A melhor operação policial é a silenciosa, que age sem deixar feridos e mortos ou com número reduzido. As ações de inteligência policial deveriam ser prioritárias, com a polícia agindo fortemente já na negociação (compra) da droga e de armamentos, como do seu financiamento e investimentos financeiros. É assim o mundo ideal da polícia no combate ao crime organizado. E foi assim que as polícias federal e civil e São Paulo agiram contra o PCC na Faria Lima.
As ações devem ocorrer com a mesma discrição que as operações de inteligência e dos serviços secretos dos governos. O alarde apenas serve para criar factoide, chamar a atenção e deixar vítimas, como ocorreu no Rio de Janeiro. A efetividade, nesses casos, tende a ser baixa ou, ainda que não o seja, os resultados drásticos não justificariam a ação estrambelhada, para dizer o mínimo.
A polícia tem instrumentos e pessoal para ações de inteligência. A Polícia Civil do Rio era, até pouco tempo atrás, uma das melhores polícias brasileiras, graças às suas operações discretas e efetivas.
A polícia não se constitui em ramo das forças armadas, e age na o seio da sociedade civil, e por isso deve evitar, ao máximo, mortes, principalmente de inocentes e de policiais.
O governador do Rio errou feio, e não é o primeiro a fazê-lo naquele Estado. Polícia é coisa séria e não pode servir de diversionismo para políticos.