domingo, 12 de novembro de 2023

A MÍDIA TRADICIONAL E A ETERNA PROTEÇÃO À DIREITA MUNDIAL E AOS INTERESSES IMPERIALISTAS

Há um sério problema no trato da questão da Palestina e de Israel pela grande mídia.

Para ela (grande mídia), organizações que desafiam Israel são imediatamente chamadas de terroristas e equivalem-nas a grupos como AlQaeda, ISIS, DAESH, Estado Islâmico.

Irã, que tanto luta contra Israel, também é chamado de Estado Terrorista pela chamada mídia hegemônica, mas e Israel?

Como veremos no texto da próxima quarta-feira, Israel está muito mais próximo da característica de um Estado Terrorista do que a de um Estado Democrático no padrão Ocidental.

O ato que o Hamas praticou no dia 7 de outubro em Israel é abominável e pode ser denominado de terrorista porque houve claríssimos excessos contra a população civil. Mas daí chamar a organização em si, que não é apenas militar, mas social e política, de terrorista, há uma grande diferença. Mas os órgãos de mídia, pressionados por organismos de interesse de Israel, logo passaram a chamar o Hamas de terrorista, desacreditando qualquer autoridade do órgão, deixando a população palestina de Gaza órfã de representação política no cenário externo..

Mas não é só. Como se fosse uma defesa de Israel e dos excessos por ele praticados, a mídia diz que a guerra de Israel, que já deixou mais de 10 mil civis mortos, 4 mil só de crianças, e outros 3 mil de mulheres e idosos, mais de 80 funcionários das Nações Unidas assassinados, Hospitais, Escolas, Igrejas e Mesquitas destruídos, com proibição de entrada de água, comida, gás, energia elétrica, combustível e insumos hospitalares, é contra o Hamas.

Não precisa ser um gênio para descobrir que a guerra não é contra o Hamas, mas contra os palestinos e a infraestrutura civil e não apenas militar. Israel quer destruir o pouco que restava do sonho de um minúsculo Estado Palestino e expulsar os palestinos sobreviventes. A isso o dicionário nomina de genocídio, e, apenas a título de exemplo, veja-se que a Lei 2889/1956 estabelece, no território brasileiro, que genocídio é qualquer ato omissivo ou comissivo que tenha “a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

Hoje, a direita e a extrema direita protegem Israel, mas nem sempre foi assim. À época da ditadura militar o Brasil posicionava-se mais favoravelmente aos países árabes e à própria questão palestina.

Assim, se faz necessário que a mídia dita alternativa, assim como o são este modesto blog e a própria nanica VAMOS TV, traga o ponto de equilíbrio a essa narrativa tendenciosa da grande mídia em relação ao governo extremista de Netanyahu.

E contra essa tendência de proteção aos Estados Unidos e Israel, nem a ONU consegue agir, ainda que expresse o seu descontentamento e a sua preocupação frente aos crimes de guerra e contra a humanidade praticados pelo exército de Netanyahu.

No texto que será publicado amanhã abordaremos os interesses que ligam a extrema direita brasileira ao sionismo de direita radical que tem governado Israel nos últimos anos.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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