados Árabes Unidos, Israel e Egito, em contraposição à Rota da Seda chinesa, prejudicando as pretensões comerciais chinesas e favorecendo os Estados Unidos.

Não é por outro motivo que algumas nações europeias estão apoiando cegamente Israel, ao lado dos Estados Unidos, enviando forças para a região, mesmo com intensos e gigantescos protestos internos pró-Palestina.

Assim, a guerra na Faixa de Gaza, pela sua importância e reflexos na economia regional e global, pode, em pouco tempo, passar a envolver não só nações ocidentais, mas dois gigantes do leste, China e Rússia, além de vários países árabes e muçulmanos, estes mais preocupados com a questão da tomada de Jerusalém e morte e expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza e Cisjordânia (a conclusão apresentada neste parágrafo é deste blogueiro e não do texto recomendado)

'Leviatã': a questão energética por trás do conflito em Gaza e o 'monstro' que vive entre os oceanos

https://sputniknewsbr.com.br/20231120/leviata-a-questao-energetica-por-tras-do-conflito-em-gaza-e-o-monstro-que-vive-entre-os-oceanos-31580158.html

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

ESTADO DA PALESTINA, REQUISITO VITAL PARA SE ALCANÇAR A PAZ, A JUSTIÇA E A SEGURANÇA

Desde 7 de outubro, dia do ataque terrorista do Hamas a Israel, tenho escrito quase que diariamente nesse espaço.

Não foram poucos os textos, mas devo a energia e a capacidade de escrever em tão pouco tempo à minha grande paixão por geopolítica e pelos direitos humanos.

A preocupação central desse conflito deveria ser com as vítimas civis israelenses, inclusive as sequestradas, por um lado, e pelas vítimas civis palestinas, de outro. A guerra não é justa, como nenhuma efetivamente é, mas revela os desacertos da humanidade ao se deparar com a destruição de lares, hospitais, escolas e da própria pequenina pátria palestina.

Não há como reverter o amargor da guerra, mas é possível evitar a sua perpetuação. Para isso, o Estado palestino viável, deverá ser prontamente estabelecido, seja de acordo com o mapa da criação da ONU, de 1947, ou próximo disso. Palestina com uma pequenina Faixa de Gaza, muito inferior ao tamanho previsto pela ONU, ou com uma Cisjordânia totalmente fragmentada e desconexa, não é viável!.

Apenas as grandes potências militares, a começar pelos Estados Unidos, poderão impor a Israel a necessidade de criação imediata do Estado da Palestina. Este é o único caminho para a paz entre os dois povos, de justiça para os palestinos e de segurança efetiva para Israel.

domingo, 19 de novembro de 2023

DIA DE ELEIÇÕES NA ARGENTINA, QUE DEUS PROTEJA A ARGENTINA E O SEU POVO!

Hoje é dia de eleições na Argentina, nossa Pátria irmã.

A Argentina reúne boa gastronomia, boa música, bons escritores, bons cientistas e lindas paisagens. É um recanto de doce encanto em todas as suas províncias. Todos os brasileiros deveriam viajar para lá todos os anos, não só porque está barato e fica muito próximo, mas porque realmente encanta.

A economia argentina se dolarizou nos anos 90 e foi um fracasso. O maluco candidato da extrema direita, que se diz anarquista, caso saia vencedor, pode levar o nosso vizinho ao buraco social e econômico em questão de meses ou ano. É um fanfarrão perigoso e inconsequente que usa uma das músicas da Xuxa para empolgar o seu público.

Já o candidato do centro e da esquerda, Massa, é economista e assumiu o comando da economia no auge da crise. Tem capacidade de reverter a crise e é mais consciente das capacidades e necessidades da Argentina.

Não pensar no social nesse momento é agravar a crise argentina. Embora o desemprego seja baixo, por volta de 3%, os salários estão baixos e a maior parte dos empregos não são qualificados. Daí a necessidade também da reindustrialização, assim como no Brasil, para melhorar o poder de compra do povo, qualificando a população, produzindo tecnologia de ponta ou não e ganhando mercado na exportação de manufaturados.

Que Deus proteja o povo e a Nação argentina e evite que um inconsequente brinque de presidir um país tão importante como a Argentina!

sábado, 18 de novembro de 2023

NETANYAHU PRETENDE PERMANECER NO PODER, PROLONGANDO A GUERRA, MAS ISSO PODE AFUNDAR ECONÔMICA E MORALMENTE ISRAEL

É fato inconteste o poderio da espionagem israelense, mas mesmo ela foi incapaz de evitar o ataque brutal do Hamas no dia 7 de outubro.

Também é pacífico no meio militar o poderio bélico israelense. Mas mesmo ele, mesmo sendo praticados crimes de guerra, bombardeando-se hospitais, escolas, prédios da ONU e suas agências, Igrejas, Mesquitas, matando mais de 11 mil civis, dentre eles 4 mil crianças, cortando o fornecimento de combustível, luz, água, comida, insumos hospitalares, não conseguiu vencer um grupo paramilitar, como o Hamas, em um espaço tão diminuto como a Faixa de Gaza, após 40 dias do massacre de 7 de outubro.

Somados a espionagem e as forças armadas, Israel foi incapaz de libertar os israelenses feitos reféns, inclusive matando muitos deles com os incessantes ataques aéreos e terrestres.

Se com os bombardeios Israel mostra força, também revela o insucesso de suas ações. A única coisa que as forças armadas israelenses provocaram foi o caos e a destruição de Gaza, mas não do Hamas, nem a retomada dos reféns israelenses.

Quando se diz que Israel fracassa, deve ser dito o nome do responsável: Netanyahu.

Netanyahu se afunda. Quanto mais tempo durar a guerra, mais tempo ele permanecerá no poder, mas mais se afundará politicamente perante a população de Israel. Ele diz e parece querer o contrário, inclusive que ela se alastre para o Líbano, contra a resistência libanesa denominada Hezbollah.

Se parece ser evidente o fracasso de Netanyahu, por outro isso mostra o seu desespero e medo de sumir da política israelense.

Mas não é só. Quanto mais tempo durar a guerra, pior para a economia de Israel, que já contraiu uma dívida de cerca de 8 bilhões de dólares para 40 dias de guerra. Se comparado com a dívida da Ucrânia, de mais de 132 bilhões de dólares para 1 ano e 9 meses de guerra, é muita coisa. O país europeu luta contra um poderoso exército, o russo, com centenas de milhares de militares, em uma ampla área, enquanto Israel luta contra um grupo paramilitar com dezenas de milhares de combatentes, na pequenina Faixa de Gaza.

A Ucrânia afundou a sua economia com a guerra, e Israel? 

Quantas horas, dias ou meses durará a guerra? Se for contra o grupo Hamas, deveria terminar em poucas semanas, no máximo. Porém, se o Hezbollah ingressar no confronto, a guerra poderá se prolongar por longos meses ou anos, face ao poderio bélico do grupo, com cem mil combatentes preparados para o confronto.

O pequeno Líbano, onde o Hezbollah tem sede, parece não querer entrar em guerra, pois enfrenta a pior crise econômica de sua história. Mas se Netanyahu continuar os ataques ao sul do Líbano, o grupo paramilitar libanês poderá retaliar massivamente, iniciando assim um confronto mais amplo e duradouro.

Prolongar a guerra pode prolongar a permanência de Netanyahu no poder, mas afundará econômica e moralmente Israel.

Os Estados Unidos podem ajudar temporariamente Israel, mas não eternamente. Vide a realidade da Ucrânia, hoje.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

ORIENTE MÉDIO, PERSPECTIVAS PARA ISRAEL, PALESTINA E OUTROS PAÍSES E GRUPOS POLÍTICOS

Há quem não se sensibilize ao ver a aflição e desespero das crianças de Gaza. Há, ao contrário, quem goste da força e da brutalidade como senso não de Justiça, mas de poder!

Estamos em pleno século XXI, com avanços tecnológicos, mas o ser humano ainda é um troglodita no aspecto emocional. E estou falando de Netanyahu, das forças armadas israelenses, dos aliados políticos locais e estrangeiros de Netanyahu, dos políticos de extrema direita mundo afora e da torcida de loucos, mundo afora, por Israel e pelos seus atos excessivos e brutais, como se em uma guerra estranha a nós devêssemos torcer para um dos lados.

O ser humano e o seu parente distante, chimpanzé, são animais sádicos. Adoram o sofrimento alheio. Obviamente que há exceções, e são muitas. Há os que canalizam toda a dor em perceber o sofrimento alheio em ajuda efetiva, acolhimento e amparo.

O que Israel está fazendo, hoje, já está marcado na história dos povos e da humanidade! Netanyahu muito provavelmente sumirá dos holofotes em breve e descansará no cárcere israelense, não pelos excessos cometidos, mas pela corrupção desenfreada. A população israelense culpa o primeiro ministro pelo fracasso em evitar o ataque do Hamas em 7 de outubro, não se importando com os excessos que ele vem praticando contra a população civil palestina. Restará apenas o nome do talvez último político que se vê como imperador israelense, Brutus Netanyahu, que seus descendentes se envergonharão de pronunciar.

Uma mudança política em Israel é difícil. A direita e a extrema direita são muito fortes naquele país. Dificilmente a esquerda retomará o poder. Mas a esquerda lá é sionista, e não difere muito das políticas expansionistas da direita. Talvez políticos do centro e da centro direita, articulados com a esquerda e partidos da direita moderada, consigam governar o país de forma menos brutal e menos autocrática.

Os palestinos dificilmente receberão o apoio necessário dos governantes dos países árabes, desarticulados e mais preocupados em manter-se no poder. O pequeno Catar, o discreto Omã e o anti-imperialista Irã tendem a apoiar efetivamente os palestinos, com recursos humanos e financeiros. Mas o que serão os territórios palestinos daqui pra frente? O que sobrou da Cisjordânia retalhada e o pedaço sul da Faixa de Gaza? Talvez nem isso. Se os Estados Unidos não forem determinados e fortes em exigir que Israel saia dos territórios palestinos, Israel se apoderará da Faixa de Gaza e, cada vez mais, se apropriará de terras da Cisjordânia, estabelecendo colonos radicais naquela área. A China tem uma postura mais independente, mas não quer criar conflito com Israel e países árabes, todos eles seus aliados no estabelecimento da rota da seda. A Rússia dificilmente agiria militarmente contra Israel. Já não o faz na Síria, quando Israel ataca as forças leais a Assad, aliado russo. E se for considerado que já enfrenta guerras na Síria, Líbia, pequenos países da África e Ucrânia, a Rússia não iria arriscar enfrentar nesse momento delicado um país tão fortemente armado como Israel, ainda que isso significasse ainda maior poder de influência no Oriente Médio.

A tendência é o mundo oriental e parte do ocidental (hemisfério sul) pressionar Israel a adotar uma postura mais respeitosa ao direito internacional, incluindo as regras sobre guerras. Se Biden não for rigoroso com Israel nesse momento, tenderá a perder o apoio de grande parte de seu eleitorado, e se isso acontecer, qualquer candidato republicano terá fortes chances de ser eleito.

O Irã sai fortalecido com a postura agressiva de Israel. Embora este articule para que o Irã não ingresse nos BRICSs, a China e a Rússia assegurarão o ingresso do país persa no organismo multilateral.

Israel está usando o Hezbollah como propaganda negativa do Irã, acusando a resistência libanesa de terrorismo, inclusive no Brasil. Cientistas políticos dizem que isso faz parte do plano israelense de plantar informações falsas sobre o Hezbollah e, com isso, afastar o Brasil do Irã, visando evitar o ingresse desse país nos BRICSs. Há especialistas que ainda afirmam que Israel planeja minar o governo Lula, visando diminuir o grande apoio ao cessar fogo no hemisfério sul.

Com a pressão israelense, o Irã aprofundará o desenvolvimento tecnológico de inúmeros armamentos, ao mesmo tempo em que amplia laços políticos e econômicos com países da Ásia e do sul global, incluindo África e América do Sul. Talvez Israel não tenha aprendido que o Irã funciona muito bem, e melhor, sob pressão.

O Hezbollah é uma incógnita. Há quem diga que o grupo político, assistencial e militar tem cerca de 100 mil soldados preparados para o confronto armado com Israel. Muitos deles lutaram na guerra da Síria, ao lado das forças leais sírias, contra o ISIS e o Estado Islâmico.

O Hezbollah é uma força política importante na região. No Líbano, quase a totalidade da população considera seus militantes como heróis, pela resistência heroica às últimas invasões terrestres israelenses.

O Hezbollah tem apoio iraniano, mas age independentemente.

Israel tem provocado o grupo com ataques no sul do Líbano, mas, ao que parece, a intenção do Hezbollah não é entrar em guerra com Israel neste momento.

Caso o Hamas saia derrotado e seja expulso de Gaza, o Hezbollah entra na mira dos falcões israelenses. Israel não tolera um grupo tão forte e bem armado como o Hezbollah no Líbano. Para Israel, todos os países árabes que o confrontam deveriam estar recheados de terroristas como o Estado Islâmico. Coincidência ou não, os três países árabes que repudiavam qualquer aliança com Israel enquanto este não saísse dos territórios palestinos, libaneses e sírios ocupados eram a Líbia, o Iraque e a Síria, que sofreram e sofrem com essa organização terrorista e radical. O Líbano, graças ao Hezbollah, resistiu e expulsou de seu território os terroristas do ISIS.

Não é de hoje que a Síria acusa Israel de laços com organizações fundamentalistas e terroristas (https://www.aljazeera.com/news/2015/4/27/the-curious-case-of-israel-al-nusra-and-facebook-spy). Está documentado que diversos membros de um grupo terrorista ligado à Alqaeda que agia contra o governo em território sírio, recebeu atendimento médico hospitalar em Israel (https://www.reuters.com/article/syria-crisis-israel-wounded-idINDEE98C08G20130913).

Países árabes historicamente neutros tenderão a ser mais rigorosos com Israel, sejam países do golfo, Jordânia, Egito e do Norte da África. A população árabe e islâmica, em geral, e especialmente desses países, tem cobrado apoio efetivo à população civil palestina.

Com a trágica ação de Biden, de enviar porta-aviões, navios, militares e armas em apoio a Israel, a área de influência dos Estados Unidos tende a se limitar a Egito, Marrocos, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Israel. A Rússia e a China tendem a exercer maior poder geopolítico na região, inclusive com a possibilidade de implantação de bases militares na Líbia, pela Rússia, e em Omã, pela China.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ISRAEL VEM PRATICANDO CRIMES DE GUERRA E CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, ALÉM DE APROXIMAR-SE EM DEMASIA DO GENOCÍDIO PALESTINO, DIZ ESPECIALISTA ISRAELENSE EM HOLOCAUSTO

O que Israel está cometendo em Gaza está muito próximo do genocídio. Quem afirma isso é o historiador israelense Omer Bartov, um dos maiores especialistas do mundo em Holocausto.

Para ele, o assassinato desproporcional de civis de Gaza por parte de Israel, bem como as declarações desumanizantes feitas pelos líderes israelitas e as sugestões de expulsão em massa, são uma clara violação do direito internacional e configuram a prática de crimes de guerra, além de crime contra a humanidade, por parte de Israel em Gaza.

A entrevista completa você vê (e pode ler pela transcrição) no site do Democracy Now. Clique aqui.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO E FAKE NEWS

Teorias da conspiração são teorias e por isso se diferem de mera fake news.

As teorias da conspiração se utilizam de fatos reais para chegarem a conclusões díspares daquela veiculada amplamente na sociedade. Já as fake news são basicamente o oposto, já que se utilizam fatos falsos, seja parcial ou integralmente.

As teorias da conspiração nos fazem refletir, visando buscar uma verdade que teria, ao menos em tese, sido ocultada, enquanto as fake news escondem a verdade de nós e visam à manipulação.

ISRAEL, GOVERNADO PELA EXTREMA DIREITA, ESTÁ CADA VEZ MAIS DISTANTE DE UMA DEMOCRACIA

Nem todos os países têm o mesmo tratamento por suas ações. Vide como a mídia e alguns governos agem em relação a Israel, comparativamente à Venezuela e Irã.

Muitos países são verdadeiras ditaduras, mas quando são alinhados aos Estados Unidos, são chamados de governos, monarquias, menos pelo o que realmente são: ditaduras. Um exemplo disso são os países do golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Mas e Israel não seria a maior democracia do Oriente Médio? Israel têm eleições democráticas livres, sim, mas só.

Naquele país, nem todos os cidadãos são da mesma classe e têm os mesmos direitos. Os árabe-israelenses nascidos em Israel, que somam 21% do país e que têm a cidadania israelense, não têm os mesmos direitos que um israelense não árabe (vide a matéria da BBC Brasil https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57238510). Há uma discriminação feita por lei, sendo que Israel, mesmo após 75 anos de sua criação, não possui uma Constituição até os dias atuais (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/03/28/por-que-israel-nao-tem-constituicao-e-como-funciona-judiciario-no-pais.ghtml).

Além do tratamento díspare entre os próprios cidadãos israelenses, em razão de sua origem étnica, a legislação israelense autoriza a demolição de casas de civis não israelenses em territórios palestinos, a ocupação de área palestina por colonos e o controle de cidadãos palestinos em territórios daquele povo. 

A legislação israelense ainda autoriza a prisão de crianças palestinas e de civis sem que haja o correspondente procedimento investigativo instaurado. Ou seja, lá não é garantido o devido processo legal aos palestinos.

Lembre-se que os territórios palestinos estão ocupados ilegalmente por Israel, como já decidiu a ONU.

Mais, governado pela extrema direita, Israel sofre sério risco de limitar as decisões da Suprema Corte Israelense pela lei aprovada meses atrás. A lei aprovada limita os poderes da Corte, em beneficio do Poder Executivo e de seu primeiro- ministro quase que eterno, Netanyahu.

O Poder Judiciário, que dava um verniz democrático a Israel, sofre agora sérias limitações em sua competência decisória. O governo do estadunidense de Biden e grande pare da própria população israelense se manifestava contrariamente à proposta do governo, agora aprovada.

Mas não é só. Os governos israelenses têm reiteradamente descumprido as Resoluções da ONU, bombardeado prédios do órgão em áreas palestinas e atacado verbalmente muitas das autoridades das Nações Unidas.

Ainda em 1948,  o diplomata sueco Folke Bernadotte foi assassinado por terroristas israelenses (Lehi) em Jerusalém (https://www.bbc.com/portuguese/noticias/story/2003/08/printable/030819_analisemt). Ele havia sido indicado como mediador pela ONU.

Muitos políticos radicais, integrantes do governo israelense, pregam abertamente, há tempos, a morte deliberada de palestinos e árabes.

Agora, após o brutal assassinato de civis israelenses e a tomada de reféns, Israel não pretende se defender nem agir com ponderação, mas sim invadir brutalmente, com tanques, a área civil em Gaza, pondo em risco a vida de crianças (já são mais de 3 mil crianças e adolescentes palestinos assassinados por forças de Israel), além de mulheres e idosos. Hospitais e escolas foram bombardeados e Gaza, que depende da compra de água, gás e energia de Israel, bem como a autorização deste para o ingresse de produtos básicos e de alimentos, sofre com a negativa da autorização israelense. Os palestinos estão sob bombardeio e impedidos de sair de seu território, privados de energia elétrica, gás, água, comida e medicamentos. Muitos cientistas políticos internacionais dizem que tal conduta caracteriza crime de guerra por parte do governo extremista de Israel.

Considerando-se tais fatos estarrecedores àqueles que creem nas instituições lives e democráticas e no direito humanitário, será possível afirmar que Israel é mais democrático que a Venezuela e o Irã, que também possuem eleições livres?

E será que o governo israelense é mais democrático que o venezuelano ou iraniano, tratados como párias internacionais?

Lembre-se que a mídia brasileira chama Venezuela e Irã de ditaduras. Após considerar os fatos acima, nem todos recentes, a mídia chamará assim também Israel?

terça-feira, 14 de novembro de 2023

O ÊXODO PALESTINO QUE O ESTADO SIONISTA BUSCA. JUDAÍSMO NÃO SE CONFUNDE COM A POLÍTICA DO ESTADO DE ISRAEL, DITADA POR EXTREMISTAS SIONISTAS

O mundo atual, mesmo após os ensinamentos budistas, crísticos e espíritas, e também de outras Fés, de tolerância, amor, respeito e compaixão, não está fácil para a maioria das almas.

Que o diga, então, para os palestinos, sem pátria, sem dignidade e sem direitos básicos, e isso vale tanto para aqueles que estão localizados na cada vez mais diminuta Faixa de Gaza, como para aqueles que se localizam na retalhada Cisjordânia, cada vez mais israelense que palestina.

O que os palestinos sofreram ao longo de décadas, mesmo antes da criação de Israel, não é para qualquer povo. O palestino é forte e resistente!

Mas os últimos ataques de Israel a Gaza, a hospitais, a escolas, a funcionários da ONU e suas agências, a mais de 4 mil crianças, a mais de 3 mil mulheres e idosos, a Mesquitas, a Igrejas Cristã Ortodoxas, à proibição de fornecimento de água, alimentos, gás, energia elétrica, combustíveis e insumos hospitalares, levaram o caos e terror à população civil palestina.

Aos palestinos quase não há escolha. O que lhes resta é fugir. Mas a fuga é o abandono de suas terras ancestrais, de sua história e cultura e a tomada definitiva daquilo que é dos palestinos pela extrema direita que governa Israel.

Haverá novamente um êxodo palestino de suas terras ancestrais ou mais uma vez eles se sacrificarão pela diversidade na Terra Santa?

Se optarem por salvar a própria vida, junto com eles vão embora da Terra Santa os últimos cristãos, palestinos cristãos. Igrejas foram destruídas em Gaza, enquanto Cristãos são cuspidos por radicais israelenses em Jerusalém Oriental, o que a mídia brasileira não mostra. Leia mais em matérias da agência Associated Press (https://apnews.com/article/israel-jews-spitting-christian-pilgrims-jerusalem-8888593827bc2a3820ba03fe5c38ee9a) e no Times of Israel (https://www.timesofisrael.com/5-arrested-for-spitting-at-christians-in-jerusalem-police-minister-its-not-criminal/).

Israel é essencialmente uma pátria para judeus, a quem cabe, com exclusividade, ditar a autodeterminação do Estado. A Europa cristã, ao dividir a Palestina histórica em Israel e Palestina, e o seu silêncio e aquiescência com os excessos dos sionistas de extrema direita, tem permitido a expulsão dos cristãos, leia-se palestinos cristãos, e o fim cada vez mais próximo da cristandade na Terra Santa.

A expulsão dos palestinos significa o próprio fim dos cristãos na Terra Santa.

Os palestinos resistirão não como povo eleito, mas como povo da verdadeira Fé, filhos de Ismael e descendentes de Abraão, ressignificando os sentidos de povos escolhidos e de povos da verdadeira Fé e compaixão?

Com a criação de Israel e a consequente história dos Palestinos, um outro livro deveria ser escrito para a Bíblia, talvez não para a Bíblia judaica, Bíblia cristã ou Alcorão islâmico, mas o livro da história e significado da própria humanidade! O Deus que criamos e no qual temos Fé é o nosso verdadeiro Eu interior, a nossa essência, a verdade que buscamos em nós e em tudo! E os palestinos nos têm revelado que não importa ser escolhido, mas a oportunidade que a humanidade tem de revelar a compaixão por um povo oprimido por um Estado que se intitula como todo poderoso, escolhido por um Deus, que embora muitos digam ser bíblico, é na verdade muito particular, raivoso, inescrupuloso, impiedoso, orgulhoso e arrogante, um Deus muito diferente dos ensinamentos budistas, cristicos e da orientação de grande parcela do povo judeu. 

Israel não representa o judaísmo. Israel é tão somente um Estado prestes a se tornar autocrático. O que o governo de Israel faz revela-se como política extremista sionista, não se confundindo com a verdadeira Fé judaica. Há muitos judeus ortodoxos que não reconhecem a legitimidade do Estado sionista (https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2022/12/ultraortodoxos-antissionistas-resistem-contra-o-estado-de-israel-com-pedras-e-simbolos-palestinos.ghtml).

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

POLÍTICOS DE DIREITA E DE EXTREMA DIREITA BRASILEIROS ALINHADOS À POLÍTICA ANTIPALESTINA DE NETANYAHU

Israel é uma potência na produção de material bélico, incluindo armas e veículos blindados para as polícias militares e forças armadas, além de sistemas de inteligência e espionagem.

Para isso, 120 empresas israelenses negociam com governos estrangeiros, dentre eles o Brasil e diversos Estados. 

Só em 2022, Israel faturou mais de US$ 12,5 bilhões com as exportações do setor de armamentos. É uma fortuna se comparada ao modesto resultado brasileiro no mesmo ano: US$ 648,5 milhões em exportação de produtos de defesa, já incluidas aí as aeronaves militares da nossa poderosa Embraer. 

E enquanto o Brasil vende para Israel o equivalente a US$ 570 milhões, importamos do país sionista US$ 1,638 bi, o que resulta em um desequilíbrio muito grande em favor de Israel.

Assim, não era de se duvidar de que Israel montaria fortes esquemas de lobby em quase todo o globo e também no Brasil.

O Brasil e os Estados federados compram muitos itens bélicos e de inteligência de Israel, com valores altíssimos, o que faz com que alguns políticos se aproximem do lobby israelense de equipamentos e sistemas de defesa. Veja-se, por exemplo, o aumento da bancada da bala no Congresso Nacional. Não que haja vinculação de todos os congressistas de tal bancada ao lobby israelense, mas todos eles são de direita ou extrema direita e, ainda que indiretamente, fomentam a compra de materiais do exterior, onde se inclui Israel.

Por outro lado, ainda que se possa estranhar, a bancada evangélica, em sua enorme parte neopentecostal e de direita ou extrema direita, partilha interesses em comum com o Estado Sionista, inclusive fazendo defesa aberta da guerra travada por Netanyahu contra os palestinos de Gaza.

Outra importante questão que não pode ser esquecida é a de que Neanyahu é um político conservador, de direita e que se aliou ao extremismo religioso e de direita israelense. Assim, a direita mundial tende a apoiá-lo quase que incondicionalmente.

Embora o governo dos Estados Unidos não seja de extrema direita, mas de centro, está apoiando Israel seja em razão do lobby israelense, seja pelos interesse de Biden de obter o apoio (leia-se votos) da grande comunidade judaica dos Estados Unidos.

Assim, seja por ideais em comum, de direita, religiosos ou falsamente religiosos, bem como por pressão de lobbies, a direita brasileira aliou-se ao governo de Israel, e não é de hoje. Nas manifestações pró Bolsonaro em 2018 já se via bandeiras de Israel ao lado das do Brasil.

domingo, 12 de novembro de 2023

A MÍDIA TRADICIONAL E A ETERNA PROTEÇÃO À DIREITA MUNDIAL E AOS INTERESSES IMPERIALISTAS

Há um sério problema no trato da questão da Palestina e de Israel pela grande mídia.

Para ela (grande mídia), organizações que desafiam Israel são imediatamente chamadas de terroristas e equivalem-nas a grupos como AlQaeda, ISIS, DAESH, Estado Islâmico.

Irã, que tanto luta contra Israel, também é chamado de Estado Terrorista pela chamada mídia hegemônica, mas e Israel?

Como veremos no texto da próxima quarta-feira, Israel está muito mais próximo da característica de um Estado Terrorista do que a de um Estado Democrático no padrão Ocidental.

O ato que o Hamas praticou no dia 7 de outubro em Israel é abominável e pode ser denominado de terrorista porque houve claríssimos excessos contra a população civil. Mas daí chamar a organização em si, que não é apenas militar, mas social e política, de terrorista, há uma grande diferença. Mas os órgãos de mídia, pressionados por organismos de interesse de Israel, logo passaram a chamar o Hamas de terrorista, desacreditando qualquer autoridade do órgão, deixando a população palestina de Gaza órfã de representação política no cenário externo..

Mas não é só. Como se fosse uma defesa de Israel e dos excessos por ele praticados, a mídia diz que a guerra de Israel, que já deixou mais de 10 mil civis mortos, 4 mil só de crianças, e outros 3 mil de mulheres e idosos, mais de 80 funcionários das Nações Unidas assassinados, Hospitais, Escolas, Igrejas e Mesquitas destruídos, com proibição de entrada de água, comida, gás, energia elétrica, combustível e insumos hospitalares, é contra o Hamas.

Não precisa ser um gênio para descobrir que a guerra não é contra o Hamas, mas contra os palestinos e a infraestrutura civil e não apenas militar. Israel quer destruir o pouco que restava do sonho de um minúsculo Estado Palestino e expulsar os palestinos sobreviventes. A isso o dicionário nomina de genocídio, e, apenas a título de exemplo, veja-se que a Lei 2889/1956 estabelece, no território brasileiro, que genocídio é qualquer ato omissivo ou comissivo que tenha “a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

Hoje, a direita e a extrema direita protegem Israel, mas nem sempre foi assim. À época da ditadura militar o Brasil posicionava-se mais favoravelmente aos países árabes e à própria questão palestina.

Assim, se faz necessário que a mídia dita alternativa, assim como o são este modesto blog e a própria nanica VAMOS TV, traga o ponto de equilíbrio a essa narrativa tendenciosa da grande mídia em relação ao governo extremista de Netanyahu.

E contra essa tendência de proteção aos Estados Unidos e Israel, nem a ONU consegue agir, ainda que expresse o seu descontentamento e a sua preocupação frente aos crimes de guerra e contra a humanidade praticados pelo exército de Netanyahu.

No texto que será publicado amanhã abordaremos os interesses que ligam a extrema direita brasileira ao sionismo de direita radical que tem governado Israel nos últimos anos.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

3 PROPÓSITOS COM A DIVISÃO DE GAZA: UM MILITAR, OUTRO DE OCUPAÇÃO (TOTAL OU PARCIAL) DO TERRITÓRIO E UM TERCEIRO DA TOMADA DE CONTROLE DO GÁS PALESTINO

A divisão de Gaza em norte e sul, por Israel pode servir a 3 propósitos, e apenas um deles é parcialmente declarado.

DA FAIXA DE GAZA

A Faixa de Gaza, com uma área total de 365 km², é extremamente povoada (2.106.000 habitantes) e possui uma das maiores concentrações humanas por metro quadrado (5.771,9 habitantes por km²). Cerca de 41% de sua população é de crianças (na terminologia das Nações Unidas), com até 14 anos de idade e 75% de sua população é refugiada, ou seja, historicamente a família veio de outras áreas da então Palestina após a criação de Israel.

1) DO PROPÓSITO MILITAR

Dividir a área em duas pode servir ao propósito de afastar um grande número de civis, facilitando o combate corpo a corpo dos soldados israelenses com os militantes do Hamas, mas tal medida visa, principalmente, alcançar a área em que se concentram os prédios e militantes do grupo Hamas, ao norte da Faixa de Gaza, em especial na cidade de Gaza.


2) TOMADA TOTAL OU PARCIAL DO TERRITÓRIO DA FAIXA DE GAZA POR ISRAEL

Outro propósito presumido por cientistas políticos é que a divisão de Gaza em norte e sul pode facilitar a tomada total (norte e sul) ou parcial (apenas o norte) do território palestino por Israel, que permitiria a fixação de colonos israelenses no local. 
Israel pressionou o Egito a receber a população de Gaza, mas este se negou a receber. A ida dos palestinos ao Egito facilitaria a tomada da área pelos israelenses, pondo fim a esse pequenino território palestino. A destruição quase total dos prédios residenciais, hospitais e escolas ao norte da Faixa de Gaza permite concluir essa intenção de Israel, que, segundo organismos internacionais e locais, está utilizando bombas de fósforo em sua guerra genocida.


3) TOMADA DE CONTROLE DO GÁS PALESTINO

É fato que a escalada da guerra, caso venha a se expandir para outras áreas, poderá ocasionar o aumento do preço dos combustíveis (petróleo e gás).
Enquanto a guerra avança até a cidade de Gaza, com mais de 10 mil mortos só do lado palestino, Israel acaba de conceder 12 licenças a 6 empresas para exploração de gás natural na costa do Mediterrâneo (https://www.al-monitor.com/originals/2023/10/israel-hands-out-gas-concessions-bp-eni-gaza-war-drags#ixzz8IeqIQhiZ).
Porém, não é só Israel que possui gás no Mediterrâneo, parte dele exportado ao Egito e à Europa. A Palestina também possui jazidas, ao lado da Faixa de Gaza, como se verifica no mapa, descobertas em 2000. As modestas reservas de gás foram concedidas inicialmente à Britsh Gas, sucedida pela Shell, e em 2018 foram repassadas às autoridades palestinas. Embora o gás esteja localizado próximo da Faixa de Gaza, quem o controla formalmente não é o Hamas, mas a Autoridade Palestina, da Cisjordânia. Israel sempre bloqueou a exploração da área e  só autorizou os estudos para a sua extração em junho deste ano (2023), menos de 4 meses dos ataques de 7 de outubro.
A desconfiança de analistas internacionais, assim como do jornalista brasileiro Pepe Escobar, é de que a divisão de Gaza em Norte e Sul sirva para Israel anexar as modestas e nunca exploradas jazidas de gás palestinas, localizadas no Mediterrâneo, mas defronte à área norte da Faixa.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

ATOS TERRORISTAS CONTRA JUDEUS E INSTITUIÇÕES JUDAICAS. A CAUTELA EXIGE, PRIMEIRO, GARANTIR A SEGURANÇA E, SEGUNDO, APURAR A FUNDO A VERACIDADE DAS ALEGAÇÕES.

Atos terroristas são vis, assim como as guerras. Ambos matam inocentes e disseminam o pavor entre as comunidades.

Recentemente houve a divulgação de que um grupo de brasileiros e estrangeiros naturalizados estariam se organizando para praticar atentados contra instituições judaicas aqui no Brasil. Publicações do governo de Israel davam conta de que o Mossad (agência de serviço secreto israelense), em conjunto com agências parceiras de outros países, teria alertado a Polícia Federal brasileira de que um planejamento de atentados em série, que seriam financiados pelo Hezbollah, estavam em curso no país.

O que fez a Polícia Federal? Instaurou um inquérito e está investigando em sigilo, como deveria ter ocorrido desde o início, sem o descabido alarde do governo israelense, que divulgou à mídia e fez publicações no X (antigo twitter).

Apurações desse tipo são sigilosas e dificilmente são noticiadas ao público de pronto. Por isso o comportamento do governo de Israel gera inconformismo e suspeitas.

Considerando que há interesses óbvios do governo de Israel que o Brasil se posicione favoravelmente ao país, inclusive para que não solicite mais o fim dos bombardeios perante os organismos internacionais, toda cautela na apuração de preparação de atos terroristas é pouca.

A mídia, ao tomar conhecimento das publicações do governo de Israel, já divulgou aos quatro cantos as ações que estariam sendo tomadas no Brasil, dando crédito ao Mossad.

O Mossad é, de fato, uma agência de espionagem exitosa, mas não é lá tudo isso como a mídia alardeia aos quatro cantos. Vide os ataques do Hamas em 7 de outubro, organizados há um ano e as agências de inteligência e espionagem israelenses não conseguiram detectar em um espaço tão diminuto como é (ou era) a Faixa de Gaza. Como disse um comentarista da Globo News, parece estranho o piada que o Mossad, que não conseguiu detectar o planejado ataque do Hamas em pleno território israelense,  aqui, a milhares de quilômetros de Tel Aviv, conseguiu detectar brasileiros e estrangeiros que tentariam praticar atos terroristas contra judeus e instituições judaicas.

Para piorar a situação, o Embaixador israelense compareceu ao Congresso ao lado de Bolsonaro e, atacando a credibilidade e seriedade do governo federal, deu a entender que haveria gente, aqui, apoiando as ações terroristas no Brasil. Ou seja, deu a entender que políticos brasileiros estariam apoiando atos terroristas.

Tal embaixador deveria ser declarado persona non grata e ser expulso depois de 24 horas. Já Bolsonaro, por participar de um ato contra o Brasil, ao lado de uma autoridade estrangeira, deveria ser submetido a investigação. Não é a primeira vez que Bolsonaro pratica atos anti patrióticos descaradamente e ninguém, nem a imprensa, nem os políticos pediram a sua investigação. 

Mas voltemos ao caso específico de possível organização para a prática de terrorismo dentro do Brasil contra pessoas e instituições judaicas. Quem está apurando a possível organização para a prática de terrorismo e tomando todas as medidas para a prevenção é a nossa séria e respeitada Polícia Federal. É a ela que temos que agradecer.

E a Polícia Federal deve investigar, sim, como aliás está fazendo, com todo o cuidado necessário.

O que não se pode ter certeza, antes da apuração, é: 1) de que as pessoas que estão sendo investigadas realmente tinham o propósito de praticar atos terroristas; 2) de que as pessoas que estão sendo investigadas realmente tiveram contatos com agentes reais do Hezbollah; 3) de que o Hezbollah financiaria, de fato, tais operações.

O depoimento de um dos investigados pareceu ser (mal) ensaiado e disse que encontrou uma pessoa do Hezbollah ao visitar Beirute, capital do Líbano, e que essa pessoa disse que queria contratar pessoas para matar e sequestrar judeus no Brasil.

O Hezbollah é uma instituição social, política e militar, com tradição de décadas no Líbano e parece ser lógico deduzir que dificilmente algum de seus integrantes, ou qualquer criminoso imbuído de tal intenção, diria isso a um estranho que teria aparecido como turista em Beirute. 

A investigação da Polícia Federal é necessária para, primeiro, assegurar a incolumidade física de judeus e de instituições judaicas no Brasil; segundo, para apurar se há indícios ou provas da intenção de prática de terrorismo por parte dos investigados ou de outras pessoas; terceiro, apurar se, de fato, há participação do Hezbollah no caso; e, por fim, quarto, não se pode descartar que a investigação serve para verificar a procedência das informações e sua origem, a fim de verificar se foi forjado.

Enquanto a Polícia Federal apura, cabe às polícias estaduais e também à Federal prestar a segurança necessária às pessoas e instituições judaicas que poderiam ser possíveis alvos.

Assim, enquanto a investigação está em curso, não é possível afirmar nada, havendo tão somente a notícia da possibilidade de que um grupo tenha se organizado para tal fim. 

O fato é que o Brasil tem legislação contra o terrorismo, aprovada ainda no governo Dilma Roussef, e adota medidas sérias de combate ao terrorismo, havendo um setor específico para isso, bem aparelhado e com pessoal preparado, na Polícia Federal brasileira.

ESTAMOS VENDO AO VIVO, DIANTE DAS MÍDIAS SOCIAIS E DA TELEVISÃO, O GENOCÍDIO E O HOLOCAUSTO PALESTINO

(Peço desculpas por tratar com tanta frequência da realidade e do sofrimento dos palestinos, em especial daqueles residentes em Gaza, mas a atrocidade do governo de extrema direita israelense parece não ter limite. Não sou eu que digo. Estou apenas repetindo. Estamos vendo ao vivo o primeiro genocídio televisionado. Acresço a essa frase, da qual não me recordo a autoria, o termo holocausto. A extrema direita israelense tem sido insensível a questões historicamente tão dramáticas aos judeus e aplica sofrimento tão grave quanto ao vivido pelos judeus europeus durante o nazismo aos palestinos na Terra Santa). 


É difícil tratar da história dos palestinos pós 1948 sem utilizar os mesmos termos que fazem referência ao sofrimento dos judeus na segunda guerra mundial: holocausto e campos de concentração.

DOS PALESTINOS E DA TERRA HOJE DIVIDIDA EM ISRAEL, FAIXA DE GAZA E CISJORDÂNIA

É fato que os palestinos ocupavam o território pretendido pelos sionistas antes da criação de Israel. Há teorias que dizem que os palestinos descendem dos filisteus e de região da Grécia. Com a islamização ocorrida em todo o Oriente Médio, houve a sua arabização, com assimilação da língua e cultura árabes.

O fato é que antes dos israelitas e dos palestinos, os cananeus habitavam as regiões da Judéia, Galiléia e Samaria. Os cananeus deram origem aos fenícios, dos quais descendem diretamente os libaneses.

Ou seja, havia um povo que habitava a Terra Prometida há milhares de anos, antes dos palestinos e judeus. Eram os cananeus, hoje libaneses.

DA PARTILHA DA ONU E DA CRIAÇÃO INDIVIDUAL DE ISRAEL

A ONU, contra o voto dos países árabes, partilhou a Palestina, que estava sob o mandato britânico, em dois países, um para os judeus e outro para os palestinos.

Os sionistas, organizados internacionalmente, se anteciparam e criaram unilateralmente o chamado Estado Judeu, Israel.

Façamos parênteses neste parágrafo. Há palestinos ateus, cristãos e islâmicos. Com a criação de Israel, houve grande migração dos palestinos cristãos mundo afora, inclusive para o Brasil.

Os palestinos não tiveram tempo para declarar a sua pátria e teve início a primeira guerra entre os países árabes e Israel.

Com o tempo, Israel foi se expandindo, tomando territórios palestinos, além de sírios, libaneses e até egípcios (Península do Sinai, já devolvida ao Egito).

DO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO QUE SE TORNOU GAZA E O HOLOCAUSTO PALESTINO

A Cisjordânia foi feita em retalhos, com muitos assentamentos ilegais de colonos israelenses e Gaza foi diminuída e cercada por terra, ar e mar, ficando os palestinos dependentes de Israel para tudo, do ingresso de alimentos ao abastecimento pago de energia elétrica, gás e água.

Israel filtra tudo o que entra em Gaza, barrando antes da guerra até mesmo o ingresso de chocolates.

Muitos falam em apartheid e outros chamam Gaza de Campo de Concentração. O que vemos hoje, com o eterno cerco e os ataques do exército do governo de extrema direita de Israel, com uso de bombas de fósforo contra população civil, bombardeamento de escolas, hospitais, Mesquitas, Igrejas Cristãs e de comboios de assistência humanitária e de ambulâncias, detenção de crianças palestinas e prisão de palestinos em geral sem a abertura de processo judicial não é apenas desumano e crime de guerra, mas evidencia que Gaza tornou-se um campo de concentração, onde a vítima não tem chance de salvação e está cercada, submetida a toda espécie de barbáries.

O cerco a Gaza, os bombardeios e o comando israelense para que palestinos evacuem o norte de Gaza, a morte de mais de 10 mil palestinos em Gaza, sendo 4 mil só de crianças, a revelada intenção de esvaziamento de Gaza, com expatriação daquele povo para a região desértica do Egito, e até a manifestação de uso de bombas nucleares para destruir Gaza por Israel, a proibição por Israel de que a população civil de Gaza receba assistência humanitária, combustível, água, comida e insumos hospitalares evidenciam que o os governantes de Israel desumanizaram os palestinos, assemelhando a situação desse povo ao sofrimento do holocausto, não pelo volume de mortos, mas pelo genocídio evidenciado e os métodos aterrorizantes e de extermínio adotados pelos algozes.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

A DESUMANIZAÇÃO DOS PALESTINOS E O FIM DA HUMANIDADE SE APROXIMA

foto: Pixabay | Monumento do Holocausto

Vivemos tempos sombrios e o próprio retrato da humanidade mostra isso.

Gerações futuras terão vergonha dessa época. Valorizamos a ostentação, o consumismo desnecessário, a Fé movida a dinheiro e desconsideramos os mais frágeis, vítimas da natureza ou dos desacertos da sociedade, poluímos as águas, provocamos o aquecimento global que irá nos levar à extinção, devastamos a natureza e poluímos tudo, desde as nossas mentes, aos rios, mares, solo, ar e o próprio espaço ao redor da Terra. Demonstramos aos quatro cantos toda a nossa inconsequência e irresponsabilidade.

Ao mesmo tempo, a natureza, sempre sutil, nos mostras os nossos desacertos, através dos desastres naturais, desde a seca prolongada, às inundações, terremotos e tornados em pleno solo brasileiro.

A vida ficará cada vez mais difícil para o homem, todos nós.

Enquanto isso ocorre, a extrema direita tem ditado comportamentos, repetindo os erros de praticamente 90 anos atrás. Ela despreza aqueles que a sociedade julga mais fracos e valoriza os que se mostram fortes, intolerantes e crueis. É a falta de consciência, de inconsequência dos atos.

Em uma sociedade assim, Buda e o Cristo amoroso e da compaixão não têm vez, e volta-se ao Deus raivoso e vingativo de Moisés. Talvez seja esse o motivo de tantas Igrejas cristãs novas pregarem tanto o antigo Testamento e não o Novo. Afinal, o Deus de cada um é o reflexo de si próprio, do Eu interior.

Nessa Era da intolerância, os injustiçados são julgados como fracos. Forte é o vencedor, o que mostra destemor, o impiedoso. E esse, para os adoradores do Deus do Antigo Testamento, é o homem verdadeiro. Nessas Igrejas dos novos tempos não se busca o contato com Deus, mas o sucesso, o enriquecimento, o "vencer" na vida. Amor é para os mais fracos, na visão dessa extrema direita que dita regras, comportamentos e até a personalidade, pode-se dizer assim, do Deus da nossa Era.

Diante de tantas atrocidades, as mais de 4 mil crianças palestinas assassinadas por ordem de Netanyahu são desumanizadas, juntamente com outro tanto de jovens, mulheres e idosos palestinos. Para esses adoradores dos "vencedores", a população civil palestina, seja de Gaza, seja da Cisjordânia, seja aquela refugiada em qualquer outro canto, não é humana, sendo diferente dos cidadãos de bem e por isso não se pode ter qualquer sentimento, sensibilidade por ela.

E isso ocorre inclusive na imprensa. A desumanização preocupa. Foi assim com os ciganos, os comunistas, os homossexuais e os judeus no nazismo. E a sociedade volta a repetir os erros.

Os palestinos de hoje são os judeus do nazismo. A sociedade de hoje é a sociedade da Alemanha nazista.

A catástrofe humanitária alertada pela ONU está ocorrendo. Gaza está sendo dizimada. Os palestinos estão sendo assassinados e desumanizados pelos governos ocidentais, pela grande midia e por aqueles que se julgam merecedores do Olimpo da vitória, do poder e da riqueza.

Venceu o Deus de Moisés, os intolerantes e os que não buscam a Espiritualidade verdadeira, mas apenas revestimento para o Ego. Aquele que está no entorno só é visto se servir para algo. Caso contrário, pode ser descartado. Assim, desumaniza-se grande parcela da sociedade e da população mundial. O reflexo disso é o aumento da xenofobia, do racismo e da intolerância.

A sociedade precisa de um novo caminho. Este não deu certo.

Enquanto não mudamos o nosso próprio rumo e o da sociedade que dita as regras, a natureza como um todo é afetada, dissemina-se os sentimentos mais vis, além da miséria e da droga por todos os cantos.

Enquanto desumaniza os palestinos, grande parte da humanidade torna-se cada vez menos humana e mais próxima das bestas tratadas no próprio Antigo Testamento e, graças aos seus excessos e inconsequências, pode levar toda a humanidade a um fim - extermínio - não muito distante.

A QUEM INTERESSA ESSAS GUERRAS E A CORRIDA ARMAMENTISTA E NUCLEAR?

Enquanto Israel bombardeia Gaza por terra, ar e mar e está prestes a uma invasão com infantaria, um ministro israelense ameaça apagar Gaza do Mapa, com um ataque nuclear. Enquanto não utiliza armamento atômico, Israel é acusado de usar munições de fósforo branco em Gaza e no sul do Líbano, proibidas por convenção da ONU. Mas não para aí. A agência estatal iraniana IRNA acusou Israel de utilizar três agentes do Mossad no Afeganistão para lançar um ataque com drones contra instalações iranianas em solo persa. Israel parece querer arrastar o Irã para um confronto, amparado agora por 2 porta-aviões, submarino nuclear e uma frota naval dos Estados Unidos.

A tensão se amplia no Oriente Médio, mas uma pergunta central deve ser feita: a quem interessa toda essa confusão e consequente corrida armamentista?

terça-feira, 7 de novembro de 2023

HAARETZ, GRAYZONE E MIDDLE EAST OBSERVER REVELAM QUE O EXÉRCITO ISRAELENSE MATOU MILITARES E CIVIS ISRAELENSES TENTANDO BARRAR O HAMAS

Imagine o próprio exército matar civis e militares sob o pretexto de barrar o inimigo! Soa absurdo? Pois foi o que fez o exército israelense em 07 de outubro, durante o inesperado ataque do Hamas.

E não se trata de teoria da conspiração, mas de matéria apurada pelo prestigiado jornal israelense Haaretz e divulgada no site investigativo GRAYZONE e repetida pelo crítico Middle East Observer.
Você tem acesso à íntegra na página da publicação no GRAYZONE, cujo link segue abaixo. Você também tem acesso às matérias do Haaretz e do Middle East Observer clicando nos respectivos nomes acima.

https://thegrayzone.com/2023/10/27/israels-military-shelled-burning-tanks-helicopters/ 

Boa leitura! 

Testemunhos de 7 de outubro revelam que os militares de Israel 'bombardearam' cidadãos israelenses com tanques e mísseis

Os militares de Israel receberam ordens para bombardear casas israelitas e até as suas próprias bases quando foram esmagados por militantes do Hamas no dia 7 de Outubro. Quantos cidadãos israelitas que se dizia terem sido “queimados vivos” foram efectivamente mortos por fogo amigo?

Vários novos testemunhos de testemunhas israelitas do ataque surpresa do Hamas de 7 de Outubro ao sul de Israel acrescentam provas crescentes de que os militares israelitas mataram os seus próprios cidadãos enquanto lutavam para neutralizar os homens armados palestinianos.

Tuval Escapa, membro da equipe de segurança do Kibutz Be'eri, criou uma linha direta para coordenar entre os residentes do kibutz e o exército israelense. Ele disse ao jornal israelita Haaretz que, à medida que o desespero começou a instalar-se, “os comandantes no terreno tomaram decisões difíceis – incluindo bombardear casas contra os seus ocupantes, a fim de eliminar os terroristas juntamente com os reféns”.

Um relatório separado publicado no Haaretz observou que os militares israelitas foram “obrigados a solicitar um ataque aéreo” contra as suas próprias instalações dentro da passagem de Erez para Gaza “a fim de repelir os terroristas” que tinham tomado o controlo. Essa base estava repleta de oficiais e soldados da Administração Civil israelense na época.

Estes relatórios indicam que vieram ordens do alto comando militar para atacar casas e outras áreas dentro de Israel, mesmo ao custo de muitas vidas israelitas.

Uma mulher israelense chamada Yasmin Porat confirmou em uma entrevista à Rádio Israel que os militares “sem dúvida” mataram numerosos não-combatentes israelenses durante tiroteios com militantes do Hamas em 7 de outubro. 

Como David Sheen e Ali Abunimah relataram na Electronic Intifada, Porat descreveu “fogo cruzado muito, muito pesado” e bombardeios de tanques israelenses, que levaram a muitas baixas entre os israelenses.

(...)

Ela acrescentou: “O objetivo era nos sequestrar para Gaza, não nos assassinar”.

De acordo com o Haaretz , o exército só conseguiu restaurar o controlo sobre Be'eri depois de ter “bombardeado” as casas dos israelitas que tinham sido feitos prisioneiros. “O preço foi terrível: pelo menos 112 residentes de Be'eri foram mortos”, narrava o jornal. “Outros foram sequestrados. Ontem, 11 dias após o massacre, os corpos de uma mãe e de seu filho foram descobertos em uma das casas destruídas. Acredita-se que mais corpos ainda estejam nos escombros.”

Grande parte dos bombardeios em Be'eri foram realizados por tanques israelenses. Como observou um repórter do jornal i24 , patrocinado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel , durante uma visita a Be'eri, “casas pequenas e pitorescas [foram] bombardeadas ou destruídas” e “gramados bem cuidados [foram] destruídos pelos rastros de um veículo blindado, talvez um tanque.”

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Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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