O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

OS RISCOS AOS PRÓPRIOS ESTADOS UNIDOS DE UMA INVASÃO À VENEZUELA. HÁ, E MUITOS.

Acabou de ser divulgado na mídia que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, teria autorizado ação da CIA para a deposição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Trump ainda estaria analisando a possibilidade de invasão terrestre para o combate aos carteis de drogas.

Como se percebe, são ações vagas, Os Estados Unidos podem adotar essas ações? Podem. Devem? Não e explico abaixo.

Trump é imprevisível, não sendo possível afirmar que ele analisará toda a conjuntura antes de tomar uma decisão final. Vide as tarifas impostas. Ele aplicou sem pensar e recuou inúmeras vezes, e acabou ocasionando prejuízo a um setor da área agrícola e a muitas indústrias e comércios estadunidenses, além de aumento de custo aos consumidores americanos.

A Venezuela possui exército e aeronáutica fortes (em comparação a outras forças do continente) e possui os mísseis mais avançados da América do Sul. Além disso, tem uma força extra, de uma milícia que pode agrupar 4 milhões de pessoas, no caso de uma invasão terrestre.

Os Estados Unidos ironizam, dizem que os venezuelanos não terão armas suficientes para o seu exército e menos ainda para os membros da milícia. Invadem os céus e mares venezuelanos em claros atos de provocação. Até agora a Venezuela assiste a tudo passivamente, mas não se sabe até quando.

Donald Trump tem uma ligação muito próxima com o setor petrolífero dos Estados Unidos, que é quem mais dá dinheiro para suas campanhas eleitorais, em especial com a Exxon, que é a empresa autorizada a explorar petróleo e gás na Guiana, com quem a Venezuela tem contendas de fronteira.

Não é difícil imaginar que em uma hipótese de ataque aéreo ou naval, ou até mesmo de invasão, um dos primeiros alvos sejam as bases da Exxon na Guiana. A Venezuela tem mísseis com alcance e precisão para isso.

A guerra não é a melhor opção para os Estados Unidos. Invasão terrestre ocasionará a morte de dezenas de milhares de estadunidenses em poucos dias. O que pode haver é a entrada de um ou mais pequenos grupo de elite para ações terroristas, como sequestro e assassinato de autoridades e bombardeios de áreas específicas. Pequenos grupos militares bem treinados que penetrem em florestas são difíceis de localizar e monitorar.

O mais crível, porém, seria uma ação exclusiva da CIA, da principal agência de inteligência estadunidense, movimentando parte da oposição venezuelana para fomentar manifestações em Caracas e em outras partes do país, bem como financiando, armando e treinando células da oposição para ações armadas pontuais, como criar cenários de caos nas grandes cidades e provocando assassinatos de autoridades. O porém é que a Venezuela tem um serviço de inteligência e de contra-informações de excelência, os melhores da América do Sul, que já devem estar alertas desde antes das ações provocativas dos Estados Unidos. As forças policiais também já devem estar preparadas para reagir.

Uma invasão militar exigiria um número alto de militares, de centenas de milhares, com possíveis óbitos diários de milhares de estadunidenses. A Venezuela é um país grande que tem muitas matas, o que dificulta ações militares exitosas, como os Estados Unidos aprenderam com a sua derrota no Vietnã. 

Ataques aéreos são possíveis. Se forem usados caças, é possível que a defesa aérea venezuelana, a melhor da América do Sul, derrube não só mísseis, mas diversos aviões dos Estados Unidos.
 
As ações são arriscadas e, salvo na Síria, as ações estadunidenses não tem tido o êxito esperado. Além do mais, a oposição a Trump aumenta a cada dia em solo dos Estados Unidos, seja no serviço público civil e militar, seja na sociedade civil. Arriscar uma guerra com baixas pode provocar o aumento de manifestações em todos os Estados Unidos.

Trump deve estar mais ameaçando do que querendo agir, mas se agir poderá se dar muito mal e ocasionar prejuízo à sua maior financiadora, a Exxon, ao contrário do que pensa.

Essas são as informações de geopolítica que deveriam ser prestadas a você leitor do blog. Obrigado por acompanhar esse canal.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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