E só na Faixa de Gaza, Israel assassinou mais de 6 mil crianças, segundo autoridades médicas de Gaza, em menos de 50 dias. Esse número é assustador. A guerra na Ucrânia, que vai completar dois anos e abrange uma área infinitamente maior, deixou até agora menos de mil crianças mortas. Ou seja, seria necessário que a guerra da Ucrânia durasse 12 anos, com a mesma intensidade, para se alcançar os 6 mil mortos de Gaza em apenas 50 dias. Repito, Gaza, em apenas 50 dias incompletos ultrapassa a marca de 6 mil crianças assassinadas.
Os números e a crueldade indicam que Israel ultrapassou qualquer proporcionalidade e razoabilidade. O que Netanyahu fez e está fazendo em Gaza é assassinato puro e simples, em puro ato de vingança. Isso nunca foi defesa, e menos ainda proporcional.
Vemos o extermínio em Gaza, a cores, transmitido ao vivo na tevê e nas mídias sociais, sob o slogam de ato de defesa de Israel, que age por meio de suas Forças de Defesa. Hipocrisia pura.
Israel ataca, assassina, sequestra crianças nos Territórios palestinos, toma terras palestinas e a mídia, cinicamente, diz que Israel apenas se defende.
Israel não respeita as leis internacionais e conta com o amplo, caríssimo e inconsequente apoio dos Estados Unidos.
Um dia a classe média dos Estados Unidos perceberá que grande parte dos impostos que paga é para encaminhar armas e dinheiro, sem qualquer espécie de contraprestação, a outro país, Israel. Nessa dia, o financiamento tenderá a acabar, por mais que exista o lobby sionista.
O genocídio das crianças palestinas e a transformação de uma geração em órfãos pesará na conta de Biden, dos Democratas e do governo dos Estados Unidos, corresponsável pelos crimes de guerra perpetrados, já que os EUA fornecem gratuitamente, e de forma irresponsável, armamentos e dinheiro ao extremista Netanyahu, que tenta a qualquer custo perpetuar-se no poder.