O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

domingo, 2 de novembro de 2025

PCC E CV = TERRORISMO? VAI ARDER O COURO DA EXTREMA DIREITA BRASILEIRA

Partidos de direita querem que as organizações criminosas sejam equiparadas ao terrorismo.

São iguais? Não. Explico.

Tal medida, na verdade, e a médio e curto prazo, pode sair pela culatra da direita. Também explico mais abaixo. 

Organizações criminosas praticam crimes hediondos e nefastos, subjugam a comunidade e muitas vezes um país, mas não se equiparam ao terrorismo. 

O terrorismo é praticado através de atos bárbaros, mas com fins ideológicos, o que inexistente nas organizações voltadas ao crime "comum". Essas últimas são preocupadas em obter muito dinheiro e lucro, através do tráfico de drogas, de armas e de mulheres; da falsificação, do descaminho (produtos que não pagam imposto), do monopólio de serviços em determinada região, da extorsão de comerciantes e moradores, da corrupção e de comércios com sócios laranjas para "esquentar" dinheiro ilegal, além de aplicação privilegiada de altas quantias no mercado financeiro, com a complacência de instituições. As organizações criminosas almejam, com o tempo, o poder, para, aumentando os laços sociais e políticos, aumentar sua influência, seu poder e, por consequência, o campo de atuação e o  acúmulo de capital. 

As organizações criminosas, assim como o neoliberalismo, visam enfraquecer o Estado e criar uma massa de "prestadores de serviços" e outra de consumidores, enfraquecendo o Estado e seus poderes fiscalizador, julgador e repressor.

Porém, geopoliticamente, o terrorismo é usado como arma para o império, leia-se os Estados Unidos, intervir secreta ou militarmente nos países, manipulando a política interna de países periféricos. 

O risco é alto para o Brasil se essas organizações, como PCC e CV, forem tratadas como terroristas. Intervenção externa é um risco sério à nossa soberania, mas não só. 

Porém, o que a extrema direita esquece é da ligação que empresários e políticos brasileiros mantêm com o crime organizado, como investigado pela Polícia Federal e apurado pela mídia. O governador do Rio é acusado de privilegiar empresa do PCC, enquanto líderes de grandes partidos de direita mantém fortes vínculos com o PCC e empresas laranjas dessa organização; e a família Bolsonaro, segundo a mídia, possui fortes vínculos com líderes de milícias cariocas. Não se pode duvidar que até membros de Igrejas estejam ligados ao crime organizado.

O risco a curto e médio prazo é que, se for comprovada a ligação com organizações criminosas, terroristas, os Estados Unidos possam pedir a extradição desses políticos e empresários para serem processados, julgados e cumprir penas nos Estados Unidos, incluindo-se ai as penas de prisão em Guantánamo e penas de prisão perpétua e de pena de morte. 

O risco ao Brasil é grande, mas aos empresários e políticos que mantêm laços com o crime organizado pode ser fatal. Por isso não duvido que em pouco tempo os políticos ligados à extrema direita desistam da proposta de tentar equivaler o crime organizado ao de terrorismo. O couro deles está para arder.

sábado, 1 de novembro de 2025

MATANÇA NO RIO, HOJE. NO PASSADO, COVAS, EM SÃO PAULO, E BRIZOLA, NO RIO, DE JANEIRO, ERAM LÍDERES PELA CIDADANIA E DE RESPEITO AO CIDADÃO

A ação desastrosa da polícia carioca ajudou, efetivamente, a combater o crime, a desalojar o Comando Vermelho das áreas que ocupava, a diminuir o tráfico de drogas no Estado ou apenas praticou um morticínio a serviço da popularidade de um político que está sendo julgado pelo TSE, no caso o governador do Rio?

Poucos devem lembrar, mas em São Paulo, ainda no início dos anos 1990, principalmente na Grande São Paulo, havia alguns milicianos dentre os policiais paulistas. O último desses casos de milícia denunciado pela mídia foi o da Favela Naval. Mário Covas agiu com firmeza e em pouco tempo eliminou a milícia dentro da força policial paulista. Recém eleito governador do Estado, Mário Covas conseguiu, em pouquíssimos anos, acabar com as milícias e tornar as forças policiais de São Paulo forças voltadas à cidadania. Ao lado disso criou os centros de cidadania, chamados de Poupa-Tempo. Deu início à polícia comunitária. E também regularizou em pouquíssimo tempo as contas públicas que havia recebido no vermelho. Para isso contou, em peso, com a colaboração de Procuradores do Estado de São Paulo e de Procuradores aposentados, conhecedores a fundo do direito público, em especial do Direito Administrativo e do Direito Constitucional.

Graças à sua seriedade, ao seu sucesso e ao profundo respeito que nutria pela população, foi reeleito, mas não resistiu a um grave câncer, sendo sucedido pelo seu vice-governador, Geraldo Alckmin.

Cito Mário Covas para exemplificar que é possível desmantelar grupos criminosos sem matança e de forma rápida e exitosa. Para isso há a necessidade de vontade política e de comprometimento dos órgãos públicos.

Há muitos grupos criminosos no Brasil, alguns enormes, como as milícias cariocas, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, o temido PCC.

A Receita Rederal, com a ajuda da Polícia Federal, escancarou que o PCC não ganha dinheiro apenas com o tráfico. Ganha muito dinheiro investindo em Fundos Privados e mantém vínculo estreito com determinadas instituições financeiras, além de usar restaurantes, padarias e postos de gasolina para lavar o dinheiro sujo do tráfico.

Como apuraram o UOL e o ICL, há denúncias de que líderes de partidos de direita teriam vínculo com o PCC. Sergundo alguns denunciantes, a família Bolsonaro teria vínculo com alguns milicianos famosos. E quem ganha com a ação desastrosa no Rio de Janeiro? Sem dúvidas, o governador do Estado, que tenta reagir ao processo que sofre no TSE e os grupos criminosos, como o PCC, milícias e o próprio Comando Vermelho.

Não causou estranheza dois fatos existente? Um é a alegação dos órgãos estaduais do Rio de Janeiro de que grande parte dos mortos não era do Rio de Janeiro. Se não eram do Rio, o que estariam fazendo lá? Se não moravam no Rio, não fariam falta à estrutura do Comando Vermelho, que parece não tger sido afetada, pois ainda mantém o domínio na área atacada.

Outra circunstância é ter havido decapitação e a descoberta de que muitos cadáveres apresentavam diversos sinais de facadas. Tanto a decapitação como as facadas evidenciam sinal de vingança, prática comum tanto nas milícias como nas demais organizações criminosas. Daí é possível elucubrar se, além da polícia, não haveria outras organizações criminosas que teriam sido avisadas da ação para praticar o morticínio noticiado pela mídia, seja como vingaça, seja como sinal para ocupação da área.

Os fatos devem ser bem investigados, inclusive quanto à autoria e materialidade delitivas. 

Órgãos descomprometidos com a verdade tentam induzir as pessoas a acreditar que parte da responsabilidade pelo excesso da criminalidade no Rio de Janeiro seria do saudoso Brizola e do Supremo Tribunal Federal, que determinaram, cada um a seu tempo, que ações policiais poderiam ocorrer em favelas, sim, mas não na residência das pessoas, salvo se houvesse situação de flagrante ou mediante mandado judicial. Ou seja, a garantia legal e constitucional válida a qualquer pessoa, passou a ser válida também para quem mora nas chamadas comunidades. É o mínimo que a cidadania garante.

A criminalidade no Rio utiliza o pobre das favelas como boi de piranha, que pode ser substituído facilmente, inclusive, mas quem participa e lucra muito com a criminalidade são pessoas que não moram na periferia, mas em condomínios de luxo. Muitos desses possivelmente são políticos, outros possivelmente são servidores públicos, outros possivelmente trabalham no mercado financeiro. Ações de inteligência, seguidas de ações efetivas de busca e apreensão e detenção, são capazes de desmontar o crime organizado. Sem os líderes, a organização demora a se recuperar e se reestruturar e é nesse momento que a polícia deve ser brutal para acabar com a determinada organização criminosa. Ação diferente é mero espetáculo sangrento para alguém lucrar. 

As vítimas são sempre da comunidade, sujeitas aos abusos das organizações criminosas e de ações espetaculares e desmedidas da polícia. O pobre não é cidadão para muitos políticos. Ainda bem que existe o Supremo Tribunal Federal e existiu o combativo e nacionalista Leonel Brizola, que garantiram e garantem cidadania e direitos a quem nunca teve acesso, na prática, a direitos básicos e fundamentais.

Ademais, execução de criminosos não é ação de polícia. Execução é ação de quem não tem competência nem eficiência e quer criar a falsa sensação de combate efetivo à criminalidade.

O crime continua lá. O Comando Vermelho continua lá. O governador do Rio continua lá. O que não está lá é a dignidade e o respeito à cidadania.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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