Há um país, em especial, que sempre protege Israel. Estamos falando dos Estados Unidos, que boicotam qualquer sanção ou votação nas Assembleia Geral da ONU ou no Conselho de Segurança de tal Organismo internacional, além de promover o repasse de muitos recursos e de muito dinheiro a Israel, além de informações de inteligência, tudo de forma absolutamente privilegiada.
Com os ataques do Hamas, os Estados Unidos realocaram e fortaleceram sua frota naval na área próxima de Israel, além de aumentar o espaço da área e de militares na base militar que mantém em território israelense e que era mantida em sigilo.
Recentemente, inclusive, foi suspensa a venda de armamentos pelos Estados Unidos, com exceção à Ucrânia e Israel.
Como se pode perceber, as ações dos Estados Unidos deixam transparecer que o ocorrido em Israel não será resolvido pontual e prontamente, e que os Estados Unidos preveem a necessidade de armar ainda mais Israel, as suas bases militares e também as suas forças navais na área.
As inteligências egípcia e dos próprios Estados Unidos disseram que receberam informes de que algo muito serio e de grande magnitude estaria para ocorrer em outubro em Israel e que o governo desse país foi comunicado, mas que nada, absolutamente nada foi feito.
Na semana passada os Estados Unidos atacaram posições sírias e iranianas em solo sírio, parecendo querer ampliar a guerra, agora localizada em Gaza, Cisjordânia e Israel, a outros países. Israel frequentemente tem atacado bases militares sírias nesse país e cidades no sul do Líbano.
Quanto à guerra na Ucrânia, esta já deu sinal de que não terá fim em breve, já que não há avanços deste país frente à Rússia.
É fato que guerras normalmente afetam a economia do globo. A Ucrânia é uma importante fornecedora de gás e de alimentos, enquanto a região do Oriente Médio, como um todo, é a maior produtora de gás e de petróleo. Guerras nessas regiões, portanto, afetam interesses de grandes empresas e a própria economia do globo, aumentando a chance de recessão global.
Pouco se fala a respeito, mas uma guerra no Oriente Médio afetaria a economia de todo o globo e afetaria principalmente a economia que mais cresce, hoje, a chinesa, retardando ou até impossibilitando que a China assuma a primeira posição na economia global, mantendo os Estados Unidos à frente dos demais países.
O país, hoje, que mais ganha com as guerras é os Estados Unidos, que lucra centenas de bilhões de dólares com a venda de armamentos. A China exporta poucos armamentos e depende da venda de itens do comércio de bens civis.
Embora se diga que a China já vive uma recessão, isso não é verdade. A economia chinesa continua crescendo, mas enfrenta problemas localizados e restritos à crise imobiliária em algumas de suas provincias.
Além disso, as áreas envolvidas em conflitos (Ucrânia e Oriente Médio) são de interesse da China e da sua nova rota seca (por terra) da Seda.
Assim, é possível questionar se o ocorrido em Israel e na Ucrânia não foi calculado pelo governo dos Estados Unidos (com a colaboração de alguns governos europeus e de Israel) e que o alvo de suas ações pode ser um país que não tem qualquer influência direta com os eventos ocorridos nas duas regiões do globo, a China.
Em geopolítica os dados têm que ser analisados em conjunto, ainda que aparentem não ter qualquer relação um com o outro.