O governo federal já deveria trabalhar com a hipótese de que a ação desastrosa na segurança pública do Rio de Janeiro não foi sem propósito. Ao contrário, é abertamente contra o Brasil e a inteligência de órgãos federais civis e militares brasileiros já devem estar apurando profundamente isso.
Cerca de 120 mortos, dentre eles policiais militares do Estado do Rio de Janeiro, caos na cidade, roubos generalizados, arrastões e pavor da população carioca. A ação desastrosa foi por falha na condução ou serve a interesses políticos?
Não tenho dúvida de que o massacre praticado, inclusive contra policiais, serve para acirrar os ânimos nas próximas eleições e enfraquecer tanto o moderado Prefeito do Rio de Janeiro como atingir o governo federal brasileiro.
O governador do Estado do Rio de Janeiro não sabe agir contra o crime. Assim como o seu antecessor, aplaude ações violentas e mal calculadas, como se ações policiais fossem espetáculos e a vida de policiais civis e militares pudessem ser usadas para esses shows de horrores e pudessem ser desconsideradas por esses oportunistas que buscam momentos de glamour.
A vida dos policiais é manipulada e usada por esses políticos para um único objetivo: ganhos políticos. Isso é crime e os próprios policiais deveriam se conscientizar e se manifestar contrariamente às ações trágicas para todos os cariocas de bem.
O governador pretende o apoio dos Bolsonaristas radicais e usa a ação contra o governo federal quando, sequer, solicitou apoio, equipamentos ou auxílio da inteligência federal. A ação visaria mostrar ao mundo que o governo não saberia agir contra o crime organizado, tentando provocar uma intervenção militar dos Estados Unidos, ao estilo do que Trump promete que irá fazer na Venezuela. Não seria por outro motivo que Castro encaminhou dados sobre o Comando Vermelho a Trump, como anunciou a CNN. O governador do Rio deve ser investigado por essa possibilidade e pela tragédia que provocou no Rio de Janeiro. A ação é criminosa, por responsabilidade pela tragédia, mas pode haver outros crimes muito graves envolvidos.
A Assembleia legislativa do Rio já deveria ter aberto investigações e processo de impeachment. Motivos não faltam, ou será que aguardam mortes no patamar de milhares ou de dezenas de milhares para tomar alguma atitude?
O narcotráfico, por envolver gente influente e dinheiro, se combate primeiramente com a inteligência. Ações de combate que colocarem em risco a vida da população e de policiais há de ser muito bem calculada. A tragédia tem responsáveis que devem ser responsabilizados criminal e politicamente.