quinta-feira, 2 de novembro de 2023

FINADOS. DIA DE LEMBRARMOS DAQUELES QUE JÁ DEIXARAM E QUE, POR CONTA DE GUERRAS, ESTÃO DEIXANDO ESTA DIMENSÃO.

Para os católicos, hoje é dia de Finados, que é, inclusive, feriado nacional.

Quando falamos em finados, nos referimos àqueles que já se foram, mas deveríamos poupar vidas dos vivos e evitar que muitos deixem a Terra.

Enquanto escrevo ou enquanto você lê, muitos são assassinados em Gaza ou na Ucrânia e em tantos outros pontos do mundo.

O Hamas agiu como grupo terrorista ao invadir Israel, mas é um grupo político e que pratica ações assistenciais aos habitantes da miserável Faixa de Gaza, que dependem de Israel para poderem comprar água, luz e gás. Também dependem de Israel para receberem recursos do exterior e qualquer produto ou encomenda, incluindo aí alimentos e ajuda assistencial. Gaza não tem aeroporto e é uma pequena faixa de terra cercada por Israel e com cercas na fronteira com o Egito. Gaza seria muito maior segundo a partilha da ONU, mas Israel anexou territórios palestinos de forma ilegal e continua a fazê-lo com os assentamentos ilegais.

A guerra entre Israel e os Palestinos já dura mais de 50 anos. Antes da criação Israel, grupos terroristas judeus apavoravam vilarejos palestinos.

E com a criação de Israel, muitos palestinos foram expulsos de suas terras, dentre eles muitos palestinos cristãos, cujas famílias residiam na Terra Sagrada desde antes das cruzadas.

Porém, há uma campanha para associar os palestinos a islâmicos, ao Hamas ou até mesmo ao grupo terrorista Estado Islâmico, que nada tem a ver com a Palestina.

O Estado Islâmico foi financiado por países do Golfo com o apoio dos Estados Unidos e a participação do Reino Unido. E, estranhamente, esse grupo fundamentalista ataca o Iraque e a Síria, mas não Israel. Aí pergunta-se se são realmente fundamentalistas islâmicos, que veem a importância de Jerusalém, ou meros mercenários fantasiados de radicais muçulmanos?

Pouco se divulgou, mas durante a guerra da Síria, muitos militantes da AlQaeda foram tratados em hospitais israelenses. Estranho, não? Terroristas islâmicos foram atendidos por Israel, mas por qual motivo? Qual a relação de Israel com esse grupo terrorista internacional?

A história ainda revelará a quem interessa esses ditos grupos fundamentalistas, na verdade terroristas, que aterrorizam a população síria, iraquiana e até de países da África e que, coincidentemente, sempre lutam contra governos árabes que se opõem à força hegemônica do Ocidente, como Líbia, Iraque, Síria e Iêmen.

Mas voltemos aos cristãos da Palestina. Hoje, os territórios palestinos foram tão minimizados que a sua população superpovoa as áreas, seja nas pequenas frações da Cisjordânia ainda habitadas por palestinos, seja na pequena Faixa de Gaza.

A Cisjordânia é conhecida por Belém e Igrejas importantes para a história do Cristianismo. Mas Gaza abriga a Igreja de São Porfírio, a terceira mais antiga de todo o planeta.

E diante de tantos monumentos e Templos de Fé cristãos, há fiéis cristãos, muitos deles católicos, que residem na Cisjordânia e também em Gaza. E esses cristãos são palestinos.

A causa palestina não se confunde com o islamismo. Os palestinos são um povo que ocupa a Palestina há mais de 2 mil anos. Alguns dizem que descendem dos filisteus, que teriam origem grega. Outros dizem que seriam cananeus, o mesmo povo que habitou também o Líbano. Na verdade, desde a ocupação árabe, foram arabizados, ou seja, adotaram a língua e os costumes árabes. 

Antes dos judeus e dos palestinos, a área da Palestina, Judeia e Israel já era ocupada pelos cananeus, o mesmo povo que ocupava o Líbano, mais ao norte. Lá nunca foi uma terra desabitada, sem povo.

Gaza já foi atacada por grandes generais, como Alexandre o Grande, macedônio, Saladino, o curdo, e Napoleão, o francês, e ocupada por dezenas de grandes impérios.

O tempo passou. Impérios ocuparam e desocuparam Gaza. E hoje, a pequena Faixa está sob pesado bombardeio, mas o povo que lá habita, o palestino, ainda preserva a capacidade de unir a minoria cristã e a maioria islâmica, na esperança de um dia conseguir liberdade. Mas muitos palestinos, sejam cristãos ou islâmicos, estão morrendo. Muitos deles mulheres, crianças e idosos.

No dia de Finados, lembremos de todos os entes queridos que já não estão entre nós e de todos os que desencarnaram e continuam a desencarnar por guerras, seja em Gaza, em Israel, na Cisjordânia ou onde for. Todas elas são insanas e provocam barbaridades.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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