Há sérias diferenças entre os posicionamentos políticos brasileiros e europeus. Lá, normalmente o nacionalismo é ligado a partidos de direita e tem características xenófobicas, de exclusão de imigrantes e conservadorismo em questões de costumes.
A esquerda é voltada a questões democráticas e de costumes, mas não necessariamente nacionalistas
Aqui, ao contrário de lá, o nacionalismo é ligado à esquerda, acolhedor da imigração e que se posiciona favorável e ora contrariamente às questões de costumes, a depender do partido político de viés esquerdista. O PCO é conservador. O PSOL é libertário nessa questão.
A direita brasileira, ao contrário, tende a adotar uma proximidade com países colonialistas e imperialistas e representa os interesses da classe dominante que se beneficia da exploração do Brasil por potências estrangeiras.
Assim, causa espanto que os brasileiros ainda apoiem a direita, tradicionalmente ligada a grupos criminosos e intrinsecamente corrupta.
A esquerda tem que perder o medo de se apresentar como realmente é, nacionalista.
O nacionalismo que a esquerda brasileira defende não é fascista, como o é majoritariamente na Europa. Aqui, o nacionalismo não lida apenas com a questão do enriquecimento do país, mas vai muito além. Aqui também versa sobre a liberdade, autonomia e soberania, propriedades sempre distantes de países colonizados como o Brasil. Assim, o nacionalismo no Brasil e na América Latina vincula-se à própria questão de independência, de deixar de ser subalterno e objeto de colonização e imperialismo.
A direita brasileira não tem nada de nacionalista. Tudo para ela é planejado e voltado às elites que se ligam às potências estrangeiras dominantes. Sempre foi assim.
A esquerda tem que se voltar às questões de independência e sociais, mascas do nacionalismo brasileiro e não ter vergonha de bradar que é a legítima defensora dos interesses do Brasil e do seu povo.
Ao povo cabe ler, estudar e não se deixar enganar. A falta de conhecimento, a inocência e também a burrice enfraquecem qualquer movimento de efetiva libertação nacional. Daí a educação ser instrumento necessário de progresso de qualquer pais, como o foi na Finlândia, na Coreia do Sul, na Rússia e na China.