Israel é uma potência na produção de material bélico, incluindo armas e veículos blindados para as polícias militares e forças armadas, além de sistemas de inteligência e espionagem.
Para isso, 120 empresas israelenses negociam com governos estrangeiros, dentre eles o Brasil e diversos Estados.
Só em 2022, Israel faturou mais de US$ 12,5 bilhões com as exportações do setor de armamentos. É uma fortuna se comparada ao modesto resultado brasileiro no mesmo ano: US$ 648,5 milhões em exportação de produtos de defesa, já incluidas aí as aeronaves militares da nossa poderosa Embraer.
E enquanto o Brasil vende para Israel o equivalente a US$ 570 milhões, importamos do país sionista US$ 1,638 bi, o que resulta em um desequilíbrio muito grande em favor de Israel.
Assim, não era de se duvidar de que Israel montaria fortes esquemas de lobby em quase todo o globo e também no Brasil.
O Brasil e os Estados federados compram muitos itens bélicos e de inteligência de Israel, com valores altíssimos, o que faz com que alguns políticos se aproximem do lobby israelense de equipamentos e sistemas de defesa. Veja-se, por exemplo, o aumento da bancada da bala no Congresso Nacional. Não que haja vinculação de todos os congressistas de tal bancada ao lobby israelense, mas todos eles são de direita ou extrema direita e, ainda que indiretamente, fomentam a compra de materiais do exterior, onde se inclui Israel.
Por outro lado, ainda que se possa estranhar, a bancada evangélica, em sua enorme parte neopentecostal e de direita ou extrema direita, partilha interesses em comum com o Estado Sionista, inclusive fazendo defesa aberta da guerra travada por Netanyahu contra os palestinos de Gaza.
Outra importante questão que não pode ser esquecida é a de que Neanyahu é um político conservador, de direita e que se aliou ao extremismo religioso e de direita israelense. Assim, a direita mundial tende a apoiá-lo quase que incondicionalmente.
Embora o governo dos Estados Unidos não seja de extrema direita, mas de centro, está apoiando Israel seja em razão do lobby israelense, seja pelos interesse de Biden de obter o apoio (leia-se votos) da grande comunidade judaica dos Estados Unidos.
Assim, seja por ideais em comum, de direita, religiosos ou falsamente religiosos, bem como por pressão de lobbies, a direita brasileira aliou-se ao governo de Israel, e não é de hoje. Nas manifestações pró Bolsonaro em 2018 já se via bandeiras de Israel ao lado das do Brasil.