Quando se chama os Estados Unidos de império não há erro algum em se adotar essa denominação.
Se você não reside nos Estados Unidos já deve ter percebido como tal país age nas suas relações com os demais Estados, na base do solado, do tacão e da ameaça, igual ao que fazia a Roma antiga.
A diferença é que Trump não é imperador e os EUA não estão no seu auge, ao contrário. Estão em processo de franca decadência.
A democracia nos EUA provou-se frágil. Bonita por fora, por conta da imagem falsamente criada de maior democracia do globo. Internamente, revelaram-se os conchavos, a corrupção sistêmica e a sociedade individualista, armada até os dentes, pouco letrada e quase aculturada, e constantemente manipulada.
Uma ruptura na democracia e uma guerra civil não estão distantes. É questão de tempo. Não serão décadas, mas talvez anos ou meses. E se houver, a decadência selará o fim do país como o conhecemos. Não haverá brilho, mas poeira. O sangue será deles mesmos, e não de outros países. Pequenas Nações podem dar lugar aos EUA de hoje em um futuro não próximo. Alaska, Havaí, Porto Rico e tantas outras ilhas poderão se tornar independentes ou serem ocupadas por outras Nações, após anos de luta no continente. O porta-aviões dos EUA no Oriente Médio sobreviverá por um pouco mais de tempo, por conta do dinheiro dos muitos financistas estadunidenses que para lá mudarão, mas o reflexo do império do Oeste da Ásia também está com os anos e dias contados. Ruirá como os EUA, por dentro, e contra ele virão exércitos de países "amigos".
No futuro, quem ditar as regras econômicas não reinará com o tacão, mas com a sedução das vendas e compras, ao invés das sanções e taxações. Um sistema multilateral, assim, terá mais chances de ter êxito.
E o Brasil, se souber surfar nessas ondas, poderá se tornar uma das 3 ou 4 potências mais relevantes do globo, a depender das elites econômica e política. Para isso, é preciso que o povo passe a cobrar delas resultados favoráveis ao país, e não somente a poucos bolsos que pouco se preocupam com o presente e o futuro do Brasil. Reindustrialização é a nova palavra de ordem. Só ela será capaz de fazer com que o financismo, fomentado pelo agronegócio, não arruine o país.