As mil e uma noites foi uma obra
baseada em contos orientais, principalmente árabes e que seduziu o ocidente com
o seu imaginário fantástico.
O Oriente invadiu a península
Ibérica e levou e difundiu conhecimentos filosóficos, matemática, arte e
medicina. Posteriormente, os turcos dominaram parte do leste europeu. O
conhecimento era difundido por árabes e islâmicos.
Em troca, cerca de mil anos
atrás, o ocidente invadiu Jerusalém e cidades que se situavam entre a cidade
Sagrada e a Europa, matando islâmicos e judeus. Cerca de 500 anos atrás, adveio
a Inquisição, que perseguiu islâmicos e judeus na Península Ibérica. Tempos
depois, dominou por meio do imperialismo a Palestina, a Síria, o Líbano e o
Iraque. Em seguida, repartiu a Palestina majoritariamente islâmica, mas também judaica
e cristã, com sionistas vindos principalmente da Europa, criando Israel. Mais recentemente, o ocidente invadiu o oriente
com mísseis, bombas e botas, pisando em solos iraquiano, afegão, líbio, libanês
e sírio. E esse é o conto do ocidente, um conto recheado de mentiras,
falsidades e golpes e, principalmente, de terror, e que ensejou, com o seu apoio
tático e financeiro, o surgimento do terrorismo no Oriente próximo, como se
verá mais à frente.
Durante a Idade Média, islâmicos
e judeus eram vistos com desprezo e sofriam preconceito e perseguição em boa
parte da Europa.
Foi só a partir do fim do
Holocausto ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial que a Europa diminuiu o
preconceito contra judeus e os reposicionou no meio do mundo árabe, criando um
Estado artificial chamado Israel, que além de se constituir em terras originalmente
Palestinas, passou a ocupar ilegalmente as áreas destinadas pela ONU aos palestinos
e expulsando e matando centenas de milhares de palestinos. Mas isso ainda não
era chamado de genocídio. Foi somente a partir de outubro de 2023, com a
destruição de mais de 90% das construções existentes na Faixa de Gaza, com o
ataque e destruição de hospitais, escolas e prédios de assistência humanitária
e assassinato de centenas de jornalistas, médicos e profissionais de
assistência humanitária e da ONU e quase 4% da população de Gaza, a maioria
formada por mulheres e crianças, muitas executadas em filas de ajuda humanitária,
que as organizações internacionais e a ONU passaram a chamar isso de genocídio.
Israel sequer é consenso entre o
povo judeu. Muitos judeus seculares, comunistas e religiosos se posicionam
contra o Estado de Israel, chamando-o de inimigo dos verdadeiros judeus, e
bradam pelo Estado da Palestina.
Na Palestina antiga, de judeus e
ocupada pelos romanos, nasceu Jesus. Depois, judeus foram expulsos de lá pelos
romanos, mas alguns continuaram em terras palestinas. E de lá para cá conviviam
em relativa e consistente paz judeus, islâmicos e cristãos, as religiões dos
palestinos de então, seja sob domínio islâmico, turco ou britânico. A grande
massa de judeus expulsa no ano 70 d.C. jamais voltou e se fixou em países
árabes, europa e cáucaso, posteriormente se expandindo para o continente americano,
até a criação de Israel, 1900 anos depois.
A criação de Israel não foi
conversada com os países árabes e os palestinos, que estavam sob o mandato
britânico, mas foi imposta à força.
Pelo o que se sabe da história, o
terrorismo surgiu na região no século I, pelos sicários judeus, contra o
império romano. Assim como hoje ocorre com o Hamas, os sicários judeus utilizavam-se
de atos de resistência e terrorista contra os então ocupantes romanos. Depois, o
terrorismo foi novamente instaurado por forças como o Haganá sionista, que
expulsava palestinos e destruía aldeias islâmicas e cristãs palestinas no
início do século XX, antes da criação de Israel. Posteriormente à criação de Israel,
os palestinos passaram a exercer resistência à ocupação israelense de territórios
nas Faixas de Gaza e Cisjordânia, muitas vezes utilizando-se de força e
atentados terroristas. E não é de hoje que o próprio Estado sionista se utiliza
de táticas terroristas contra civis, o que é constatável pela visualização de
qualquer vídeo do massacre que ocorre em Gaza.
Ainda quanto ao terrorismo no Oriente
próximo, foi a partir da guerra da União Soviética contra o Afeganistão, que a
CIA, juntamente com o MI6 britânico, passou a financiar e a treinar movimentos jihadistas
islâmicos. Em seguida surgiram a Al Qaeda e o ISIS (Estado Islâmico) e tantas
outras derivações desses mesmos grupos, também com apoios da CIA e do MI6, mas
também de financiamento de países como Arábia Saudita, Catar e Kwait e apoio
tático da Jordânia, Turquia e Israel. O terrorismo focado no Oriente próximo
expandiu-se para a Rússia, China, Sudeste Asiático e África. Hoje, a Síria é governada
por um grupo dissidente da Al Qaeda, tolerada e até em certo ponto apoiada por
Israel durante a guerra civil na Síria, mas a imprensa não os chama de
ditadores ou terroristas. O atual “governo” sírio é bem visto pelas potências
ocidentais, mesmo com a perseguição a grupos minoritários, como curdos, cristãos
e alauítas. Essas denominações – ditadores e terroristas - são utilizadas pela
chamada mídia “mainstream” apenas para os inimigos do império.
Os contos ocidentais, repletos de
inverdades e fantasias, continuam a ser divulgados no mundo oriental e no
próprio ocidente. A verdade, a liberdade de informação e a ética jamais foram
princípios apreciados pelas grandes potências ocidentais. A elas interessa o
apossamento de recursos hidrominerais, a desestabilização de países e o uso
frequente do terror e da guerra. Disso resultaram as duas grandes guerras
mundiais, o terrorismo e o genocídio a que estamos assistindo em tempo real.
Em um mundo liderado pelo ocidente jamais haverá a necessária paz e estabilidade e tampouco condições mínimas para a evolução espiritual do ser humano. Reina no imperialismo ocidental o conto do terror.