quarta-feira, 15 de novembro de 2023

ISRAEL, GOVERNADO PELA EXTREMA DIREITA, ESTÁ CADA VEZ MAIS DISTANTE DE UMA DEMOCRACIA

Nem todos os países têm o mesmo tratamento por suas ações. Vide como a mídia e alguns governos agem em relação a Israel, comparativamente à Venezuela e Irã.

Muitos países são verdadeiras ditaduras, mas quando são alinhados aos Estados Unidos, são chamados de governos, monarquias, menos pelo o que realmente são: ditaduras. Um exemplo disso são os países do golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Mas e Israel não seria a maior democracia do Oriente Médio? Israel têm eleições democráticas livres, sim, mas só.

Naquele país, nem todos os cidadãos são da mesma classe e têm os mesmos direitos. Os árabe-israelenses nascidos em Israel, que somam 21% do país e que têm a cidadania israelense, não têm os mesmos direitos que um israelense não árabe (vide a matéria da BBC Brasil https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57238510). Há uma discriminação feita por lei, sendo que Israel, mesmo após 75 anos de sua criação, não possui uma Constituição até os dias atuais (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/03/28/por-que-israel-nao-tem-constituicao-e-como-funciona-judiciario-no-pais.ghtml).

Além do tratamento díspare entre os próprios cidadãos israelenses, em razão de sua origem étnica, a legislação israelense autoriza a demolição de casas de civis não israelenses em territórios palestinos, a ocupação de área palestina por colonos e o controle de cidadãos palestinos em territórios daquele povo. 

A legislação israelense ainda autoriza a prisão de crianças palestinas e de civis sem que haja o correspondente procedimento investigativo instaurado. Ou seja, lá não é garantido o devido processo legal aos palestinos.

Lembre-se que os territórios palestinos estão ocupados ilegalmente por Israel, como já decidiu a ONU.

Mais, governado pela extrema direita, Israel sofre sério risco de limitar as decisões da Suprema Corte Israelense pela lei aprovada meses atrás. A lei aprovada limita os poderes da Corte, em beneficio do Poder Executivo e de seu primeiro- ministro quase que eterno, Netanyahu.

O Poder Judiciário, que dava um verniz democrático a Israel, sofre agora sérias limitações em sua competência decisória. O governo do estadunidense de Biden e grande pare da própria população israelense se manifestava contrariamente à proposta do governo, agora aprovada.

Mas não é só. Os governos israelenses têm reiteradamente descumprido as Resoluções da ONU, bombardeado prédios do órgão em áreas palestinas e atacado verbalmente muitas das autoridades das Nações Unidas.

Ainda em 1948,  o diplomata sueco Folke Bernadotte foi assassinado por terroristas israelenses (Lehi) em Jerusalém (https://www.bbc.com/portuguese/noticias/story/2003/08/printable/030819_analisemt). Ele havia sido indicado como mediador pela ONU.

Muitos políticos radicais, integrantes do governo israelense, pregam abertamente, há tempos, a morte deliberada de palestinos e árabes.

Agora, após o brutal assassinato de civis israelenses e a tomada de reféns, Israel não pretende se defender nem agir com ponderação, mas sim invadir brutalmente, com tanques, a área civil em Gaza, pondo em risco a vida de crianças (já são mais de 3 mil crianças e adolescentes palestinos assassinados por forças de Israel), além de mulheres e idosos. Hospitais e escolas foram bombardeados e Gaza, que depende da compra de água, gás e energia de Israel, bem como a autorização deste para o ingresse de produtos básicos e de alimentos, sofre com a negativa da autorização israelense. Os palestinos estão sob bombardeio e impedidos de sair de seu território, privados de energia elétrica, gás, água, comida e medicamentos. Muitos cientistas políticos internacionais dizem que tal conduta caracteriza crime de guerra por parte do governo extremista de Israel.

Considerando-se tais fatos estarrecedores àqueles que creem nas instituições lives e democráticas e no direito humanitário, será possível afirmar que Israel é mais democrático que a Venezuela e o Irã, que também possuem eleições livres?

E será que o governo israelense é mais democrático que o venezuelano ou iraniano, tratados como párias internacionais?

Lembre-se que a mídia brasileira chama Venezuela e Irã de ditaduras. Após considerar os fatos acima, nem todos recentes, a mídia chamará assim também Israel?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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